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Universidade Norte do

Paraná
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS

Volumetria de
Complexação

Discentes: Amanda Mantovani


Disciplina: Química Quantitativa Experimental -DP
Docente: Magda Elisa Turini
Universidade Norte do
Paraná
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS

Londrina – 2010

Resumo
O experimento teve como objetivo analisar a dureza da água
aplicando as técnicas da análise gravimétrica. Podendo descobrir assim qual o
percentual constituinte da amostra fornecida, obtendo resultado satisfatório.

Introdução
A dureza da água refere-se a concentração total de íons alcalino-
terrosos presente na água. Como as concentrações de Ca2+ e Mg2+ são
normalmente muito maiores do que as concentrações dos outros íons
alcalino-terroso, a dureza pode ser igualada a [Ca2+] somada a [Mg2+]. Outros
cátions que se encontrem associados a estes dois, geralmente são
mascarados ou precipitados antes da determinação. (HARRIS, 2005; e
BACCAN, et. al. 1998)
Em uma titulação complexométrica, o analito e o titulante reagem
entre si formando um íon complexo. A constante de equilíbrio para esta
reação é chamada constante de formação, Kf. Os ligantes quelantes
(multidentados) formam complexos mais estáveis que os ligantes
monodentados, pois a entropia de formação do complexo favorece mais a
ligação de um ligante grande do que a de vários ligantes pequenos. (HARRIS,
2005)
Os indicadores mais comuns nas titulações com EDTA são descritos
pó Dean. Pois em geral, esses indicadores são corantes orgânicos que formam
quelatos coloridos com íons metálicos. O negro de eriocromo T é um indicador
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típico de íons metálicos que é utilizado na titulação de diversos cátions


comuns. (SKOOG, 2008)
MIn + EDTA MEDTA + In
(vermelho) (incolor) (incolor) (azul)
Historicamente, a dureza de uma água foi definida em termos da
capacidade dos cátions na água em deslocar os íons sódio ou potássio em
sabões e formar produtos pouco solúveis que produzem uma espécie de
resíduos que adere ás pias e banheiras. Conseqüentemente a dureza da é
expressa atualmente em termos da concentração de carbonato de cálcio que
é equivalente a concentração total de todos os cátions multivalentes
presentes na amostra. (SKOOG, 2008)
Além de provocarem incrustações nas tubulações e caldeiras;
podem ainda oferecer efeito corrosivo; e quando seus íons reagem com
detergentes, formam precipitados insolúveis, que para serem eliminados
dependem de detergentes ácidos em grandes concentrações, elevando o
custo da produção. A dureza da água é medida em mg/L de CaCO3 e pode
variar de 10 a 200 mg/L em água doce e até 2.500 mg/L em água salgada.
Para água potável este valor pode atingir até 500 mg/L, mas para uso em
caldeiras a dureza da água deve ser igual à zero. (ROLOFF)
A água pode ser classificada quanto à sua dureza desta forma: (UFV)
Menor que 50 mg/L CaC03 - água mole;
Entre 50 e 150 mg/L CaC03 - água com dureza moderada;
Entre 150 e 300 mg/L CaC03 - água dura;
Maior que 300 mg/L CaC03 - água muito dura.

Materiais e Reagentes
Materiais: Suporte universal, bureta, béquer, erlenmeyer, pipetas,
pêra.
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Reagentes: Água destilada, Água de torneira, Solução tampão de


hidróxido de amônio/cloreto de amônio, indicador Negro de Eriocromo,
Solução de EDTA 0,02M.

Procedimento Experimental
Com o auxílio de uma proveta pegou-se duas alíquotas de 50 mL de
água da torneira, as mesmas foram transferidas para dois erlenmeyer
distintos, nos quais foram adicionados mais 4 mL de solução tampão de
hidróxido de amônio/cloreto de amônio, em seguida no mesmo acrescentou-
se 50 mL de água destilada e duas gotas do indicador Negro de Eriocromo.
Homogeneizou-as.
Após preparadas às amostras, titularam-se as mesmas com solução
de EDTA 0,02mol/L, anotou-se a quantidade utilizada até seu ponto de
viragem e fez-se os cálculos expressando a dureza das água em CaCO3 em
mg.L-1.

Resultados e Discussões
Para as amostras de água da torneira, utilizaram-se para a titulação
2,1 e 2,4 mL da solução de EDTA, apresentando alteração de coloração de
vinho rósea para azul.

Média das titulações: M1 x V1 = M2 x V2 1 mol de CaCO3 100 g


M = 2,4 mL + 2,1 mL 0,02 x 2,25 = M2 x 50 9,0x10 -4
X
2 M1 = 9,0x10-4 mol/L x = 0,090 g
M = 2,25 mL

1g 1000 mg
0,090 g Y
y = 90 mg/L

De acordo com a literatura, pelos valores obtidos


experimentalmente, pode-se dizer que a de torneira está com dureza
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moderada. Sendo que valores entre 50 e 150 mg/L CaC03 são considerados
água de dureza moderada.

Conclusão
Pode-se concluir com este experimento que a técnica usada
mostrou-se eficiente além de poder se efetuar os cálculo e determinação da
dureza da água e obter um resultado favorável. O índice da dureza da água é
um dado importante, usado também para se avaliar sua qualidade.

Referências Bibliográficas

o SKOOG, Douglas A. et al. Fundamentos de química analítica. São Paulo:


Cengage Learning, 2008. 999p.

o HARRIS, Daniel C. Análise Química Quantitativa. 6ª ed., Rio de Janeiro:


LTC, 2005.

o BACCAN, Nivaldo; et. al.; Química Analítica Quantitativa

Elementar. 2ª Edição. São Paulo, SP: Edgard Blucher LTDA, 1998.

o UFV – Qualidade da Água. Disponível em:


<http://www.ufv.br/dea/lqa/qualidade.htm>.

o ROLOFF, Tatiana Aparecida - Efeitos da não aplicação do


controle de qualidade da água nas indústrias alimentícias.
Disponível em:
<http://revista.grupointegrado.br/revista/index.php/sabios2/article/vie
wFile/15/2>.

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