Escola de Pais e Aprendizagem de Filhos

Escola Superior de Desporto de Rio Maior

Unidade Curricular:
Psicologia da Educação

Escola de Pais
E
Aprendizagem de Filhos
Ano Lectivo 2008/2009

Docente:
Prof. Luís Gonzaga

Alunos:
Vasco Baptista
João Prates
1ºAno Turma 7
Psicologia da Educação
 Escola de Pais e Aprendizagem de Filhos

Índice

Resumo.........................................................................................
Introdução……………………………………………………….
O que é uma escola de pais…………………………………...
A sua origem……………………………………………………
A evolução dos pais enquanto educadores………………....
Tipos de escolas de pais……………………………………….
Objectivos………………………………………………...
Dificuldades……………………………………………………..
Conclusão…………………………………………………
Bibliografia……………………………………………….

Psicologia da Educação
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Resumo

Num mundo em que cada vez mais as pessoas passam a vida a correr para
conseguir realizar os seus afazeres, cada vez existe mais dificuldades de os
pais acompanharem o crescimento dos filhos e a sua educação.
Actualmente existe uma maior necessidade dos pais se aproximarem mais
dos seus filhos para lhe poder oferecer mais bem-estar, dar-lhe uma maior
conforto e para melhor os entender e faze-los compreender as actuais
dificuldades que a vida lhe oferece para que os seus filhos possam crescer e
desenvolverem-se em harmonia e felicidade com fortalecendo ainda mais
os laços familiares.
As escolas de pais podem proporcionar um contacto diferente em relação
a aprendizagem e abordagem aos seus filhos pois muitas vezes e apesar de
pensarem que estão a fazer a abordagem correcta, essa abordagem de facto
não é a mais correcta.
Com essas escolas todos os pais podem desenvolver as suas capacidades
e conhecimentos e desse modo terem um relacionamento mais positivo
com os seus filhos e aprenderem diferentes perspectivas de como educar e
cuidar os seus filhos num ambiente familiar que permite o seu
desenvolvimento adequado as suas necessidades.

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 Escola de pais e aprendizagem de filhos

Introdução

Ser pai e mãe é talvez a tarefa mais importante que temos ao longo da
nossa existência e que apesar de não nos apercebermos essa tarefa de ser
pais necessita de informação e conhecimentos para a pôr em prática.
É uma responsabilidade que os pais adquirem e que os ajuda a amadurecer
e que lhes permite reviver o seu passado familiar e a partir dele evoluírem
para se adaptar da melhor forma as necessidades que os seus filhos tem e
terão no futuro.
A escola de pais é assim um caminho que oferece uma construção dinâmica
e de integração de temas saudáveis para os filhos.
Estas vão desde o período pré-natal até aos problemas habituais da
adolescência.
As escolas de pais são estruturas construtivas e dinâmicas que abordam
diversos temas que permitem aos pais de forma criativa encontrarem as
suas próprias estratégias.

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O que é uma escola de pais?

A escola de pais é um local de formação, informação e reflexão dirigidos

aos pais sobre aspectos relacionados com a sua condição de pais, onde eles
pretendem aprender a melhor forma de se relacionar entre si e de ajudar os
seus filhos a obter um melhor desenvolvimento.
A escola de pais tem também a função de mostrar aos pais as formas mais
correctas e saudáveis antes da difícil tarefa que enfrentam que é a educação
dos seus filhos.
É um recurso de apoios ás famílias com filhos para que possam
desenvolver correctamente as suas funções educativas e sociais.
A escola de pais é habitualmente procurada por aqueles pais que valorizam
a necessidade de conhecer e reflectir sobre os aspectos de evolução dos
seus filhos e da própria família.
É também o local onde se podem integrar com o objectivo de normalização
dos grupos em que desejam uma partilha de experiências, duvidas e
sentimentos com outros pais de modo a que possam conhecer e reflectir
sobre os aspectos relacionados com o crescimento e desenvolvimento dos
seus filhos.

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A sua origem

A origem das escolas de pais surgiu em países como os Estados Unidos e

França que iniciaram de forma sistemática a sua organização.
Deixamos as datas que ficaram na história como a origem da criação das
chamadas escola de pais.
Estados Unidos
1815- Criada a associação de mães de família
1832- Editada a 1ªrevista dedicada a educação familiar dos filhos com o
nome Mothers magazine
1834- Surge uma nova publicação chamada Mothers assistant
1840- Nasce a revista Parents Magazine que viria a super um milhão de
leitores nos anos 50
1897- Realiza-se nos EUA o primeiro congresso pais-professores
1923- A fundação Rockefeller apoia a criação de centros de investigação
para forma especialistas na formação de pais e com o apoio da associação
americana para o estudo da criança, o conselho nacional para a educação de
pais.

França
1909- É fundada em Paris a escola para mães pela Sr.ª ªMoll Weiss
1910- É editada a revista Education para os pais por O.Bertier
1928- É criada a primeira escola de pais no mundo pela Sr.ª Vérine
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1930- A escola francesa publica o seu primeiro livro de seu nome l

enfance, onde a Sr.ª. Vérine defende a necessidade de uma formação
continua dos pais.
1939- Começam-se a realizar de forma sistemática e regular os primeiros
cursos para «educadores familiares»
1942- A Faculdade de Sorbona participa neste tipo de formações para pais
e integra também as suas actividades, criando mais tarde a cadeira de
neuropsiquiatria infantil.
1953- Começa-se a editar mensalmente a revista L`ecole de parents, que
antes servia de boletim de informação e que actualmente foi convertido na
publicação oficial da Federação Nacional de Escolas de Pais e Educadores
(FNEPE)
1956- O mesmo grupo começa também a editar a revista trimestral mono
temática chamada Le groupe familial.

Portugal

1969- Surgiu em Portugal a primeira a primeira escola de pais na cidade do

Porto, criada por um grupo de pais e educadores preocupados com a
educação dos seus filhos.

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A evolução dos pais enquanto educadores

No início a atitude dos pais baseava-se numa segurança autoritária pois esta
foi a prática educacional exercida ao longo de gerações.
Mais tarde rompeu-se as estruturas sociais que serviu para se colocar em
causa os valores tradicionais. Caíram os estratos dos valores humanos,
religiosos e sociais.
Com todas estas alterações levaram a que surgisse as escolas de pais, pois
as transformações existentes na sociedade criaram a necessidade da
existência de uma de uma estrutura que apoie os pais na educação dos
filhos pois é uma forma de manterem um contacto com a evolução da
sociedade em que vivem e que irá influenciar o crescimento dos seus filhos
pois nem todos os pais aceitam a necessidade de uma educação permanente
mas felizmente que vão sendo cada vez menos os que não entendem esta
necessidade.

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Tipos de escolas de pais

Podemos descrever 5 categorias que tendem a predominar numa

classificação de escola de pais.

Académica

É normal que tudo o que leva ao nome da escola se pareça um pouco as

escolas existentes, como elas são na sua maioria académicas as escolas de
pais escolheram também o mesmo estilo. São escolhidos temas que seguem
métodos mais ou menos magistrais.
Embora exista uma maior incidência para actividades que são mais
dirigidas para a comunicação dos diversos componentes do grupo entre si
que leva a participação espontânea entre si e troca de experiências próprias.

Grupal

Neste grupo o que se deseja é a comunicação das pessoas entre si, aqui não
é importante os temas ou os conteúdos.
Parte-se mais da experiência própria e dos próprios sentimentos do que das
ideias e opiniões de livros escritos possam trazer.
Para ajudar estes grupos existe especialistas que supostamente entendem a
interacção humana, a aprendizagem de atitudes e a modificação e terapia de
condutas.
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Qualquer tema é válido desde que sirva para ajuda da comunicação, existe
também muitas variantes, desde grupos mais espontâneos e livres onde se
inclui a irregularidade na sua assiduidade onde a assistência de cada um é
essencial para o seu desenvolvimento mais formal.

Proselitista

Formam-se grupos onde o que importa é que adiram a certas maneiras de

pensar ou estar na vida.
Foram e são promovidas por instituições educativas, religiosas, politicas,
grupos de tendências psicológicas, associações de acção cultural que sabem
o importante que é contar com este tipo de escolas e procuram não só,
talvez, a promoção dos pais como tal mas também como apoio a elementos
activos para o desenvolvimento e fomentarem as ideias da própria
instituição. No princípio deixam muitos pais aderirem para captar adeptos
mas depois apenas ficam os pais que se comprometem com as ideias
Proselitista.

Participativa

A escola propõe por vezes que é necessário seguir um tema temático,

outras convém mais insistir nas técnicas grupais e talvez algumas vezes o
grupo sinta necessidade de fazer algo por alguém, colaborar com qualquer
identidade ou defender uma ideia, surgindo isto como resultado da sua
Determinação e liberdade de escolha em cada caso sem influencias por
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Por muito importante que seja, a escola de pais participativa não se deve
confundir com reuniões amigáveis de grupos que tenham a finalidade
aumentarem a amizade, ou de falarem das suas experiências humanas.
Da escola de pais podem surgir comentários, aprendizagens e tomadas de
decisões para comparar as particularidades que cada filho tenha com os
seus professores e as actividades que realizam na escola.

Burocrática

Esta é das mais frequentes e quer demonstrar que quase todo o mundo
reconhece a necessidade das escolas de pais mas existiu pouco empenho de
levar a ideia avante.
Existe uma certa indolência de muitos pais no empenho e também uma
forma pouco eficaz de organizar, falta moderadores de grupo, não existem
recursos suficientes, apresenta-se de forma pouco participativa, não
dedicam tempo nem se preparam suficientemente como se o tema dos pais
fosse algo de pouca importância, não utilizam os recursos económicos
mínimos, dedicam-se a outro tipo de acções que são mais rentáveis e
realizam melhor as suas expectativas.

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Objectivos

Tal como se reconhecem desde os escritos pela sua fundadora (Sra. Vérine)
os objectivos das escolas de pais são os seguintes:
Proporcionar aos pais uma maior confiança e segurança no desempenho da
sua acção educativa.
Que os pais tenham uma instrução psicológica adequada, e ao mesmo
tempo se entreguem a um trabalho pessoal de aplicação e observação do
que aprenderam no campo da sua relação com os filhos.
Que consigam conciliar os princípios antigos de autoridade com as ideias
de autonomia dos filhos.
Fornecer informações sobre o desenvolvimento dos seus filhos.
Promover o treino de competências.
Promover e fortalecer relações familiares mais positivas.
Possibilitar a resolução dos diversos problemas.

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Dificuldades

Ao longo dos anos as escolas de pais têm-se debatido com muitas

dificuldades como por exemplo:
Grupos excessivamente homogéneos em que acabam todos por
concordar com a mesma ideia em vez de procurarem outras
soluções.
Problemas individuais de interacção no grupo.
Moderadores de grupo demasiado directivos ou então ausentes.
Absentismo, assistência irregular dos pais.
Converter a escola de pais num grupo de pressão contra ou a favor
de algo.
Ritmos de reuniões não adequados.
Locais de reuniões pouco funcionais.
Grupos demasiado grandes ou então demasiado pequenos
Problemas de recursos como falta de livros, revistas e meios
audiovisuais ou pelo contrário, recorrem demasiado a eles,
esquecendo as possibilidades que o próprio grupo tem em construir
os seus próprios recursos.

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Conclusão

A escola de pais fora criadas sob forma de um plano sistemático de

formação para as famílias em vários aspectos em que visam
promover uma mudança social e melhorar as condições dos filhos
através da participação activa dos pais.
Mais de que uma moda, a escola de pais é uma necessidade.

«Na educação de nossos filhos

Todo exagero é negativo.
Responda-lhe, não o instrua.
Proteja-o, não o cubra.
Ajude-o, não o substitua.
Abrigue-o, não o esconda.
Ame-o, não o idolatre.
Acompanhe-o, não o leve.
Mostre-lhe o perigo, não o atemorize.
Inclua-o, não o isole.
Alimente suas esperanças, não as descarte.
Não exija que seja o melhor, peça-lhe para ser bom e dê exemplo.
Não o mime em demasia, rodeie-o de amor.
Não o mande estudar, prepare-lhe um clima de estudo.
Não fabrique um castelo para ele, vivam todos com naturalidade.
Não lhe ensine a ser, seja você como quer que ele seja.
Não lhe dedique a vida, vivam todos.
Lembre-se de que seu filho não o escuta, ele o olha.
E, finalmente, quando a gaiola do canário se quebrar, não compre
outra...
Ensina-lhe a viver sem portas»

Eugénia Puebla
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Bibliografia

● Marques, R.(1991) A Escola e os Pais como colaborar? Lisboa.

Texto Editora.

● Http://www.educapadres.com/
● http://www.escuelaparapadres.net/
● http://www.consudec.org/recortes61.htm
● http://www.fedapagaia.pt/Escolapais.htm
● http://www.psicofoz.com/CID/psicologia.html
● http://escola-de-pais.blogspot.com/2008/05/escola-de-pais-
comemora-o-dia.html
● http://www.pensador.info/p/uniao_de_familia/1/

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