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Tiago Medrado1
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Graduando do curso de Licenciatura plena em História pela Universidade de Pernambuco, campus
Petrolina.
HISTORIEN - REVISTA DE HISTÓRIA [1]; Petrolina, out./dez. 2009. Página 74
matemática. Escreveram vários tratados sobre isto e aparentemente foram
os primeiros a formalizar e escrever suas regras. Hoje o xadrez é composto
por 32 peças (4 cavalos, 4 bispos, 4 torres, 2 rainhas, 2 reis e 16 peões),
sendo 16 de cores negras e 16 de cores brancas, jogado em um tabuleiro
com 64 casas (pretas e brancas em xadrez). Na Idade Média, o xadrez se
destacou e era conhecido como “O jogo dos reis” e nos tempos atuais é
conhecido como o rei dos jogos. No Brasil o xadrez foi inserido por
intermédio de D. João VI em 1808. Porém, não queremos aprofundar na
sua origem, mas sim no seu contexto.
Muitas pessoas foram começando a jogar xadrez constantemente
desde seu desenvolvimento. Na Idade Média, por exemplo, o xadrez era
conhecido como jogo dos reis, e era freqüentemente jogado pelos mesmos.
E desde então, muitos jogadores se destacaram, conseguindo explorá-lo ao
máximo. A paixão pelo xadrez foi tanta que Grandes Mestres (GM – título
reconhecido mundialmente, dado a jogadores com habilidades
enxadrísticas altamente complexas, cujo nível do jogo supera o de qualquer
pessoa comum), passaram a viver para o xadrez. Disse Boris Spassy: “O
xadrez é como a vida”,2 elevando o grau de importância do jogo, já que o
mesmo o admirava ao extremo. E não só o russo se destacou com seu nível
e elogios ao xadrez, vários adeptos foram gradualmente descrevendo o
xadrez nas mais variadas formas. “O xadrez é um jogo pela forma, uma
arte pelo conteúdo e uma ciência pela dificuldade”.3 O xadrez foi então
tomando proporções bem expressivas, seus benefícios começaram a ser
estudados em vários países e logo comprovados em estudos e pesquisas
relacionadas com a sua inserção:
2
MAZANO, Antonio López e GONZÁLES, José Mondero. O xadrez dos grandes mestres. Trad.
Abrão Aspis. Porto Alegre: Artmed, 2002.
3
TIGRAM PETROSIAN apud MAZANO, Antonio López e GONZÁLES, José Mondero, ibidem,
p.257.
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calcular, no poder de concentração e no pensamento lógico.
Vários pesquisadores mencionam que o xadrez não somente
requer essas características, mas também as desenvolve.4
4
FERGUSON apud FILGUTH, Rubens. A importância do xadrez. Porto Alegre: Artmed, 2007, p.
18.
5
PRZEWOZNIK, Jan e SOSZYNSKI, Marek. Como pensar em xadrez. Rio de Janeiro, Ciência
moderna ltda, 2004, p.243.
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para o próximo encontro e conseqüentemente a retomada do jogo. Também
posteriormente à Idade Média, o xadrez postal ajudou a promover o
estereótipo de jogo demorado, sua prática era através de cartas, pois nem
sempre era possível dois grandes jogadores estarem presentes para jogar.
O jogo decorria de forma que, quando o jogador fazia um movimento, o
enviava por carta, e assim sucessivamente, fazendo com que o jogo
demorasse em seu término.
Nos tempos de hoje, já existe uma padronização mundial de regras,
regida pela World Chess Federation (FIDE) que administra o xadrez
mundial, e dificilmente uma partida dura mais que cinco horas nos
campeonatos sob sua regência! Para a CBX (confederação Brasileira de
Xadrez), nos campeonatos nacionais, o tempo total de uma partida
dificilmente passa de quatro horas! Vale ressaltar também que pode haver
jogos com tempos delimitados por um relógio, sendo este adequado ao jogo,
com duração máxima de 10, 4 ou ate 2 minutos totais. O tempo, por sua
vez, é dividido de forma igual para os dois jogadores. Estes argumentos nos
ajudam entender que tempo e xadrez, estão diretamente ligados, no
entanto, muitos ainda não fazem idéia que jogar xadrez é uma atividade
que vai, sim, requerer paciência, e um dos muitos benefícios que o xadrez
nos condiciona é justamente o controle da paciência, do raciocínio e a
concentração!
6
FERGUSON apud FILGUTH, Rubens, op. cit., p.20.
7
MAZANO, Antonio López e GONZÁLES, José Mondero, op. cit., p.137.
8
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo,
Paz e terra, 1996, p. 58.
9
FILGUTH, Rubens, op. cit., p. 36.
10
MILAT, Marcel apud FILGUTH, Rubens, ibidem.
11
BLANCO, Uvêncio apud FILGUTH, Rubens, ibidem.
12
Ibidem, p. 28.
13
GOETHE apud MANZANO E GONZÁLEZ, op. cit., p. 255.