Rede tolerante a atraso (Delay-tolerant network) é um tipo de

arquitetura de rede cujo design é baseado na não garantia de conectividade

constante entre seus nós. Casos reais disso são as redes móveis e,
teoricamente, futuras redes espaciais.

Neste contexto, os protocolos de roteamento ad hoc clássicos falham,

devido a sua necessidade de estabelecer rotas completas antes de enviar os
pacotes, enquanto os protocolos específicos dessa área tentam remediar essa
constante remodelação de redes usando estratégias de replicação de pacotes,
garantia de recebimento e escolha de rotas durante o transporte.

O ONE é um ambiente de simulação capaz de gerar movimento de nó

usando diferentes modelos de movimento roteamento de mensagens entre nós
com vários algoritmos de roteamento DTN e tipos de remetente e receptor
visualizando a mobilidade e a transmissão de mensagens em tempo real em
sua interface gráfica de usuário.

ONE pode importar dados de mobilidade de rastreios do mundo real ou

outros geradores de mobilidade. Ele também pode produzir uma variedade de
relatórios, desde a movimentação do nó até a passagem de mensagens e
estatísticas gerais.

O simulador ONE foi desenvolvido na Aalto University e agora é mantido

e estendido em cooperação entre a Aalto University (Comnet) e a Technische
Universität München (Connected Mobility).

Desenvolvedores: Ari Keränen, Teemu Kärkkäinen, Mikko Pitkänen, Frans

Ekman, Jouni Karvo e Jörg Ott

Epidemico

Neste estilo de roteamento, os agregados (conjunto das mensagens com

destino a um certo nó) são repassados para o maior número de nós que se tem
conexão e que ainda não o receberam, sem explorar informações sobre o
estado ou comportamento dos dispositivos. Já que em redes DTN os caminhos
não são conhecidos e mudam constantemente, esse tipo de roteamento é
eficiente em um cenário ideal, ou seja, sem restrições de banda, buffer e
energia pois as trocas aleatórias de mensagens entre os nós garantem a
entrega da mensagem final. Idealmente, os algoritmos epidêmicos possuem a
menor latência e maior taxa de entrega entre os protocolos DTN. Em outro
cenário, porém, no qual haja restrições, há desvantagens pois uma grande
quantidade de mensagens é trocada entre os nós e com isso muitos recursos
da rede são utilizados.

 Prophet

A sigla corresponde a Probabilistic Routing Protocol using History of

Encounters and Transitivity. O funcionamento deste protocolo é semelhante ao
epidêmico, no entanto baseia-se no histórico de contato. O algoritmo utiliza
uma métrica para selecionar os nós aos quais serão repassados os agregados.
Cada nó da rede mantém uma lista de todos os nós que já obteve-se conexão,
gerando um valor para variável de previsibilidade de entrega (delivery
predictability) a cada encontro com o nó. O algoritmo probabilístico ou
também chamado de estatístico explora a previsibilidade de conexão dos nós.
Estudando o movimento dos nós espera-se trocar menor quantidade de
mensagens e utilizar menos recursos da rede.

SnW

Este protocolo possui duas fases nas quais associa respectivamente o

modelo epidêmico com o modelo de transmissão direta. A intenção é de
limitar a carga na rede e retransmissões sem que o desempenho seja
comprometido. Na fase Spray, L (poucas) cópias são repassadas do nó emissor
aos primeiros nós vizinhos encontrados. O valor de L para cada nó que contém
o agregado é alterado quando este nó repassa uma cópia a um novo vizinho,
até que seja 1 para todos. A segunda fase consiste em esperar até que o nó
receptor tenha conexão com algum dos vizinhos que possuem a mensagem,
então é realizada uma transmissão direta. Dessa forma, é reduzida as
transmissoes na rede, o que diminui sua sobrecarga e evita a possibilidade de
estouro de buffer e congestinamentos, mantendo, porém a baixa latência e
alta taxa de entrega. A desvantagem desse modelo é a dependencia de uma
rede com mobilidade alta, do contrário há a possibilidade de um nó ficar
isolado por muito tempo.