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DIREITO AMBIENTAL
• O meio ambiente natural ou físico é constituído pelos recursos naturais, como o solo, a
água, o ar, a flora e a fauna, e pela correlação recíproca de cada um destes elementos
com os demais. Esse é o aspecto imediatamente ressaltado pelo citado inciso I do art.
3º da Lei nº. 6938, de 31 de agosto de 1981.
• O professor Celso Antônio Bandeira de Melo, ensina que o princípio é, por definição,
mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental
que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhe o espírito e servindo de critério
para exata compreensão e inteligência delas, exatamente porque define a lógica e a
racionalidade do sistema normativo, conferindo-lhe a tônica que lhe dá sentido
harmônico.
• Nesse contexto, também ressalta o prof. Celso Antônio: “violar um princípio é muito
mais grave que violar uma norma (...) É a mais grave forma de ilegalidade ou
inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio violado, porque representa
insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais”.
DIREITO AMBIENTAL – AULA 02 – ESPÉCIES DE MEIO AMBIENTE – PRINCÍPIOS DO
DIREITO AMBIENTAL
• Princípio insculpido no art. 225 da CF/88 e afirma que os cidadãos desfrutem de adequadas
condições de vida em uma ambiente saudável ou, na dicção da lei, “ecologicamente
equilibrado”;
• O reconhecimento do direito a um ambiente sadio configura-se como extensão do direito à
vida, quer quando sob o enfoque da própria existência física e saúde dos seres humanos,
quer quanto ao aspecto da dignidade dessa existência.
• Esse novo direito fundamental foi reconhecido pela Conferência das Nações Unidas Sobre o
Ambiente Humano de 1972 (princípio I) e reafirmado pela Declaração do Rio Sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (princípio I).
• De acordo com esse princípio, o Estado tem o dever de buscar diretrizes destinadas a
assegurar o acesso aos meios de sobrevivência a todos os indivíduos e todos os povos, com a
consequente obrigação de evitar riscos ambientais que comprometam a vida.
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• O reconhecimento do direito à vida já não é mais suficiente. Passa-se a uma nova concepção
de que o direito à vida não é completo se não for acompanhado da garantia da qualidade de
vida. Os organismos internacionais passam a medir a qualidade de vida não mais apenas com
base nos indicadores econômicos e começam a incluir fatores e indicadores sociais. O meio
ambiente ecologicamente equilibrado é pressuposto de concretização de satisfação deste
princípio.
• A vida é um direito fundamental que apenas se completa com as garantias sociais,
econômicas e ambientais. O equilíbrio do meio ambiente é, assim, um pressuposto da
garantia da qualidade da vida com dignidade. E, portanto, deve ser garantido pelo Poder
Público enquanto gestor dos bens, recursos e serviços ambientais.
• A sadia qualidade de vida constitui-se como uma verdadeira aspiração, consequência de um
desejo social de proteção e conservação ambiental manifestado no artigo 225, da
Constituição Federal de 1988.
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• 3º - Princípio da Sustentabilidade;
• Implícito no art. 225 da CF/88 quando impõe em seu caput ao Poder Público e à coletividade
o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações.
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• Noções de equidade na utilização dos recursos naturais disponíveis passam a ser correntes
em diversos ordenamentos jurídicos. Esta equidade seria buscada não apenas entre gerações
presentes, mas também – e aqui reside uma grande quebra de paradigma – com as gerações
futuras. Assim, passa-se a adotar a noção de que a utilização dos recursos naturais no
presente somente será aceita em quantidades que não prejudiquem a capacidade de
regeneração do recurso, a fim de garantir o direito das gerações vindouras.
• Como decorrência, servem também para internalizar o impacto causado pelas diferentes
formas de acesso do bem ambiental, tornando-se efetivo instrumento de garantia do direito
das futuras gerações. Quando corretamente dosado no preço, o pagamento pelo acesso
promove medidas de racionalização do uso ou do impacto, além de permitir que as receitas
geradas sejam reinvestidas em programas de melhoria da qualidade ambiental e de
investimento em tecnologias mais limpas.
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• 6º - Princípio da Precaução;
• 7º - Princípio da Prevenção;
• O dever jurídico de evitar a consumação de danos ao meio ambiente vem sendo salientado
em convenções, declarações e sentenças de tribunais internacionais, como na maioria das
legislações internacionais.
• 8º - Princípio da Reparação;
• Diante da complexidade do bem ambiental, toda vez que danificado, complexa também será
a reparação dos estragos realizados. O Direito Ambiental enfatiza em sua essência sempre a
precaução e a prevenção. Mas, diante da ocorrência de um dano e na medida do possível,
prevalece e impõe-se a preferência pela reparação ao estado anterior.
• 9ª - Princípio da Informação;
• O art. 5º, inc. XIV, da Constituição Federal, assegura a todos o acesso à informação. No
âmbito ambiental, a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81) estabelece, no art. 4º,
inc. V, como um de seus objetivos a divulgação de dados e informações ambientais e, além
disso, fixa como um dos instrumentos, previsto no art. 9º, inc. XI, a garantia da prestação de
informações relativas ao meio ambiente, ficando o Poder Público obrigado a produzir tais
informações, quando inexistentes.
• A Constituição Federal brasileira de 1988, no caput do seu art. 225, impõem ao Poder Público
e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e
futuras gerações.
• Este princípio está intimamente ligado à solução do problema da tragédia do bem comum,
característica dos bens de uso comum do povo. Em síntese, significa que em um ambiente
sem regulação (ou intervenção estatal) o comportamento racional humano tenderia ao
esgotamento dos recursos naturais. Isso porque, se o acesso aos bens, recursos e serviços
ambientais não for regulado, a utilização gratuita por um indivíduo implica na privatização do
lucro e na divisão da perda.
• Essa constatação clama pela intervenção de um gestor para os bens, serviços e recursos
ambientais compartilhados por toda a sociedade. Por isso, estabelece o artigo 225, da
Constituição Federal de 1988, ser dever do Poder Público, a garantia do meio ambiente
ecologicamente equilibrado.
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• Pelo Princípio da Responsabilidade o poluidor, pessoa física ou jurídica, responde por suas
ações ou omissões em prejuízo do meio ambiente, ficando sujeito a sanções cíveis, penais ou
administrativas. Logo, a responsabilidade por danos ambientais é objetiva, conforme prevê o
§ 3º do Art. 225 CF/88.
• O Novo Código Florestal (Lei 12.651/2012) expressou este princípio no inciso II, do art. 1º-A.
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• Visa demonstrar qual é o objeto de proteção do meio ambiente quando tratamos dos direitos
humanos, pois toda atividade, legiferante ou política, sobre qualquer tema ou obra, deve levar em
conta a preservação da vida e principalmente, a sua qualidade. Esse princípio dispõe que o objeto
de proteção do meio ambiente, localizado no epicentro dos direito humanos, deve ser levado em
consideração toda vez que uma política, atuação, legislação sobre qualquer tema, atividade, obra,
etc., tiver que ser criada.
• Trata-se do esforço conjunto empreendido pela “aldeia global” na busca pela preservação do meio
ambiente numa escala mundial. O inc. IV, do art. 1º - A, do Novo Código Florestal, em atenção a
este princípio, consagra o compromisso do Brasil com o modelo de desenvolvimento
ecologicamente sustentável, com vistas a conciliar o uso produtivo da terra e a contribuição de
serviços coletivos das flores e demais formas de vegetação nativa provadas.
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• Art. 186, II, da CF/88. O uso da propriedade será condicionado ao bem estar social. Ainda o
legislador previu, como condição para o cumprimento da função social da propriedade rural,
a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a preservação do meio ambiente.
• LINKS ÚTEIS:
• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm
• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
• OBRIGADO A TODOS!!