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Itajaí
2020
ULLIAN FADU NAATZ
Itajaí
2020
Agradecimentos
Meus mais sinceros agradecimentos aos meus queridos amigos Alpes, Julio,
Pedro, Lone, e, minha querida amiga Joice. Agradeço a minha companheira Tainan e
meus amados pais Ana Naatz e Ivan Naatz por sempre me incentivarem e apoiarem
nessa jornada. Agradeço também ao meu orientador Hoffman, muito obrigado! Foi
uma longa jornada com foco no amanhã. Um sonho para mim se torna realidade e
tenho muito orgulho e sorte de ter contado com cada um de vocês. Entrei de cabeça
nesse sonho e aspiração e saio dele agora pronto para os próximos passos.
“Se você não consegue explicar algo de forma simples, você não entendeu
suficientemente”
Albert Einstein
RESUMO
Metal structures have been widely used in developed countries due to their high
speed of execution, since the construction method is different from reinforced concrete,
in addition to numerous other advantages. That said, the work has the intuition of
comparing and evaluating 6 models of metallic structures of a warehouse using an
analysis software. Each model will have a gantry type with different profile
configurations. All dimensioning of the elements will be done following the ABNT NBR
8800:2008 which deals with the design of steel structures and mixed structures of steel
and concrete in buildings. As a base building, a warehouse already designed in
Blumenau was chosen, its dimensions will be used and the supports already pre-
arranged, however, they will be replaced by metal columns. The present work is of a
basic nature, being exploratory with a qualitative approach. We seek an extensive and
more objective understanding of metal structures, in the aspects of dimensioning,
performance, durability and execution of a metal structure. A focused semi-structured
interview will also be conducted with professionals in the field to understand the
parameters and methodologies used by them in the design of this type of structure.
Model 3 showed the best performance when compared to the others in terms of load
resistance.
LISTA DE QUADROS
SIGLA SIGNIFICADO
CBCA Centro Brasileiro da Construção em Aço
DIN Deutsches Institut für Normung
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
AWS American Welding Society
AISC-ASD American Institute of Steel Construction
ASTM American Society for Testing and Materials
MIG Metal Inert Gás
MAG Metal Active Gás
TTRRF Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo
UFPR Universidade Federal do Paraná
SAE Society of Automotive Engineers
ELU Estado limite último
ELS Estado limite de serviço
SC Santa Catarina
LISTA DE SIMBOLOS
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................1
1.1. Contexto e delimitação do estudo e problema de pesquisa.............................3
1.2. Objetivo Geral e específico..............................................................................3
1.3. Justificativa.......................................................................................................4
1.4. Hipótese...........................................................................................................4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................4
2.1. ESTRUTURAS METÁLICAS............................................................................4
2.1.1. Elementos estruturais..............................................................................5
2.1.2. Perfis.......................................................................................................6
2.1.2.1. Soldados.......................................................................................9
2.1.2.2. Laminados..................................................................................10
2.1.2.3. Formado a Frio...........................................................................10
2.1.3. Cobertura Metálica................................................................................11
2.1.4. Fechamento..........................................................................................12
2.1.5. Estrutura de Galpões............................................................................13
2.1.6. Base......................................................................................................13
2.1.7. Laje mista (Steel Deck) ........................................................................16
2.1.8. Fundação..............................................................................................17
2.1.8.1. Radiers estaqueados.......................................................19
2.1.8.2. Estacas............................................................................20
2.1.9. Ligações de Estruturas Metálicas.........................................................24
2.1.9.1. Fixação Móvel..................................................................28
2.1.9.2. Fixação Fixa.....................................................................30
2.1.9.3. Conectores de cisalhamento............................................31
2.1.10. Patologia em Estruturas Metálicas.............................................32
2.1.11. Instabilidade...............................................................................41
2.1.12. Pórticos......................................................................................43
2.2. MECÂNICA DOS SÓLIDOS..........................................................................47
2.2.1. Propriedades Mecânicas dos Aços......................................................49
2.2.2. Tensões em vigas................................................................................57
2.2.3. Torção..................................................................................................60
2.2.4. Deflexão em vigas................................................................................62
2.2.5. Treliça...................................................................................................65
2.2.6. Apoios...................................................................................................68
2.3. ANÁLISE ESTRUTURAL...............................................................................70
2.3.1. Esforços................................................................................................72
2.3.2. Coeficiente de ponderação das ações..................................................73
2.3.2.1. Coeficiente de ponderações das ações ELS...................74
2.3.2.2. Coeficiente de ponderação das ações ELU....................74
2.3.3. Combinação de ações..........................................................................76
2.3.4. Combinação de serviços.......................................................................77
2.3.5. Valores de resistência...........................................................................78
2.3.6. Força devidas ao vento em edificações................................................79
3. METODOLOGIA...................................................................................................84
3.1. Considerações Iniciais....................................................................................85
3.2. Modelo............................................................................................................85
3.2.1. Concepção............................................................................................85
3.2.2. Critérios de dimensionamento...............................................................85
3.2.3. Detalhamento........................................................................................85
3.3. Modelo Estrutural............................................................................................86
3.4. Edifício Base...................................................................................................86
3.5. Dimensionamento ou Cálculo Estrutural.........................................................88
3.5.1. Propriedade dos materiais.....................................................................88
3.5.2. Pré-dimensionamento...........................................................................89
3.6. Esforços..........................................................................................................90
3.7. Ligação...........................................................................................................94
3.8. Entrevistas......................................................................................................94
4. DESENVOLVIMENTO..........................................................................................96
4.1. Carga pelo vento.............................................................................................97
4.2. Pré-Dimensionamento..................................................................................105
4.3. Esforços na estrutura....................................................................................106
4.3.1. Esforço Permanentes (Regime Permanente)......................................106
4.3.2. Esforços Variáveis (Regime Transitório).............................................107
4.4. Modelos
4.4.1. Modelo 1..............................................................................................107
4.4.2. Modelo 2..............................................................................................108
4.4.3. Modelo 3..............................................................................................109
4.4.4. Modelo 4..............................................................................................110
4.4.5. Modelo 5..............................................................................................111
4.4.6. Modelo 6..............................................................................................112
4.5. Preservação da estrutura..............................................................................113
4.6. Entrevista Focalizada...................................................................................114
5. DISCUSSÃO DE RESULTADOS.......................................................................118
5.1. Modelo 1.......................................................................................................119
5.2. Modelo 2.......................................................................................................120
5.3. Modelo 3.......................................................................................................121
5.4. Modelo 4.......................................................................................................122
5.5. Modelo 5.......................................................................................................123
5.6. Modelo 6.......................................................................................................124
5.7. Resultados....................................................................................................125
5.8. Configuração do computador........................................................................125
6. CONCLUSÃO.....................................................................................................127
7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................130
8. ANEXOS E APÊNDICES....................................................................................138
1. INTRODUÇÃO
Desde o século XVIII, o ferro e o aço passaram a ser utilizados como materiais
de construção. Sua utilização foi intensificada devido ao desenvolvimento
tecnológico que surgiu com a revolução industrial. A primeira obra mais importante
foi a ponte sobre Severn em Coalbrookdale, em 1779 na Inglaterra, projetada por
Abraham Darby (BELLEI, PINHO E PINHO, 2008). A referida construção foi
projetada com vão de 30 metros. Isso fez com que os engenheiros percebessem as
qualidades do uso do ferro em estruturas.
Esse método construtivo foi tornando-se cada vez mais usual, ganhando cada
vez mais espaço pelas suas numerosas vantagens do uso de perfis metálicos,
principalmente em projetos de Pavilhões Industriais (CHAVES, 2001). Sendo elas:
maior resistência, menor peso da estrutura, capacidade de suportar maiores vãos e
por fim perfis estruturais mais esbeltos resultando em uma maior área útil permitindo
que os arquitetos tenham mais liberdades em seus projetos (CHAVES, 2001).
Para além disso, possui manutenção menos complexa que as de concreto
armado e há maior compatibilidade de materiais. Não é necessário o uso de
madeiras para formas e escoramentos. A estrutura não sofre interferência com a
chuva, além do método construtivo ser considerado de montagem, levando a uma
redução de até 40% no tempo de execução. Diminui o desperdício de material e da
emissão sonora durante a construção, reduzem em até 30% dos custos da fundação
por serem mais leves e toda estrutura pode ser reciclada (CBCA, 2018; PRUDENTE,
2014).
Por busca de eficiências nos processos produtivos, as empresas buscam
soluções que atendam seus clientes visando o melhor custo-benefício. O custo não
é apenas um parâmetro do orçamento de uma obra, o prazo também pode ser um
indicador relevante, bem como o peso da estrutura. É possível ainda a construção
com outros materiais como concreto e a madeira, nominados de estruturas mistas
(CBCA, 2008).
O processo para construções em estruturas em aço se
destaca, pois o aço tem uma maior resistência mecânica se
comparada a outros materiais. É um dos processos
construtivos mais velozes e é o que suporta os maiores vãos.
Por isso são muito utilizados principalmente em indústrias e
1
supermercados que precisam de grandes vãos e velocidade na
execução e também é bastante utilizado em ginásios,
pavilhões, telhados, torres, guindastes, escadas, passarelas,
pontes, garagens, hangares, depósitos, lojas entre outros.
(CHAVES, 2007, p.1).
2
será demonstrado os parâmetros para o desenvolvimento dos modelos e das
análises além do cronograma para a continuação da pesquisa.
Objetivo geral
Objetivos específicos
3
• Determinar o galpão a ser utilizado como base;
• Identificar os perfis que são usados para construção de cada elemento estrutural;
• Elaborar o pré-projeto, definindo o material a ser utilizado e o pré-
dimensionamento dos elementos estruturais;
• Compreender os critérios de projeto de estruturas metálicas pela NBR
8800:2008;
• Determinar as ações atuantes na edificação e as combinações de ações
necessárias para a análise estrutural;
• Realizar o dimensionamento do galpão para o sistema metálico, com pilares e
vigas de aço;
• Interpretar a análise estrutural de cada modelo proposto.
1.3. Justificativa
1.4. Hipótese
4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5
Os elementos estruturais são os componentes que são utilizados para
formação da estrutura metálica e são definidos:
• Chapas: são objetos planos que possuem espessura muito menor que a
largura e o comprimento (CIASTEEL, 2018)
• Barras: são objetos maciços, com perfil circular e seu diâmetro é inferior ao
seu comprimento (CIASTEEL, 2018)
• Cordoalhas: são produzidos a parti de arames de aços em ordem helicoidal.
Possuem menos fios que os cabos de aço, muito utilizados em concreto
protendido (SIVA, 2018).
• Cabos: são um conjunto de pequenos conjuntos de fios enrolados juntos,
ligados sendo torcidos ou entrançados (SUPREMELUB, 2018).
2.1.2. Perfis
6
espessura a resistência mecânica do perfil é perdida, para compensar essa perda a
geometria apresenta material nas extremidades aumentando o momento de inércia.
A busca do aumento do momento de inercia está na redução da rotação em seu eixo,
visto mais à frente nos típicos de Instabilidade. O momento de inércia tem o seu
cálculo dependente apenas da geometria da seção transversal do objeto em análise,
como demonstra a equação 1 (NORTON,2 013 e HIBBELER, 2009).
𝐼 = 𝑚𝑟 2 (1)
𝐼 = ∑𝑛𝑛=1 𝑚𝑖 𝑟𝑖 2 (2)
𝐼 = ∫ 𝑟 2𝑑𝑚 (3)
7
Figura 1. Distribuição das tensões normais na secção.
𝑀𝑦 ∙ 𝑟
𝜎𝑦 = (4)
𝐼
8
Figura 2. Técnicas de construção dos perfis.
Laminação é o processo que uma chapa passa entre dois cilindros reduzindo
sua espessura. Forjamento é o processo por golpes sucessivos afim de comprimir o
material, geralmente o processo é a quente. Trefilação utilização barras ou tubos que
passa em um orifício cônico afim de diminuir seu diâmetro, geralmente o processo é
a frio. O processo de estampagem é geralmente a frio e reúne diversas etapas para
que seja mudada as geométricas do material. (CHIAVERINI, 1986 e CALLISTER,
2016).
Para construção dos perfis das vigas, utilizam-se 3 métodos de formação. São
eles os Perfis Soldados, Perfis Laminados e Formado a Frio, que serão demonstrado
a seguir. Além da geometria transversal da viga, é possível utilizar outras
configurações de alma que são vigas de alma cheia, vazada, celular (ou alveolares),
caixão e mista (VITÓRIO, 2002).
A parte vertical do perfil é denominado como alma, já as outras partes são
denominadas como mesas, abas ou flanges. A escolha do perfil depende da
disponibilidade do mercado e sua fácil aquisição, o prazo de entrega, a exigência de
natureza estética, de montagem e estética (CBCA, 2018).
As cantoneiras são especificadas em mm, por exemplo: L (altura da alma) x
(comprimento da aba) x (espessura). São utilizadas em esforços simples, como de
9
tração e compressão, muito utilizadas em treliças. Já o perfil U é especificado da
seguinte maneira: U (altura da alma) x (comprimento da aba) x (espessura), é
utilizado em terças ou coberturas, vigas pouco requisitadas ou coberturas, sempre
com as abas para baixo (CBCA, 2018).
O perfil I é especificado como: I (modo construtivo) (altura da alma) x
(comprimento da aba) x (seu peso por metro), sendo altura da alma sempre muito
superior ao comprimento das mesas. Caso seja soldado (VS ou CVS) ou (W) caso
seja perfil laminado. Indicado para vigas que recebem momento fletor (CBCA, 2018).
Os perfis H são denominados como: H (modo construtivo) (altura da alma) x
(comprimento da aba) (seu peso por metro), caso seja construído por laminação
recebe HP ou W, se for soldado CS ou CVS. Perfeito para aplicação em pilares pelo
seu comportamento de compressão (CBCA, 2018).
10
Este perfil é obtido através do processo de dobramento de chapa ou pela
conformação continua seguindo NBR 6355, para estrutura formada desse perfil olhar
NBR 14762. Aços com baixo carbono possuem grande parcela pois são dúcteis,
permitindo a deformação plástica sem a formação de trincas ou fraturas. Essa
deformação pode ser realizada em diferentes temperaturas de recristalização, porém
sempre abaixo. (CALLISTER, 2016). Quando realizados acima da temperatura de
recristalização (Metade da Temperatura de Fundição), o processo é considerado
trabalho a quente. Quando a temperatura está entre a temperatura ambiente até 30%
da temperatura de fundição é denominado como trabalho a frio, geram um aumento
na resistência isto porque acontece um aumento de tensão no material. Os perfis
encontrados são: L, U, EU, Z, ZE (MALITE, 1993).
Possui grande adoção principalmente no método construtivo steel frame (figura
3). Vale ressaltar esse método construtivo que tem como estrutura base constituído
de perfis leves de aço galvanizados a Fogo (aço zincado), sendo ligados por meio
de parafuso autobroçantes. As paredes são formadas por painéis estrutural de OSB,
isolante termo-acústico e placa cimentícia (MERLIN, 2020). Este método tem como
vantagem rápida construção, redução de peso sendo necessário apenas fundações
do tipo radier além de ser sustentável por utilizar materiais que são ou podem ser
reciclados e reduzem o desprecio de matérias.
11
possuem furos para encaixe de vigas e contraventamentos para firmeza da estrutura
(figura 4). Outra aplicação é em calhas e rufos.
Fonte: SUNLIN
12
Há várias tipologias de cobertura, em geral as tesouras são as principais vigas
da estrutura pois recebem o peso do material de cobrimento e da própria viga, força
do vento e eventuais sobrecargas suspensas (QUINONES, 2006). Às terças servem
para apoiar as telhas e devem suportar seu próprio peso, das telhas e acidentes
decorrentes de intemperes (BELLEI, 1998). Contraventamento serve para que a
estrutura não se movimente (PEREIRA, 2016) recomendando se colocar nas partes
mais externas da estrutura, sofrendo deformações principalmente na fase de
montagem e não devem ser superiores a 25m.
O tipo de perfil mais utilizado para cobertura é o uso de perfis formados a frio,
sendo utilizados perfis U enrijecido, ou não, para as terças e cantoneiras para a
construção das treliças. (PEREIRA, 2016)
2.1.4. Fechamento
13
Para a escolha do perfil no caso das vigas (elemento estrutural horizontal) se
os esforços forem somente da cobertura utiliza-se perfil U ou cantoneiras para a
montagem sendo treliçadas. Se existe um esforço maior é empregado perfil de alma
cheia de perfil I (viga com perfil I que possuía ao longo enrijecedores). Para os pilares
(elemento estrutural vertical) utiliza colunas treliçadas para poucos esforços ou
enrijecidas para esforços mais elevados. (PEREIRA, 2016)
2.1.6. Base
14
os momentos) e a base rotulada básica está na disposição dos chumbadores, neste
caso elas suportam forças maiores de momentos e forças verticais (c) e são as mais
utilizadas. Para reduzir a espessura da chapa engastada é possível colocar nervuras
(MARTINS, 2002).
Existem três tipos de esforços que a base precisa suportar (Martins 2002):
Força axial pura: quando que a força tem a mesa direção que o pilar, recomendasse
nesse caso uso de bases rotuladas.
Força axial com momento fletor: utiliza-se a base rotulada básica ou engastada,
quando se tem uma força fora do centro do pilar, gerando um momento fletor. Se o
momento for considerado insignificante, o cálculo da base do pilar não leva em conta
os chumbadores, mesmo se eles forem instalados.
Força cortante: gerada entre a resistência pelo atrito da base e o bloco ou pela barra
de cisalhamento.
A laje mista, conhecida como Steel Deck, é composta por formas de aço,
concreto, armação de aço e conectores de cisalhamento mossas. Começaram a ser
projetadas em 1940, após desenvolverem formas de conectar o concreto com o aço.
Os elementos que fazem parte da laje trabalham em conjunto formando um
comportamento similar a uma peça só (Grossi, 2016). A figura 9 demonstra de como
é incorporada a laje mista.
16
Figura 9. Laje Mista
17
2.1.8. Fundação
Relativos à tipo da estrutura: qual categoria de projeto como exemplo uma casa,
um galpão ou um prédio e se essa estrutura é formada por qual tipo de material,
concreto armado, protendido, madeira, aço ou alvenaria estrutural.
Características geotécnicas: qual granulometria, cor, posição das camadas,
compressibilidade, resistência entre outros.
Características do nível d’água: se faz necessário rebaixamento rápido e influência
em muito a escolha da solução de fundação.
Características dos tipos de fundações: cada solução possui suas características
como suas restrições técnicas.
Presença de edificações vizinhas: os processos podem afetar as edificações
vizinhas em relação a carga e vibração, além do tipo de fundação que os vizinhos
usaram.
Custos: dependendo dos custos, é necessário mudar o projeto arquitetônico
Limitações de soluções no mercado ou na região: dependendo da região é mais
difícil de achar certos materiais, tornando o projeto mais caro, por isso deve-se
considerar a disponibilidade.
18
Figura 10. Sapata isolada
Este método foi desenvolvido por Zeevart (1957) melhorando o processo das
sapadas que geralmente sofrem recalque devido o adensamento do solo. Este
método consiste em utilizar as estacas e os blocos, considerado como método misto,
podendo ser utilizado de vários materiais, até mesmo método Solo-Cimento Plástico
(BERBERIAN, 2016) dependo da estrutura. A figura 11 traz o comportamento de um
radier com e sem estacas.
Figura 11. Comportamento de um radier sem estacas (a) e com estacas (b).
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Os Radieres estaqueado é formado por elementos, para melhor entendimento
será definido cada elemento e qual papel eles possuem abordados separados e em
conjuntos (CASTILLO, 2013):
Estacas isolada: tem o papel de difundir as cargas da estrutura para o solo através
da área de contato, este componente é cravado ou escavados.
Radier isolado: é um bloco que recebe a carga dos pilares e transmite a força ao
solo, distribuindo a carga.
Grupo de estacas: é a colocação de um bloco de concreto sobre as estacas, sem
que o bloco encoste no solo.
Radier estaqueado: é o grupo de estaca, porém encostando no solo, auxiliando no
processo de transferência de carga
Radier estaqueado combinado: nesse processo o solo abaixo do radier
estaqueado é melhorado, recebendo um solo que aumente a rigidez do sistema.
20
Figura 12: Situações quando solo não é apropriado para Radiers estaqueados: (a)
argila moles; (b) solos colapsáveis; (c) solos expansivos
2.1.8.2. Estacas
21
Estaca Raiz: a escavação é feita através da rotação de um tubo metálico com
cerdas em sua ponta, é injetado água e pra continuação da perfuração é colocado
mais tubos metálicos até a profundidade ideal. É feito a limpeza do furo removendo
lama, colocasse a armadura, concretasse, retirasse e o tubos de revestimento.
Produz baixas vibrações e permite a perfuração de rochas (BRAGA, 2009).
Estaca Hélice contínua: alta produtividade, baixa vibração, alta capacidade
de carga e perfuração. Através de uma haste com hélice continua é feito a
perfuração, injeta-se concreto por um tubo que se encontra no interior do eixo da
haste ao mesmo tempo a hélice é retirada. No final é colocada a armação. Em
comparação à Estaca Strauss, reduz em 40% o número de estacas e em 90% o
tempo de execução além de necessitar de menor mão de obra (BRAGA, 2009).
Estaca pré-moldada de concreto: podem ser de concreto armado ou
protendido, possuem várias configurações de perfil sendo maciças ou vazadas.
Podem ser cravadas por viração, percussão e prensagem dependendo da
vizinhança e das características do solo. Vantagem é um local de trabalho mais
limpo, custo baixo, porém produz muita vibração, baixa produtividade e a estaca
pode quebrar durante a cravação (BRAGA, 2009).
Estaca metálica: produzem menores vibrações que outros tipos de estacas
cravas. Possuem fácil instalação, corte e emenda, alta resistência e se dá muito bem
em vários tipos de solo duros (BRAGA, 2009).
Estacas mistas: é a utilizado de mais matérias para um dos processos.
Exemplo é a estaca pré-moldada de concreto com anel metálico, através dos anéis
colocados nas pontas e possível soldar, outra possibilidade é colocação de uma viga
metálica na ponta da estaca para que na hora da cravação a ponta da estaca não
quebre, já que as pedras podem estar inclinas e quebrar a ponta da estaca pré-
moldada (BRAGA, 2009).
Estaca de madeira: são perfeitas para lugares submersos e com baixa
variação do nível da água (MINÁ e DIAS, 2008). As estacas são cravadas no solo
seguindo o método de pré-moldadas. Possui baixo custo dependendo da região,
facilidade nas emendas, entretanto necessita de proteção contra fungo quando a
madeira não está submersa.
Estaca prancha: a ideia dessa estaca é criar uma estrutura de contenção com
perfil metálicos cravos justapostos. Por esse método deve-se cuidar na vibração do
22
solo e não utilização em solo muito duros. Muito utilizadas em obras de infraestrutura
e área poutarias. Possui diferentes configurações de perfil que depende de cada tipo
de carga que for usada (BASILE, 2014).
Estacas Compridas: a viga recebe um bloco que envolve a estaca metálica, este
bloco possui uma armação que está distanciada a 3cm da face do bloco, está
armação é formada por barras de aço. A região é conhecida como pescoço. Observe
a figura 13 para uma melhor compreensão. O solo em entorno sofre compactação
para menores recalques. O bloco de coroamento é o bloco que está acima do bloco
que envolve a estaca metálica (GERDAU, 2015)
23
Estacas Tracionadas: é soldado barras à estaca metálica, construindo uma
armação, esse tipo serve para suportar tensões de tração (figura 14).
Figura 14. Detalhe de armadura para transferir carga de tração da estaca para o
bloco.
Gerdau, 2015
24
dinâmica das forças e como que a estrutura responde a estes esforços relacionados
os tipos de nós.
25
Figura 17. Tipos totalmente soldada, com chapa de topo, com dupla cantoneira,
cotoneiras de alma e assento
𝑀 = 𝑘∙ϕ (5)
Sendo:
M = é o momento atuante na ligação [Nm]
ϕ = é a rotação relativa entre os eixos do pilar e da viga [Graus]
K = é a rigidez rotacional
26
Figura 18. Gráfico da rigidez de ligação
Quanto maior a rigidez da ligação maior será o momento para obter uma
rotação entre os eixos. Para aferição desses dados é utilizado o ensaio de torção.
Structural Steel Buildings - Allowable Stress Design (AISC-ASD) (1989) classificam
do seguinte modo: Ligações rígidas menor que 10% da rotação, Ligação flexível
acima de 80% da rotação e as semirrígidas entre 10 e 80%. Quanto menor o ângulo
de rotação mais rígido é a ligação, quanto maior a rotação, mais dúctil é considerada.
A rigidez de uma ligação na análise estrutural é uma das indicações do seu
comportamento na resposta global da estrutura e indica se a consideração dada às
ligações (rígida, semi-rígida ou rotulada), em termos de rotações e deslocamentos,
condiz com o comportamento real da ligação (CBCA, 2011).
Se uma ligação é dita rígida utiliza a equação 6 na qual um galpão satisfaz as
condições iniciais, para outras estruturas olhar norma (NBR8800:2008). Pode ser
considerada rígida se:
25𝐸𝐼𝑣
𝑆𝑖 = (6)
𝐿𝑣
27
Para ser considerada uma ligação rotulada deve obedecer a equação 7
(NBR8800:2008):
5𝐸𝐼𝑣
𝑆𝑖 = (7)
𝐿𝑣
30
As ligações com cantoneiras e com chapas soldadas na alma da viga são muito
utilizadas por serem de baixo custo e mais fáceis de serem colocadas. Entretanto não
possuem o mesmo grau de continuidade fazendo que as vigas necessitam de maior
dimensão (FIGUEIREDO; GONÇALVES, 2007).
Segundo Silva (2015), “as ligações rebitadas deixaram de ser utilizadas há anos, em
razão de: utilização de mão de obra especializada, instalação lenta, pequena capacidade
resistente e com grande variabilidade e dificuldade para inspeção”.
A NBR8800/2008 (Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto armado) especifica o tipo de solda compatível com a metal base da estrutura
(eletrodo) e estabelece os tipos de ligações em estruturas metálicas (Filete, Entalhe,
Tampão).
Existem 4 tipos principais soldagem para estruturas metálicas que são soldagem
com eletrodo revestido, soldagem MIG/MAG, soldagem com arames tubulares e
soldagem submersa. No eletrodo revestido a vantagem está em um processo com baixo
investimento, flexibilidade de aplicação, porém necessita cuidados com os eletrodos e
baixa produtividade (CBCA, 2017).
O processo MIG/MAG (diferença está no gás usado) tem alta taxa de deposição
(cerca de 2 vezes mais rápido), não há deposição de escória, menos distorções das
peças (causada pelo aquecimento excessivo) e há menos perdas pois utiliza-se todo
eletrodo, já a desvantagem que precisa ser feita em lugares fechado, produz muitos
respingos e alto custo em relação processo de eletrodo revestido (MODENESI,
MARQUES e SANTOS, 2012).
Solda por arame tubular tenta unir o processo de eletrodo revestido com MIG/MAG,
possui a desvantagem de produzir escoria em relação eletrodo revestido e mais caro
comparando com MIG/MAG, entretanto é utilizado em locais externos. Não se
recomenda a utilização em materiais que irão receber pintura (MODENESI, MARQUES
e SANTOS, 2012).
Soldagem submersa produz uma solda de alta qualidade e deposição, indicado para
maiores espessuras, entretanto solda apenas nas posições horizontal e plana (FORTES,
2004).
31
Os conectores de cisalhamento têm como objetivo de unir o aço e o concreto
a fim de diminuir o escorregamento entre esses materiais. São aplicadas em lajes,
denominando-se como viga mista, que é a utilização dos dois materiais. Estes
conectores são especificados NBR 8800/2008 - Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto armado, denominados como pinos STUD-BOLT,
outro método é utilização de um tubo perfil U soldado na viga de aço (TRISTÃO e
NETO, 2005).
Vida útil: é entendido como o tempo que a estrutura mantém sua resistência em um
nível seguro, garantindo a sua funcionalidade. É reduzida por ações de intemperes,
vibração, calor, cargas, umidade, entre outros. Durante esse tempo a estrutura não
pode ruir ou apresentar fissuras, deslocamentos e deformações que venha inutilizar
um elemento ou todo o sistema (CORREIA e LIMA, 2020).
32
modelo de gestão da manutenção, em atendimento às normas NBR 14037 (Uso,
operação e manutenção das edificações) e NBR 5674 (Manutenção de edificações -
Procedimento).
No conceito de manutenção há vários subgrupos, sendo os fundamentais a
manutenção corretiva, preventiva e de melhoria. Na figura 20 será definido cada
termo.
33
Figura 21. Principais manifestações patológicas em estruturas metálicas.
Desta forma as patológicas podem ser divididas em: falhas de projeto, falhas
na fabricação, falhas na montagem e falhas na pintura.
34
Figura 22. Falhas na soldagem.
35
verificar se a umidade relativa alcançou valores elevados durante os
intervalos de soldagem
36
elementos em suspensão que quando condensados na superfície podem resultar
em eletrólitos, bem como solo, produtos químicos, água natural e do mar (MAGNAN,
2011).
Há vários tipos de corrosões que são classifica do seguinte modo (Siqueira,
2018):
37
Corrosão no cordão de solda Esse tipo de corrosão acontece em torno dos
cordões de solda. É comum nas soldas de aços
inoxidáveis não estabilizados ou com teores de
carbono superiores a 0,03%
Fonte: Adaptado de Siqueira, 2018.
38
Quando o material sofre um corte e expõe o ferro, o zinco cria uma cama que
se deposita no local do contato com o ar. Resultado na oxidação do zinco e não do
ferro (SANTOS E FREIRE, 2013). Porém essa camada protetora de oxido de zinco
vai se perdendo com o tempo devido ao contato da chuva, pela dilatação do aço
entre outras causas
A solução seria a utilização de ferros galvanizados onde haja proteção da
chuva como exemplo a parte interna de um galpão e para parte externa o
revestimento anti-corrosão (pintura). Outro modo seria a utilização de proteção
caótica que utiliza um ou mais ânodos de sacrifício (SANTOS E FREIRE, 2013).
A NBR 8800:2008 cita os cuidados necessários para não terem pontos de
empoçamento de água como apresentado na figura 23. Outro cuidado é o perigo de
corrosão bi metálica, que acontece quando se tem dois materiais diferentes, para
isso é necessária uma proteção para que não ocorra contato desses materiais
através de um eletrólito como na figura 24. A maioria dos problemas com corrosão é
a falta de manutenção, falta de dreno e a falta de limpeza deles (REIS e BARRETO,
2016).
39
Figura 24. Sem risco de corro são bimetálica.
40
resistência ao fogo são elas os galpões, centros esportivos, garagens abertas e
depósitos.
2.1.11. Instabilidade
41
Estes métodos servem para entender o comportamento do material quando a
estrutura sofrer um excesso de carregamento. É de grande valia entender as reações
provocadas por distúrbios no sistema para garantir que o sistema esteja o mais
seguro possível, reduzindo instabilidades. Outro ponto importante a ressaltar é que
flambagem é diferente de instabilidade. Instabilidade é quando aplicasse uma carga
na estrutura e ela reage. Irá ocorrer flambagem quando houver uma deflexão lateral
na estrutura, entretanto o termo flambagem ainda é frequentemente utilizado para
designar fenômenos de instabilidade (CHODRAUI, 2006).
Instabilidade estrutural ocorre quando 𝑃 > 𝑃𝑐𝑟 e pode resultar em vários tipos,
uma delas é a flambagem. São separadas em instabilidade simples e acopladas,
sendo as simples: local, distorcional, global por flexão, global por torção, global por
flexo-torção. Já as acopladas são a somatórias de dois tipos de instabilidade. Cada
instabilidade esta liga ao seu perfil, comprimentos e se tem enrijecedores. Chodraui,
(2006, p.23) apresenta 11 combinações de instabilidades, possível de se observar
na figura 25.
42
Instabilidade local: quando a carga produz deformação em uma das faces da
coluna por ser o ponto de menor resistência, exemplo, uma das faces possui uma
espessura menor que as demais.
Instabilidade distorcional: acontece com os perfis que possuem enrijecedores de
borda, fazendo que o perfil se abra quando 𝑃𝑐𝑟 é ultrapassada.
Instabilidade global por flexão (flambagem): quando a carga produz uma flexão na
coluna.
Instabilidade por torção: quando a carga produz uma rotação na coluna,
acontecem em colunas compridas.
Instabilidade por flexo-torção: quando a carga produz uma flexão e rotação na
coluna, geralmente ocorre em perfil w e v com grande comprimento.
Figura 26. Enrijecedores de alma do pilar (a) chapa de aço soldada ao pilar;
(b) revestimento de concreto
2.1.12. Pórticos
Pórticos são as “janelas” do galpão (figura 27), sendo formado com no mínimo
duas colunas e uma viga. O espaçamento entre os pórticos influencia na destruição
de carga, quanto maiores os vão entres os pórticos serão necessários mais
43
elementos secundários de cobertura, entretanto diminuirá a quantidade de pórticos,
bases e fundações (CHAVES, 2007).
Figura 27. Pórtico
44
Figura 28. Pórticos de Alma Cheia
Pórticos Treliçados
45
Pórticos Treliçado – em arco
O pórtico está diretamente ligado a coluna e obtém uma grande rigidez entre
viga e coluna. Tem um bom desempenho estrutural, entretanto as peças utilizadas
são variadas (figura 31), tornando o processo de execução mais longo que o de alma
cheia (CHAVES, 2007).
É muito importante na construção da tesoura que a carga não seja transmitida
ao banzo inferior, as mãos francesas devem transmitir a cargas de forma a repassar
os esforços para a coluna. Desta força a mão francesa deve ser ligada 5 cm acima
do banzo inferior e que seja conectada no nó do próximo pendural. (OLIVEIRA,
2017). Pendural é a elemento que está na vertical ligando o banzo inferior e o
superior.
46
Figura 31. Pórticos Treliçado – trapezoidal
47
A importância de conhecer a mecânica básica nos sólidos está em entender
as reações dos materiais e entender quais características que o objeto tem que faça
ele comportar-se desse modo. Nesse item será explicado os tipos principais de
esforços e suas deformações e propriedades físicas dos materiais buscando o
embasamento de estruturas metálicas.
Os principais tipos fundamentais de esforços são tração, compressão,
cisalhamento, flexão e torção que podem ser observados na Figura 33. Estes esforços
podem aparecer isolados (Solicitações simples) ou em combinação de dois ou mais
esforços (Solicitação Composta) (HIBBELER, 2009).
Na tração temos o objeto sendo tracionado, puxado na mesma direção nos
sentidos oposto (a). Na compressão ocorre forças de mesma direção e sentidos sobre o
material (b). No cisalhamento ocorre esforços de sentidos ao encontro do material, porém
com direções diferentes, tendo uma pequena variação de distanciamento entre os eixos
resultando um corte no objeto (c). Flexão é quando se tem o material apoiado e no
intervalo dessa distância é posto uma força contraria aos apoios, resultando deformação
no eixo da peça. E por último a torção que é o ato de girar a peça provocando rotação
no eixo do material (d) (RODRIGUES, 2016).
49
é baixa liga. Geralmente aços de baixo liga dão baixas características ao aço, ao
contrário dos aços de alta liga que podem chegar a um somatório de 50% que dão
características importantes como aços inox, aços refratários e aços resistentes a
desgastes. O quadro 3 demonstra essas influências nas características
físicas/químicas.
Fonte: UFPR,2018
A norma especifica qual tipo de aço é aplicado para determina situação logo
abaixo veremos 3 exemplos:
51
ASTM A572/ NBR 7007 AR 350 ou AR 415: torres de transmissão de energia e de
telecomunicação, estruturas metálicas em geral, passarelas, máquinas e
implementos agrícolas, rodoviários e ferroviários.
ASTM A588/ NBR 7007 350 COR: estruturas metálicas em geral que necessite de
proteção adicional contra corrosão atmosférica aligada a uma maior resistência
mecânica.
52
Outras técnicas que altera as características físicas são as formações do
material como exemplo se foi formado a frio ou a quente, ou se ocorreu processo de
solda. Esses processamentos criam regiões de tensões no material que podem
deixa-lo com menor elasticidade, diminuindo sua tenacidade e por consequência
aumentando sua dureza. Uma chapa conformada a frio é mais rígida que uma chapa
formada a quente. Dependendo das especificações do projeto esses métodos
podem indicar qual material é necessário (MALITE, 1993 e CALLISTER, 2016).
Os principais comportamentos mecânicos dos aços são: Elasticidade,
Plasticidade, Maleabilidade, Módulo de Young ou módulo de elasticidade,
Ductilidade, Dureza, Fragilidade, Tenacidade, Resiliência, Resistencia a fadiga,
Resistência ao impacto, Resistência a fluência. Foi construído uma tabela explicando
cada propriedade baseado no (HIBBLER, 2009; PFEIL e PFEIL, 2009).
53
plásticas. Resiliência difere por ser só dentro do regime
elástico.
Resistencia a capacidade que um material tem de aguentar solicitações
fadiga cíclicas em grande quantidade
Resistência ao capacidade que um material tem de absorver energia do
impacto impacto.
Resistência a capacidade de alterar sua configuração geométrica e a sua
fluência resistência mecânica quando sujeito à uma força constante e
uma temperatura de 40% da sua temperatura de fusão. Para
determinar a vida útil do material sob temperaturas elevadas
e cargas constantes.
Fonte: Adaptado de Hibbler (2009) e Pfeil e Pfeil (2009).
Ensaio de tração
54
Figura 35. Corpo de prova para Ensaio de tração
55
Figura 36. Grafico de Tensão x Deformação
Segundo a ABNT NBR 8800 que trata sobre estruturas de aço, as principais
propriedades mecânicas do aço consideradas são:
Soma das Forças tem que ser igual a zero (equação 8).
∑ 𝐹𝑥 = 0 , ∑ 𝐹𝑦 = 0 e ∑ 𝐹𝑧 = 0 (8)
Soma dos Momentos tem que ser igual a zero (equação 9).
∑ 𝑀𝑥 = 0, ∑ 𝑀𝑦 = 0 e ∑ 𝑀𝑧 = 0 (9)
57
Com essas considerações é possível calcular o equilíbrio de um corpo. As
nomenclaturas a seguir são as forças presentes no diagrama de corpo livre
(HIBBLER, 2009).
Tensão
58
Figura 37. Distribuição da tensão normal média
Logo a somatórias das forças deve ser igual a força resultante P na secção
transversal, como demonstra a equação 10.
∫ 𝑑𝐹 = ∫𝑎 σdA (10)
𝑃 = σ∙A (11)
𝑃
σ= (12)
𝐴
Tensão admissível
59
Tensão admissível é o valor máximo de carga que um material no regime
elástico consegue suportar (HIBBELER, 2009), é utilizado em projetos. Possui
fatores de segurança que depende de sua aplicação.
Para determinar a tensão admissível é necessária dividir tensão de resistência
do material (σ𝑟 ) por um coeficiente de segurança (S), a equação 13 fica deste modo:
σ𝑟
̅=
σ (13)
𝑆
Tensão de cisalhamento
𝑃
𝜏= (14)
𝐴
2.2.3. Torção
60
Figura 38. A tensão de cisalhamento varia linearmente
ao longo de cada linha radial da seção transversal.
𝑇∙𝑐
τ= (15)
J
61
Para determinar o momento polar de inércia da área da seção transversal em
um eixo maciço se utiliza a equação 16, já para casos de eixo tubulares utiliza-se a
equação 17 (HIBBELER, 2009).
𝜋
J = ∙ 𝑐4 (16)
2
𝜋
J = ∙ (𝑐𝑜 − 𝑐𝑖 )4 (17)
2
Figura 39. Viga engastada com um carregamento concentrado atuando para cima
na extremidade livre.
62
Ao aplicar uma força (𝐹) [N] para cima em uma viga em balanço, haverá
sempre uma deflexão na barra, mesmo se seja mínima. A deflexão (𝑣) [m] varia em
relação ao comprimento da barra. A deflexão máxima (𝛿) nesse caso acontece na
ponta da barra, na extremidade livre (HIBBELER, 2009). Observando a curvatura da
viga, denominada de Raio de curvatura (𝜌) [m], a circunferência (𝑑𝑠) [m] será igual
ao Raio da curva vezes a variação do ângulo (𝜃) [radianos], a equação 18 é escrita
dessa forma:
𝑑𝑠 = ρdθ (18)
1 dθ
= (19)
ρ 𝑑𝑠
𝑑𝑠 ≈ 𝑑𝑥 (20)
Caso a curvatura seja com concavidade para baixo, o sinal é positivo, se não
o sinal é negativo. Substituindo a equação anterior na equação 21 temos:
1 dθ
= (21)
ρ 𝑑𝑥
dv dv
θ ≈ tan(θ) = = (22)
𝑑𝑠 𝑑𝑥
63
Substituindo a equação 21 pela equação 22 temos:
dθ 𝑑2 v
= (23)
𝑑𝑥 𝑑𝑥 2
𝐸∙𝐼 1 𝑀(𝑥)
𝜌= 𝑜𝑢 = (24)
𝑀 𝜌 𝐸∙𝐼
1 dθ 𝑑2 v 𝑀(𝑥)
= = = (25)
ρ 𝑑𝑥 𝑑𝑥 2 𝐸.𝐼
Logo:
𝑑²𝑣 𝑀(𝑥)
= (26)
𝑑𝑥² 𝐸∙𝐼
64
𝑥
𝐸 ∙ 𝐼 ∙ 𝜃(𝑥) = ∫0 𝑀(𝑥 )𝑑𝑥 + 𝐶1 (27)
𝑥 𝑥
𝐸 ∙ 𝐼 ∙ 𝑣 = ∫0 𝑑𝑥 ∫0 𝑀 (𝑥 )𝑑𝑥 + 𝐶1 ∙ 𝑥 + 𝐶2 (28)
2.2.5. Treliças
65
2002, p. 106). Outro mecanismo pode ser de chapas soldadas como demonstra a
figura 41-b.
Figura 40. Sistemas de nós patenteados mais conhecidos
66
Fonte: Adaptado de Maiola e Malite, 2002
Após a definição dos esforços que agem sobre a estrutura deve-se calcular
os esforços nos nós. Será necessário o conhecimento dos comprimentos de dos
ângulos entre as treliças. Para iniciar o procedimento se começa no ponto onde haja
menor número de barras. Utilizando a Trigonométrica é possível encontrar os
esforços em cada barra. Sempre cuidados com o número de incógnitas e equações
(HIBBELER, 2009).
2.2.6. Apoios
68
Apoio de 3º gênero (Engaste): impede todos os movimentos.
70
O resultado do deslocamento horizontal tem efeitos globais (P-∆) ou locais (P-
Figura 44. Efeitos de segunda ordem: (a) globais (P-∆); (b) locais (P-δ).
71
A NBR8800:2008 traz o limite de deslocamento que pode ocorre em cada
elemento dependendo da sua função. O quadro 5 mostra o deslocamento máximo,
sendo L o comprimento do vão, H altura total do pilar e h é altura do andar.
2.3.1. Esforços
𝑅𝑑 ≥ 𝑆𝑑 (29)
72
Estados-limites de serviço (ELS) quando apresenta alertas ou sinais de uma
possível ruptura, nesse caso a NBR limita, exemplo, a deflexão máxima de uma viga
(NBR8800:2008). Nesse limite de serviço é utilizado coeficientes de segurança para
garantir a segurança da estrutura em conjunto com os esforços permanentes e
excepcionais. Ou seja, cada esforço e resistência recebe um coeficiente para dar
melhor segurança de projeto.
74
Quadro 6. Valores dos coeficientes de ponderação das ações 𝛾𝑔 = 𝛾𝑓1 ∙ 𝛾𝑓3
Sendo:
a Os valores entre parênteses correspondem aos coeficientes para
as ações permanentes favoráveis à segurança; ações variáveis e
excepcionais favoráveis à segurança não devem ser incluídas nas
combinações; b O efeito de temperatura citado não inclui o gerado
por equipamentos, o qual deve ser considerado ação decorrente do
uso e ocupação da edificação; c Nas combinações normais, as ações
permanentes diretas que não são favoráveis à segurança podem,
opcionalmente, ser consideradas todas agrupadas com coeficiente
de ponderação igual a 1,35, quando as ações variáveis decorrentes
do uso e ocupação forem superiores a 5 kN/m2, ou 1,40 quando isso
não ocorrer. Nas combinações especiais ou de construção, os
coeficientes de ponderação são respectivamente 1,25 e 1,30, e nas
combinações excepcionais, 1,15 e 1,20; d Nas combinações normais,
se as ações permanentes diretas que não são favoráveis à segurança
forem agrupadas, as ações variáveis que não são favoráveis à
segurança podem, opcionalmente, ser consideradas também todas
agrupadas com coeficiente de ponderação igual a 1,50 quando as
ações variáveis decorrentes do uso e ocupação forem superiores a 5
kN/m2, ou 1,40 quando isso não ocorrer(mesmo nesse caso, o efeito
75
da temperatura pode ser considerado isoladamente com o seu
próprio coeficiente de ponderação). Nas combinações especiais ou
de construção, os coeficientes de ponderação são respectivamente
1,30 e 1,20 e nas combinações excepcionais sempre 1,00; e Ações
truncadas são consideradas ações variáveis cuja distribuição de
máximos é truncada por um dispositivo físico, de modo que o valor
dessa ação não possa superar o limite correspondente. O coeficiente
de ponderação mostrado nesta Tabela se aplica a este valor-limite.
Fonte: NBR 8800:2008, p. 18.
Fonte: NBR8800:2008
Sendo:
b Edificações residenciais de acesso restrito; c Edificações
comerciais, de escritórios e de acesso público; d Para estado-limite
de fadiga, usar igual a 1,0; e Para combinações excepcionais nas
quais a ação principal for sismo, admite-se adotar para o valor zero.
A NBR diz que para analisar os ELU e ELS deve ser realizada em função das
combinações últimas e combinações de serviço, respectivamente. Sendo que existe
uma probabilidade que não baixa de ocorrerem simultaneamente os esforços.
76
Combinações últimas normais: As combinações últimas normais são os
esforços previsto para a edificação. Para cada combinação, aplica-se a seguinte
expressão:
𝑭𝒅 = ∑𝒎 𝒏
𝒊=𝟏( 𝜸𝒈𝒊 ∙ 𝑭𝒈𝒊,𝒌 ) + 𝜸𝒒𝟏 ∙ 𝑭𝑸𝟏,𝒌 + ∑𝒋=𝟐( 𝜸𝒒𝒋 ∙ 𝜓𝟎𝒋 ∙ 𝑭𝑸𝒋,𝒌 ) (32)
Onde:
𝐹𝑑 = valores da força que será utilizada no ensaio [N]
𝐹𝑔𝑖,𝑘 = valores característicos das ações permanentes [N]
𝐹𝑄1,𝑘 = valores da ação variável principal [N]
𝐹𝑄𝑗,𝑘 = valor das ações variáveis que podem atuar concomitantemente a ação
variável principal [N]
𝜓0𝑗 = fator de combinação 0
𝐹𝑠𝑒𝑟 = ∑𝑚 𝑛
𝑖=1 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + ∑𝑗=1( 𝜓2𝑗 ∙ 𝐹𝑄𝑗,𝑘 ) (33)
77
𝜓2𝑗 = fator de redução 2
Combinações frequentes de serviço: são ações que ocorrem com uma duração
na ordem de 5% no período de vida da estrutura, ou seja, que se repetem, entretanto
com baixa frequência. Serão levadas em conta nessa pesquisa (NBR8800:2008).
Utilizará a seguinte expressão:
𝐹𝑠𝑒𝑟 = ∑𝑚 𝑛
𝑖=1 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝜓1 ∙ 𝐹𝑄𝑖,𝑘 + ∑𝑗=1( 𝜓2𝑗 ∙ 𝐹𝑄𝑗,𝑘 ) (34)
Combinações raras de serviço: são aquelas que podem atuar no máximo algumas
horas durante todo o período de vida da estrutura (NBR8800:2008), para calcular é
utilizado a equação 35.
𝐹𝑠𝑒𝑟 = ∑𝑚 𝑛
𝑖=1 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝐹𝑄𝑖,𝑘 + ∑𝑗=1( 𝜓1𝑗 ∙ 𝐹𝑄𝑗,𝑘 ) (35)
𝑓𝑘
𝑓𝑑 = (36)
𝛾𝑚
Sendo:
𝑓𝑑 = resistência de cálculo [Pa]
𝑓𝑘 = resistência nominal ou característica [Pa]
𝛾𝑚 = coeficiente de ponderação da resistência
78
Para ELS o 𝛾𝑚 é igual a 1,00, já para o ELU é necessário o cálculo do
coeficiente de ponderação da resistência, que utilizará a equação 37:
A NBR8800:2008 r
Fonte: NBR8800:2008
As forças geradas pelo vento são de pressão e sucção. Quando o vento sopra
sobre a superfície há uma pressão positiva, já quando ocorre a passagem do vento
sobre a superfície ocorre a pressão negativa (sinal negativo). Para calcular essas
forças se considera a NBR 6123 (1988) - Forças devidas ao vento em edificações.
Para o cálculo é necessário considerar separadamente os elementos de
vedação e fixações, partes da estrutura e a estrutura completa.
79
Para encontrar o valor da velocidade característica do vento (𝑉𝑘 ) é necessário
o gráfico de Isopleta (figura 45). Nesse gráfico apresenta a velocidade básica do
vento (𝑣0 ) em uma altitude de 10 metros acima do terreno, com uma pressão
constante por 3 segundos.
𝑉𝑘 = 𝑉𝑜 ∙ 𝑆1 ∙ 𝑆2 ∙ 𝑆3 (38)
Fonte: NBR6123:1988.
Fonte: NBR6123:1988.
81
𝑧
𝑆2 = 𝑏 ∙ 𝐹𝑟 ∙ ( )𝑝 (39)
10
Fonte: NBR6123:1988.
82
Quadro 12. Valores mínimos do fator estatístico
Fonte: NBR6123:1988.
𝑞 = 0,613 ∙ 𝑉𝑘 2 (40)
𝐹 = (𝐶𝑒 − 𝐶𝑖 )𝑞 ∙ 𝐴 (41)
83
3. Metodologia
84
comportamentos dos modelos entre si para gerar ação de conhecimento sobre o
assunto.
Pesquisas qualitativas são tradicionalmente associadas a interesses de
pesquisa tipicamente subjetivistas que a interpretação de algo. Em contraste,
pesquisas quantitativas geralmente respondem às exigências do paradigma
“positivista” (conhecimento científico), cujo interesse de pesquisa é centrado no
estabelecimento de leis causais (KIRSCHBAUM, 2013).
3.2. Modelo
Para análise dos esforços estruturais foi levado em conta os fatores de forma
integrada que atuam sobre uma estrutura, são eles: ações do vento, flexão,
compressão, flexo-compressão, entre outros.
3.2.1. Concepção
85
3.2.3. Detalhamento
86
A altura entre o mezanino e o térreo é de 2,3 metros, sendo que o mezanino
tem altura de 3,15 metros. Do mezanino até o limite do pé direito é de 2,75 metros,
altura máxima é de 7,7 metros. A figura 46 faz um corte transversal no galpão
demostrando as dimensões ditas anteriormente.
A parte da frente (figura 47) é dívida em duas, sendo 6 metros para mezanino
e 5,85m para o restante sendo que no meio a uma coluna. O espaçamento entre as
colunas da frente para os fundos é de 5,2 m, 4 m, 5 m, 5 m e 5,2 m. Totalizando 14
colunas externas e 4 colunas internas para o mezanino.
O telhado recebe uma proteção como demonstrado na figura 46 e figura 47.
Nas laterais há 5 janelas do lado onde não tem mezanino e 10 janelas no lado do
mezanino. Já na parte de trás se tem uma porta para os fundos e uma janela no
segundo andar. Na parte da frente há uma entrada para carga e descarga com
suporte para proteção contra chuva, uma porta e uma janela no segundo andar
(figura 47 e figura 48).
87
Figura 47. Vista da frente do galpão
88
3.5. Dimensionamento ou Cálculo Estrutural
Para a escolha das vigas e pilares foi adotado o aço estrutural A572-GR. 50
(AR 350), sendo recomendo do Anexo A da NBR 8800:2008 como o aço mais
utilizado. Suas características são Limite de Escoamento (𝑓𝑦 ou 𝑓𝑘 ) 345 MPa, Limite
de Resistência (𝑓𝑢 ) 450Mpa. Como apresentado anteriormente o aço apresenta
módulo de elasticidade longitudinal (E) igual a 200 GPa, coeficiente de poison 𝜈 de
0,3 e peso específico aparente igual a 78,5 kN/m³.
3.5.2. Pré-Dimensionamento
𝐿𝑣
ℎ𝑣 = (42)
20
1 1
𝑏𝑣 = ℎ𝑣 a ℎ (43)
3 2 𝑣
89
ℎ𝑣 = altura do perfil da viga [cm]
𝐿𝑣 = comprimento da viga [cm]
𝑏𝑣 = largura do perfil da viga [cm]
𝐿𝑝 𝐿𝑝
ℎ𝑝 = a (44)
20 30
𝐾𝐿𝑝
λ= ≤ 120 (45)
𝑟
𝐿𝑝 = comprimento do pilar [cm]
ℎ𝑝 = altura do perfil do pilar [cm]
𝑘 = coeficiente de flambagem
𝑟 = raio de giração da seção transversal menor valor [cm]
𝐼
𝑟= √ (46)
𝐴
𝐼 = Inercia [cm4]
𝐴 =Área [cm]
3.6. Esforços
90
Permanente: peso da estrutura de cada modelo, mezanino (2,13 kN/m²), paredes
(22,8 kN/m²), telha (40,5 N/m²), força horizontal igual a 0,3% do peso da estrutura
(total) conforme a NBR8800:2008 e capacidade de suportar duas caixas de água de
2.000 litros no telhado.
Variáveis: sobrecarga de 7,5 kN/m² (seguindo a recomendação da NBR6120:1980)
sobre o mezanino, mais a força do vento pela NBR6123:1988 e foi considerado uma
pessoa por metro quadrado (800N/m²) (Para o telhado essa consideração foi de
apenas de 20%)
Permanente: não será avaliado os esforços excepcionais como incêndio, explosões
ou acidentes.
91
III. A escada não foi considerada no modelo.
IV. Para o telhado foi utilizado a telha trapezoidal tp 40 de alumínio que possui
uma carga distribuída de 4,13 kg/m² (MBMETALURGICA, 2020). Utilizando o
edifico base, não se manteu a inclinação do telhado de 17º, sendo que a
inclinação mínima é de 7º.
V. Para o coeficiente de pressão de forma foi utilizado um software que irá gerar
esses dados. Para conferência será feito o cálculo de carga manualmente e
comparado o valor gerado pelo programa. Utilizando a NBR6123:1988 para
determinação desse esforço.
𝛾𝑓1 ∙ 𝛾𝑓3 = 𝛾𝑔 ou 𝛾𝑞
𝛾𝑓2 = 0,7 (ações variáveis causadas pelo uso de ocupação, haverá peso devido os
equipamentos fixo e concentração de pessoas)
𝛾𝑔 = 1,5 (peso próprio e de equipamentos)
𝛾𝑞 = 1,4 (ação do vento)
92
Os fatores de combinação e de redução vão variar dependo da origem da
força, será necessário utilizar a tabela 6 e 7 para o cálculo de combinação de
esforços.
Irá se utilizar o fator 1,1 já que um galpão industrial não sofre grandes esforços
comparados a escolas, hospitais e prédios.
𝑓𝑘
𝑓𝑑 = (50)
𝛾𝑚
345
𝑓𝑑 = (51)
1,1
93
7,7
𝑆2 = 0,94 ∙ 1,00 ∙ ( )0,1 (53)
10
𝑆2 = 0,92
𝑆3 = 1,0 (instalações industriais com alta ocupação)
𝑉𝑘 = 𝑉𝑜 ∙ 𝑆1 ∙ 𝑆2 ∙ 𝑆3 (54)
𝑉𝑘 = 37,26m/s
𝑞 = 0,613 ∙ 𝑉𝑘 2 (56)
𝑞 = 851 N/m²
3.7. Ligações
95
Fonte: Merton e Kendall, 1946 apud Flick, 2008.
96
4. Desenvolvimento
Seguindo o que foi proposto na metodologia foi calculado a carga gerada pelo
vento. Para isso optou-se na utilização do software da Universidade de Passo Fundo,
VisualVentos. Para comparação entre os resultados na metodologia chegou no
cálculo da carga gerada pelo vento de 0,85 kN/m². Lembrando que tanto software e
97
os cálculos feitos seguiram a NBR6123/1988 que trata sobre cargas através dos
ventos.
Foi posto no programa as dimensões do galpão sendo b = 11,85 m que seria a
largura e a=24,4m que é o comprimento. O valor de h=7,7 m é o valor do galpão,
como dito anteriormente, o galpão possui uma proteção contra o vento, impedindo
de quem está de fora observar o telhado. Esse mecanismo não é somente estético,
mas também reduz as cargas devido ao vento sobre a estrutura. A distância entre
os pórticos foi considerada uma média resultando em p=4,88m. Na parte da área
das abertura, não se colocou nenhum valor considerando que o galpão é simétrico,
ou seja, todas aberturas que tiverem estão espelhadas. Nessa parte do programa se
colou as dimensões do galpão como mostra a figura 49.
Fonte: Própria
98
Figura 50. Velocidade básica – Visualventos.
Fonte: Própria
99
Figura 51. S1 – Visualventos.
Fonte: Própria
100
Figura 52. S2 – Visualventos.
Fonte: Própria
101
Fonte: Própria
Fonte: Própria
102
Figura 55. Cpe no telhado – Visualventos.
Fonte: Própria
Fonte: Própria
Fonte: Própria
Fonte: Própria
104
Como demostrado na metodologia, a carga do vento se mostrou aproximada a
calcula inicialmente como uma diferença de 0,02 kN/m². O programa apontou
resultado de 0,83 kN/m² e manualmente 0,85 kN/m². As considerações foram as
mesmas e foi considerado aceitável o resultado gerado pelo programa. Para análise
foi considerada o cálculo feito à mão (0,85 kN/m²).
4.2. Pré-Dimensionamento
Para calcular a altura do perfil (ℎ𝑣 ) de uma viga foi utilizado equação 42. O
comprimento da viga (𝐿𝑣 ) é de 600 e 585 cm. Já para largura do perfil da viga (𝑏𝑣 ) e
da coluna (𝑏𝑃 ) foi considerado 1/2 da altura do perfil que seria a média da equação
43. O comprimento das colunas (𝐿𝑝 ) é de 990cm, sendo considerado desde a união
com o bloco de coroamento. Os resultados desses perfis encontram-se na tabela 3.
Foi analisado o valor de esbeltez da das vigas e colunas. Para esse cálculo foi
utilizado a equação 45 e 46. O coeficiente de flambagem para vigas e colunas foi de
1,2. Os outros dados foram retirados do catálogo da Gerdau (W 530 x 109,0). O pré-
dimensionamento demonstrou da coluna tem o coeficiente de esbeltez menor que
120 para a coluna. Os resultados estão na tabela 3.
Esta parte foi importante para o projeto pois é possível avaliar se os elementos
estruturais vão suportar as cargas. Optou-se pelo perfil W 310 x 38,7 para viga por
atender ao requisito de altura e ter 37,5% de largura a mais comparada com o que
foi dimensionado. Já para a coluna escolheu o perfil W 530 x 109,0, suprindo as
necessidades.
105
Para o telhado optou pelo perfil U entretanto ao fazer pré-dimensionamento
exigiu um viga de 10 polegadas. Como esse tipo de estrutura não sofre tanta carga
será considerada para tesoura viga U de 6 polegadas e 4 polegares para as terças
tendo um espaçamento entre as terças de 1,5 metros.
106
A soma de todas as forças horizontais é de 4200 N/m² + 907 N/m² + 847,6 N/m²
= 5954,6 N/m².
A área das paredes é de 91,2 m² e 187,9 m², mezanino de 146,2 m². Para o
telhado será considerado 368 m² que é a maior área encontrada dos 6 modelos
(modelo 6 que teve a maior área). Lembrando que essas dimensões foram
demonstradas na metodologia, a coluna tem 9,9 metros, entretanto 2 metros está
abaixo da estrutura por isso que não foi considerado.
Os esforços variáveis são a carga do vento que é de 851 N/m² que age nas
paredes e no telhado da estrutura (é alterada dependendo do sentido o vendo).
Também foi considerado um sobrepeso de 7,5 kN/m² e de uma pessoa por metro
quadrado, para o mezanino 800 N/m² e para o telhado 160N/m². A sobrecarga segue
a norma para caso quem utilizar o mezanino coloque algum tipo de equipamento.
4.4. Modelos
4.4.1. Modelo 1
O primeiro modelo foi desenvolvido com uma tesoura bem conhecida que não
se encontrou na literatura. Isso se deve a sua geometria que sobrecarrega a
107
estrutura a repassar a carga a uma coluna com maior intensidade que a outra. O
resultado a análise irá provar essa primeira hipótese.
O espaçamento estre os tirantes é de 1,2 m tendo uma altura máxima da tesoura
de 1,6m devido a inclinação de 7 graus. O modelo foi todo desenvolvido de forma
extrudada. A massa da estrutura ficou em 28,1 toneladas.
A figura 59 tem visão frontal possibilitando ter uma visão clara do pórtico e a
figura 60 demonstra o galpão de uma forma mais geral.
Fonte: Própria
Fonte: Própria
4.4.2. Modelo 2
Fonte: Própria
Fonte: Própria
4.4.3. Modelo 3
109
A figura 63 tem visão frontal possibilitando ter uma visão clara do pórtico e a
figura 64 demonstra o galpão de uma forma mais geral.
Fonte: Própria
Fonte: Própria
4.4.4. Modelo 4
110
Figura 65. Vista frontal – Modelo 4.
Fonte: Própria
Fonte: Própria
4.4.5. Modelo 5
111
Figura 67. Vista frontal – Modelo 5.
Fonte: Própria
Fonte: Própria
4.4.6. Modelo 6
112
A figura 69 tem visão frontal possibilitando ter uma visão clara do pórtico e a
figura 70 demonstra o galpão de uma forma mais geral.
Fonte: Própria
Fonte: Própria
Foi possível conversar com duas pessoas que trabalham na parte de projetos
em estruturas metálicas. As entrevistas ocorreram de modo online utilizando um
programa de videocâmara. Uma delas se chama Joyce e outro se chama Rodrigo. A
Joice trabalha como calculista nos projetos em uma empresa localizada em Itajaí há
2 anos e já trabalha a 6 anos em projetos de equipamentos mecânicos. É técnica em
construção em naval, possui licenciatura matemática e é pôs graduação em
engenharia metalúrgica. Já o Rodrigo é formado em Engenharia Mecânica, trabalha
na área de estruturas metálicas a 3 anos em uma empresa em Curitiba onde faz
projetos de automação, estruturas metálicas, otimização de estruturas e
gerenciamento de produção.
Foi perguntado a eles em relação a seus primeiros projetos, como que foi esse
processo. A Joyce me informou que ela esteve junto a um calculista desde o começo
dos projetos então as dúvidas sempre eram tiradas com seu colega de trabalho. Já
o Rodrigo informou que geralmente era superdimensionado, ele fazia toda a parte
de cálculo sozinho e nesse processo ele pode entender a simulação x realidade.
Para entender se os entrevistados estão em busca de inovação foi feito duas
perguntas referentes a steel frame, wood frame, casa de isopor. O Rodrigo me disse
114
que não conhecia esses termos e nunca trabalhou com essa técnica no qual eu
expliquei durante a entrevista. Já a Joyce conhecia esses termos, conheciam
empresas que faziam esses processos, mas que na empresa dela não trabalhavam
com isso. Perguntei aos dois em relação do porquê esses métodos construtivos não
são adotados no Brasil. A Joyce comentou “Steel frame possui um custo maior que
a estrutura de alvenaria, acredito que como os engenheiros não tem conhecimento
desse material, resulte em um custo maior. O Brasil sempre está atrasado nas
inovações, e por não ter pessoas capacitadas resulta em não utilização dessas
técnicas.”. Faz sentido a colocação dela, trabalhar com algo inovador gera
desconfianças de projetos por exemplo: será que a mão de obra dará conta de fazer
o serviço como solicitado? Essas incertezas fazes que os projetos saiam mais caro
tanto que os clientes e as empresas se afastem um pouco desses procedimento.
A próxima etapa da entrevista foi entender o nível de entendimento pessoal
sobre estruturas metálicas dos entrevistados. Por exemplo na visão da Joyce o aço
tem vantagens ao concreto pois “suporte de cargas, a estrutura metálica pode ter um
custo mais leve para suportar uma carga maior; sustentabilidade; e limpeza da área
pois estrutura metálicas não produzem resíduos, quando comparados aos outros
métodos” já o Rodrigo vê diferente, “Peso, volume e estruturas em balanço sem vigas
mastodônticas (não apresentam apoio no meio da viga)”.
Quando perguntado sobre a diferença entre pré-moldados e estrutura
metálica de galpões a Joyce disse “na montagem é até mais rápido que uma
estrutura metálica, e a pré-moldada é mais prática também, porém tem a questão de
suporte de cargas, onde o pré-moldados não suporta grandes cargas. Para projetos
mais simples (menos peso) pré-moldadas é bom, o custo-benefício para maiores
cargas o aço é maior.”. Como o Rodrigo não trabalha com esse tipo de material ele
não soube dizer. O que foi possível de entender é que pré-moldados são bons para
estrutura simples onde haverá apenas o andar térreo, com pé-direito próximos dos
5 metros e principalmente a questão da distância entre as colunas (pórtico).
Na parte em qual é a parte mais crucial em um projeto de estruturas metálicas
foi um concesso: cuidado aos quais tipos de esforços que você irá considerar em
seu projeto. Deixando claro em no projeto o que foi considerado e o limite de carga
para aquela estrutura. Joyce ressaltou um ponto bem importante que é “na parte
arquitetônica, eu cuido muita parte esbeltez, ter uma sensação de conforto quando
115
vê a estrutura.”. Ela contou que certa vez estava calculando uma caldeira em nela
utilizou para unir duas peças 50 parafusos. Só que no caso era parafusos pequenos
e esteticamente não ficou legal, mesmo que o projeto dizendo que iria aguentar a
carga.
Na parte em quais normas que deveriam ser consideradas o Rodrigo
informou: “as normas não são obrigatórias, você pode seguir elas em seus projetos
ou não considerar.”. Esse ponto é algo que academicamente os professores não
deixam claro e muitos alunos seguem essa ideia de é necessário seguir a norma.
Mas lembrando que a norma é um sistema de defesa para os engenheiros quando
fazem seus projetos. A utilização ou mesmo fazer considerações de alguns pontos
fazem um projeto mais seguro, como se fosse “minhas mãos estão limpas”.
Na parte de como que eles fazem para mitigar os problemas de corrosão a
Joyce comentou “A galvanização a fogo, tratamentos superficiais, todo projeto é
dimensionado relacionando o tamanho do tanque de galvanização. Hoje é a
galvanização a fogo é o mais utilizado (20 anos de duração), eletrolítica, jateamento
normalmente para estruturas menores. Jateamento é um processo que joga
particular com areia ou bolinhas de vidro no material, forçando uma cobertura de
corrosão. Eletrolítica não é tão eficiente quando comparada a galvanização a fogo.”.
Já o Rodrigo trabalha só com pintura e repintura de seus projetos, em alguns casos
usa um aço especial para contornar esse problema. Frisei a frase Joyce (negrito)
pois trouxe um ponto que acho muito importante e que não encontrei nas minhas
buscas na bibliográfica.
Quando pergunta em relação aos pórticos a Joyce disse “para min é o
arquitetônico, mesmo tento benefícios como as circulares terem mais capacidade de
suportar maior cargas verticais. Estruturas arredondada tem maior custo de
fabricação relacionada aos outros tipos.” Já o Rodrigo informou que para pequenas
estruturas possuem apenas um perfil estrutural (I, H, U) onde é apoiado as telhas.
Já estruturas maiores Rodrigo cita “Estruturas de fachadas ou grandes estruturas
possuem pórticos em treliças onde é possível suportar grandes distancias em
balanço. Tirando vantagem da geométrica para reduzir peso e contornando o
problema das barras terem no máximo 6 metros de comprimento. Em arco seguiria
a ideia da treliça, mas permite a aparência arredondada, sendo mais estético.”.
116
Na próxima etapa da entrevista foi pergunta em relação as considerações em
utilizar aço nos projetos e os cuidados nas análises estruturais. Joyce cita que
depende da carga e do tamanho da estrutura já o Rodrigo pensa na confiança, alta
resistência, montagem e desmontagem, fácil modificação. E um ponto que eles
sempre pensam na hora do projeto é a parte da montagem, ou seja, que a estrutura
seja prática de ser montada.
Em relação aos fornecedores de seus projetos a Joyce citou “para perfil utilizo
a Arcelar Mital, Aços continente, Gerdau.” Para o Rodrigo “para perfil é Gerdau,
parafusos é AçoPar (revendedora), telha não se tem na região, se compra a mais
barata na região, Beretta que é a maior dos estados e a Raitz.”
Nos tipos de ligação houve outro concesso: pouco uso de solda e mais união
desmontável através de parafusos. Isso se dá pela segurança e praticidade no
processo. Já nas considerações das cargas cada engenheiro tem uma visão
diferente, exemplo a Joyce tenta prever se algum dia alguém poderia pendurar algo
na Tesoura já o Rodrigo já imagina as cargas que podem advim. Na minha visão um
ponto que não foi dito na entrevista foi em relação ao piso, esses pisos caso sofram
um desnivelamento podem gerar grandes problemas de movimentação dentro da
empresa.
Na questão de cargas excepcionais o Rodrigo informou que depende do
orçamento, se o cliente desejar ele leva em consideração. Já a Joyce disse que
nunca considerou e disse que “Geralmente a estrutura tem que suportar o dobro de
carga.”. Se observarmos a questão de incêndio, o aço perde 50% da resistência
quando chega perto dos 550ºC. Até chegar essa temperatura daria tempo para todos
saírem num galpão desse tamanho.
Em relação a metodologia adotada de cada um, deixo a resposta completa de
cada um:
117
de orçamento. Na parte do cálculo estrutural é feito as análises de esforços nas
ligações, das chapas, entre outros elementos.”.
118
Para a construção da malha optou-se pelo o método de h-adaptative que funciona
da seguinte forma. O método adaptativo ele refaz a análise refinando a malha nos
pontos de maiores tensões. Quanto maior for o número de vezes que eu colocar para
repetir e o grau de precisão maior será a qualidade do resultado.
Supondo que em uma estrutura a tesoura está sofrendo uma carga. Na primeira
analise o programa seguiria com a malha que foi construída pelo usuário, na segunda
rodada a malha seria refeita nos pontos de maiores tensões até que se chegue em
um resultado mais exato.
O método adaptativo auxilia nesse processo da construção da malha, por isso
que foi utilizado apenas uma malha. Foi selecionado os parâmetros de loolps de 3
vezes e 98% de acuracidade. As cargas foram divididas em 6 (pois se tem 6
colunas/pórticos) e aplicadas conforme análise do vento.
O cálculo do vento demonstrar que a maior carga é para a parede de maior área
então as colunas onde não tem mezanino sofreu a carga positiva sobre a coluna e
negativa sobre a tesoura e a outra coluna. Já o mezanino sofreu a carga positiva e
a gravidade foi considerada como citado na metodologia. Para consideração da
caixa de água optou-se por colocar a carga diretamente sobre o pilar que sustenta o
mezanino, o pilar do meio.
A malha para os modelos é de 15mm com exceção o modelo 6 que é estrutural
e é o programa que escolhe a malha.
O peso das estruturas ficou bem parecidos, ao comparar pórtico com pórtico é
possível se dizer o modelo 1 e 3 tem as mesmas massas sendo que foram que são
mais fáceis de construção tanto no software como na aplicação real. Tento uma
ótima relação de resistência a carga.
Os perfis foram retirados do catálogo da Gerdau como mencionados na
metodologia. No primeiro ensaio apena a estrutura (sem as tesouras) receberam as
cargas juntamente com o suporte da caixa de água. O resultado foi positivo
permitindo a continuação das análises de cada modelo com sua tesoura.
5.1. Modelo 1
119
carga (figura 72) foi encontrada entre a viga do mezanino e seus suportes. Isso pode
ser resolvido da seguinte maneira: desenvolver um suporte com maior área de
contato com a viga. Já a figura 73 demonstra a concentração de carga na tesoura.
Fonte: Própria
Fonte: Própria
Fonte: Própria
120
5.2. Modelo 2
Fonte: Própria
5.3. Modelo 3
121
Figura 75. Diagrama Geral – Modelo 3.
Fonte: Própria
Fonte: Própria
5.4. Modelo 4
122
ultrapassou o limite de fluência do material no ponto de contato entre as pontas como
mostra a figura 77 e 78.
Fonte: Própria
Fonte: Própria
123
Fonte: Própria
5.5. Modelo 5
Fonte: Própria
124
Figura 81. Concentração de carga no banzo inferior com o tirante – Modelo 5.
Fonte: Própria
5.6. Modelo 6
O modelo 6 foi o que mais deu problema e o que mais apresentou dificuldades
tanto na construção como também na análise. Por se tratar de uma curvatura isso
resultou em vários problemas com por exemplo o trajeto dos banzos. Ficaram
praticamente alguns pontos em linha reta. Outra dificuldade foi a necessidade de
fazer todo o modelo em peças estruturais sendo que o programa não permite mexer
na malha dificultando assim análise.
O software utilizado não possui capacidade de análise para esse tipo de
estrutura. Tentou-se fazer várias adaptações mas o modelo que mais chegou perto
foi esse na figura 82. A tensão máxima é de 320MPa demonstrando que para o
software ocorreria a deformação plástica no material e até mesmo rompendo o limite
de escoamento chegando no limite de ruptura.
Nessa pesquisa, o trabalho não conseguiu contemplar esse tipo de pórtico.
Fonte: Própria
125
5.7. Resultados
O computador utilizado foi um notebook Blade da Razer modelo 2018. Ele possui
uma placa de vídeo NVIDIA GeForce GTX 1060, RAM de 16 GB e um I7. O sistema
operacional é um Windows. Como demonstra as figuras 83 e 84.
126
Fonte: Própria
Fonte: Própria
127
6. Conclusão
128
A importância de utilizar um software específico para determinada aplicação se
mostrou de suma importância ao trabalhar com esse tipo de estrutura. Entretanto
softwares deveriam permitir ou mesmo trazes alunos que estão cursando a área de
engenharia a possibilidade de experimentar esse tipo de programa.
O resultado da pesquisa demonstrou os cuidados necessários para a
preservação da estrutura bem como os cuidados de montagem. Alertando a
necessidade de verificar na região qual é a dimensão máxima dos elementos para a
galvanização do material. E ao se trabalhar com estruturas de galpão as uniões entre
os elementos como viga e coluna são de ligação parafusadas e as ligação entre os
suportes-viga/coluna são soldadas. Para análise desse tipo de estrutura é
necessário fazer várias análises das uniões da estrutura ou pórtico, designar a força
atuante na ligação e fazer análise para cada caso.
A estrutura do modelo 1 e 3 demonstraram ter alta vantagem quando comparadas
aos outros tipos de estrutura pela sua simplicidade construtiva e alta resistência e
com seu baixo consumo de material quando comparadas ao modelo 4, 5 e 6.
Levando em conta também a maior facilidade de cálculo para a análise de elementos
finitos. Porém o modelo 5 teve bons resultados demonstrando ter alto potencial de
utilização e de fácil analise.
Não se utilizou contraventamento pois o software apresentou vários conflitos
tanto de geométrica na parte da malha como na parte de cálculo que ficava rodando
infinitamente sem chegar em um resultado. Por isso que nenhum dos modelos foram
contemplados.
As lições aprendidas foram:
✓ cada software possui suas vantagens e desvantagem, busque
informações tanto na modelagem como na parte de cálculo se o software
irá suprir suas necessidades;
✓ o que parece simples pode ser muito mais complicado do que imagina,
como por exemplo o modelo 6 que se teve vários problemas de geometria;
✓ a simplificação é uma ferramenta importante quando trabalhamos com
modelagem, entretanto tem seus cuidados a serem tomados
✓ busque utilizar modelos lineares e sem curvas, isso facilitará os cálculos;
✓ a como projetar um galpão metálico e a como aplicar a NBR 8800 e a NBR
6123 no projeto.
129
Sugestão de pesquisas futuras: otimização de um dos modelos feitos; otimização
de um pórtico (geometria perfeita); pesquisas para melhorar o pré-dimensionamento;
pesquisas referentes aos cuidados a serem levados quando for feito análises em
elementos finitos; comparar um galpão com suporte e sem suporte; dimensionar um
galpão com ligações parafusadas; pesquisas referentes aos contraventamentos.
130
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139
8. ANEXOS E APÊNDICES
140
Fonte: Adaptado de Juvinall (2016).
141
Fonte: Hibbeler, 2008.
142
Anexo C. ASTM – MR 250/AR350/AR350COR
Anexo D. Questionário
Questionário
Nome do entrevistado:
143
combinações de forças (permanentes, variáveis e excepcionais), os
dimensionamentos de elementos e seus cálculos de resistência.
Logo abaixo é demonstrado 3 figuras: a primeira representa um galpão com
um mezanino; a segunda representa alguns tipos de ligação metálica; e a terceira
representa a estrutura da cobertura do galpão. Observe atentamente estas figuras
pois posteriormente será feito algumas perguntas relacionadas a elas.
Figura 1. Galpão
144
Figura 3. Estrutura da cobertura de um galpão.
Perguntas:
1. Introdutório
R:
R:
• Você lembra como que foi o seu primeiro projeto de estruturas metálicas?
Como que foi esse processo?
R:
• Já ouviu falar sobre: steel frame, wood frame, casa de isopor? Saberia as
diferenças, as vantagens ou mesmo citar o que é cada uma?
R:
R:
R:
R:
R:
• Quais normas você acredita que não pode faltar em todo projeto de estruturas
metálicas?
R:
146
R:
R:
3. Análise estrutural
R:
R:
R:
R:
R:
R:
• Na hora da análise estrutural como que é sua análise em relação nos pontos
de ligação entre os elementos estruturais?
R:
147
• Qual é sua metodologia de projeto de estruturas metálicas para o
desenvolvimento dele? Quais passos/etapas/processo você faz para que a
ideia vire um projeto?
R:
4. Perguntas Adicionais
R:
148
149
Anexo F. Coeficiente de Flambarem
Relatório
Observação: Os resultados aqui expostos devem ser avaliados
por um professional com experiência
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Dados Geométricos
b = 12,00 m
a = 24,00 m
b1 = 2 * h
b1 = 2 * 8,80
b1 = 17,60m
ou
b1 = b/2
b1 = 12,00/2
b1 = 6,00m
Adota-se o menor valor, portanto
b1 = 6,00 m
a1 = b/3
a1 = 12,00/3
a1 = 4,00m
150
ou
a1 = a/4
a1 = 24,00/4
a1 = 6,00m
Adota-se o maior valor, porém a1 <= 2 * h
2 * 8,80 = 17,60 m
Portanto
a1 = 6,00 m
a2 = (a/2) - a1
a2 = (24,00/2) - 6,00
a2 = 6,00 m
h = 8,80 m
h1 = 0,00 m
ß = 0,00 °
d = 4,90 m
Movéis
Face A1 = 0,00 m²
Face A2 = 0,00 m²
Face A3 = 0,00 m²
Face B1 = 0,00 m²
Face B2 = 0,00 m²
Face B3 = 0,00 m²
Face C1 = 0,00 m²
Face C2 = 0,00 m²
Face D1 = 0,00 m²
Face D2 = 0,00 m²
S2 = b * Fr *(z/10)exp p
S2 = 0,94 * 0,98 *(8,80/10)exp 0,10
S2 = 0,91
Vento 90°
152
Telhado
Vento 0°
Vento 90°
153
Pressão Dinâmica
q = 0,613 * Vk²
q = 0,613 * 36,81²
q = 0,83 kN/m²
Esforços Resultantes
Vento 0° - Cpi = -0,40
154
Anexo G. Cálculo das forças atuantes nos modelos pela eq. 46 da NBR 8800.
155