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Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto.

Percebemos tal definição


quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados,
um dando continuidade ao outro.
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.
Observe a coesão presente no texto a seguir:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram
injusta a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a manifestação
um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-
terra.”
JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 2007, p. 566

As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são
responsáveis pela coesão do texto.
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são:
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-
relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, alguns
advérbios e locuções adverbiais.

Veja algumas palavras e expressões de transição e seus respectivos sentidos:


- inicialmente (começo, introdução)
- primeiramente (começo, introdução)
- primeiramente (começo, introdução)
- antes de tudo (começo, introdução)
- desde já (começo, introdução)
- além disso (continuação)
- do mesmo modo (continuação)
- acresce que (continuação)
- ainda por cima (continuação)
- bem como (continuação)
- outrossim (continuação)
- enfim (conclusão)
- dessa forma (conclusão)
- em suma (conclusão)
- nesse sentido (conclusão)
- portanto (conclusão)
- afinal (conclusão)
- logo após (tempo)
- ocasionalmente (tempo)
- posteriormente (tempo)
- atualmente (tempo)
- enquanto isso (tempo)
- imediatamente (tempo)
- não raro (tempo)
- concomitantemente (tempo)
- igualmente (semelhança, conformidade)
- segundo (semelhança, conformidade)
- conforme (semelhança, conformidade)
- assim também (semelhança, conformidade)
- de acordo com (semelhança, conformidade)
- daí (causa e consequência)
- por isso (causa e consequência)
- de fato (causa e consequência)
- em virtude de (causa e consequência)
- assim (causa e consequência)
- naturalmente (causa e consequência)
- então (exemplificação, esclarecimento)
- por exemplo (exemplificação, esclarecimento)
- isto é (exemplificação, esclarecimento)
- a saber (exemplificação, esclarecimento)
- em outras palavras (exemplificação, esclarecimento)
- ou seja (exemplificação, esclarecimento)
- quer dizer (exemplificação, esclarecimento)
- rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento).
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Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica
possui uma melhor qualidade de vida.
- Coesão por referência: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal resultado demonstra que ela se esforçou
bastante para alcançar o objetivo que tanto almejava.
- Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos
ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição
no corpo do texto.

Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”;


Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”;
João Paulo II: Sua Santidade;
Vênus: A Deusa da Beleza.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o "Poeta dos
Escravos" é considerado o mais importante da geração a qual representou.
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos.
O que é análise sintática?
A análise sintática é o estudo da função de cada termo de uma oração.
Um termo, ou palavra, pode ser classificado de forma diferente de acordo com a função que
desempenha na oração. Assim, é preciso entender o papel de cada um deles para fazer a sua análise
sintática.
Assim, os termos da oração são classificados em: essenciais (quando a estrutura da oração é feita
em torno desses termos), integrantes (quando completam o sentido de outros termos presentes na
oração) e acessórios (quando a sua remoção não prejudica o sentido da oração).

Termos essenciais da oração


Os termos essenciais são os termos que servem de base na construção da oração, motivo pelo qual
são chamados de essenciais.
Os termos essenciais são dois: sujeito e predicado.

1. Sujeito
O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. Por exemplo: Uma pessoa
ligou, mas não quis se identificar. (Sujeito: uma pessoa)
O sujeito pode ser: determinado ou indeterminado, simples ou composto e inexistente.
Os sujeitos podem ser determinados ou indeterminados, mediante a condição de poder ser ou
não ser identificados. Quando identificados, são sujeitos determinados (A Ana acabou de chegar. -
sujeito determinado: A Ana). Quando não identificado, são sujeitos indeterminados (Estão
chamando aí à porta.).
Quando o sujeito determinado pode ser facilmente identificado pela sua forma verbal, ocorre
sujeito determinado oculto (Agi conforme suas orientações. - sujeito determinado oculto: eu (eu
agi...).
Os sujeitos determinados podem ser simples ou compostos, conforme contenham um ou mais
núcleos - termos mais importantes do sujeito. Quando apresenta apenas um núcleo, são sujeitos
determinados simples (Os livros estão na prateleira. - sujeito determinado simples: os livros, cujo
núcleo é “livros”). Quando apresenta dois ou mais núcleos, são sujeitos determinados compostos (O
Caderno, três lápis e uma borracha estão na mochila. - sujeito determinado composto: O Caderno,
três lápis e uma borracha, cujos núcleos são “caderno, lápis, borracha”).

Os sujeitos podem ser inexistentes quando a oração é composta apenas pelo predicado (Está um
calor! - oração sem sujeito).

2. Predicado
O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, todo o
resto faz parte do predicado. Por exemplo: Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (Sujeito:
uma pessoa. Predicado: ligou, mas não quis se identificar)
O predicado pode ser: verbal, nominal e verbo-nominal.
O predicado pode ser verbal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é um verbo que
expressa uma ação (O velhinho contou uma história. - predicado: contou uma história, cujo núcleo é
“contou”).
Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, tem sentido completo e não precisa de
complemento, ele é verbo intransitivo (A vítima morreu.- predicado: morreu, cujo núcleo é
“morreu” - predicado verbal: verbo intransitivo).
Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, precisa de complemento, porque não tem sentido
completo, ele é verbo transitivo (Vou preparar o jantar. - predicado: preparar o jantar, cujo núcleo é
“preparar” - predicado verbal: verbo transitivo).
O predicado pode ser nominal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é um nome e o
seu verbo é de ligação, ou seja, que expressa um estado (Esta matéria é extensa. - predicado: é
extensa, cujo núcleo é “extensa”).
O predicado pode ser verbo-nominal quando apresenta dois núcleos (parte principal do
predicado), um núcleo verbal e um núcleo nominal (As crianças chegaram felizes. - predicado:
chegaram felizes, cujo núcleo é “chegaram” e (“estavam”) felizes).

Termos integrantes da oração


Os termos integrantes são os termos que servem para completar o sentido de outros termos da
oração.
Os termos integrantes são três: complementos verbais, complemento nominal e agente da passiva.

1. Complementos verbais
Com a função de completar o sentido dos verbos, os complementos verbais podem ser: objeto direto
e objeto indireto.
Os complementos verbais podem ser objeto direto, quando o complemento não é ligado ao verbo
através de preposição obrigatória (O poeta recitou poemas. - predicado verbal: recitou poemas, cujo
núcleo é “recitou” - complemento verbal objeto direto: poemas).
Os complementos verbais podem ser objeto indireto, quando o complemento é ligado ao verbo
através de preposição obrigatória (O doente precisa de cuidados. - predicado verbal: precisa de
cuidados, cujo núcleo é “precisa” - complemento verbal objeto indireto: de cuidados).

2. Complemento nominal
O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um nome, que pode ser um
substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Por exemplo: Os idosos têm necessidade de afeto.
(Complemento nominal: "de afeto", pois completa o sentido do substantivo “necessidade".)
3. Agente da Passiva
O agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva, e vem sempre
seguido de preposição. Por exemplo: O bolo foi feito por mim. (Agente da passiva: por mim)

Termos acessórios da oração


Os termos acessórios são os termos que servem para acrescentar uma informação, mas que se forem
excluídos da oração não afetam o seu sentido.
Os termos acessórios são quatro: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo.

1. Adjunto adnominal
O adjunto adnominal é o termo utilizado para caracterizar um substantivo através de adjetivos,
artigos, numerais, pronomes ou locuções adjetivas. Por exemplo: O homem educado cedeu a sua
cadeira à senhora de idade. (Adjuntos adnominais: o, educado, a, sua, de idade)

2. Adjunto adverbial
O adjunto adverbial é o termo que é utilizado para modificar um verbo ou intensificar o sentido de
um verbo, de um advérbio ou de um adjetivo. Por exemplo: Canta lindamente. (Adjunto adverbial:
lindamente)

3. Aposto
O aposto é o termo que tem a função de explicar, ampliar outro termo. Por exemplo: Sábado, dia
sete, não haverá aula de música. (Aposto: dia sete)

4. Vocativo
O vocativo é o termo utilizado para atrair a atenção do interlocutor. Por exemplo: Senhora, não
esqueça o seu saquinho. (Vocativo: senhora)
Leia também: Função Sintática.

Exercícios de análise sintática


Vamos pôr em prática o conteúdo estudado acima e analisar sintaticamente os enunciados abaixo:
1. Falam muito mal dela, agora fingem-se seus amigos fiéis.
Aqui temos um período formado por duas orações:
1.ª oração: Falam muito mal dela,
2.ª oração: agora fingem-se seus amigos fiéis.
Portanto, trata-se de um período composto.
O sujeito é indeterminado nas duas orações. Não se pode ou não se quer identificar o sujeito sobre o
qual estão sendo dadas as informações: Falam (quem?), fingem-se (quem?).
Vamos analisar a função de cada elemento do predicado da 1.ª oração:
• Falam (o que ou sobre o que falam?) – uma vez que precisa de complemento, estamos diante
de um verbo transitivo.
• mal – é objeto direto, pois completa o sentido do verbo, sem a necessidade de preposição.
• muito - é adjunto adverbial de intensidade.
• dela – é objeto indireto, uma vez que complementa o sentido do verbo (falam de quem? dela
- o mesmo que "de + ela") e esse complemento precisa de preposição.
Agora, vamos analisar a função de cada elemento do predicado da 2.ª oração:
• Fingem-se (do que fingem-se?) – uma vez que precisa de complemento, estamos diante de
um verbo transitivo.
• seus amigos – o sentido é completado sem a necessidade de preposição, logo o objeto é
direto.
• fiéis – caracteriza o substantivo amigos, logo é um adjunto adnominal.
2. As marchinhas, as cantadas por Carmem Miranda, eram maravilhosas.
Aqui temos um período simples. O enunciado é formado por apenas uma oração.
O sujeito é simples: As marchinhas. O núcleo do sujeito é marchinhas.
Vamos analisar a função de cada elemento:
• as cantadas por Carmem Miranda – está identificando as marchinhas, assim, estamos diante
de um aposto.
• eram – uma vez que indica um estado, é um verbo de ligação
• maravilhosas – uma vez que complementa o sujeito, estamos diante de um predicativo do
sujeito.
3. Meu avô e minha avó morreram felizes.
Temos um período simples. O enunciado é formado por apenas uma oração.
O sujeito é composto: Meu avô e minha avó. O núcleo do sujeito é avô e avó.
Vamos analisar a função de cada elemento do predicado:
• morreram – esse verbo tem sentido completo, por isso, é um verbo intransitivo.
• felizes - uma vez que complementa o sujeito, estamos diante de um predicativo do sujeito.
Sinonímia e Antonímia
Os sinônimos designam as palavras que possuem significados semelhantes, por exemplo:
• andar e caminhar
• usar e utilizar
• fraco e frágil
Do grego, a palavra sinônimo significa “semelhante nome” sendo classificados de acordo com a
semelhança que compartilham com o outro termo.
Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos (após e depois; léxico e vocabulário). Já os
sinônimos imperfeitos possuem significados parecidos (gordo e obeso; córrego e riacho).

Polissemia
A polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra.
Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda se
relaciona com o original, por exemplo:
• A menina quebrou a perna no acidente.
• A perna da cadeira é marrom.
• Que letra ilegível!
• A letra dessa canção é muito bonita.

Conotação e Denotação
A conotação designa o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, alargando o seu campo
semântico. Assim, depende do contexto.
Na maioria das vezes, a conotação é utilizada nos textos poéticos com o intuito de produzir
sensações no leitor.
A denotação designa o sentido real, literal e objetivo da palavra. Ela explora uma linguagem mais
informativa, em detrimento de uma linguagem mais poética (conotativa).
É muito utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, dentre outros.

Exemplos:
• Ele foi um cara de pau! (sentido conotativo)
• Não foi aquele cara que te pediu informação ontem? (sentido denotativo)
• Agiu como um porco. (sentido conotativo)
• No sítio do meu avô há um porco. (sentido denotativo)
Funções da Linguagem

Daniela Diana
Professora licenciada em Letras

As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante.


Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função
fática, função conativa e função metalinguística.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação: emissor,
receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos
comunicativos.
Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar presentes num
mesmo texto.

Função Referencial ou Denotativa


Também chamada de função informativa, a função referencial tem como objetivo principal
informar, referenciar algo.
Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular ou
plural) enfatizando seu caráter impessoal.
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos
e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem
envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.

Exemplo de uma notícia


Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua
história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que o
Real foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho de 1994.
Veja também: Função Referencial

Função Emotiva ou Expressiva


Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como objetivo principal
transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião.

Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um
caráter pessoal.
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são
marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.

Exemplo de e-mail da mãe para os filhos


Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega
e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma
semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero
encontrar essa casa em ordem, combinado?!?
Veja também: Função Emotiva

Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido
conotativo das palavras.
Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da
escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento
comunicativo é a mensagem.
Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a
função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).

Exemplo de uma história sobre a avó


Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo e
sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.
Veja também: Função Poética

Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o
mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal
de comunicação.
Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento,
saudações, discursos ao telefone, etc.

Exemplo de uma conversa telefônica


— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua
preferência?
— Dia 8 está ótimo.
Veja também: Função Fática

Função Conativa ou Apelativa


Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma linguagem persuasiva
que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande foco é no receptor da mensagem.
Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, de modo a
influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a presença de verbos
no imperativo e o uso do vocativo.

Exemplos
• Vote em mim!
• Entre. Não vai se arrepender!
• É só até amanhã. Não perca!
Veja também: Função Conativa

Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se
refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio código.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cinematográfico que fala
sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos.

Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de
argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).

Exemplos de gêneros textuais dissertativos:


• Editorial Jornalístico
• Carta de opinião
• Resenha
• Artigo
• Ensaio
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado

Texto Dissertativo Argumentativo


Em pleno século XXI é salutar refletir sobre a importância de preservação do meio ambiente bem
como atuar em prol de uma sociedade mais consciente e limpa.
Já ficou mais que claro que a maioria dos problemas os quais enfrentamos atualmente nas grandes
cidades, foram gerados pela ação humana.
De tal modo, podemos pensar nas grandes construções, alicerçadas na urbanização desenfreada, ou
no simples ato de jogar lixo nas ruas.
A poluição gerada e impregnada nas grandes cidades foi em grande parte fruto da urbanização
desenfreada ou da atuação de indústrias; porém, deveres não cumpridos pelos homens também
proporcionaram toda essa "sujidade". Nesse sentido, vale lembrar que pequenos atos podem
produzir grandes mudanças se realizados por todos os cidadãos.
Portanto, um conselho deveras importante: ao invés de jogar o lixo (seja um papelzinho de bala, ou
uma anotação de um telefone) nas ruas, guarde-o no bolso e atire somente quando encontrar uma
lixeira. Seja um cidadão consciente! Não Jogue lixo nas ruas!
Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como:
definição, conceituação, informação, descrição e comparação.
Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos:
• Seminários
• Palestras
• Conferências
• Entrevistas
• Trabalhos acadêmicos
• Enciclopédia
• Verbetes de dicionários
Significado de Nostalgia (s.f). Tristeza causada pela saudade de sua terra ou de sua pátria;
melancolia. Saudade do passado, de um lugar etc. Disfunções comportamentais causadas pela
separação ou isolamento (físico) do país natal, pela ausência da família e pela vontade exacerbada
de regressar à pátria. Saudade de alguma coisa, de uma circunstância já passada ou de uma
condição que (uma pessoa) deixou de possuir. Condição melancólica causada pelo anseio de ter os
sonhos realizados. Condição daquele que é triste sem motivos explícitos. (Etm. do francês:
nostalgie)

Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo
que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam,
na maioria dos casos, verbos no imperativo.

Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos:


• Propaganda
• Receita culinária
• Bula de remédio
• Manual de instruções
• Regulamento
• Textos prescritivos

• na receita de bolo: “misture todos os ingredientes”;


• na bula de remédio: “tome duas cápsulas por dia”;
• no manual de instruções: “aperte a tecla amarela”;
• nas propagandas: “vista essa camisa”.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as gramáticas e os
dicionários.

Exemplo
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a
função metalinguística.
Veja também: Função Metalinguística

Gêneros Textuais
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras

Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos apresentam
em relação à linguagem e ao conteúdo.
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor
e receptor) de determinado discurso.
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete
ou lista de supermercado.
É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter mais
de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de
ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo).

Tipos de Gêneros Textuais


Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais dentro
das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais
peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo,
expositivo e injuntivo.

Texto Narrativo
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da
narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.
Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos:
• Romance
• Novela
• Crônica
• Contos de Fada
• Fábula
• Lendas
Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar,
acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam
imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor).
São exemplos de gêneros textuais descritivos:
• Diário
• Relatos (viagens, históricos, etc.)
• Biografia e autobiografia
• Notícia
• Currículo
• Lista de compras
• Cardápio
• Anúncios de classificados

“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta,
bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado,
com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de
perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à
mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis
miudinhos davam cintilações escarlates.” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz)
Descrição Objetiva
"A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75),
cabelos pretos e curtos; nariz fino e rosto ligeiramente alongado."

Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de
argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).

Exemplos de gêneros textuais dissertativos:


• Editorial Jornalístico
• Carta de opinião
• Resenha
• Artigo
• Ensaio
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
Veja também: Texto Dissertativo.
Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como:
definição, conceituação, informação, descrição e comparação.
Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos:
• Seminários
• Palestras
• Conferências
• Entrevistas
• Trabalhos acadêmicos
• Enciclopédia
• Verbetes de dicionários

Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo
que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam,
na maioria dos casos, verbos no imperativo.

Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos:


• Propaganda
• Receita culinária
• Bula de remédio
• Manual de instruções
• Regulamento
• Textos prescritivos

Significação das palavras


O significado das palavras é estudado pela semântica, que é um ramo da linguística
que estuda o sentido das palavras, frases e textos de uma língua.
Significação das palavras:
Denotação e Conotação (sentido Próprio (denotativo) e sentido figurado (conotativo))
Antônimo e Sinônimo
Homônimos e Parônimos
Ambiguidade
Polissemia e Monossemia
Hiperonímia e hiponímia
 

Denotação e Conotação (sentido Próprio (denotativo) e sentido figurado


(conotativo))
 

Denotação
Também conhecido como sentido próprio ou denotativo das palavras.
Sentido literal da palavra ou expressão. Ela não precisa do contexto para que você a
compreenda, ou seja, tem o mesmo sentido do dicionário. Como ela normalmente é
usada.
Exemplos: Comprei uma flor na floricultura
A cobra picou a menina.
 

Conotação
Também conhecido como sentido figurado ou conotativo das palavras
Já é uma palavra que depende do contexto para entender o seu significado. Este
contexto pode mudar o sentido literal da palavra ou expressão. Quando a palavra é
usada de modo criativo ela aumenta as possibilidades de interpretações. É muito
usado em campanhas publicitárias.
Utilizando as mesmas palavras dos exemplos anteriores ficará mais claro;
Exemplos: A Raquel é uma flor de menina.
O contexto alterou o sentido literal da palavra flor. Nesta expressão significa que
Raquel é meiga e bela.
Minha sogra é uma cobra
O contexto também alterou o sentido literal da palavra cobra. Nesta expressão
significa que a sogra é antipática e insuportável.
 

Antônimo e Sinônimo
 

Antônimo
Antônimos (Antonímia): palavras que possuem significados diferentes, ou seja,
significados opostos.
Exemplos: feliz e infeliz, simpático e antipático, simétrico e assimétrico, progressão e
regressão
 

Sinônimos
Sinônimos (Sinonímia): palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Exemplos: carro e automóvel, comprido e longo, inteiro e completo, desenvolver e
crescer.
 

Homônimos e Parônimos
 

Homônimos (homonímia)
Homônimos são palavras com escrita ou pronúncia iguais, mas significado diferente.
Exs.: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar) e rio (curso de água) e rio
(verbo rir);
Tipos de homônimos: homônimos perfeitos, homógrafos e homófonos
 

Homônimos perfeitos
Tem a mesma grafia e som, mas com significados diferentes
Ex.: cedo (com antecedência) e cedo (verbo ceder)
 

Homônimos homógrafos
Tem a mesma grafia e som diferente e com significados diferentes.

Ex.: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar)


Homônimos homófonos
Tem grafia diferente e mesmo som e com significados diferentes
Ex: cela (cadeia) e sela (arreio)
 

Parônimos (paronímia)
Parônimos são palavras com escrita e pronúncia parecida, mas com significado
diferente.
Exs.: Deferi (conceder) e diferir (ser diferente) e discriminar (especificar) e
descriminar (inocentar)
 

Ambiguidade
A ambiguidade também é conhecida como anfibologia e ela ocorre quando o texto
não está claro dando uma duplicidade de sentido em palavras ou expressões do texto.
Alguns textos até utilizam deste recurso como o poético ou literário. Outros como
textos como técnicos ou informativos evitam este recurso.
A ambiguidade é considerado um vício de linguagem que são desvios das normas
gramaticais que atrapalham a comunicação do pensamento e normalmente ocorre por
descuido ou desconhecimento da norma culta por parte da pessoa que quer passar a
mensagem.
Para se passar uma mensagem é necessária que ela seja clara e coerente, ou seja, ela
não pode dar margem a mais de uma interpretação.
Exemplos de ambiguidade como vício de linguagem:
A menina disse à colega que sua mãe havia chegado.
Quem chegou foi a mãe dela ou a mãe da colega
O pai pediu ao filho que arrumasse o seu quarto
Qual quarto é para arrumar, o do filho ou do pai
 

Polissemia e Monossemia
 

Polissemia
Polissemia: Prefixo poli= muitos e sufixo semia= sentidos, ou seja, muitos sentidos
É uma palavra ou expressão que tem muitos significados (vários sentidos).
Geralmente é da mesma classe gramatical, mesmo campo semântico ou são
relacionados entre si.
Ex.: Letra
João de Barro que escreveu a letra da música Carinhoso.
A letra inicial de Maria é “M”.
A letra de seu filho é muito bonita.
Apesar de terem significados diferentes elas pertencem ao mesmo conceito, são
relacionados à escrita.
Outros exemplos de polissemia: Dama, boca, vela e etc…
 

Monossemia
A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas um significado.
Exemplos de palavras monossêmicas:
Estetoscópio (instrumento médico);
Porcelana (produto cerâmico)
Heptágono (polígono com sete lados).
 

Hiperonímia e hiponímia
 

Hiperonímia
A hiperonímia é representada por aquelas palavras que dão ideia de um todo, ou seja,
de significado mais abrangente.
O hiperônimo é uma palavra superior pois permitem a formação de subclasses
relacionadas a ele.
Constitui as características gerais de uma classe.
Exemplos: Cor, esportes, animais e veículos.
Classe: Cor (hiperônimo)
Subclasse: Rosa, amarelo, verde, vermelho
 

Hiponímia
A hiponímia é representada por aquelas palavras que dão a ideia de uma parte de um
todo, tendo um sentido mais restrito, por isso, é considerada uma palavra inferior pois
ela se originou de outra.
O hipônimo seria as palavras da subclasse do hiperônimo.
Exemplos: Rosa, vólei, cavalo e carro
Classe: esportes (hiperônimo)
Subclasse: Natação, futebol e tênis (hipônimos)

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