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FIESC - CIESC - SESI - SENAI - IEL

o que a sua
empresa
precisa saber
FIESC - CIESC - SESI - SENAI - IEL

o que a sua
empresa
precisa saber

Florianópolis, setembro 2020


Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina


Rod. Admar Gonzaga, 2765 Florianópolis/SC - 88034-001
faleconosco@fiesc.com.br
(48) 3231.4100
0800.048.1212

Diretoria Executiva: Coordenação


Mario Cezar de Aguiar Carlos José Kurtz,
Presidente da FIESC Diretor Institucional e Jurídico do Sistema FIESC
André Luiz de Carvalho Cordeiro,
Fabrizio Machado Pereira Gerente Jurídico da Diretoria Jurídica e Institucional do Sistema FIESC
Diretor de Educação e Tecnologia da FIESC e
Diretor Regional SENAI/SC Elaboração/Colaboração
Carolina Slovinski Ferrari Carlsson,
Alfredo Piotrovski Advogada - Diretoria Jurídica e Institucional do Sistema FIESC
Diretor de Desenvolvimento Industrial e
Corporativo Gabriel Ferreira Ramos da Conceição,
Especialista de Segurança da Informação do Sistema FIESC
Carlos José Kurtz
Diretor Institucional e Jurídico Marcelo Gandra Silva,
Especialista de Segurança da Informação do Sistema FIESC
José Eduardo Azevedo Fiates
Diretor de Inovação e Competitividade da Projeto Gráfico e Finalização
FIESC e Superintendente do IEL/SC. Jaison Henicka,
Designer - Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas - FIESC

Revisão
Ivonei José Fazzioni
Assessor de Imprensa – Gerência de Comunicação Institucional e Relações
Públicas - FIESC

Fotos
© FIESC 2020
Assessoria de Imprensa Fiesc,
Todos os direitos reservados. Qualquer parte desta obra
E Shutterstock.Com
poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Sumário
— apresentação
Com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção A privacidade dos dados pessoais é um movimento
de Dados –LGPD, tornou-se iminente a necessidade internacional, não só para a segurança das pessoas,
do tratamento e proteção dos dados pessoais. As empresas e entidades, como também para
empresas precisam estar preparadas, pois muitos realização de negócios de forma sustentável.
serão os desafios na implementação do processo de
adequação. O momento é desafiador, razão pela qual se torna
imperioso ser proativo no processo de adequação e
Atender aos dispositivos da nova Lei envolve uma implementação da LGPD. Façamos disso uma
forte mudança cultural sobre a privacidade de oportunidade de melhoria dos processos internos e
dados pessoais, a qual deve alcançar todos os níveis externos das empresas, gerando marketing positivo e
empresariais e orientar a priorização das medidas revendo modelos de negócios que já não cabem na
necessárias para sua aplicação. era da informação.

Visando a auxiliar as indústrias no processo de


adequação à LGPD, a FIESC, por meio desta cartilha,
apresenta os principais itens da Lei e destaca
Mario Cezar de Aguiar
aqueles que necessitam de maior atenção para sua
Presidente do Sistema FIESC
plena eficácia e para o alcance de boas práticas
de governança.
Introdução LGPD

A Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº A origem da Lei está pautada no O rápido crescimento Em 14 de agosto de 2018, o Brasil
13.709/2018), ou LGPD, é a norma cenário mundial de proteção de tecnológico e a quebra de passou a fazer parte do seleto grupo
brasileira que dispõe sobre o tratamento dados pessoais. Movimento que barreiras geográficas levaram a de países que contam com uma
de dados pessoais, em meios físicos ou toma proporções globais, um tratamento desordenado de legislação específica para proteção
digitais, por pessoa natural ou por pessoa exigindo regras específicas para dados pessoais e sem a de dados e da privacidade dos seus
jurídica de direito público ou privado, a correta utilização dos dados anuência dos próprios “donos” cidadãos, assemelhando-se aos países
com o objetivo de proteger os direitos pessoais dos titulares, atualmente dos dados, os titulares. da Europa (regidos pela GDPR -
fundamentais de liberdade e de considerados um dos bens mais General Data Protection Regulation) e
privacidade e o livre desenvolvimento da valiosos do mundo. cidades como a Califórnia-EUA (regida
personalidade da pessoa natural. pelo California Consumer Privacy Act -
CCPA)
Figura 1
Infográfico com os principais
itens da Lei Geral de Proteção
de Dados Pessoais Autoridade
Autoridade Nacional
Vazamento de Proteção de
de dados Dados responsável
Em casos de por garantir o
incidentes de cumprimento da lei
segurança nas
situações aplicáveis

Dados sensíveis
e dados de crianças e de
Escopo de aplicação adolescentes
Afeta toda a atividade Regras específicas para
que envolve tratamento tratar dados sensíveis e
de dados pessoais dados de crianças e
adolescentes
Sanções
Multa de até
50 milhões de reais
por infração entre
Direitos dos titulares
outras sanções Garante maior controle,
transparência e
Princípios
empoderamento ao
Introduz 10 princípios
titular dos dados
paro tratamento de
dados

Bases legais
Enquadra todo o tipo
de tratamento de 10 DPO
bases legais Encarregado por
garantir a privacidade
e tratamento dos
dados dentro das
empresas
01—
Conceitos
básicos
Dados Pessoais
Dados de diversos tipos, que são enquadrados, nomeados separadamente e possuem
tratativas exclusivas de acordo com a sua classificação:

— — —
Dado Pessoal: Dado Pessoal Identificado: Dado Anonimizado:
Todo o dado de pessoa natural que Quem é o titular do dado pessoal desvincula a informação ao titular do
tem o direito fundamental à – informações intuitivas – CPF, e- dado – caráter permanente;
privacidade; mail, telefone;

— — —
Dado Pessoal Sensível: Dado Pessoal Identificável: Dado Pseudonimizado:
dado pessoal sobre origem racial Em uma análise contextual se desvincula a informação ao titular do
ou étnica, convicção religiosa, consegue chegar ao titular do dado – caráter reversível.
opinião política, filiação a sindicato dado pessoal – por exemplo,
ou à organização de caráter geolocalização;
religioso, filosófico ou político, dado
referente à saúde ou à vida sexual,
dado genético ou biométrico,
quando vinculado a uma pessoa
natural;
Figura 2
LGPD caracteriza o tratamento de
dados pessoais desde a coleta até
Tratamento de Dados a eliminação dos mesmos

Um dos principais equívocos sobre o tratamento de dados


pessoais é considerar apenas o processamento desses
dados. A LGPD caracteriza o tratamento de dados pessoais
desde o momento da coleta até a sua eliminação. Qualquer Coleta

ação que o controlador faça com os dados pessoais na


execução de suas operações está inserida no conceito de
tratamento. Eliminação Acesso

É ponto crucial para o atendimento da LGPD entender e


desenhar o ciclo de vida dos dados pessoais tratados nos
processos da empresa, conferindo atenção especial à etapa
de eliminação dos dados após o fim de seu propósito.

Arquivo Classificação

Processamento Armazenamento
Sujeitos da Lei

— — —
Titular: Agentes de Tratamento: Operador:
pessoa natural a quem pertencem O controlador e o operador; Pessoa natural ou jurídica, de direito
os dados coletados; público ou privado, que realiza o
tratamento de dados pessoais em
nome do controlador;
— —
ANPD: Controlador:
Autoridade Nacional de Proteção Pessoa natural ou jurídica, de —
de Dados; direito público ou privado, a quem Encarregado de proteção de dados:
competem as decisões referentes pessoa indicada pelo controlador e
ao tratamento de dados pessoais; operador para atuar como canal de
comunicação entre o controlador, os
titulares dos dados e a Autoridade
Nacional de Proteção de Dados
(ANPD).
02—
Direitos dos
Titulares de
Dados Pessoais
 Confirmar a existência do tratamento de dados.  Solicitar informações sobre a possibilidade de não fornecer
 Solicitar acesso aos seus dados pessoais. consentimento e sobre as consequências da negativa.
 Solicitar a correção de dados incompletos, inexatos ou  Revogar o consentimento realizado com o controlador.
desatualizados.  Peticionar em relação aos seus dados contra o controlador
 Solicitar a anonimização, bloqueio ou eliminação de dados perante a autoridade nacional.
desnecessários, excessivos ou tratados em desconformidade  Realizar oposição ao tratamento realizado com fundamento
com o disposto da Lei. em uma das hipóteses de dispensa de consentimento, em
 Solicitar a portabilidade dos seus dados pessoais a outro caso de descumprimento da Lei.
fornecedor de serviço ou de produto.  Solicitar revisão de decisões tomadas por algoritmo
 Solicitar a eliminação dos dados pessoais tratados sem o seu automatizado.
consentimento.  Reclamar a Autoridade Nacional de Proteção de Dados
 Solicitar informações das entidades públicas e privadas com sobre o tratamento incorreto de seus dados pessoais.
as quais o controlador realizou uso compartilhado de dados.
03—
Agentes de
Tratamento
( r e s p o n s ab i l i da d e s )
 O dever de indicar um Encarregado de Proteção de Dados  O ônus da prova em caso de acionamentos sobre o
Pessoais; tratamento de dados pessoais;
 Manter o registro das operações de tratamento de dados  Reportar incidentes de segurança relacionado a dados
realizadas; pessoais para a ANPD;
 Elaborar relatórios de impacto à proteção de dados,  Reparar danos no âmbito patrimonial, moral, individual ou
quando necessário; coletivo, em violação à legislação de proteção de dados
 Manter os registros do tratamento de dados relacionados às pessoais;
finalidades;  Responder solidariamente pelos danos causados aos titulares
 Receber solicitações de titulares e tratá-las até sua dos dados;
finalização;  Adoção de medidas de segurança, técnicas e
 Fornecer, sempre que solicitadas, informações claras e administrativas necessárias para a proteção dos dados
adequadas a respeito dos critérios e dos procedimentos pessoais de acessos não autorizados.
utilizados para a decisão automatizada, observados os
segredos comercial e industrial;
 Realizar o tratamento segundo as instruções fornecidas pelo  Reparar danos no âmbito patrimonial, moral, individual ou
controlador; coletivo, quando violar a legislação de proteção de dados
 Manter o registro das operações de tratamento de dados pessoais;
realizadas;  Responder solidariamente pelos danos causados aos titulares
 Elaborar relatórios de impacto à proteção de dados, dos dados;
quando necessário;  Adoção de medidas de segurança, técnicas e
 Manter os registros do tratamento de dados relacionados às administrativas necessárias para a proteção dos dados
finalidades; pessoais de acessos não autorizados.
 For comprovado que não realizaram o tratamento de dados
pessoais que lhes é atribuído;
 Embora tenham realizado o tratamento de dados pessoais
que lhes é atribuído, não houver violação à legislação de
proteção de dados;
 O dano é decorrente de culpa exclusiva do titular dos dados
ou de terceiro.
04—
Encarregado
de proteção
de dados
Figura 3
Resumo das atividades do
encarregado de proteção de
dados

Ser responsável
Representar a
pelo Compliance
instituição perante
os titulares dos
dados e ANPD
Aceitar reclamações
e comunicações dos
Conscientizar titulares dos dados
funcionários e
terceirizados

Prestar
Definir Políticas de esclarecimentos
tratamento de dados

Monitorar as
atividades de
tratamento de
dados Adotar providências
oriundas da ANPD

Notificar incidentes de
segurança para ANPD
 Conhecimento jurídico, principalmente sobre a LGPD e leis
complementares;
 Conhecimentos em Segurança da Informação;
 Conhecimentos em Processos e Compliance;
 Habilidades de Comunicação e bom relacionamento com a
alta direção.
05—
Princípios da
LGPD
— — — — —
Finalidade: Adequação: Necessidade: Livre Acesso: Qualidade:
Propósitos legítimos Compatibilização com as Utilização apenas dos Acesso ao tratamento e à Dados claros, exatos,
específicos e explícitos finalidades dados necessários integralidade dos dados atualizados e relevantes.

— — — — —
Transparência: Segurança: Prevenção: Não Discriminação: Responsabilização e
Dados claros e precisos Processos e técnicas para Adoção de medidas para Não utilização de dados Prestação de Contas:
ao titular proteção de dados mitigar danos ao titular para fins discriminatórios Prestação de contas do
cumprimento da
legislação
 Finalidade: realização do tratamento para propósitos  Transparência: garantia, aos titulares, de informações claras,
legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular, sem precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do
possibilidade de tratamento posterior de forma incompatível tratamento e os respectivos agentes de tratamento,
com essas finalidades. observados os segredos comercial e industrial.
 Adequação: compatibilidade do tratamento com as  Segurança: utilização de medidas técnicas e administrativas
finalidades informadas ao titular, de acordo com o contexto aptas a proteger os dados pessoais de acessos não
do tratamento. autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de
 Necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão.
para a realização de suas finalidades, com abrangência dos  Prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência
dados pertinentes, proporcionais e não excessivos em de danos em virtude do tratamento de dados pessoais.
relação às finalidades do tratamento de dados.  Não Discriminação: impossibilidade de realização do
 Livre Acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e tratamento para fins discriminatórios ilícitos ou abusivos.
gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem  Responsabilização e Prestação de Contas: demonstração,
como sobre a integralidade de seus dados pessoais. pelo agente, da adoção de medidas eficazes e capazes de
 Qualidade: garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, comprovar a observância e o cumprimento das normas de
relevância e atualização dos dados, de acordo com a proteção de dados pessoais e, inclusive, da eficácia dessas
necessidade e para o cumprimento da finalidade de seu medidas.
tratamento.
06—
Bases Legais
— — — — —
Consentimento Cumprimento de Execução de Políticas Estudo de órgão de Execução de Contrato
obrigação legal Públicas pesquisa

— — — — —
Exercício Regular de Proteção à Vida Tutela de Saúde Legítimo Interesse Proteção ao Crédito
Direitos
 Consentimento: fornecimento do consentimento do titular  Exercício Regular de Direitos: tratamento de dados para o
para o tratamento de dados pessoais. exercício regular de direitos em processo judicial,
 Cumprimento de Obrigação Legal: tratamento de dados administrativo ou arbitral.
para o cumprimento de obrigação legal ou regulatório pelo  Proteção à Vida: para a proteção da vida ou da
controlador. incolumidade física do titular ou de terceiro.
 Execução de Políticas Públicas: tratamento dos dados pela  Tutela de Saúde: para tutela da saúde, exclusivamente, em
administração pública, para o tratamento e uso procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços
compartilhado de dados necessário à execução de políticas de saúde ou autoridade sanitária.
públicas previstas em lei e regulamentos ou respaldadas em  Legítimo Interesse: tratamento de dados necessários para
contratos, convênios ou instrumentos congêneres. atender aos interesses legítimos do controlador ou de
 Estudo de órgão de pesquisa: tratamento de dados para terceiro, exceto no caso de prevalecerem direitos e
realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção
sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais. dos dados pessoais.
 Execução de Contrato: tratamento de dados quando  Proteção ao Crédito: tratamento de dados para a proteção
necessário para a execução de contrato ou de do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação
procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual pertinente.
seja parte o titular, a pedido do titular dos dados.
— — — —
Consentimento Cumprimento de Estudo de órgão de Execução de Contrato
obrigação legal pesquisa

— — —
Exercício Regular de Proteção à Vida Tutela de Saúde
Direitos
— —
Requer consentimento por pai, mãe Os tipos de dados coletados
ou responsável legal. deverão ser mantidos públicos.
Exceto quando for necessária para
contatar os pais ou o responsável
legal, utilizados uma única vez e
sem armazenamento.

— —
A participação em jogos, As informações sobre o tratamento
aplicações de internet ou outras de dados deverão ser simples, clara e
acessível, para o entendimento dos
atividades não deverão ser
pais ,ao responsáveis legais e
condicionadas ao fornecimento de adequada ao entendimento da
informações pessoais excessivas. criança.
07—
Boas Práticas
de Segurança
da Informação

Adoção de medidas técnicas e administrativas nos agentes de
tratamento, com o objetivo de proteger os dados pessoais de
acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de
destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de
tratamento inadequado ou ilícito.


Garantia de segurança da informação por qualquer pessoa que
intervenha em uma das fases do tratamento dos dados pessoais,
mesmo após o seu término.


Obrigação de comunicar a autoridade nacional e ao titular a
ocorrência de incidente de segurança da informação.


Adoção de processos e políticas internas que assegurem o
cumprimento, de normas e boas práticas relativas à proteção de
dados pessoais, como por exemplo a implementação dos controles
previstos na norma ISO/IEC 27701.


Definir processos para que sejam empregadas boas práticas de
segurança da informação desde a fase de concepção de um
produto ou de um serviço até a sua execução, conceito que está
sendo amplamente chamado de Privacy by Design.
Figura 4
Processos de segurança
de dados

Confiabilidade


Pessoas
Estabelecer treinamentos periódicos aos colaboradores
sobre Segurança da Informação e Privacidade de
Dados;


Processos
Implementar políticas e processos de segurança da
Segurança da
informação na empresa, tais como: Política de
Informação
Segurança, Política de Privacidade e Processo de
Integridade Disponibilidade
Resposta a Incidentes;


Tecnologia
Implementar controles tecnológicos baseados em
ferramentas de segurança, tais como: Antivírus, Firewalls Pessoa Processos Tecnologia
e Análise de Vulnerabilidades.
08—
Agência
Nacional de
Proteção de
Dados - ANPD /
Sanções
 Advertência, com prazo para adoção de medidas
corretivas.
 Multa simples, de até 2% do faturamento limitada a R$ 50
milhões por infração.
 Multa diária, observado o limite acima;
 Publicização da infração.
 Bloqueio dos dados pessoais da infração.
 Eliminação dos dados pessoais da infração.
 Suspensão parcial do funcionamento do banco de dados
envolvido.
 Suspensão do tratamento dos dados pessoais envolvidos.
 Proibição total ou parcial das atividades relacionadas ao
tratamento de dados.
09—
Processo de
Adequação à
LGPD
Todos os setores da empresa devem conhecer os conceitos
Iniciando o projeto. básicos inerentes à privacidade de dados, para o fim de
realizar as etapas de mapeamento de dados e compliance
Para iniciação de um projeto de adequação a LGPD, é
de acordo com as diretrizes da Lei.
recomendável que as empresas estabeleçam equipes
multidisciplinares responsáveis pelo processo, envolvendo
O envolvimento da Diretoria Executiva logo no início do
principalmente especialistas jurídicos, de segurança da
projeto é altamente recomendável para reforçar a
informação e de processos - internos ou terceirizados.
importância do projeto e da aderência por todos os
envolvidos na organização.
Sugere-se que o Encarregado de proteção de dados seja
designado para liderar a equipe multidisciplinar, podendo ser
um colaborador interno, um grupo de colaboradores ou um
consultor externo.

Entrevistas com os setores da organização para

Levantamento de informações conhecimento dos processos, fluxos, atividades e


softwares que utilizam dados pessoais, considerando
para adequação dados em meio físico ou digital.


A equipe responsável pela condução da adequação deve
Aquisição de ferramentas que auxiliem na descoberta de
entender as lacunas da empresa, baseando-se nas diretrizes
dados pessoais nos servidores e softwares da empresa,
legais da LGPD, para que seja possível elaborar um plano de
quando possível.
ação com as tratativas necessárias sobre o atingimento do
compliance.

Catalogação e classificação dos dados pessoais
Além disso, um levantamento de informações deve ser
encontrados, relacionando-os com os processos, fluxos,
realizado para que seja possível observar todo o ciclo de
atividades e softwares utilizados pelos setores.
vida dos dados pessoais que transitam pelos agentes de
tratamento, desde sua coleta até a exclusão, relacionando-

os com as devidas bases legais de tratamento descritas na
Análise e deliberação das bases legais de tratamento
LGPD (item 06).
que serão utilizadas para cada fluxo de tratamento de
dados pessoais.
Um mapeamento de dados pode ser realizados
considerando as seguintes atividades:

Registro de todas as informações coletadas durante o
mapeamento de dados.
As empresas poderão utilizar metodologias de processos ou
Execução das atividades de gestão de riscos para o envolvimento dos setores, ficando a
equipe de adequação responsável por traçar estratégias e
adequação oferecer todo o suporte necessário e os relatórios executivos
sobre o andamento do processo de adequação na
Para a fase de execução, é recomendado que a equipe de
empresa.
adequação realize o registro de todas as atividades
necessárias em ferramentas utilizadas pela empresa,
É importante que, nesta fase, todos os registros necessários
atribuindo as responsabilidades para os setores envolvidos sejam executados pela equipe de adequação e pelo
com a adequação de processos, fluxos, atividades e
encarregado de dados, principalmente no caso de existirem
softwares necessários para o compliance à LGPD. situações nas quais os agentes de tratamento tenham
deliberado sobre a não realização de atividades em prol do
compliance às diretrizes legais, visto que a responsabilidade
pela adequação é da empresa controladora ou operadora
dos dados pessoais, e não dos profissionais envolvidos no
processo de adequação.
1. Possibilitar o cumprimento de todos os direitos dos titulares, principalmente
os relacionados com a base legal de consentimento, quando for aplicável;

2. Definir o encarregado de dados pessoais;

3. Estabelecer todas as políticas necessárias para adequação a lei,


principalmente as que envolvam clientes externos;

4. Estabelecer os canais de comunicação com os


titulares e a ANPD;

5. Emitir os avisos necessários sobre a adequação para clientes,


colaboradores, parceiros e fornecedores;

6. Realizar adequação dos contratos observando os itens necessários da


LGPD;

7.
Elaborar os documentos necessário para utilização do encarregado de
dados e agentes de tratamento, tais como: Relatório de Impacto, Relatório
de Resposta a Incidentes, entre outros.
Nesta etapa, o encarregado de dados será o principal ponto
Sustentação da privacidade de de contato para as reclamações inerente aos titulares de
dados e ANPD, realização de acompanhamentos internos e
dados (LGPD) estabelecimento de um processo para adequação contínua
das políticas, processos e capacitações de privacidade de
Após findar o processo de adequação à lei, ainda se faz
dados.
necessária uma equipe responsável por manter em
operação os itens relacionados à privacidade de dados.
A cultura de privacidade de dados na empresa deve fazer
parte do dia a dia dos colaboradores, devendo, a cada
Esta equipe poderá ser estabelecida através de um comitê
novo projeto e processo, estarem presentes os conceitos de
multidisciplinar e multissetorial ou considerar a mesma equipe privacidade como padrão.
que participou do projeto de adequação à lei, conduzido
pelo encarregado de dados.
 Processo contínuo de avaliação de contratos da empresa,
relacionando-os com os itens de privacidade dados;
 Programas de conscientização periódicos para capacitação
dos colaboradores;
 Estabelecimento de um processo de privacidade e
segurança no design de novos projetos, produtos e serviços
da empresa, desde a sua fase de concepção;
 Auditar os fornecedores e terceiros referente à qualidade do
tratamento dos dados e compliance à Lei;
 Tratativas das solicitações dos titulares e da ANPD pelo
encarregado de dados;
 Reavaliação e mitigação de riscos de vazamentos de dados
em processos, sistemas e tecnologias.
— diretorias e conselhos
Gestão FIESC 2018 a 2021

Diretores Conselho Fiscal


Presidente: Mario Cezar de Aguiar Vice-presidentes para Assuntos Regionais
Adalberto Roeder Efetivos
1º Vice-presidente: Gilberto Seleme Alto Uruguai Catarinense: Álvaro Luis de Mendonça
Albano Schmidt José Cesar Feldhaus
Diretor 1º Secretário: Edvaldo Ângelo Alto Vale do Itajaí: André Armin Odebrecht
Alceu Lorenzon Otmar Josef Müller
Diretor 2º Secretário: Ronaldo Baumgarten Junior Centro-Norte: Leonir Antônio Tesser
Aldo Apolinário João Terencio Knabben Oenning
(licenciado) Centro-Oeste: Márcio Luís Dalla Lana
Carlos Júlio Haacke Júnior
Diretor 1º Tesoureiro: Alexandre D'Ávila da Cunha Extremo Oeste: Astor Kist
César Pereira Döhler Suplentes
Diretora 2ª Tesoureira: Rita Cassia Conti Foz do Rio Itajaí: Maurício Cesar Pereira
Charles Alfredo Bretzke Amauri Eduardo Kollross
Litoral Sul: Alexsandro da Cruz Barbosa
Conrado Coelho Costa Filho Edilson Zanatta
Norte-Nordeste: Evair Oenning
Egon Werner Renato Rossmark Schramm
Oeste: Waldemar Antônio Schmitz
Everaldo Canani Wiggers
Planalto Norte: Arnaldo Huebl
Hilton Siqueira Leonetti
Serra Catarinense: Israel José Marcon
João Formento Delegação junto à CNI
Sudeste: José Fernando da Silva Rocha
José Sylvio Ghisi Efetivos
Sul: Diomício Vidal
Leonir João Pinheiro Glauco José Côrte
Vale do Itajaí: Ulrich Kuhn
Marco Antonio Corsini Mario Cezar de Aguiar
Vale do Itajaí Mirim: Ingo Fischer
Marcos Bellicanta
Vale do Itapocu: Célio Bayer
Marcus Schlösser Suplentes
Mário Luís Nóri de Oliveira Bárbara Paludo
Vice-Presidentes Para Assuntos Estratégicos
Newton João Fabris Rogério Pedro Mendes
Lino Rohden
Olvacir José Bez Fontana
Mário Lanznaster
Pedro Leal da Silva Neto
Ney Osvaldo Silva Filho
Ramiro Cardoso
Rui Altenburg
Vianei Amilcare Zappellini
Volmir Antônio Meotti
Federação das Indústrias do
Estado de Santa Catarina
Rodovia Admar Gonzaga, 2765
Itacorubi - 88034-001 - Florianópolis, SC

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