Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mulvey e Sirk:
MULVEY, Laura. What price hollywood? In: ___. Fetishism and curiosity
http://library.lol/main/322FC505AB2D40E2954F7BD1C1CF31D4
MULVEY, Laura. Delaying cinema. In: ___. Death 24x per second
http://library.lol/main/DF0FD4AD92FE8451023BC5FFDADA0E5F
Novamente são os dois textos que mencionei na reunião anterior. O primeiro texto é uma
análise mais adensada da Mulvey sobre as relações entre o código cinematográfico e o
melodrama (que ela própria assume que modificou a teoria dela após um estudo mais
aprofundado), indico em particular o segundo ensaio do livro (Social hieroglyphics), que é
uma análise de Sublime obsessão e Imitação da vida. O segundo texto é outra análise do
Imitação, essa adere a uma posição mais ambivalente em relação ao objeto que eu acho
interessante.
Melodrama e mise-en-scène
GIBBS, John. Melodrama and mise-en-scène. In: Mise-en-scène: film style and interpretation
http://library.lol/main/7D0893E3E94D3837E255DF214136A26C
Descobri esse texto recentemente pesquisando para escrever meu projeto de monografia, ele
não é tão bom como “teoria bruta” mas faz um bom apanhado das relações entre melodrama e
mise-en-scène traçadas pela teoria do cinema e pela crítica ao longo da história, ou seja, é
bom para fazer um mapeamento de outras análises similares. O texto também é seguido por
um estudo de caso sobre a mise-en-scène do Imitação da vida
WILLIAMS, Linda. Melodrama revisited. In: BROWNE, Nick (org.) Refiguring american
film genres
https://documents.pub/document/melodrama-revisited-williams.html
Como você está trabalhando a noção de modo eu achei que esse ensaio poderia ser um ótimo
companheiro para o texto do Brooks, defende não apenas o melodrama como modo mas
também a centralidade do modo melodramático na produção hollywoodiana. Acho que seria
bom para desenvolver melhor esse conceito.
LONGINO. Do sublime
https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/38162/1/Do%20Sublime.pdf
HUGO, Victor. Do grotesco e do sublime
http://www.usp.br/cje/depaula/wp-content/uploads/2017/03/Do-Grotesco-e-do-Sublime_Victo
r-Hugo-1.pdf
SCHILLER, Friedrich. Do sublime ao trágico (recomendo a edição da Autêntica, você pode
acessar o e-book pela base Acervus da Unicamp)
O Longino eu já comentei na reunião, ele trabalha muito com o embate entre pathos e logos e
é uma excelente companhia à Poética de Aristóteles, em especial ao estudo dele sobre o
trágico. Indico também o Victor Hugo pela relação que ele traça entre o sagrado e o sublime,
que para ele são contíguos, toda teoria do sublime dele tem um fundo cristão. Como você
também estava com questões envolvendo a tragédia indico o Schiller porque ele faz essa
ponte entre o sublime e o trágico de forma bem interessante. A edição da editora Autêntica
desse livro do Schiller conta com um ótimo ensaio do Pedro Sussekind sobre a história do
conceito de sublime dos gregos até a filosofia pós-estruturalista, ele traça a linha de forma
bem clara, recomendo muito.
Essas duas indicações podem estar bem deslocadas mas achei por bem falar delas porque
talvez sejam úteis. O Agamben pensa o dispositivo como algo que eleva as coisas ao sagrado
para além do âmbito dos humanos, mas também explica como pode-se questionar a posição
do sagrado através da profanação. O texto da Haroche, por sua vez, trata da passagem da
forma-sujeito religioso, que se configura como sujeito pela subordinação ao discurso
religioso, para a forma-sujeito jurídico, que, com o advento da modernidade, gera o
assujeitamento pela submissão do indivíduo ao poder da lei; acho o texto interessante para
pensar a questão da perda do poder de unidade do sagrado e busca por significado moderno
que você indica no projeto.
Sobre a disjunção
XAVIER, Ismail. O anjo nasceu e Matou a família e foi ao cinema: alegoria e agonia. In:
___. Alegorias do subdesenvolvimento
http://library.lol/main/04A84AB90D234B0D31F274FF65C11C9F
STAM, Robert. On the margins: brazilian avant-garde cinema. In ___. JOHNSON, Randall
(org.) Brazilian cinema
http://libgen.is/book/index.php?md5=343C9AD6B7F027A719DF5DD1861CDFDE
Nesses dois textos os autores usam bastante o conceito de disjunção para analisar a obra do
Julio Bressane, esse termo tem papel fundamental nas análises do Ismail de cinema marginal,
ele indica que o principal procedimento do cinema de Bressane é o da disjunção. Sei que os
textos estão num escopo muito diferente da sua pesquisa mas acho que é legal para ter uma
ideia de como outros autores aplicam esse conceito que é chave para sua pesquisa e precisaria
ser aplicado com mais cuidado.
Indo para outro campo o Freud trabalha bastante esse conceito ao elaborar a segunda tópica
do aparelho psíquico, para falar sobre a disjunção dos sentidos.
Também aproveitei para procurar o termo nos meus fichamentos antigos. Dei uma olhada no
de Introdução à teoria do cinema do Robert Stam para ver se achava alguma teoria falando da
disjunção e encontrei as seguintes referências:
● p. 57 (sobre a disjunção da diegesis eisensteiniana)
● p. 164 (citando o ensaio Cinéma/Ideologia/Critique de Commoli e Narboni, sobre
disjunções em filmes aparentemente transparentes, estou utilizando esse mesmo ensaio
na escrita do meu projeto sobre transparência e opacidade, é bem interessante)
● p. 171 (citando Peter Wollen sobre a disjunção som/imagem no cinema moderno como
forma de estranhamento brechtiano)
● p. 206 (citando Marie-Claire Ropars sobre o potencial disjuntivo intrínseco à
montagem cinematográfica)
● p. 315 (citando a teoria de Arjun Appadurai sobre a disjunção na cultura global)
N’O discurso cinematográfico notei que Ismail Xavier se refere à disjunção em dois casos: ao
analisar a imagem-arquétipo obra da Maya Deren (p. 115) e ao analisar a montagem
eisensteiniana (p. 130-131). Também me lembro do Deleuze utilizando o termo para
descrever a relação entre imagem e som no cinema dos Staub-Huillet na conferência O ato de
criação. Como um todo noto uma tendência a aplicar o conceito às teorias da montagem na
verdade, pode ser interessante pensar nisso.