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™® Shvoj Zita 25, Delete, The Loic of Some, Nova orae, Colma Univesity Pres, 1990.9. 26. Nt seni, omiso de Deke conan de Ahawer? Deewre Timi se ito Imapnrp Real oper flocs do Simi 20 ps si dia seria do wobec els (on sje expe ‘iment, tod xperieca min) do sbjeto Ge cone {on erat snblis pros res orcs dockerin) se ‘neg ao cit mgr Smo. 86 Lacan emaiza 0 co Sibtio- Real, pe etd na rg ds ated enor, De resto, os pose “ue ca pos de Dele e Aer exlign staan nul tte pocmidne ex lens ds das ns especasetras Es pts? O Epis Alta Expinon dn sr ini, 0 co ‘hecimena som sj desembargad dos fete nas ~ 20 pas (geo Eipinon de Deluna, da is copra. ‘nines 3, OTTO WEININGER, OU , que tau a sua verdadeira natureza enguantosujeto ste ‘uténom0 a0 consentir sem feio na sua sexualdade. Por conse- ‘point, a verdadera ntureza da mulher coasiste no apetitilimita- o pas relapses sexuais, 0 que manifesta 9 modo como 0 filo «do- rina por inteio — ainda que muitas vers de maneieainconsciente ‘Movi vida da mulher De acordo com esta submis constitu tiva 0 falo, a mulher 6 hetrénoma no sentido mais rgorosamente entiano —'o que significa que a € livre, que esti submetid 3 fa- taldide exterior (0 6rgo macuin6 parame se ss uj nome ela a o- bec: ose destin est ele, em qualquer cosa 3 qe no pode = apr Po isso, ndo gosta de vero home ue unica manifesta 2 ne cesta deo ver: ene que nese moment estar pena. O filo priva completa eirevogavelmenteamalher da sus iterdade (209) A mulher nd 6 ive: em tin insti, o deseo ese ila pelohomem continua de cero medoa pevalecernelaa mulher égo- ‘Sema polo Flo (9.274) Seque-se que, quando uma mulher resiste ao se desejo senate seenvergonha dele, esta suprimir a sua verdaeiranatureza, A in terorizago dos valores espirituas do homem pode chezar 20 pon to de expulsar da conscincia da mulher a percepgio da sua propria verdadeiranatueza; todavia, esta natureza lata com violneis por Se restabelece,retorna sob a forma de sintomashiséicos. O que a mulher histria experimenta coma deseo estrho, maligno e imo- ral, porconseguinte, a sua natureza mas intima, & sua sujego 20 Fao. A prova definiiva do carter amoral da mulher esti em que, ‘quanto mais desesperadamente se esforga por adoptar os valores ex Piritusis do homem, mais histérica se tor, Quando uma mulher age de acordo com preceitos moras, age de manera heterénoma, or medo ao Senor masculino ou com o inteno de ofascina:& ‘onomia da mulher €fingida, é uma imitaeo da autonomia imposta «partir do exterior. Quando diz a verdade, no 0 faz por veracida- de, mas para impressionar © homem, pars o seduzit de um modo ‘nas sub: «De maneira que 2 mulher mente sempre, ainda qu 86 Slave) Zita do, objectivamente, diz a verdade»(p. 287), Af reside a «falsidade ‘ontoldpia da mulhers; neste sentido, o «amor [da mulher] pela ver- dade 6 6 um caso especial da sua mendacidade> (p.291). A mais alta percepeio a que uma mulber pode aceder€ una premonigag obscura da sua eseravidio constitutive, © que a leva a proctar salvar-se através daauto-aiquilagdo, Para o eto Familiari2ado com a tora Iacaniana da sexual feminina, no ser dificil dtectar nesta aproximagio suméra algae mas das proposiges fundamentas de Lacan. Nio podemos ver no ‘Portanto, 2 mulher nio existe de Weininger«heranga de La Tem ime sexist pas» de Lacan’ Aideia de que a mulher da corp 8 fal- ‘do homem ~ de que a sua propria exstencia se alcerga na trai- <0 do homem & sua attude espirtuale éxca — no apresenta um ‘ariagdo da teselacaniana «a mulher & um sintoma do homers? (Segundo Lacan sntoma como formasio de compromiso revel ue 0 sujeto«renunciou ao seu desejoo.) Quando Weininger ini te em que a mulher nunca pode integrar-se totalmente no universo spiritual da Verdade, do Bem e da Beleza, dado que esse universo 6, para la, uma ordem quo The foi imposta a partir do exterior, 0 Stari a anecipar 0 juizo laaniano de que & mulher néo se integra por completo na ordem simbslica? E,enfim, no que se refer ao mo tivo subordinagdo total da mulher ao Fao (ao contriio do que se ssa com o homem, que sé em parte se submet sua regra) — ‘femulas da sexuagdo» de Lacan aio sfirmario porventura que parte nenhuma da mulher est isenta da fungi félics, ao mesmo tempo que a posigdo masculina acarreta uma excepeio, um X que no esta subordinado a fungo flies? [A eNore bo Muxo» Praaniva Infelizmente, um exame um pouco mais detdo desestabiliza esta saparente homologia, embora no a desiuindo completamente da ‘a validade, O feminismo deveria ter em conta o grande mérito, por parte de Weininger, de ter operado uma ruptura ttl com a pro: blemiticaideolégica do enigma da mulher», da feminidade en- quanto segredo que se supde esquivarouniverso nacional discusi- ‘As Maxstases do Gozo © vo. A assergio «A mulher nlo existe» nose refere emt absoluto ‘uma infivel esséncia feminina, para além do campo da existencia iscusiv: 0 que ndo existe é esse Para Além inaingivel. Em sum, fazendo entrar em jogo a férmula hegeiana um tanto estafuda, po- . Aqui universaidade 6 um tago «mmudo»indiferente, que concta as entdaes particles, um ems {ue nio posto enquanto ta. Por ours palavras,o Particular ni se ‘laciona com Universal enquanto tl ao conc do que se passa com set enquantoaconsiencia de i,q participa do Univer sal exacta¢uniamentena medida em que asa denidde une da, macada por uma privag, na medida em que no 6 totalmente ‘axguilo qu é — es 0 que Hegel pensa quando fala de euniversal- dade ngatvan!4, Recordemeos um caso exemplar da dialtica pol tea: quando € que ua minora paiculae (Gia, sexual, rego, ‘c)invoca 0 Universal? Justameate quando quad exstente dis relapbessocias no satisfa as necessidades dessa minora ea imp de de realizar 0 seu potencial. Ness preciso momento, «minora ‘ese obrigad a fundamentar as stasexigneis no Universal e nos princpios universalmente reconheidos, afimmando que 0s seus membros so impedides de patciparnaeucago, nas oporuniga- es detnbalho, na live expresso, na atviade polcnpblicac sim por dint, na mesma medi em que os resanteso fazem. ‘Um caso exemplar deste paras do Univeral isto €, da relagdo Aialectizada com 0 Universal € © que nos prporciona a afirmagao de Malcolm X, segundo a qual «o omen branco, como al € mae 0 que esta declarago significa nfo € que todos os brancos seam ‘aus, masque, devido as injutiga cometidas pelos homens brancos conta © povo negro, 0 mal perence a ieia universal de homem ‘wanco.O que entetnto, no me impede, enguano home branco individual, de me tomar sbome, omando consiencia do Mal que , Como aterormente disemos a prova per negato. nen‘ ¢ properionae pela inteeagio dos dois gos que dis Eve corporativsmo fascist: ua obsesto com a imagem da 0. ‘Sade como comunidad oginice cus consttuntsnopostanente cup ose lugs propia a sus reste parle dg dnc arena Sujito (o-Esséncia) (0 Substincia) Como desloca Weininger estas coordenadas idcolégiastradici= ais? Uma yez mais, esté aqui mas proximo do feminisimo, quando parece precisamente ser mais ant-ferinista do que aideologia soli ial. Ao contrério desta, Weininger nega igualmente 0 valor étieo Ae Metisse do Gora 9s (limitado) da Me, o pilar da Fai, e reform cso tradicio- tale homem divide-se entre uma atudeespritual autdnoma e uma sexuaidade fica (no quadro da heteronomia); a mulher divide-se ‘entre a sua «verdadeiranatureza» (que consist precisamente na sa falta de natureza propria: nada «€» seo eptite do homem, existe ‘apenas na media em que trai o olhardaguele) ea morale e- terSnoma, mposta a partido exterior. Toda, se reconfecemos no ‘Vario oatolgico da mulher o proprio vcio que define a subjctv ade, esta dupla divi tansforma-se nas formulas da sexagor de Lacan: — A divisto da muther€ de natureza histérea e assume a forma 4a incoeréncia do seu dese: «Peso que rete o men pedo, uma vex que isto nfo & isso» (Lacan). Quando, por exemplo, a Kundry de Wagner sedaz Paria quer na realidade que ele resists 80s seus avangos: no corroboraré porventura esta obstrugo, esta sabotagem 4o seu prépriodesignio,aexistncianela de uma dimensdo que re- ‘ste dominago da Falo? (0 proprio Weininger fala de um obseu- 10 desejo or parte da mulher de se libertar, de se livrar do jugo do {alo através da auto-aniguilago.) © teror masculino perane a rau- ther, que Go profurdamente marco o Zetgest na passage do 56 culo Xx para o século xx — de Evard Munch e August Strindberz ' Franz Kafka — revelaseentfo como terror perante a incoeréncia ‘eminina: a histeriafeminina, que raumatizou esses homens (e que ‘marcou também as origens da psicanlise),confrontava-oscom uma uli de méscaras incoerentes (uma mulher histérica passa de medato de siplicas desesperada a uma isto vulgare cruel, ¢ 48: sim por dante). O que causa um mal-estar fundamental éa impos- sibilidade de distingur porsob as méscaras um seta coerente que 38 manipule:apés as camadas das maltplas méscares nao hi nad; ‘nada, quando muito, sendo a fala de forma, a matéia mucosa da substi vital Bastaré aqui evocar o encontro de Edvard Minch com a hsteri, {ve tio profundamenteo marcou, Em 1893, Munch enamorarase da bela ha de um negociante de vos de Oslo.A jovem apegouse a Miinch, mas este tema ligarse e senta-seangustiado em relagio & sua obra, o qe fee com que aeabisse por a deixar, Nama noite de tempestde, aparecsu uma embarcapio a vela que o Vina buscar: 6 Savoie informaram-no de que ajovem estava bers da morte e queria falar “Ihe pela tima vez. Minch sents intensamente comovido sem fazer outras penuntas, pOs-s a caminho de casa dea, onde a encon: ‘rou na cama, no mieo de duas ves acesas. Mas quando Se apeoxi- ‘mou de cama, a apariga levantou-s elargow a ri: todo aquele c= nvo so passava de uma farsa, Munch deu meia-votaedispos-se a partir; nesse momento, ela ameapou-o de se matr se ele voltasse a ‘eixélae apontou o cano de um revslver ao peito, Quando Minch se inclinow pra Ihe arancar a arma, coavencido de que o revver ‘no passava de mais uma pega do mesmo jogo de cena, arma isparou-e e feiu-0 na mio..!8 Vemos agai 0 teato histrico na sn expresso mas pura: 0 sujeito€ envolvide numa mascara em ‘que aquilo que parece mortalmente sro se revela como uma aude {aagonia) eem que aquilo que pare um gesto vo se revelade uma seriedade mortal (aameaga de suicidio)!?,O pio que invade 0 su jeitomasculino) perantesemehante teatro manifesta terror de ver ‘que, por deris das mitiplas méseara, que rio caindo uma & uma ‘como as fothas da cascade uma eebola, nada, nenhum Segredo feminino dim, “odavia devemos evitar um mal-entendido fatal. Na medida em {que estas miscarashistéica si o modo que wma mulher tem de ca- tivar olhar masculino, a conelusto ineviivel parece ser que 0 Se ‘redo feminino inacessivel paras economia falica mascalim — @ ‘setemo feminino» (das ewig Webliche] (Goethe) para além das mas ‘arassimbélicas — consste numa substinciafemiina que esquva ‘0 reino do «fallogocentrismo». A conclusio complementar€ que, ra medida em que nada hi sob as mascara, a mulher esi complet ‘mente submetida ao Falo. Segundo Lacan, no entanto, ¢o contiio ‘que se passa: 0 eterno feminino» pré-simi6lico é wma fantasia pa- traralretrospectva (do mesmo mado que a ideia antropolégica de ‘um Paraiso matriareal original, que foi destrudo pela Queda a cvs lizago patiarcale qu, de Bachofen em diante, € um sido esto da ideologia patraral, uma vez que assentana ideia de uma evol= ‘0 tleolgica conducente do matrarcado ao patriarcad).E, por is- $0, propria auséncia de qualquer excepeo ao Falo © que toma a economia libidinal feminina inccerene,histérics, minando desse modo 9 eino do Fale. pari do momento em que, como afirma ‘Weininger.a mulher & «penetra por todos os objects», esta exten As Metstases do Gozo n sto ilimitada do falo mina 0 Flo como prinepio do Universal e sua Except fundadora, 'Asubversio do sujeito..» de Lacan termina com um ambiguo: «Aqui nto ie par além distos20. Ambfguo, pois implica que, mais tanle, nouto lugar, Lacan in «para alm. Esta adverténcia seduzia lgumas critics feminists de Lacan, que o aeusaram dese deter no Ponto preciso onde era necessrio dar um passodecisivo para além {o falocentrismo freudiano:embora Lacan fle do g0z0feminino co- mo esquio ao campo do félco,concebe-o como um inefvel «con tinenteobseuro» separado do discurso(masculino) por uma frontei- 1 impossvel de stravessr. Segundo as feminists como Irignay ou Kristeva, esta recusn de atravessar a frontira,exte «Auli ie po ra além disto» assinala tabu continno das mulheres: 0 que estas _querem & ir para aléms, desenvolver os contomos de um siscurso feminino» para am da ordem simbolica «fica». Porque € que esta operago — que, na perspectiva do senso 6o- ‘mum, nio pode deixar de pacer ineiramentejustificada — era 0 vo? Em termos tradicioais, o Limite que define a mulher no & epistemoligico, mas onolépico, © que quer dizer que para além zo hé nada. 0 «feminino» é esta estriado limite enguant tl. tum limite que precede o que pode ou na exstir no seu Para Am: tudo que pereebemos neste Para Alm (por exemplo,o eterno fe- rmiino) sio as nossasproprias projeepies de fantasia. A Mulher {enguanto Enigma é um especto engendrado pela superficie incoe- rente das miscaras miltplas — 0 segredo do proprio «Segredo> & incoeténea da superficie. 9 aome que Lacan desta incoc~ ‘cia da superficie (para um espago topolégica complicado como banda de Moebius) ésimplsmente o sujet "No caso do homem, em contrapartida, cisio 6, por assim di- zr, exteriorizaa:o homem escapa da incoeréncia do su deseo es- tabelecendo uma linha de separacao entre o dominio do Falo — ov ‘ej, gozo sexual, aelagdo com um parceir sexual — eo no Pie liso — ou se, 0 dominio dos objectives cos, da sctividade «pd blica» nfo sexal (a Excepo), Deparamo-nos aqui com o parato- 1x0 dos «estado que sio essenciaimente subprodtoe»: 0 homtem Subordina@ sua rego com uma miler aa campo dos Objectivos ‘ions (forgado a escolher entre um mulher ¢ 0 dever seo — sob on Stavo) Zia forma de brignes rofisoni ete. — opt imeiatanene pe to dever: a0 eno, ext a0 mest tenpo concent de a tnt ea om uma muerte pode propronar feeds fun ou vale pessoa. Asta capone que a mulber Selurda com mur efeia so, istment, cle Ihe submeer toda a sun actividades qua qi ease Inapa de ress 6 thet pela actvidde epics dele o que ete para a sa consti sxc de us el ana elds a 0 por a Ba {tos porns a inverlo da ccoomi bial o anor core n0 norco, conagome decane Dam, eaabeleo 0 me tera como meu Deve spe por io, tle um De pou. inifremcapchosa, una coipnbsraumana> (La Cin com qual alg sexual ml & poste nem dese, 0 2 qe cao peste rm possvh a flags Sexual re Exainemt org ao at poo camo meu objeto caplet. te prdono emerge em qs todo 0 melodrama gue inp: te dps por neo sn ars aa Pl aus (ples) como prove supe do seu amor pc ela ~ ou impli que sl fo a par sO nomen subline do conhorimetn acme quanto ser se apace efi Je SShomem a eiou cm nome osc amir ot el Ua vara teresa dest tema a apesnada pls vero de Vincent Mi tel de Os Quatro Caeleos do Apoalipe (The Four Horsemen Ofthe Apocalypse) Gon Por despa 0 papel uli, ums ch aentin que eva una vd lege co Pa rat a ccupta faz sovilizan com fii slemdes e vivendo com a mule de thn ide da Resitncio sete ng Thi). Emr ea ow Carmen apaxonad por Dio, muler sete qo oem com @ chal vive ¢um nc qs efigia nx praseres pivado, eae ‘So murid, queen aandone pelo nant, um verde fet De sao, ona ado o gio pee recarse una mascara tua sao de emerges, ull ¢rgentemete concn po Um homem qs ea abe ser nto da Restate er st poe csc meet qe Julio fing stm omer de pazr i te poder pene ao mundo do oc alemies ma importante scsteno ese mod sinfnmaptes precios sobe 0 ini. Fo talent Julio als os sn, nd go, pear dss ae Cin tn pia cotmara su i aro prvavelmente sii As Metstases do Geo » tem considncia agora eg, num setido mas prof le fz 0 Ae fi por com fi ser dg do sey aor “Aqui qe Lacan design como sno fas entre « dominio d go Tico dominio spices desea que Seva ~ ou sj o fille deta ut limtopdo do Fae eter sg deuma Except Noe eto, aloo spicata tal: caso sible em tina ince aoe par paraon dos ssa guess esencinemte sibpes par aleangarmas. plenitude rave do gen ca, esd fir a ele como object exo Par ors pees sag "etd s6 pode emer oro de una ede de compen Fsmoe qu ee anima por um object dfn nde {vemos romances Maguerie Dis) Oumor€ una ep 1 imprevisel do al 36 acaba por pode) emer emda undo renuncianos os o desig ig conor ose Cuno (Aguievidenene como eta a tina oo onto ttclem:o amor € mo mesmo tempo 0 is ‘eld um mean asl, cone oumprov ears al: "iment pee do aor tansttencal ne panne Tre de um amor qu é pedi vatoratcanen pel prop stan sna espe ds qualidade pclae reais aa Now tesemido,oaalita€ ato, mo ot si: dvi seu corse atoms, ata nee pein sd de {ve nos cnarmoramos Fels opines posites da pes car pelo ur ele ou sa 6 sa ridade>Eiemornes oe pel anal eng iar foal nett, aio de ceag ‘manos», € niio por uma pessoa de carne e oss0.25) [As «FORMULAS DA SEXUAGKON Adeia de diferenca sexual abre uma série de conexdes ilosficas; © primeiroaspecto que salta aos olhos¢ a homolog estrutual ents {5 rmulas da sextago» lcanians ea dualdede kantiana das an tinomis mateméticae dinmica?®. Na flosofia contemporinea, uma as associagdes posives€ a proporcionada pela oposigio da stem , 0 -eove pr Sapa ma er mas, tnd em eng ext fund ue pods me- dic melhor adimensio ds contigo leant: Lacan Tos plement opine dln ox confros de a cr ina no rade dite wl de una era ‘ome rafialmet com sexualagto anropoméric cates € mea como sen ods picpio emis, asi po Shani) equ por iso, € adequada cna mcea-O podleos om qe se confetava Lac er como pasos do selre to animal, guindo pelo saber nstinvo e repalads pon ri as tunis seudade hunt, posi pelo deseo gu sce © 6 por iso mesmo nace, ieenemente perarba, con. nado ao malo astin por dat? (AE meu romance ps ton ico como Dep eCloe nos enna qc ao chez ma els somal sino pets ats tando o comportamcno seal dos annals exigent ma mulher experiments, 6, feria digo sl a. também esta a base da doutrina freudiana do complexo de Ea Po: oque nis — ot pelo menos, «mura de ene ns expert Imeniamos como Sendo a rela sexl mais cmt» & uae Coit de apredio, inerirady aver de una see cones traumatic, deimerveges da Lei sinbolea) Deste modo, por tant, a esos ao problema de Lacan 6 entamos na sna umn rags ntrvengo ds orden sible raat pra teteroaéno irompendo no sino natal do acaaumente ‘propos dan amino sings sinelzagd( l siatutno, que carta nivale da ung flea fm da numa exes: lad feminine arts um mini stood ee, or so mes, no comport excep So ica, hua prguta st evince imps: ue lag ope "align cae ean das sntaomis pum liga 2 pe me. Slave) Zita sigio feminino e masclino, que, embora simbolicamente mediada ‘ceulturalmentecondicionada, continua a ser um facto biolsico? A fesposa a esta perguntaé: esse lac no existe. O que experimen- tamos como «sexualidade» éprocisamente 0 efeito do acto contin. gente do senxerto» do impasse fundamental da simbolizagéo na ‘oposicio bolésica maseulino-eminina. A respost 8 pergunta: nfo egitim este Igo entre os dois paradoxos lgicos da unversliza- (0 eda sexualdade? — 6, portant: & precisamente esse o ponte de Lacan, O que Lacan faz 6 simplesmente anspor este earcter ile- stimo» do nivel epistemoldgico para 0 nivel ontoldsico: a propria sexualidad, aguilo que experimentamos como aafirmago mais al {te mais tensa do que somos, é um bricolage, uma montagem de clementos heterogéneos. E neste aspecto que reside a adesconstru- ‘on lacanana da sexualidade. ste senxerto» parsita do impasse simblico no seasslamento ‘animal mina o rita instintivo deste e confere-the uma indelével marca de facass: «Noh relagosexualy; toda arelago entre os sexos s6 se produz contra 0 fundo de una impossiilidade Funda mental, assim por dante. Trata-se de um enxertoraicalmente ontingente, no setido em que se funda na homolog entre 0 pis ‘do homem e 0 facto de, nas foemulas «masculinas, estamos pe- rante a excepgo que funda a unversilidade: 0 curto-icuito entre (0s dois aspectos transforma o pénis em suporte material do signii- ‘ante fico, o significant da cstrago simbslica, Mas como sees truturam,entio, os lads emasculino»e afeminino>? ‘Um exemplo geral do dominio do «nilo-todo» & 0 que nos apre- senta a ideia marxista da lta de clases: toda posigo que as mamos propésito desta Tua, incluindo a teérica é jun momen to dela, implica «tomar partido»; € por isso que nio hi ponto de vista impaciale objetivo que nos permita defini ata de classes. [Neste sentido, «alta de classes no existe», uma vez que no hi elemento que Ihe escapes: no podemos apreendé-la wenquanto| ‘als; confontamo-nos sempre com os efeitos parca euja causa au ente€ a luta de clasts, (No universo do dscurso estalinita, em contrapartida, a lata de classes existe, porque hi ume excepeao a cla: a tecnologia ea linguagem so concebidas como instrmentos rneutros & disposigso de todos , enquamto tis, exteriors lua de classes) [As Metisse do Goro 1s ‘Mas viremo-nos para um exemplo mais abstracto, od ilosofa ‘Um pido relance de qualquer manual de flosofia mostra que qual- ‘quer ieia universal, inclusiva, de flosfia se enraiea numa filos0- fia particular, trazendo consigo 0 ponto de vista de ums Filosofia particular. No hd una idia neutra de losfia que possadivdi-se em filosota analtea,flsofiahermenduticae assim por diane; c3- , esta defingio nfo € reversve: no podem lizer que os pobres so scos sem dineiro». No temas um géero outro «pessoas» diviido em duas especies, eticosse de Lacan eas antinomias kanianas da azo pur ‘em Lacan, «anasculino» ou efeminino» no & um significado que for eg informagio positiva acerca do sujeito isto 6, que designe algu- mas das suas propredades fenomenoldpias: rata se antes de um ‘9 daguilo que Kant eoncebe como uma detemminagto puramente egativa que apenas dsigna, ou rogist, eno limite — mais prec samente, uma moalidade especifica do fracas do sujito na ape ‘a na idenidade que ou a constiuiia como objecto no interior da realdade fenomenal, Neste sentido, Lacan esto mas longe possive a nogo de diferenga sexual como relago entre dois pslos oposos {que se suplementam e formam juntos o todo do Homem: «ascul no» €«leminino» nlo to as das espécies do género Homem, mas antes os dois modos do fracasso do sueito a visa a pln identi 4 do Homem. «Home ¢ «mulher» no formam juntos um Todo, uma vez que cada wm dees ¢ jf om st prprioum Todo falhado, Devera terse tomado, encanto, claro porque raaes a concep tualizagio da diferenga sexual por parte de Lacan evita o engano de ‘uma pouco feliz «ldgica binrias: nos sus terms, «mascuino> e ‘feminino» ndo se opdem sob a forma de uma série de predicados contrérios (activpasvo. eausalefsito, rigfosentimento e assim ‘or diane), mas veiulam antes — «masculino» e «feminino» — tums modalidade diferente da relagio antagnica ene tai conta ‘os. O «hiomem» nfo & uma caus do efeito-mther, mas uma ro aldade espectfca da rela ene cause efeito (a sucesso linear de causase efeitos com excepgo de um elemento nico, a Causa ‘Gtima), em contrast com a «mulher», que implica uma modalida- dedlferente (um tipo de «interacglo» complexa,em que caus fun- iona como efeito dos seus prrios efeitos). No interior do campo 108 Slave) Zita os praeres sexs propriamente dios, economia masculina tens ‘de a ser «tleolégica, entrada no orgasmo fico enquanto prazer por excelénca, ao pao que a economia feminina az consigo uma Fede dispersa de prazeres pticulres, que no se organizam em for ‘no de um prinipi teleoKigico central. O resultado 6 que «masculi ‘nose afeminino» no si duasentdades substancias postivas. mas ‘duas modalidades diferentes de uma tinea e mesma entidade: em vista de «feminizapr um discurso masculino, basta mudar ~ por ve ‘es, quaseimperceptivelmente — a sua «tonalidade» expecta aqui que os «consrucionistas», na esteira de Foucault, e Lacan ‘se separam uns do outo: pa os «constracionistas, 0 vexo no 6 um {dado natural, mas um Brieolage, uma reunit artifical de prticas tliscursivasheterogéness, ao paso que Lacan rejita ess perspecti= ‘va, sem regres, por iso, 2 um substancialismo ingénuo. Para ele, ! iferenga sexual no é uma construsodiscursiva, simblica; emer: {ge ames onde a simbolizai fracas: somos sere sexuados porque ®simbolizagio esbarra sempre na impossiblidade que Ie € propria por inerénca. A questo aqui em jogo aio é que 0s sees «teaisn, ‘Sconertot, nunca possam corrsponder plenamente consiigao Simbtica de chomem» ou de enh: 0 ponto € ants 0 facto de tal construgio suplementar sempre um certo impasse fundamental [Em sum, se fosse passive simbolizar a diferenga seal, no teria: ‘mos dois sexs, mas apenas tan «Maseulino»¢ feminino» no so ‘dua partes complementares do Todo, sio das tentatvas(alhadas) ‘de simbolizagio desse Todo. © resultado da nossa leitura de Weininger €, por conseguint, ‘um inversio paradox, ainda que inevitivel, do aparlho ideolgi= ‘co anl-feminista desposad por Weininger — segundo 0 qual as mulheres se acham totalmente submetidas ao gozo falco, enquanta ‘0 homens tém scesso ao campo dessexulizado dos objectives ix ‘os para alm do Fal: &@ homem quem esté totalmente submetido 20 Fala (pois que postular uma Excepcio & 0 modo de mante «do ‘minagio universal do Fala) wa vez que a mulher, gragas& neae= ‘cia do seu deseo, acede ao dominio do «para am do Falon. 86 ‘mulher tem acesso ao gozo (ao iio) do Outro. 1 elemento traumatico que Weininger se ecusou a reconheces cembora esse reconhecimento soja uma exigncia que decore di 8 As Mestases do Gono oo _pripria obra, foi esta inversoinerente& sun pogo coca: & & mulher © nfo © homem, que pode aceder ao «para além do Fale» ‘Weininger, em contrapartda, opto pelo sueidio — por esse exemn- plo tinico de repress bem suvedida, de recalcamento sem retorno {o recalado. Através do seu sicido, Weininger confimou das ‘coisas: qbe 0 sabia nalgum lugar «profundo denzo de sis, nose in ‘conscience, 9 mesmo tempo, que tal saber era para ele absolut ‘mente insuportivel, A altemativa com que se controntava no era ‘vida ou morte», nem edinhero ou morte», mas antes «siber ou morte. facto de a mort sera nica saida posivel para o seu st ber comprova a awentcidade inquestiondvel da sua posigso sub- jective. Por outras palavas, a tensfoinsuportivel da posi sub- Jectiva de Weininger nio documentars a naturea histerica do sea {iscuso? Mais uma razdo que faz com que valha a pena I, Nous 10s etmors eave prtntses referee bs pignts de versio ingles (uo poco vel a ob: Se and Character (Auoriard rnin {from the si German eon Lone, Willam Heinrann Nov ke SGP Patan Son aT hinds pec 0 Tver sj gu o ugar ada dennis de um dos fdas mal “ned eins ropes de Laan Lacan de manne i tm geo amor pos Ser redid a um fendme nag, ana oh ‘Sto nares plo période Am mel mada, anor ou pai visa ome rel door pr ln a neticagdes imagines fu sibs ao ama, ao 0 qu wee mai ogo app. Sobre figra Dar no amor crs, er capita 1 Sobre et veri da laa ete ets li, vero capt 2. Pars na eft exeplar det gia do waereo enna» de wm onto de vista feminist, ver Mary Ann Doane,

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