Você está na página 1de 4

1.

O que é uma Espira:

Uma espira é um fio condutor dobrado em forma de círculo, como mostra a figura abaixo:

2. O que é uma bobine:

Vários equipamentos elétricos que temos à nossa volta como os alternadores dos carros ou
até os transformadores que usamos para carregar os nossos telemóveis, utilizam uma
bobina de fio enrolado que cria um campo magnético com determinada finalidade.

O Que é uma bobina afinal?


Uma bobina é um dispositivo elétrico formado por várias espiras e tem como função
armazenar energia em forma de campo elétrico.
Mas o que nos interessa saber de uma bobine? É que uma bobine é formada por inúmeras
espiras onde é gerado o campo magnético. Isto para dar um exemplo onde podemos
encontrar espiras.

3. Introdução Teórica

Vamos então ver uma espira por onde passa uma corrente elétrica...
Como é possível ver, à volta da espira, estabelece-se um campo magnético

Mas o que estas figuras representam?


Então, como podemos observar, nas duas espiras, a corrente tem um sentido e uma direção
diferente, em que a da esquerda, a corrente circula no sentido contrarrelógio e a espira da
direita circula no sentido dos ponteiros do relógio.

Mas o que isto altera nas duas espiras?


Então... ao estarem com sentidos e direções diferentes, a corrente, o que vai variar são os
“polos” do campo magnético digamos assim.
Na espira da esquerda podemos ver que a corrente a circular no sentido contrarrelógio,
visto de frente, o campo magnético identifica-se a um polo Norte de um íman. Isto é, as
linhas do campo magnético, visto, mais uma vez de frente, estão a “sair” do centro da espira
para fora.
Por sua vez, a espira da direita faz exatamente o contrário. Ao estar com uma direção e
sentido inverso à espira da esquerda, visto de frente é semelhante a um polo sul de um
íman em que as linhas do campo magnético vêm de fora da espira para o seu centro.

4. Como podemos identificar as características do campo magnético?

Utilizando a regra da mão direita

Polegar: sentido da corrente elétrica. Dedos: direção e sentido do campo magnético.


5. Como podemos calcular a intensidade do campo magnético?

Então, antes de mais precisamos de saber que a intensidade da indução magnética no


centro da espira depende da intensidade da corrente elétrica, do raio da espira e do meio
onde ela se encontra.
Por tanto, olhando para todos esses fatores, podemos deduzir uma equação capaz de nos
identificar e calcular essa mesma intensidade:

Onde: B = intensidade do campo magnético (unidade Tesla T)


I= intensidade da corrente (Ampere)
u= permeabilidade magnética
R= raio da espira

Concluímos então que o campo magnético (letra B) é diretamente proporcional à


intensidade de corrente elétrica (letra i) e inversamente proporcional ao raio da espira (letra
R).

6. Como podemos calcular a intensidade do campo magnético com mais de uma


espira

Vamos agora voltar ao caso da bobine.


Neste momento sabemos calcular o campo magnético de uma espira, então e se quisermos
calcular por exemplo o campo magnético gerado por uma bobine?
Se considerarmos n espiras (neste caso, o numero de espiras numa bobine), todas estas
iguais umas ao lado da outras, de modo que a espessura do enrolamento seja muito menor
que o diâmetro de cada espira, conseguimos calcular o campo magnético da bobine com a
ajuda da seguinte formula:

Onde a única diferença é o n – é o número de voltas da bobina

7. Como podemos calcular a intensidade do campo magnético numa espira


incompleta?

8. Experiência
Uma pequena experiência que se pode realizar em casa para quem gostaria realmente de
ver corrente elétrica a gerar um campo magnético.
Para realizar esta experiencia, precisam dos seguintes materiais:

 um pedaço de fio condutor (15 cm);

 uma pilha;

 bússola;

 fita adesiva.

A montagem do experimento pode ser feita da seguinte forma:


 o fio condutor deve ser “enrolado” para que fique em formato de um círculo e
fixado com a fita adesiva para que não desenrole;

 em seguida, as extremidades desse fio devem ser ligadas na extremidade da


pilha;

Espira conectada a uma pilha


Após a montagem da experiencia é possível aproximar a bússola da espira e observar a
deflexão sofrida pela agulha. Ao movimentar a bússola nas proximidades do fio mostra que
para cada ponto, ela apontará uma direção diferente.

Por fim, inverte-se as polaridades da pilha. O objetivo agora é demonstrar que, ao inverter
os polos da pilha, a bússola sofrerá deflexão em sentido contrário ao anterior. Isso porque o
sentido do campo magnético depende do sentido da corrente elétrica. Ao variar o sentido
da corrente, também se varia o sentido do campo magnético.

Você também pode gostar