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Palavra Soprada (ua eerev 3 ete aul gu essen. O gue sent advenamerte dagplo ue pe dere que me cap sto dria own verbo roubads que de rel para sults por ont cise Rodez abi de 198. ou Seine ue sod frau vois ads ri comet a porcar hot mor Tngentidacle do discurso que aquliniciamos, falando em di- fegio de Antonin Artaud. Para reduzi-la teria sido necessirio esperar muito tempo: que na verdade fosse aberto um di~ Jogo entre ~ digamos, para sermos breves, odiscurso critica © ‘ diseurso clinica, E que o dislogo conduzisse para além dos seus dois trajetas, em diresao ao comum da sua origem e do seu horizonte, Este horizonte e esta origem, para sorte nossa, amuneiam-se hoje melhor, Proximos de nés, M. Blanchot, M. ‘Poucault, |. Laplanche interrogaram-se sobre a unidade proble~ ‘matiea destes dois discursos, tentaram reconhecer a passagem cde uma palavta que, sem se desclobrar, sem mesmo se distri- ‘buir de um tinicoe simples jato falasse da loucura ¢ da obra, rmengulhando em primeiro lagar em diregao a sua enigmética cconjungio, or mil razdes que nio s4o unicamente materiais, n80 ‘podemos expor aqui, embora Ihes reconhegamos uma prio ridade de direito, 0s problemas iresolvidos que estes ensaios nos deixam, Sentimos perfeitamente que se o seu Tugar co: ‘mum foi, na melhor das hipéteses, designado de longe, de ‘fain 0s dois comentérivs - 0 médico ¢ 0 outro ~ jamais se ‘confundiram em nenhum texto. (Serd porque se trata em 2 Aescurona za nirganica AraLavna soma a primeiro lugar de comentarios? E 0 que é um comenti (Ors, sentimos bern hoje, de fato, se 0 comentirio clinico Lancemos estas perguntas ao ar para vermos mais adia comentirio ertico reivindicam por toda a parte a sua au- onde Artaud deve necessariamente fazé-las car.) jornia, pretendem fazer-se reconhecer e respeitar um pelo Dizemos de fata. Descrevendo as “oscilagdes extraordi iro, nem por isso deixam de ser etimplices -por uma uni em Héderlin et la question du pre, de que reenvia por mediagGes impensadas que hi pouco mente répidas” que, dduzem a ilusio da unidade, “permitindo, nos dois sent jcurdvamos ~ nla mesma abstraglo, no mesmo desconbe- transferéncia imperceptivel de figuras analdgicas” ¢ 0 pf nento e na mesma violéncia, A critica (estética, liteiria curso do “dominio compreendide entre as formas posti¢ ica et.), no instante em que pretende proteger o sentido cas estruturas psicoligicas”, Foucault conclui por uma il uum pensamiento ou valor de uma obra contra as redugoes possibilidade essencial e de direito, Longe de exclui-la,e somédicas, chega por um caminho oposto ao mesmo resul- impossibilidade procederia de uma espécie de proximid do: faz wn exemplo Isto &,um caso, A obra oua aventura de infinite jnsamento vem testemunhar, em exemplo, em mattiio, de a estrutura cuja permanéncia essencial se procura em pri Bates dois diseursos, apesar da identidade de um cont ro lugar decifrar: Levar a sério, para a critica, e fazer caso semprereversivel de um para outro epara cada wm demonstati dae alee na ie arene gcd so sem vida de uma profunds incompatblidade. A decifra Preset onus Coclteiend tad fegandey geite mabe conjunta das estruturas posticas e das estruturas psicoldgicas ‘mais redvzirtasua distincia.B contudo esti infnitament pl ximos um do aura, como esti préxima do possvea possi z que a fundamenta:€ que continuidade do sentido entre a obra elas razbes vilidas que conhecemos, aqui, perante 0 pro t loveura 66 6 postivel a parti Ga enigma do mesmo qua dela ima da obra e da loucura, a redugdo pstcoligica ea reduo recer © alot da rptur, ica funcionam da mesma maneira,tém, contra vontade, 0 smo fim. O dominio que a psicopatologia, qualquer que sea imivel do comentirio mais respeitador da singulaidade se: em do seu tema, Embora se oponham de maneira radical es Mas Foucault acrescenta, um pouco mais adiante: “B ish {seu estilo, poderia obter do caso Artaud, supondo que atinja = ‘io € uma figura abstata, mas una rela histrica emt o sua leitura a éria profundidade de Blanchot, chegaria por f nossa cultura se deve interrogar’: O campo plenamente hi it mesma meutralizagdo “desse pobre M. Antonin Artaud’ . rico desta interrogagio, no qual a recabertura talvez este ta Guja aventura total se torna, em Le Livre a venir, exemplar por constituir como por restaurar, nfo poderia mostrar-nos ta-se ai de uma leitura ~ alias admirivel - do “impoder” ‘que modo uma impossiblidade de fato pode dat-se para aud falando de Artaud) “essencial ao pensamento” (Blan- impossbilidade de diretot Mesmo assim seria aqui neces pt) “Como que tocou, contra vontade e por um erro pat 4quea hstoricdade ea dferenga entre as das impossbilidad 0 de onde resultam 0s seus gritos, o ponto em que pensar fossem pensadas num sentide insite esta primeira t sempre nfo poder pensar ainca:impoder segundo a sua ‘nao é a mais ficil. Desde hé muito subtraida ao pensamenl Epressio, que é como essencial ao pensamento...” (p. 48). 0 «sta historicidade nao mais pode sersubtrada do que no palético” €o que teverte do exemplo para Artaud: n2o mento em que. comentiro, sto ¢, procisamente a “deca retida na decriptagem da verdade essencal. 0 ero é deemnustad oxedted daciitanto iene ria de Artaud, o seu rato apagado no caminho da ver da questi. Este momento est tanto mais ausente da nossa Gonesto préshegliano das relagBes entre a verdade, 0 rméria quanto nao existe na histria leahistria"Quea posi ej ig esa impossi rade que nio abaixo do ponto em que verdadeiramente a sentiria” (id © erro patético de Artancl: espessura de exemplo e de +téncia que o mantém a distincia da verdiade que desesper mente indica: 0 nada no amago da palavra, a “caréncia do} ‘0“escindalo de um pensamento separado da vida" etc. O irremediavelmente pertencea Artaud sua propria expe ia, pode sem prejuizo ser abandonado pelo critco aos psi logos ou aos médicos. Mas "para nés, nao se deve comet certo de ler, como as anlises de um estado psicolégico, as crigbes precisas e seguras e minuciosas, que dela nos prop (p.51). 0 que ja nao pertence a Artaud, a partir do mome ‘em que podemes Ié-o através dele, dizé-o, repet-loe to conta dele, aquilo de que Artaud é apenas testemunha € ui «ess2ncia universal de pensamento. A aventura total de Art seria apenas o index de uma estrutura transcendental ois Artaud jamais altro escindalo de um pensamento’ parado da vida, mesmo entregando:se& experiéncia mals dh -as selvagem jamtais flta da esséncia do pensamento entendi como separagio, dessa impossibilidade que afrma contra st pa como o limite do seu infinito poder (idem). Sabemos que o pensamento separado da vida constitu -dessas grandes figuras do espiito de que Hegel apresentava alguns exemplos. Artaud forneceria portanto um outro. Ea meditacio de Blanchot detém-se aqui: sem que que pertence irredutivelmente a Artaud, sem que a a6

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