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propostas metadolgcas, nto importa quais eam, subjazem valores ieol- po, que pode no ser neiatamence detects pelo pressor ‘Ali deo ea no ar una questi para nossa reflex: qua a implie «acio pedagegica do fato de o ensino de linguas baseado em eompetncias ‘star voltado para os resltados? Podemos pensa,deimediato, na seguinte lain er ieywtete eentcin irbiche a «que levam os anos até eles Eat ver outraimpicago importante:"Decer~ ta forma, pode-te dizer que, com esta abordager,ndo importa que metodo- logia¢empregada, desde que ela entre os resultado da sprendizagen! (Richards, 1996: 49), Bem, se. metodologia néo importa, idea de metodo parece cit por terra, Parece, si. E tal aparéncia nos leva inevitavelmentea ua discussio sobre a contnuidade da existécia dos métados. Continuars segindo linha orto om lua de pensar a supostamente bre= ve histria dos métodos de ensino de Lingus extrangira eaportarel nas ropostas metodoligicas qu se inserem no en 30 communicative de Inguas tulo quatro cap! UISHITSCCU NUON LIN anos 1970, a busca po suposto méto~ do deal de ensna de Knguas etrangeiras ontinava. Véros Linguistas apicados tities wskmbraram 0 ensino de n- _guas estrangeiasfcando a exami, ‘Sogundo Richars e Rodgers (1998) tl foo se deve ao ito dea interdependincia ‘entre 0s plies europeus ter aumentado com 3 ansoldaso do Mercado Comum Europeu em 1957 e com a ctiagio do Conselho da Europa ‘em 1974, Esse aumento fer surgir a necessi~ fe de ensinar aos adultos as inguas europeiss ‘mais importantes do ponto de vista econdmi- ‘ovpoltco para contolidar 0 bloco geopoltico ‘ue se forma. ‘As décadas de 1970 1980 testemunharams isseminagdo de propostas metodligics omi- riatvas dentro e fra da Europa influgnia dessas propostas fo} forte o bastante para tira tum bom peso do espag ocupado pelo método sudilingual nos meiosaeadmic, etoril ee ‘oar Fat uma toma de espaco que comecou 8 fer delinenda com 0 questinamento de yes ton conceitos de eompetincia e desempento de ‘Choma, conform vimos no primeiro capt Diferentemente do que acontece com a6 propostashumanistaseeom o método wiiotn= igual, nfo existe um nome, nto existe un terico ‘specfico que possumos assciaremblematicamente ao ensino comunica- tive de Mnguss, pols diversos teteicos contriburem para o desemvalia rmeato de propostas metodolégieas de canko eomuniativo. Realmente ruitos romes van & minha mente quando pento nesse método: Himes, Halliday, Widdowson, Littlewood, Brumfie, Candin, Johnson, Canale, Swain, Savignon, Wilkins [A dala de 1970 realmente frvilhava em discusabes acerca do enna e ings estrangeras. Keith Johnson sua visio para o estado de cols aquela dca: Muito do considera desenvolvimento atl no ensino de ings pode fer visto come uma resposta «um proba do qual os professres tn consis hf muito tmp Eo problema do etadante gue pode ser ef- ‘ruturalmente competent, mas qu nfo congue se comuniar equa mente Jahns, 1994128) A busca por una solugd para esse problema gerou algumas propos: tas comunicativas, cinco das quais veremos neste eaptulo: a abordagem ‘natural, 2 abordagem comunicativa, a aprendizagem baseada em tren, sbordagem lexical « abordagem comunistva intercultural, Todas elas ‘compartiham os seguintes aspects tericos gers doensing comunictivo elinguas (©) alingua &conceia como interac social, como eomunicagto or iso, no & consideradaneutra quando et em os (0) estraras geamatcas nfo so eixo em Lorne do qual as aulas dover girar, mas so alvo de atengo do profesor no sen tido de suxiliar os alunos a aprenderem a usar tis estrturas adequadamente (©) oaprendia nto & vist como um papageio on uma cponis may sim, como um ser capz de construi seus conhecimentos ede ne _gociar sentidos nas ineragbe soci (@) © professor tem o papel de faiitar a aprendizagem dos seus lu- 's €ndo um modelos itso; (© os error dos alunos sfo toerados porque slo vistos como parte inegrantee natural do proceso de aprendizagem aro lune a desenvolver sua compe- © © objetivo do ensino & ausiliar 0 aluno a d ttacia comunicatva 0 que implica construgo deconbecimentos ipramatiais, discursivose socoingulstios da lingua asim como ‘de estratégias de compensago ede comunicardo. Embora compartilhen esas carctristcas, as propostas metodo ‘as do ensinn comunictio de Iinguas estrangerasapresetam diferngas signifiativas entre si como veremos a seguit 4 Abordagem natural 'A abordagem natura (emo que usarel aqui para natural eproac) fst desenvolvide por Tracy Terrell nos anos 1970. Desst ver, no fo um materi, um picdlogo, ui pquitra ou um pedagogo que aresentou lima nova vio sobre o ensino « a aprendizagem de lingus esteangeras, nas sm, ui professor de espanhal, Terrell uni freas com wm Kingista cplicado, Krashen, par juntos elaborarem um arabougo térico. ‘Keashen (20:4 138) etn sex Uivro Principles and Prte i Second “Language Austin, apreseta os seuintspinepis da abordager natura (00 temp dal prinariamente deco a frnser inpatpare ses princlpos nfo apenas revelam os elementos que salvos das preocupagtes de Krashen e Terell no que diz respito a aprendizagem, foes também dsixam transparecer una intelocucao com os tabalhos de tutor toércos que fcaram em evidéncia nas décadas de 1960 € 1970, como Lovanay, Asher eGattegno. © primero principio mostra a importincia que eles dio & compreen- st, que 0 ino em torn do gual wo alas deve gira Vale lembra que ‘np 0 conjunto de infrmagBeslexicaisegramaticas que oapeendi r= be do profesor, dos colegas, do material didi edo meio ambiente em que se encontra. Nessepoato les se aproximam de Lozano, para quem 0 aprendi deve ser exposto ao maximo de input posivel,e se dstanciam de Gattegno, que defende a mportincia deo professor iar, 0 miximo possi= ‘eer siléncio, (0 segundo princfpio mostra tengo de Krashen e Terrell para com os fatores aftivos que podem interfer na aprendizagem,evidenciando a influéncia humanista em seu metodo, #16 estdantes que, por exemplo, se entem constrangidos quando sto corridos pelo professor Outros Ho t80 timidos que evita, 30 mixin, slr n sla de ala eam medo de come= terem eros, © que & um grande obstculo para o desenvolvimento de suas Iblidadescomunicativas, (0 tersio principio mostra que as alas de gramétia no ocupar um lugar central na abordagem natural. A lgica para sso 60 ito deo ser hi ‘mano aprender sua lingua matera sem ter nstroto formal de gramtica CObviamente, ess legica pode ser contestant medida em a aguisico de Iingua estrangera mobili deteminadosprocessos cgritvos que Ihe 80 espesics que no esto presente na aquisigto de Kingus materna final, 2 crianga aprende a sua primeira lingua e,posterirmente, como pré-ado- Jescente,aolescnte ou adit, jf dominando sua lingua materna,aprende uma segunda lingua, Somado asso, ho fato de um adult aprendendo wma lingua stranger em seu pa no ser exposto & mess quantiade de pet que una erianea € expos quando est aprendendo a lingua mater, (0 imo principio revela a eoncepto de ingua como um instrumenta de comunicago, © que leva muitos teéricos a inculrem a abordagem na- tural no ensino comunieavo de linguas. Novament, iso em a er com © aprendzado da lingua materna: nds aprendemos pars nos comanicar ‘om as pessoas a0 nosso rer. Ha um claro distanciamento em rego 0 método audiolingual, que adot uma concepeo estruturalista de Ling. [As refleases de Krashen e Terrell sobre a aquisigo da lingua materna Jevaramn Krashen a propor cinco hipstess acerca do proceso de aquisicio de una segunda lingua A pins rors guch-arrzc, poe i ee nace poteenes de ings Br De cr com eel ae mile oma nile os ring Bon raeeeSReutmagen est da gemini deforma concen: Tecan coi er Rae a0} o dls podem desemelver su ope nce nang de dan mana den ended A prin ea a rece sconce emo sedans tee a nance cono scans deem sn compet Ig ttc Hr sino par terao ana oeniagen rept aprndangon ora! opedcagon natal Pra Rr 4 ar tc eo arendzs em de are a «Vg vr ne Se comcten wn eo gree por ex et (Eq lore a asa 0 qe est era. eg ‘Ser aon cupetnss meng = penne eared ent concen de sae aes Ld tintnis prs rio opradegee cosines acs nase azo eta Nes ano penis re demi crn ors ningun c tab poder ara ep dl Trertieson a aguinné cena x aprediagen peri. Loge éuupactsqednesr ean nace eng A ai Sree onic cao arene comes camo at “rr ngs mat A apendige vee proses cn eee prem reco alton aero un gd Tan Cot rete) fn alert de lg os sa mcs nero gun cargo aac tac na hrs de aaoapreiage le a eb qren ng reranginprem d eae nun conan spre onseuc tng 0 nhl rsd umes ates (ve ae nator. eran ce sq e pedge mo ere ne rene Aa grenage ot fnnene qe ene or aainorcmcteAl fra precede ree roe una mar ep con ogo ol 6g pea agus, que envolve complexos process de construgsoe recast ‘de hipéteses que podem. sim. ter algum gra de const Também no convencide de que ess destomia sea vida, Rod Ellis, ‘er um dos seus livres, ota por usar of termos aioe aprndizagen ome sno | anit de segunda Tngun vee, entrar com a apmiagon de segunda lingua com bate no pressuposto de qu dieretes proces 01.0 tem aqusio usad para ere ao ato deni ua gu por mio da expenicto ala enguanto teri "iprendiagen ua rae rir ao esto consented una segunda lingua. Entree sg manter a mente teresa reapeto de et er una dieting rel ou ‘so Por iso, wari “aquito"eaprndizage” de mance inercaie ‘el ndpendentemente de haerprceos concent omnes vlvios (Fl, 1916 grr do ator). Elis nto & 0 nico a demonstrar resstncia em relago & dstingto entre aquisgaoeaprendizagem. Bary MeLaughlin (1996) aponta dois pro lamas teérieossrios ness dsting. O primero &o ito de Krashen nfo \definiradequada e precisamente 0 conedito de aqisgto © 0 concsito de saprendizagem. Dessa forma, nto € possve dfrenciar um do outro, O se ‘fundo probloma &0fao de cle ndoexpiciar a diferencaentre-osprocessos onscentese subconscientes que ocorem, respectivamente, na aprendica- ieme na aquisio. rigor, no ¢ posse determinar seu indivi et sprendendo ou aduirindo uma Mingus. McLaughlin deende que se evite Uustros terms conscientee ncocient na discuss terica sobre segunda lingua e critica veementemente a distinglo entre aprendizagem e auisigto ‘xatamente peo fito deel assum ser posse dferencar o que & cons lente dala que #ineonacint” (McLaughlin, 1900 27) Noh como se Aiscordar dessa erica 6? 'A mIrOTeSt D4 ORDEM NATURAL afiema que #aqusigo de estrturss ‘sramaticas ocore em ua ordem previsvel. Contd, se ela & preva, lento a aquisigso de etrutras gramaticais se dé de manera linear 0 que extremamenteimprovivel.Além dito, Krasen acaba dando um tio no Prprio p,conforme aponta Romeo (2018) 8 abordagem natural minimiza perl da gram, mas propte qu aqnovapendiage sed vit ume apts hatral ont esa ips plane recut um crs de igus et er fy sod com Sot d cme romain vedo com ue rami rere me xnte da seston Toran be monronanero 62 tira pes rope por rune cpecicamnte cats rendigem, Seno ep ‘co late nomtort ou eit sua roan ng eam bas no ‘Grate Coo. pena de fra cnaet 0 moniter inna cmon por edo let Al vl notre Kren “ames montoranenta ne fao d aed por men Sik ques ee coige algo qe conser inadequdsov impres,© ‘te cede pets friar de eto em omer ‘Carnetangun dopo het uri clr Pert (pedro mpi. ‘unten fi considera or Kase ena ls aco" amet ras imprtante triad gs de segunda Iga dpe gle eel ecru The Nard A tra bo mrt papel da core 9 proceso de a= (Sod gin onrangi. Bese tpstse ue Kran prope ano eA un gun qs cntn erties um poco cia es eld competi sta 1 ln coma ida do etext cd inbeasi erralingutc” (rer, 209 ‘roca rata Ca io mee lu pu mine sgtienxatamence. Bo que xtc "vel de Shp stat? Como deeming? Pas €Nio home Ee omnia um ponent ral apse {hie Aa como pros por ese al saber So ip reece wots mia acinn do ede compen ta inom ropes f+ Rap 9 en nom in tere oem cae ‘De emg ma, a inpertncn So npr 4 sprentgem (2 evn dengue engi € peo pace. Alga conta ‘Sip nto vedas 0 que do pu € mri pls eta [aryl o cane de ale Rumer (20025) emia ue apie et con rt sno pen sore pres np saa er Sree tpg frente ngs ye ane ro np sn a Sesser open nga cin omy rrm ron pa cig {hema ening pt tae Wt op ‘nme on 8 linguisticos a que ests exposto: apenas in om ue assy ‘exatamente 0 input processado, 7 Mim oge gute pe tp oo pc ee» rcp pirat pt 0 pooping toa take rg Po Teas o entinis er cinah on pe pone tee pe en ence rs or de pee Taee mre ats trent ar et se 0 promo ao oro orednga) Spano ren Gh enter ie gupta cme og ‘mre Sac Count fo dep to 0 ‘seja facilitada, enquanto a ansicdade precisa estar reduzida. "i ae Brae 0) = ps te sg acorns eon sn ncn sinus ie a O fern sn si iin ta a us dpe ip no Tic re men ies oc linn poem road svt pts eens rs opt sl fas ie ea i ee mph cs er re Vom mgt ropes netlge cen coe drones ng ra 4, Nbordagem comunicativa Serum, quando mito prfessre ing pom eH, eeervicatve de ein, 0 que vem sun mente € 2 abordagem CON ve cake, resultado de reflextes ¢ de questionamentos acerca dt manera anes ay guts estrangeirasvinkam edo ersinadas nas décads 1900 ca fatiae-s af a palavra manci, pois mest o mod aulingut) ce PR, por explo, tam o objetivo time de ajudar os students seaasvaremcapares Je usr a ingunestada para se cmricarey #88 vVcem em terms da mancia com que se pode chegar a ese objetivo ¢ a venmow da eoncepes de Kngua ede aprendizager que aot erica ej refiextes ¢ questionnments contribuiram dei samente para 0 desenalvimento da abordagem comnalve fi David Wine (008) Ele eric fremente os moos de esi dengue angola existentes at dada de 1970 por poser un eab csr para que os entwdanesdesnvavam sua competacia comin ‘aren apes de realizar aos inguttics msi complexes, eben taco rtcas ao abu situacional,baseado ma previsto dus prvi sagen nas quis 0 extn tro de unr «HN aegis afirmande que um eilabe dessa matures € prio pare arr geal de nguas devido Bs dielades de defini o gue € wes sa de determina po de resto especie que wn wsuio de Ug aaa ata stunao, Eas cetca de Witkin tabi prosede, Anal $© {hanno sng tonite preside om Hrs erect borage situaconlpereceremon como els so Ve ae art tmeros um taco queer ito coma am ro rc ericendos por um labs ncinal athe ezort Em um aroporn Sryestom pote tr intraptes ras totalmente impress ois sera ierrogam um passage sept de tio de droga am at sagirodiscute com outro passageiro que fama nt fret de nbarque wa mulher que espera um passageiro converst com um desconhecido no bar do aeroporto sobre animals de etimagdo, uma passages reclame com 0 fimconério de uma empresa aérea por eausa do atraso no vo... Bu poder ‘cscrever vias piginas com exemplos de interagto oral no seroperto,o que ‘videncia que hi mutaspossibildades de intersco dentro da situsglo the airport sj io que stat signifiqe. final, estar no acroporto nko sig nif apenas fazer 0 chee, 0 porto de etabarque ¢embarcer. Outros ‘eventos com diversas iterages podem ocorrer. Eo carol disso € que hi uma mirfade de possibilidades de enunciados que podem oxorrer nesas interagbes, muitos dos qaisimprevisives, Jan Ate van Ek, com o propésito de definir um nivel de proficiénela eral de uma popula to heterogénen e apa de usuros da lingua como os habiantes dos paises da comunidade europea, oferee wna defini de situa que til emo uma deinefo persconal, mas que evidenca toda aificuldade de deine esse coneito de uma forma inqustionével: Por situa nbs queremos nox refi 90 comple de conigtes extea- Tingusticas que determinam a naareas de um at lingua. Adega Aamente flan, as states so etritamete pessnis ¢ dias, Una ‘as conde & sempre o pépeo susie individual ds ing com seu tuclground nic (soma total de sss experi). Para 08 moss Prophitos C3, devemos ignorar as condiges etiam individuise ros concentrar em quo componente dss stuns (Van Ek 204 105, gio do ator Apenasa titulo de curiosidades os quatro components que, segundo ‘an Ek, foram uma twas: as rgras seis que oaprendie sera capaz de usar as rexraspscokgicas que le ser capa de usar o enn noe qs ‘de ser capaz de usar a lingua estrangeiras 0 pos com os quai le er ‘spar de lidar usando uma lingua etrangera.Percebe-se como & compo, realmente, defini stuaio para fins pedaggicos. Bem, Wilkins faz um comentirio importante sobre os métodos que tlotam um slabs gramatial ou situsciona 0 qual vale a pena transcre- ver aqui As ahordagens grammtial ¢stucinal alo essenciaimenterespostas tar diferentes pergunas A abordagem gramatial € us repost prs {pergunta cma Como ofalntes da ling X se express? A aborda- tem sitaconal€ ua respots A erpuntas quando ou onde Quando © deo spend previa dainguralvo? Exist, contd uma prunes ‘nis fndamentla er lt, epost pode formar uma akernati 1s onganizages gramitienis¢stuaconais do ensino 20 mesmo emPO ‘em qe permite que considers greats situational continues tperando. A pergunta& quai? Quis as noes que um aren espera ‘Sr capae de expesar por moda lingunalv? Deve ser possi et Tcecer que tipo de sues um aprendieprovavelmene desi cmunicar (Witkin, 19:38) Para responder a essa pergunta, Wilkins propbe um slabs noc ral ou semintico,baseado na previsto das necessidades comicaive dos atudantes express em nogBet semintias ¢ em fungBes comunicativas (0 slabs € divi em dua eategorias a categoria semintco-gramatical (dempo,quantidade, expago, matiia, caso cds) ea categoria de anges ‘comuniativas(modaidae, dlciplina eavalagso moral persunsi,args- tnentaxd,exposigo einguisio raciona, mogtes pessoas, relagdes emo dona e relagesinterpessoas ‘Wilkins acredita que 0 allah nocional pode sjudar o estudante 4 desenvolver sta competéncin comunicativa, Entretanto, H. Douglas Brown (1994, claramnteseguindoterminologapropostapor Richards « Rodgers, discord de Wilkins quanto a essa crenga porque o silabus cin Go qual Brown a6 etre como piles moios)unciona) € fapenas um gia, ou sea, 6 parte do design, «no um métodos um sy- So eae ee asa de uniaden, aja las Tabs spenas presenta a lingua como uma _gramaticas fancionas, nacionis o stuacionais, «, portant, nfo tats ‘das entratégias envlvidas no proceso de comunieagso que extudante deve aprender Para Brown, um syllabus nto necessaramente contrib para desenvok- ‘ver acompettcia comunicatva dos estudantes, que no din, porém, = Jmportancia do trabalho de Willis parao desenvelvimento da abordagem ‘omonicatva, Afinal, a grande saeada de Wilkins fa importinea da ané- lie das neessidades comunicativas dos estidantes,esencial para as rfl es sobre as propostas mtadldyicas de ensnn de Vinge rtrangeieas No aso do Brasil, e um professor nfo sabe quai slo as necesiedes dos estudantes, se nfo sabe com que objetivo os estudantes estudam ings, nfo ‘terdcinca do que incur edo que no incur no sylaus do curso ede como tesbalhar esse contd, (© comentirio de Brown sponta para uma quest curios a rigor, mic {0s teércosafrmam que os métodos comuncatvos nto so mds, my sim, shordagens (euindo-se af, mais ums ver, a terminologia proposta por Richards e Rogers) razdo disso €0fato de nto haver am dg etn rocedimentos que seam earacterstios ds métodoscomunictivos, como zante com 0 método auditing, por exemplo Nas propostas metodldgias comonicatvas, hi claramente, uma to nd lingua subjacente a ensino comunicativo de inguas, que & teora ‘comunicativosinteracional, da qual trate no primero captlo, Eb usa ‘cori implica da aprendizagem, como eslarecem Richards e Rodgers Elemento de ua tera sbjcente de aprendizager pose ser disceric os a partie de alms pisos do ensno comuncativo de lngus 3 ‘Um desses elementos pode ser dest como o pring da comuricasto 1 atvidades que enol comuniejto real promioven 4 aprendiagem, ‘Um segundo elenent 60 pinot ativiades masque gu 4 sa pra relia de tare signfeatvas proven x ype sie, Bm otros plavras, on rios da Tiga podem nteragi ns metro face a face ou virtuslmente em tempo rea (pe: via tle 00 ‘Sype) Eas é a interac em presence ve laramente evidenci reso tnt pelo mens, duas pessoas J interagto em ausndia Ea que ocorr ‘ron elcome acontece quando assists um me, nviamos um lage por emai, lmos um veo ou esceverns um esi, por exer~ fo. Nese caso, interao entre os inteloewtores no oS, evando vigumes pesogy as exquccerem de que ero itraindo com 0 atores tlw texto que leem ou como FturosIetoes dos texts que eareve, ‘Eas cbservagh € relevant por evidencar a importineia de © pro- sensor de inglés sjudar seus alunos a se torarem conscientes das quetes lineursivasenvelvides nos prcessos de escit, de fla, de compreensto ora ve leitura(anto de textos verbais quanto de textos imageticos), Aina, « Vngua em uso nf 6 ner: 0 exon gealmesteweieulam valores ieo- gene que podem estar exlcitos ou implitos nas escolhas temas, no vrrramento acres de determinedos tas, nas escolhaslexica © ma es cola sitios. ‘Lombrorme de un epsédio interessante ao qual subjaz @ nto néi- raided da lingua em uso. A rlagto entre Barack Obama ca rede de rv ox sempre fo ts tensa que, logo no prtneio ano de seu primeiro man lle ele ce recusou a dar entrevistas Fox alegundo que ela nto € us fede der, mas sim, uma mquina a servgo dos pollticos da diets, mais “epecificamenteaservigo dos valores ideoligicos defends pelo Partido Republican, Com essa rcs ¢ est alegacto, Obama explicit 8 ques eda nzo neutraidade dos textos produzidos plas corporasbes mitt es eon programas joralistics proclamato-redvulgadores sents de futon everdades ‘No cow enyoific da sla de aula, «pressor precisa se Hembra de queen vrs ditiosclabrados nos Estados Unido na Inger = sae cinnte trav valores cultura edeolgicosdesses paises. Por iso, “Th previa cxtaratento ae tests qv compéetn ovr ddéicn que wisn jada se alunos a fiearem atentos também, Canagarajah nos ofrewe fon exempl interesante dso analisndo ax narrativas do Tivo Amerien Kern Leon, wltado por universiades do Sri Lanka em 1980 ‘ina desas narra rela a experts de uma malber eget 1H nds deel et epee pars ana ‘anh, pra pgar ius, paris taba, pr intr sexramrae ‘doe pura ira cinema Ela dena o quart dsarutidy dia a sombeint ‘cna, No come da nia, quand ele eu namerado perder ‘ibaa comep pensar que oder encontrar un namorao ie ese um care eats de una ermna; da consegue umn cron Ne Aad segues veo no cinema om sex rove nama, presenta ‘como a pesca que the deu carne. Ese eis mage que en ela So motivads por ego, convensnca «materialist, Ao ett ete repos de pests negras por mio de ng 0s come uma ret ar personages da comunidede dominant, ovo stun o valores di ‘comunidad anglo-amercana(Canagasnh, 2008 7) Embora essa nto sea nica letra pssivel dese trecho do liv, a andlse de Canagarsjahsugere que o professor de inglés precisa estar atento 0s valores idcolgicos veculados expita ou implistamente pelos livros \iditicos, Paraiso, o professor tem de observa as petsonagens do ivro em termos das posgdes sciis que ocupam, em termos da mancia como & mule, ono, o negro, laine, o homossexua, a Kshica lo representados (cu omits e/ouslenciads) ‘A terceira implicardo pedagogica de pensar o ensino de Vinguas com ropéstos comunicatios €oeuidado que o profesor deve ter com relags0 ts tpos de atvidades que escohe para seus aunos realizar em sala de aula. Vejamos a posigao de dois proponents dls shortage comunicativa & respeto das atividades Christopher Brumfit fo um dos primsrosteicos a chamara steno de professores de linguas pare a necessidade de desenvolverno estudante ‘uncia e no apenas presto ou corregto gramatical). Brumfit (1904) de- lene enfticamente sua posgte no que diz rexpeto ao tipo deatividades que tum prossor deve sugerir seus alunos um curso de lnguas deve ser ba seado em atividades de fluéncia, spesar des atividades de preciso, que visum ao desenvolvimento da competéncia gramatcl do estudante, sere importantes no processo de aquisigo de uma segunda ings, Fazendo uma analgia com proceso de aquisgo da lingua mater, -rumfitargumenta que sania doindviduo que aprende uma lingua es gi rts de etude exe ec 2 verti dere repre oe dene ae eyna! pont ues comaito ei, OO a rds A pose corer ole 8 pot a an rae en weg re Nese caw 40 8 wr sscta vane on er expr io artnet ag tp dese wl mde A ou de Bg en peace deseo ct xara coin neuen Na concn era, oro abs © aa arcmin owen smn 4 ser re ages cross ar pel lar mt ere ee de unt pn ur ia su tet ea sas art delingugen es gin Tr commiat ingle em ane oa, Pes e porn de eran con et nbn degen Sesrs dr ea setter Ener opens ec eee aa mmc momar i a sna igi ao ge con ses ore fe ens ae cepa pred mca dnd Leendert sumtin nies ee Pek ecureuil era a a aoe ane rena on Sing ning Diese sno dn rc acts aa gc ris ea sete Come gener anne qu ee a sn een irs no wae [pace] Le venat | Ec =| (0s cartes sto embarahadose virados para baixo,exatamente como se far no jogo da memsria, Cada ano do trio alernard uma tentative unre | [arms = fe [me centr cate qu coronene tes iain Se owcarer ot nro ord wn snmp for cone oe Sh dev orcas ted ae la ial ern, de eed Siete dawn nae Se evar over cnc as plas tre hn ovr in tr worst a Pence ‘eo dene tae rt as rma trate Sr imp nl enter Im ideo importante prt uv procs a ce profissdes ¢ locais de trabalho, morepcens ‘Um replete de Mata iso dew em a trove qu or lito zr em rn expres so nto "cpio ue pmo «rap ag ta, Ue te Se i Ste crt dt prides sande Sener Ain, expen apie angameron unos vere este pe ra Bromine rei so cnctos metalic qo den terimortna prc ross delingues eng A disingo etre preciso eflutna & uns dstingo meramente metox ogi, 30 ives de uma dstingto em psizeloga ou en inguitica En ‘auras pars, una distin que pode a ake pra o reser no proce de tomada de deciso sobre conte ds use tiga fo tango entre odiveri0s tps de aide Se valor noe commie iio dengue mis telgico do que tic, no enti de ue ‘umn distin qu est senda ta com inten de rod ut ensing ‘lor — nso questo mas pets posal do nostoeneiment da natures dalinguagem ed guise de linguagem (Bruit 956 52, ‘As tori de lingua ede aprndizagem com auc um ross able que vo determinar a quantidade de tempo d aula quceledestinaré aati aes de linea atividades de precisto, Um profesor que ee os prin ‘ipios tebricos do metodo auditing creditando que o desenvolvimento «h competéncia gramaticalésufcente para epacita os ahanos ase com harem, val conduzr sua aula concentrando-senautilizaso de aivdaden de preciso. um professor que seg os prictpas do ensinocomunicativa que objetiva ajar o estudantes a desenvolverem a sa competi eo ‘ict dard mals Sfiawe a atviades que vise ao desenvolvineto ct vn loci em stages variadas, Ele wtli2ar também atviddes de rec- sto para prepararos alunos paras tvidades de hn, acitand o ero» ‘hs alunos como pate natural do proceso de aprendizngem, ‘Entrtant, vale resaltar que aimportinelaaparentemente excessivs tua por Brumfit ao cancito de ugncia em detrimento do onedto de fein, recomend oso deatividadesdefuéncn eo quase nfo uso de TTidades de preciso, 6 um eelexo do momento tedrico que o ensino de Tinguas extrangelrasatravessava, no qu a reago aos prineiiosoriundos tho metodo auditing ainda era muito forte ‘Um comentiri que nfo poe deixar de sr feito sobre o consito de presto &oseuint: a preciso é relativa, final, ua contro sincitica vhruma repost uma pergunta consderadas corretas por um professor pO~ lm ar consieradasincoretas por outro professor: o conccto de precxio ‘ecbaseado em um julgamento socal da lingua usada por wna comunidad deal (Brunt, 199 387), Por exemple, em determinada comunidad de fila, ocounciado “dot have no Hime” & ecto naturalmente como correto, tquant o mesmo enunciodo &consderadoerrade em outra comunidad de fal Por ers azo o professor de inglés precisa pensar duas vezes antes de ‘considera incorets dterinados enunciados poferidos por seus alunos Littlewood tem uma posgto mais exvel do que a de Bruit ro que diz vepeto ao pel da Mune eda precsio no ensno de Hinguas estan igsirs El escleree que o profesor, como facta da apeendizager, tia tina stuago para os anos realizarem wma atividade,explica-thes 0 que down uzer e interfere o inimo posivel na realzago da atividade Ble fix lu alert importante arespeito do pape do profssor no momento em que ‘alunos realizam a atividdes: apeialnene nos tps win ratios de avid intervenes desne- cris do poser poder ined que of aanos se wala KeDi+ omens na avid, pelican, asim, 0 desevalimenta de ns tildade ingutieas, Cnt, 0 nto sg qu quando ativida profesor dev se torn wm ager ess stg endo realizad (Ceewood, 195: Bm outraspalavrs, o professor 56 deve intrferir quando perecber ‘qe os alunos esto com difculdades para realnar a tart ov quand al ‘um deles pei ajuda. Iso se aplic princpalmente ts atividadesvotaas Pars o desenvolvimento da fugnca.Além diss, ele deve monitrar ati Vira, observandoo desempento dos alunos, seus pontosfracose fortes, para tomar decisdes quanto ao que vai fazer posteriormente. Por exemplo, ‘se notar que os alunos esto tendo difculdade com vocabulério ou com \eterminadas estruturas, pode planer uma aivdde para ajudé-os a su pera esa difculdade Curiosamente,criou-se um mito sobre o papel que a gramtic teria ‘nt abordagem comunicativa: seu papel seria nul. Lembro-me do mes in ode trabalho num instituto de Iinguas binacional no ano de 1989. Vérog Proéssores ali diziam que nto era preciso trabalhar a gramsitica ne sla de tla porque os aluns a aprenderiam szinhos com o passa do tempo, pis ‘stavam seguindo os prnelpios deste método. Ora, a supostaautoaprenti- 2agem das estruturasgramatcas como um principio da abordagem coms sicatva no passa de um mito. Prova disso 6 que Littlewood (1991) prope ‘no apenas o uso de atividades que visa xo desenvolvimento da faénia do ‘estudante, mas também o uso de atvidades que visu ao desenvolvimento a precsto do estudante, para que sua competéncacomunicativa sea desen- volvda. Ele ria uma taxinomia que divide as atvidades utilizadat cm sala ‘dala em aividaespré-comuniativaseaividadescomunicativas As atividades pré-comunicativas sto aqueliswltadas& pita de lementos linguistics especfios que compdem a competénca gramatical do estate, com as estruturassintticas a promincia, las correspan- ‘dm sativides de procstoe seve como preparaso para atividadenco- ‘uicaiva, nas quis oestudante deve ative integraraqules elementos linguisticosespectios pratcados ns aividadespré~comanicatvas Littlewood divide ne atvdadesprd-comunictivae cm atividades ester ise atividadesquasecomuricativas. As atividdes estrutras, como, por exenpo, os tradicional cxertcios ‘le preenchimento de lcunas,cbjetivam apents o trcinamento de formas ramaticais especiias, Um exemplo de atvidade estrtural€ o seguinte ‘exerteo de preenchimento de lcunas volt para estas inciantes€ om Feo no single presen iva servem de lgasso entre as Formas -As atvidades quas comunicati a tng eu ei foal tes Um exp ewe Ho “dade ¢ um exerecio de compreensto oral no qual oestudante ome eetendo tag qurton em seguida iz seo falane est fazendo uma pet= {punt ov querendo saber se interlocutor concord com a opiifo que cle eae Ct corona ae again opciones eee eee ae en iin a ete ee ae et man agvidades contribuem para o aprendizado de uma lingua estrangei- ie ee a ee eee eae Ca pre eer ge ee ee Se eee f Se a in Som + va a cg ac cen Cn ae teenie ar Se ee ese cae eh earn Ocee Ce gat ca ie ato apna Os ae am ronan gain on New Yous ‘ ‘divorced i ‘ ——— a ts ‘each a E a Se ea a sine = 56 Fiser ps — cal dae: Lito vids de interastoscn quanto avid aoa orunica;sorequerem do aluno uma tengo especial ao context sil ‘no qual a nteraeto corre para que ele poss utiliza formas e sentido pro Dros na rananistode as mennagens. Coe la deal oso no vai encontrar contextos soiaisvaiados,o professor os ria tru des 5 ativdades,sjadando aluno a desenvolve sua competécia sx uistica, Simuladese relays como © mostrado abit, st atividades de STUDENT Now ae the secretary inlaw ofc You hve two tees 5 the dames Tar eonert this Friday night td you de at fog ale owe nn Ee: ne Yourboe to go wi ou, STUDENT R fel wl ever tate ming ee fies np evn! yu pals Soe ing lg Bt ae whe inteagto social muito comuns. Note-s que, neste exemplo, existe acuis te informastoe( no we aga A vai diagr na conversa, A nfo sabe eH {iva rea ao cont) eo duno tem a berdade de eeoer as formas i istias para realizar a forges determinadas no roleplay interessante observar un comentario de Viercheslav Androvenko| (1.902; 8) a respeito das ativdades comnicativa: “Uma atviade comunica= tiva deve ter lacuna de informago, livre eseala do que dizer ede coro di er iso edbockatravts do qual ofalante pode avaiar se seu propésio fi atingido ou nf, Perecbe-se que as stivdades que canto Litlewood quanto “Androsenk consieram comuniatves possuem trés ementos basicos: [ium propésito, que exatamentepreencer uma lacuna de informa (@)a livre escolha de formas lngusticas (8) feito ‘As formas lingultcas wilizadas ness tipo deatividade no so, pin- cpio relevanesO sucess €eido através de quo bem os partipantes t= terdem eexpresam infsge,o que tz tona a questo da fvéeia ed precio, Una ativade que enitie forma linguistira que aluno deve usar tem camo objetivo desenvolvimento da precsto do estdantee, por iso, ‘no € uma atividde comunicaiv, Hans Heinrich Stern dexa sso ber dar: (0 ue distingue ox execs comunicatvos da pric Hnguiticn& ‘tenn do profesor er proporconaroportundades pra ows relat- amnentevealta de lings, cocentrando a tengo do estudante nama ‘arf, nun problema, numa atvidade ou mum pio, no en um pono ‘spe da ling (Stern, 199218) 'D& para perceber a importa que as atividadesdiditicase, por ex tens, o4 materais ddticos,assumiram naabordagem comunicaiv,né? FE uma questo que ourgin entre neuxproponntes dir respito 8 naturezt dos materiasdditicos wsados em sal: eles deve ou nto ser autnticos? "A quetio dos materials autantioos procede dofato de os etudantes no encontarem textos de ors de revistas, de livros, de programas de rio, de programas de elevate, ou de qualquer outro meio de veculs0 ‘apesificamente produridos para determinados ves de profiica.Tixlos ‘esses textos so produidos para comunicarem ideia einformagdes, para ‘us autores interagirem com os ilante litores de une dad comunidad lingultce. Se vetadatequiserfunconarcomtnietivstente nessa corn rida, ter de aprender acessar esses textos na forma como so proviri= os, pois no verses fciitadas dele (@excego dos livros pareitios ‘daptados par estuantesdeingls, os chamados ei reader). “Tal fatolevou muitos adeptos do ensino comnictive de linguas ¢ de= fenderem o uso de materiisauténtcos, ous, materia que nto so fton para fins dditicos, Outro argument para 0 uso de materiaisauténtcos & 0 fito de os materia didticos sere, em gers, to artificiis que no pu sue uma estrutura discursive natural, qual & considera por adept do «ensino comunicaivo como sendo um dos fitresexsenciais para 0 aprendi- zado da lingua (Cunningsworth, 1995: 66). (© uso de materia auténtics, porém, nfo est livre de controvéei, 6 lnguistas eprofessres que considera tai materiis muito dif para ‘studantesiniiantes,defendendo sim, o uso de materiaselaborados expe ca cultural dos extodantes, Byram, Gribkova e Starke eslrecem que“ {0 propisita do ensino tentar mudar os valores dos estudantes, mas, st, tomi-os explore conscientes em qualquer respostawaliatva 20s ot ‘tose ressaltam: Hi, no ent, uma pongo fuamental cerca de valores que todo = fina de inguas deve promover: a posi que recahece © respeito pe Aignidae humonae» iusde de dios hamanor como Sendo ease democrétia para interapdo scl (Byram, Gribors, Starke, £00846, ‘fs dos autores) Ntoporacao, “nconscinacrticn cultural com respit ao pas dopr- rio extant & vista atualment emo um dos maiores objetvos da aren tizagem de ings eeulura’ comentam Elena Tarasheva e Leah Daveheva (goo: 46). final, ns todos precisames refer sobre nossa prépra cular sobre manta como ela parece ser para quem é de fra, par os outros. Por isso, a dimensdo intercultural no ensino de lnguas etrangeras “isa esernolver aprendizes que seam flees intercltris ou madiadres capa es de we engsjar com complexed e com identdadesmiiplaseevtar a ‘steeotipagem que acompanta « perepeto de alguém através de ua snica idenidade” (Byram, Gribhovs, Searkey, 2008: 9, grifos dos autores) ‘Vejamos algumas possbilidades de atvidades que podem contribuir para o desenvolvimento da competi intercultural dos estudantes de Inglés Sto ativdades que objetivar lvé-los a refer sobre ax diferencas entre sats concepgées de mundo eas concepsdes de mundo de membros {e outras comunidades, Essa reflexto 0s sada a desconstruir eoncepebes raturalizadas que os fevetn «considerar como universalsdetrminados fe énenosculturalmentelealizados. “Ativitdes que levam os extdantes a compara ea interpreta eventos deculturas diferentes so bastante eficaes Por exemplo, o professor pode = Tita os extudantes para compara friados no Brasil enos Estados Unis, tanto em termos de datas quanto em terms das formas de commons ix una lisa de frados que serve prfitamente para essa compar ree a 0 professor orienta os alunos a pesquisarem na internet ou a entre= vistarem alguém dos Estados Unidos que eles conhegatn ou observarem pessoas ¢ stuages, se possivel. Ali, usar entrevista e fazer observa ‘es para construir conhesimentos sobre cultura diferentes € uma ago etnogréfes,recomendada por proponentes ds abordagem comunicativa intercultural. Afinal, “a aprendizagem intercultural envolve um elemen- (o de etnogratia, que & a observago sistematicn e a descrico de como uma comunidad se comport" commenta Corbett (2008: 34). Obviamente, ‘© elemento etnogrifco depende do aceso dos estates a miinbrose/ ‘ua stuagdes envolvendo membros deoutrascomsnidades cultura. E08 conhecmments construidosprecisam ir além das simples informasdes 08 alunos precisam problematizar a razio de ser dos friaos, suas motiva- es politics, ideologies, sia. Outra ativdade € chamada de “adjetivos avaliacivos” por Mary Williams (2001: 121-125) O professor apresentastuagdes pers os alunos, sega de ajetivosavaliatvose de uma lacuna para os alunos preenche= rem com outro ajativo se els assim acharem necessrio, Eis trés exem- los apresentados por Williams: Mary as end abo nd ip hate ich fr tight Gaby spectre {Toure dinsr todo. Towarsa 530, Aca party are drs ony tne ss ring Selb eeigene [Asrespostas dos alunos revlarso forma com que cles coneebem esses eventun © prftewr endo, dincte com os alnes au reapectar eo Provo ‘ava pensar a rato pela qual membros deoutras comunidades podem dar respota diferentes ‘Antes de finalza esta spo, gostarin de pontuar que a abordagem eo municaiv intercultural no etd seta deerticas. De aordo com Catherine Matsuo, governs nacionais, corporagbes multinacionaise transnacionais “esto encorsjando escola euniversidades a produzirem ndviuos qu pos- sam 4 abilidade dese comviearem diferentes cultura ey que team ‘ompetncia intercultural” (Matsuo, 20: 947) Essa 6 uma ert interes- "ne, pis nos leva de volta rant de ser da motivaco dos etudos sobre a omunicago intercultural comentaos no inkio desta seo: prepararfun= Cdondri de empresas extadunidenses para implantarem ou consolidarem lai de sus empresas em palsesestrangeirs. Em épacas de intesiiragao da globalizastoe da transnaionalizato ‘mpresarialyaeitura que Matso fiz do modismo que tome conta da abor= ‘dagem comncativa intercultural parece fazer sent. Por isso, precisamos Ficar alerts i agendas wdeograssbjacentes aos métodos. ‘Matsuo faz outea crite, direionadaespecfiamente ao eoncdto de competincin comunicativa intercultural de Byram. Para la, Byram esperta~ zmente se eaquiva de defini altura central para ese coneitoTiitando-se ‘igualtaacltura nacional, o que € também & erieado por Kramsch por= {que ins “uz a cultura de uma naga parecer mas homogénea do que real- mente 6” eeatabelace limites rigidos entre as cultura nacional (Kramsch apud Matsuo, 2014: $6). Bem, dante do exposto nesta soso, fie aro qué a abordager com nicatvninterculeral nfo abandon o objetivo de dsenvolveracompeténca tomunicativa dos estdantes eno prope o abandon das aividades com riatvas, Essa roporta metodogiea apenas introduz a dimensto inter- Calural no ensino de ingunsestrangelras buscando ajdar os estates tse tornarem mais conscientes da sun prépria cultura e da cultura de > rmundades de alates lingua estrangeiras.Além dso, no podemos nos fsquecer ds intereses imperialists qu impulsionaram os estudos sobre ‘eomunicag interculral ‘Vimos, a6 aqui, dversos métodos. No préximo capitulo, abordare0s| ua questo importance: 0s metodo morreram? ANU LROEMIORCRUTICITUD 1 1998, fo observar a aula de uma pro- fessora em um instituto de idiomas. Na renido que tive com ela um dia antes <4 aule, explicitel o proposito da minha fobservacio, combinamos os detalhes. la me disse, dentre outras coisas, que seguia 4 abordagem comunicativa, exa- ‘amence que era adotada por aqueleinstituto de idiomas, Durante aula, ela fer um exerct- cio de repetio de sentengas,corrigindo ime- mente qualquer erro de prondncia ou de festrutura prodisido pelos alunos. Sete anos mais tarde, durante a observagao de wma aula de outa profestor, pereebi —e depos la me confirmou — que ela se reeusav terminante- rmente a usar a lingua portuguesa durante a aula, Em consequéncia desserecusa, ela perdet muita tempo dando instrugbes em inglés pa 2 realizagio de duas atividades: nem todos os ‘unos, iniciantes do primeir ave, enteniam ‘que ela dia, mas, mesmo a fmm repetir as instrugoes em ings. E perdew tempo também tentand expicar, em inglés ‘os significados de plavrasexistentes nas das aivilades e desconhesidas dos alunos, pro- vocando, a vezes,entendimento errdneo por parcede alguns alunos. Ela também havi afir= ‘mado seguir a abordagem comuniativa Ens di casos me fram este dus tes. A prin 2 ‘emia nro ques prose donee eam urn ne 2=njeapuo quel em ena dela Aal nqecshoenea se sane com eo neta eae al oo de lngas ma sh ans ala dela nt snares stg cea 1 aspera qu ch pone er A vega qute faunas ae “pen permie a sbrdgen connate por arta 23> un moda sundaes ermine yor Rated eos i tend era eae es ar cent cto ods ites, ron ts, es ang no sets ngs ae Ea rept mci eseneran alae€ ro d nln ‘mtu a dee stu algun dos ipo vensrening Esta desi guest res gn pts bn Slade al cos rion os spur heacoeecon 4 doce prsavs Det i ano emetic see pein ets prc, Nimans Sot Thru, ta cen ‘2m ie proforma ies do mand snpan ae erinao ttn ms qc an a icine do soi carta ru pets ret Sag Ratan Aes Marta Morgan ul rita eran edison daa paracentesis pret baar , ser del de an extin na tin (Ry ns a 08 Reber Opry ur vi trad por ate Caran, dint om al rfasores ats ae ‘ale graders clpan-n parca tn oS Mipe he Eu fico energonhado quando profssore em 0 devido tenant le ‘am os atesaie row gravndores para sus sles de alae me divenn ‘02 rdo"o Se ay(ou aC he. Hen gem que eto ita ‘gums cos sobre a qual realmente nada saber. Consaqmnerete ape since iguers dest abordagens, ls stem un qucsonanet injusto(Oprandy 1098 ap el, 2003 308). ‘A.reslta ea vergonha de Oprandy st irrelevantes para nossa discus: ‘to ai O que relevante 4 constatacio da inconsstncia entre a pticn de profesores eo metodo que eles firmam dota, indepen de sala ese nn ‘A generalirago dessa inconsstincia contribuis para das situates importantes: intensifiagio do questonamentoscbre a validade do conce- to demétodo eo surgimento da tendinca 8 adotar um estilo clio para ‘ensino de lnguas estrangeiras (0 questonamento se intensifcou aps muitastentatvasinfuferas de descobrir 9 métod de ensno de inguas que fosse 0 melhor, que fos s¢aceto wnanimemente, que resolvestedefinitivamente os problems do ensino de linguas estrangeiras.Inevitavelmente, perguntascomecaram & plular na mente detericosinquetos. Aina, oF métodos so itis para ‘lguma coisa ons fazem atrapalhar a vida dos professores? No seria me hor jogar fra 6 conesto de método? Por no esolverem problema do ensino de inguas, os métodos podem ter sue morte decretada? Em sum, os métodos morrertm? As segs qu seguem buscam ofrecer subsidios para a constr de respostas a esas perguntas, 5. Nera pés-método Em 1980, Pennycook publicaya um artigo inticlado The Cone of Methad, Iterated Kueoldg, and the Pls of Language Teaching n0 qual probe ratzavaoconesito de método:"O dominio dessa nto na conceitualzagto , Acs e308 ‘ASHER, HUSUDO. 1 A, DELA TORRE, K ering ‘Sind Liga hough Command Ti Second Fl Setovke x ctano-aao Pos) Mab Ter et Sued of to Lange Teer FN ey Hae iter 8 p Porfilar em adtar ov no um mad. ira ato que o dts ito mex eram a agora. Alguns so mais wads do gue outros, sos linden pt stam. provivel que o métads doe sgn cadaver menos uso Cat ‘xcoto da TPR que tem maisearade nid qe demo ua tera "oct pars os nesncns. A CLL. € um mod rind de a nica de sconsaltameto pscolgio, snd er tratamentn, Ort, no so mutes as pessoas ‘qe qurem etuaringlsussumindo a pico anlage de un cente/pacte em um ratamento slic. O Sie equ um conan de tater que i So ris nem cis de comprar no Bras lem de se um me com ne racer que pd er considera chats por muita lnc do pre sor Sngetapdiexig ura rotina nada spe denies eum aren ita ‘pecfementepeparado para que a aus ora ofa nado’ E provivel que outros cod durem muito tempo, camo € 0 cas da shordagem comunicativa e do mtd elton, sbordagem lexi e = abore degra bse tris toe do ig inporcane Sas precast © tne 1 cyt On pF iltage 3 tordagen comune inerentr uz pre te and ©) Mtoe ie TESOL bat .8 aqui no Brasil no momento em que redijo este parigrafo, também nos fornece mss om —_— ‘camiing Engl ely te SL, Caco antaoe, The Lm Med nd A atte i tat ieaRD-AATO Fs lnsghts interessante. mas causa suspta oligo de stars servo da ‘itl trunstaional ura nova fcta do imperialism extunidense edas gran es potnciasecondmicas europea, tl ‘datetime oe pads nate rebar fetter soar eta Revert oe Pac ese DT Rod a ficar atento aos interesses ideolégicos por tris dos métodos, ‘onan Espero que este livo posi ser mato iti voce. Canbrge 2 3008

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