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Como larguei um ótimo emprego público para me dedicar ao

empreendedorismo

Já faz mais de 6 anos que chutei o balde de um emprego público e fui chamado de louco e de corajoso por muitas
pessoas. Continue lendo, e entenda o drama.

Um ótimo Emprego
Trabalhei durante 7 anos na maior empresa pública de tecnologia de informação da América Latina.

Lá eu tinha um emprego estável, estacionamento gratuito, plano de saúde, plano odontológico, previdência privada,
ticket refeição, vale alimentação, férias, férias-prêmio, 13o salário, 6 dias de abono social, sinuca, totó, quadra de
futebol e também direito a fazer greve.

Ufa, benefício pra caralho!

De repente, um péssimo emprego


Depois dos primeiros anos de empolgação, quando já tinha comprado carro, casa, celular, TV, roupas, viagens, etc.
O emprego começou a não me parecer tão ótimo assim.

De repente, ter que bater ponto começou a me incomodar. As reuniões feitas para marcar outras reuniões também
começaram a me incomodar. Usar tecnologias e metodologias ultrapassadas era um absurdo na minha visão. Até
a burocracia comum de toda grande empresa, começou a me deixar puto.

No início dessa insatisfação virei um reclamador nato, e confesso que durante um tempo, acreditava que eu
poderia ajudar a melhorar a cultura da empresa, para que voltasse a ter um “ótimo emprego”.
Depois de dar muito murro na ponta de faca, trabalhar em várias equipes diferentes (eu era o programador
nômade da empresa) percebi que não seria possível mudar a cultura de uma empresa com 11 mil funcionários e
50 anos de existência.

Eu estava em um beco sem saída. Não podia mudar a cultura da empresa, e na minha cabeça, seria loucura largar
um emprego público com esse monte de benefícios.

Essa situação me trouxe muita angústia, que acabou virando algumas ziquiziras, como dermatites que nunca
sumiam e um tremor danado nas pálpebras. Sem falar na vontade louca de ir embora que me dava, 5 minutos
depois que eu sentava na cadeira do escritório.

Busca por uma solução


Comecei a fazer terapia pra tentar resolver as ziquiziras e mudar a minha cabeça para ter o meu ótimo emprego de
volta. A técnica utilizada foi a psicanálise, que a grosso modo, é você ir falando sobre o seu passado e ir fazendo
relações com o seu presente.

Foram vários meses de terapia, sempre tentando trazer uma solução, que não fosse largar o emprego. Cheguei até
a car 2 meses viajando (Férias normais + férias prêmio) pra car longe do sofrimento.

Durante a terapia, descobri que o emprego público continuava ótimo do ponto de vista de benefícios, mas péssimo
do ponto de vista de realização pessoal. Resumindo, foi ótimo até eu atingir o 4o nível da pirâmide de Maslow.

E porque esse emprego não me trazia realização pessoal? Porque tem um tal de espírito empreendedor, que nunca
me deixou sossegado. Sempre z trabalhos como freelancer, desde a época que computador não era tão comum,
e apareciam trabalhos para digitação de monogra as. Os trabalhos de formatação e instalação do Windows 98
eram muito comuns também
Portanto, o problema não estava na empresa, nem comigo. A conclusão que cheguei, foi que eu simplesmente não
tinha o per l para trabalhar lá, e realmente teria que sair, e buscar a tal realização pessoal.

Se passaram 2 anos entre a decisão de sair, e o meu último dia no emprego, 21 de dezembro de 2012 (dia do m
do mundo). E o que eu estava fazendo durante esses 2 anos? Me preparando, para reduzir os riscos ao máximo
possível.

Educação informal
Participei de vários cursos online, pois sabia que só saber programar, não era o bastante para empreender no
mercado tão competitivo como hoje.

O primeiro curso que z, que me ajudou muito, foi um sobre nanças pessoais criado pelo Seiiti Arata, que mudou
completamente minha relação com o dinheiro. Aprendi que era possível viver bem, mesmo tendo a renda
diminuída pela metade, depois que largasse o emprego.

O segundo curso, foi um de empreendedorismo digital. E lembrando agora, ele tem relação direta com a minha
vida hoje, quase 1 ano depois de ter largado o emprego.

Foi dentro desse curso que eu tive a ideia de criar um curso de programação para iniciantes, já que era necessário
ter um projeto, para aplicar as técnicas ensinadas.

Verdade, os pontos só se ligam olhando para trás


Nessa mesma época, eu tinha sido convidado para dar uma palestra no Beved, e o tema foi programação para
iniciantes. Chegando lá no dia da palestra, eu conheci pessoalmente o Matt, fundador do Beved.

Ele me disse que estava apertado precisando de um programador, pois o sócio técnico dele tinha saído, para
começar a trabalhar em uma empresa pública (Sim, acredite se quiser, a mesma empresa que eu estava me
preparando para sair. Mundo pequeno!).

No início estávamos negociando só um freela. Mas conversa vai, conversa vem, (eu já tinha bastante interesse e
experiência nessa área de educação) acabou rolando um convite para ser sócio do Beved. E o resto, é história.

Depois de 1 ano ajudando o Beved a crescer, estamos indo agora para uma nova fase, pois dia 16 começaremos
no programa de aceleração do SEED. Dezembro é um ótimo mês para mudanças mesmo ;)

UPDATE (28/07/2016): Já não sou mais sócio do Beved. Saí de lá para criar a Playcode, que não é uma startup, e
sim um lifestyle business, 100% operado a partir da minha casa.

UPDATE (27/12/2018): A Playcode nunca recebeu milhões de investidores, nunca faturou milhões, mas permite
que eu viva hoje tranquilo em uma cidade do interior de Portugal, trabalhando em casa, ajudando empresas do
mundo todo a faturar milhões, e o mais importante, podendo levar todos os dias minha lha a pé para a escola.

Conclusão
Não, não é normal estar sempre insatisfeito com o trabalho. Se está rolando insatisfação com você, com certeza
tem uma causa, e tem uma solução também. Basta correr atrás e tomar ações concretas para resolver.

Você só consegue levar o seu potencial ao máximo, se acreditar de verdade no que está fazendo. Se não acreditar,
o dinheiro vai até te trazer felicidade, mas por um período muito curto.

“Lembrar que você irá morrer um dia, é a melhor maneira que conheço para evitar o
pensamento de que se tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não
seguir o seu coração.” Steve Jobs.
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