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Compensação de Reativos em Data Center com Altas Distorções Harmônicas

Empresa: Engematec Equipamentos Elétricos e Eletrônicos de Potência Ltda.

Autores
Nome Cargo e-mail
Engº Paulo Henrique Tavares Gerente de Engenharia suporte@engematec.com.br
Engº Rodolpho Nogueira de Engenheiro Eletricista rodolfo@engematec.com.br
Sousa

Palavras chave
Harmônicas; qualidade da energia; compensação de reativos; eficiência energética;
fator de potência; ressonância.

1
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo técnico, com o
dimensionamento e posterior implantação de equipamentos para a
compensação de reativos em um CPD de Data Center composto
predominantemente por cargas geradoras de perturbações harmônicas. No
presente artigo analisam-se a alimentação das cargas e principalmente dos
UPS (Uninterruptible Power Suplly) através de medições, tanto pela rede da
concessionária como pelo sistema de geração de emergência, verificando-se
que no último caso há uma piora nos índices de qualidade da energia.
Dando continuidade, é efetuado o modelamento da rede e das cargas no
software PTW32, comparando-se os valores medidos com os resultados das
simulações, propondo a instalação de bancos de capacitores com reatores de
dessintonia, para a compensação dos reativos e redução das distorções
harmônicas. Por fim comparam-se os resultados simulados com medições
elétricas posteriores à implantação dos bancos de capacitores.

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1. INTRODUÇÃO

Os Centros de Processamento de Dados também chamados de Data Center,


são uma realidade cada vez mais presente em todos os segmentos da indústria e
comércio. Diversas empresas de telefonia, comércio, bancos, pesquisa e
desenvolvimento, indústrias entre outras necessitam de armazenamento de
informações, processamento e bancos de dados muitas vezes de grande porte.

Numa primeira análise, os Data Center’s precisam ter alta confiabilidade no


processamento de dados, armazenamento das informações e para tanto parte
fundamental é o que se refere às fontes de energia elétrica: redundância, alta
confiabilidade, imunidade a ruídos e principalmente alta qualidade da energia. Para
obter essa confiabilidade geralmente exige-se outras fontes de energia como grupos
geradores diesel, à gás ou outro insumo, do tipo estacionários ou armazenamento de
energia “flywheel”, e também algum tipo de eletrônica de potência agregada como
chaves estáticas, UPS, estabilizadores eletrônicos e, além disso, sistemas de
refrigeração contendo controle de bombas e compressores por soft-start e inversores
de frequência.

Pode-se destacar que dos últimos quatro dispositivos citados no parágrafo


anterior os dois primeiros melhoram a qualidade da energia vista pela carga, mas
ambos os quatro, em geral, pioram as distorções e deformações nas formas de onda
tanto da tensão como da corrente para a fonte, sendo chamados de fontes de
perturbação harmônica ou simplesmente cargas não lineares.

Dependendo das condições elétricas da instalação como potência de curto-


circuito, impedâncias das cargas, número de pulsos das fontes harmônicas e
principalmente existência ou não de capacitores para correção do fator de potência, é
possível conviver com as distorções harmônicas sem afetar o funcionamento dos
equipamentos; em outras situações mesmo sem a instalação de capacitores os níveis
de perturbação podem ser mais severos que os de suscetibilidade das cargas,
implicando em instalação de equipamentos para condicionamento de energia; o
problema geralmente se agrava, onde há a necessidade de instalação de capacitores
para correção do fator de potência, seja devido à liberação de potência aparente de
transformadores, redução de perdas, aumento da eficiência e principalmente devido às
tarifas de reativos excedentes cobrados pelas concessionárias - REN 414/2010 [1].

Estes casos devem ser cuidadosamente avaliados, projetando-se os


equipamentos de condicionamento e de compensação mais adequados e que
garantam baixa perturbação no sistema.

2. ESTUDO REALIZADO

O Data Center estudado é composto por uma subestação transformadora com


dois transformadores de 2 MVA que alimentam os UPS e um transformador de 2,0
MVA que alimenta o sistema de refrigeração. Em situações normais a alimentação
elétrica é proveniente da concessionária e emergencialmente pelo grupo gerador diesel
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G1 (os demais grupos geradores são projeto futuro). O unifilar básico do sistema é o da
figura 1.

Linha 1
71.8 MVA
X/R 3P 2.577
SLG 13.5 MVA
X/R SLG 2.247

ENT RADA_A

AL_PG-MT_L1

DJ MT52.01
1250.0 A
SFAS 17.12.20
PG-MT

2040.0 kVA 2040.0 kVA 2040.0 kVA


TRAFO A 0.800 Lag 0.800 Lag 0.800 Lag TRAFO B TRAFO C
S 2000.0 kVA S 2000.0 kVA S 2000.0 kVA
Z% 5.9700 % Z% 5.9500 % Z% 5.8400 %
X/R 7.2903 G1 G2 G3 X/R 7.2910 X/R 7.2906

BT _TRAFO A BT G1 BT G2 BT G3 BT_TRAFO B BT_T RAFO C

AL_QTA A.1
AL_QTA B.1 AL_PGBT C
PG-MG 1 PG-MG 2 PG-MG 3

DJ BT52.01 DJ BT52.02
DJ BT52.03
3200.0 A BT PG-MG 3200.0 A
3200.0 A
E3N 3200 E3N 3200
NW32H1

Open
DJ BT52.07 Open
DJ BT52.08
3200.0 A 3200.0 A
E3N 3200 E3N 3200
AL_QTA A.2 AL_QTA B.2

BT_QTA A BT _QTA B PGBT C

AL_CAP A AL_CAP B AL_CAP C

BUS_CAP A BUS_CAP B BUS_CAP C

LOAD-A LOAD-B LOAD-C


241.0 kVA 315.0 kVA 1144.0 kVA
PF 0.800 Lag PF 0.800 Lag PF 0.870 Lag
BCAD A BCAD B BCAD C

Figura 1 – Diagrama unifilar da instalação

Efetuou-se medições de grandezas elétricas e de harmônicos nas saídas dos


QTA’s para os trafos A e B, e na saída do transformador C para verificação do
perfil de carga e distorções harmônicas geradas. No caso dos QTA’s, mediu-se
a carga com alimentação tanto da concessionária quanto do grupo gerador. A
figura 2 apresenta a medição do QTA_A e QTA_B.
Como pode ser observado na figura 2, entre 18h00 e 19h00 período em que as
cargas foram alimentadas pelo grupo gerador G1, houve uma piora nos índices
de distorção harmônica quando comparado com o restante do período com
alimentação via transformadores; isto ocorre, pois a impedância do grupo
gerador é muito maior que a impedância vista pela carga com alimentação da
concessionária e transformador. No período de alimentação das cargas pela
concessionária a distorção harmônica é baixa, mas o fator de potência para o
QTA_A é de 0,71 indutivo, e para o QTA_B é de 0,82 indutivo, indicando a
necessidade da instalação de capacitores ou outro equipamento de
compensação de reativos.
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A tabela 1 apresenta o resumo das cargas por transformador e as respectivas
distorções harmônicas, enquanto que a tabela 2 apresenta os resultados das
simulações feitas pelo PTW32 para as condições de alimentação pela
concessionária e pelo grupo gerador sem capacitores.

Figura 2 – Medições dos painéis QTA_A e QTA_B

Tabela 1: Valores registrados


BARRA POTÊNCIA VN DA BARRA Carga P +jQ THDV (%) THDV (%)
(MVA) (KV) (kVA) Concessionária Gerador
Linha 1 71,795 11,40 ---- ------ ------
TRA 1,00 0,480 250,00 + j 150,00 3,30 7,50
TRB 1,00 0,480 252,00 + j 189,00 3,40 6,50
TRC 1,50 0,380 274,05 + j 155,31 3,10 ------

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Como pode ser observado na tabela 2, os valores simulados encontram-se
próximo dos valores medidos tanto pela alimentação da concessionária quanto
pela alimentação do grupo gerador G1, indicando que o modelo matemático
utilizado no software PTW 32, representa com fidelidade a instalação elétrica
em estudo.

Tabela 2: Valores simulados sem capacitores


BARRA POTÊNCIA VN DA BARRA THDV (%) THDV (%)
(MVA) (KV) Concessionária Gerador
Linha 1 71,795 11,40 1,20 0,30
TRA 1,00 0,480 3,00 7,60
TRB 1,00 0,480 2,50 7,60
TRC 1,50 0,380 2,00 1,40

Utilizando os dados das medições definiu-se a necessidade de bancos de


capacitores para compensação dos reativos para atendimento à portaria
456/2000 da Aneel [2] em vigor na época do estudo, sendo:

• TR-A 160 kvar/480 Volts;


• TR-B 160 kvar/480 Volts;
• TR-C 250 kvar/380 Volts.
Definida a potência reativa para compensação, efetua-se novamente uma
simulação do fluxo harmônico afim de avaliar o impacto da colocação dos
capacitores tanto na melhora do fator de potência quanto na influência das
distorções harmônicas; a tabela 3 apresenta os resultados considerando
capacitores convencionais, sem reatores de dessintonia.

Tabela 3: Valores simulados com capacitores convencionais


BARRA POTÊNCIA VN DA BARRA THDV (%) THDV (%)
(MVA) (KV) Concessionária Gerador
Linha 1 71,795 11,40 2,90 0,30
TRA 1,00 0,480 6,10 20,40
TRB 1,00 0,480 5,70 20,40
TRC 1,50 0,380 5,40 1,50

Considerando os resultados obtidos na simulação e resumidos na tabela 3, fica


evidente a amplificação dos níveis harmônicos devido à ressonância paralela
entre os capacitores e a impedância de dispersão dos transformadores próximo
da 7ª ordem harmônica (vide gráfico da figura 3). Os valores das distorções
harmônicas de tensão (THDV%) ultrapassaram os limites recomendados pela
norma IEEE 519/1992 nos três barramentos de baixa tensão, indicando que
capacitores convencionais não podem ser instalados.
A solução técnica adotada foi o projeto e a instalação de bancos de capacitores
com reatores de dessintonia, considerando:
Estágios de 20 kvar para os bancos de capacitores dos transformadores TR-A
e TR-B e estágios de 25 kvar para o TR-C;

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Plot1 - Scan Magnitude Plot1 - Distortion Spectrum
Study1 - Case1 - BT_QTAA- Bus Scan Impedance Magnitude Study1 - Case1 - BT_QTAA- Bus Distortion Voltage Spectrum

Study1 - Case1 - PGBT C - Bus Scan Impedance Magnitude Study1 - Case1 - PGBT C - Bus Distortion Voltage Spectrum

Study1 - Case1 - BT_QTAB- Bus Scan Impedance Magnitude Study1 - Case1 - BT_QTAB- Bus Distortion Voltage Spectrum
1,00

250

0,75
200

Bus Scan Im pedance Magnitude (pu)

Bus Distortion Voltage Spectrum (pu)


150
0,50

100

0,25
50

0 0,00
0 5 10 15 20 25 30 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

Harmonic Order Harmonic Order

Figura 3 – Ressonância das Barras de Baixa Tensão e Espectro Harmônico

A formulação abaixo define os valores das reatâncias considerando uma


sintonia h=4,20ª harmônica.

1 QL
fR = = f R .QC
2π LC ou fR

Onde:

fR = frequência de ressonância (pu);

L = Indutância do reator (H);

C = Capacitância do capacitor (F);

• Para o estágio de 20 kvar:


QC = 20 kvar:
QL 2
= 4,20.20000 → QL = (4,20) . 20000 = 352,8 k var
4,20
4802
XL = → X L = 653,06 mΩ∴
352,8.10 −3
0,65306
L= → L =1,733µH ∴
2.π .60

Adotando a mesma metodologia para o estágio de 25 kvar/380 Volts, obtém-se


uma indutância L = 869µH.

Simulam-se novamente os fluxos harmônicos e ressonância apenas no


transformador TR-A, obtendo-se uma distorção harmônica total de 2,20 % na
5ª ordem harmônica como pode ser observado nas figuras 4 e tabela 4
(considerando apenas as 15 primeiras harmônicas). Nenhum índice individual
ou total foi violado considerando-se as recomendações do IEEE 519 [3].

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Plot1 - Scan Magnitude Plot1 - Distortion Spectrum
Study1 - Case1 - BT_QTA A - Bus Scan Impedance Magnitude Study1 - Case1 - BT_QTA A - Bus Distortion Voltage Spectrum
65
1,0
60
0,9
55
0,8
50

Bus Scan Impedance Magnitude (pu)

Bus Distortion Voltage Spectrum (pu)


45 0,7

40
0,6
35
0,5
30
0,4
25

20 0,3

15 0,2
10
0,1
5
0,0
2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Harmonic Order Harmonic Order

Figura 4 – Ressonância da Barra BT_QTA A e Espectro Harmônico

Tabela 4 – Espectro harmônico da barra BT_QTA A

A partir da simulação de todos os estágios dos bancos de capacitores nos três


transformadores, sendo que os capacitores dos transformadores A e B
possuem reatores de dessintonia, obtêm-se os resultados da tabela 5 e os
valores das distorções harmônicas totais considerando alimentação via
concessionária. As figuras 5 a 8 apresentam os valores das distorções bem
como o diagrama unifilar com os resultados do fluxo harmônico e fluxo de
potência fundamental; a tabela 5 apresenta o espectro harmônico das barras
de BT. A figura 9 apresenta o banco de capacitores do TR-A instalado.

Tabela 5: Valores simulados com capacitores com reatores de dessintonia


BARRA POTÊNCIA (MVA) VN DA BARRA (KV) THDV (%) Concessionária
Linha 1 71,795 11,40 0,90
TRA 1,00 0,480 2,10
TRB 1,00 0,480 1,80
TRC 1,50 0,380 1,50

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Plot1 - Scan Magnitude Plot1 - Distortion Spectrum
Study1 - Case1 - BT_QTA A - Bus Scan Impedance Magnitude Study1 - Case1 - BT_QTA A - Bus Distortion Voltage Spectrum

Study1 - Case1 - BT_TRAFO C - Bus Scan Impedance Magnitude Study1 - Case1 - BT_TRAFO C - Bus Distortion Voltage Spectrum

Study1 - Case1 - BT_QTA B - Bus Scan Impedance Magnitude Study1 - Case1 - BT_QTA B - Bus Distortion Voltage Spectrum
1,0
60
0,9

Bus Distortion Voltage Spectrum (pu)


Bus Scan Impedance Magnitude (pu)

50 0,8

0,7
40
0,6

0,5
30
0,4

20 0,3

0,2
10
0,1

0,0
2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Harmonic Order Harmonic Order

Figura 5 – Ressonância da Barras de BT e Espectro Harmônico

Linha 1
1454.79 kW
358.55 kVAR
77.00 A RMS
I_THD 6.66 %
0.97 PF
ENTRADA_A
V_THD 0.9 %
11260.4 V RMS

AL_PG-MT_L1
77.0 A RMS
I_THD 6.7 %

DJ MT52.01

PG-MT
V_THD 0.9 %
11257.0 V RMS
LF -0.00 kW LF 0.00 kW LF 0.00 kW
TRAFO A LF -0.00 kVAR LF 0.00 kVAR LF 0.00 kVAR TRAFO B TRAFO C
S 2000.0 kVA I_RMS 0.00 A I_RMS 0.00 A I_RMS 0.00 A S 2000.0 kVA S 2000.0 kVA
10.5 A RMS I_THD 0.00 % I_THD 0.00 % I_THD 0.00 % 13.2 A RMS 54.6 A RMS
I_THD 32.1 % G1 G2 G3 I_THD 13.9 % I_THD 1.2 %

BT_TRAFO A BT G1 BT G2 BT G3 BT_TRAFO B BT_TRAFO C


V_THD 2.1 % 480.0 V RMS V_THD 1.7 % V_THD 1.4 %
474.0 V RMS 473.2 V RMS 370.0 V RMS

AL_QTA A.1
AL_QTA B.1 AL_PGBT C
250.4 A RMS PG-MG 1 PG-MG 2 PG-MG 3
314.3 A RMS 1645.8 A RMS
I_THD 32.3 % 0.0 A RMS 0.0 A RMS 0.0 A RMS I_THD 14.3 % I_THD 8.9 %
I_THD 0.0 % I_THD 0.0 % I_THD 0.0 %

DJ BT52.01 DJ BT52.02
DJ BT52.03
BT PG-MG
480.0 V RMS

Open
DJ BT52.07 Open
DJ BT52.08

AL_QTA A.2 AL_QTA B.2


0.0 A RMS 0.0 A RMS
I_THD 0.0 % I_THD 0.0 %

BT_QTA A BT_QTA B PGBT C


V_THD 2.1 % V_THD 1.8 % V_THD 1.5 %
473.8 V RMS 472.7 V RMS 368.6 V RMS

AL_CAP A AL_CAP B AL_CAP C


203.8 A RMS 202.5 A RMS 392.3 A RMS
I_THD 15.0 % I_THD 11.6 % I_THD 6.1 %
BUS_CAP A BUS_CAP B BUS_CAP C
V_THD 2.1 % V_THD 1.7 % V_THD 1.4 %
474.3 V RMS 473.2 V RMS 369.5 V RMS
LOAD-A LOAD-B LOAD-C
192.80 kW 252.00 kW 995.28 kW
144.60 kVAR BCAD A 189.00 kVAR BCAD B 564.05 kVAR BCAD C
312.14 A RMS 390.51 A RMS 1798.52 A RMS
I_THD 35.97 % -165.58 kVAR I_THD 17.33 % -164.83 kVAR I_THD 8.35 % -250.60 kVAR

Figura 6 – Diagrama unifilar da siimulação

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Figura 7 – Medições dos painéis QTA_A e QTA_B após instalação dos bancos
de capacitores

Tabela 5 – Espectro harmônico das barras de BT


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Figura 8 – Medições dos painéis QTA_B após instalação dos bancos de
capacitores

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Figura 9 – Banco de Capacitores de 160 kvar/480V

Conclusão:
O presente trabalho procurou abordar de forma sucinta a aplicação da
compensação de reativos com bancos de capacitores em ambientes com
concentração de cargas perturbadoras e fontes de harmônicos, atendendo a
legislação do fator de potência 456/2000 [2] (atualmente REN 414/2010 [1]) e
das distorções harmônicas 519/1992 [3].
É sempre importante o correto modelamento das cargas, equivalente da
concessionária, transformadores e principalmente fontes de perturbação
harmônica, comparando os valores registrados com as simulações em regime
permanente fazendo ajustes nos modelos para retratar com relativa precisão os
fenômenos harmônicos.
O assunto de compensação de reativos e a filtragem de harmônicos é hoje
muito vasto e complexo, não podendo ter sido abrangido de forma sistêmica no
presente trabalho; mas procurou-se demonstrar que em pequenas aplicações
com bancos de capacitores em Data Center’s e sistemas com cargas não
lineares, é possível adotar soluções otimizadas que atendam os requisitos de
qualidade da energia e amortização das tarifas de reativos excedentes.

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Referências Bibliográficas

[1] Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL – Resolução Normativa


REN 414 de 09/09/2010: Estabelece as Condições Gerais de
Fornecimento de Energia Elétrica de forma atualizada e consolidada.
[2] Resolução N.º 456, de 29 de novembro de 2000 - da Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL - Estabelece, de forma atualizada e
consolidada, as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica.
[3] IEEE Std 519-1992 Recommended Practices and Requeriments for
Harmonic Control in Electrical Power Systems.

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