O Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro e considerado um dos mais importantes do
Brasil, sofreu um incêndio em setembro de 2018, devido à sua má infraestrutura. Com isso, grande parte do seu valiosíssimo acervo histórico se perdeu, o que demonstra o descaso com os museus e com a história do país. Tal problemática se deve principalmente à falta de investimento governamental e ao desprezo da população. Em primeira análise, a falta de recursos destinados à preservação dos museus é um problema latente. Nesse sentido, o artigo 3 da Constituição Federal de 1988, que prevê a preservação, por parte do Governo, do patrimônio histórico brasileiro é contrariado. Sob essa ótica, torna-se evidente a negligência governamental, uma vez que, ao mesmo tempo em que a Carta Magna é ignorada, o espólio histórico é avariado, o que fomenta o desapreço com o histórico nacional. Ademais, é parte da cultura da população brasileira o desprezo à herança histórica pública. Dessa forma, consonante ao pensamento do filósofo chinês Confúncio de que para prever o futuro é necessário conhecer o passado, os cidadãos brasileiros se dirigem a um futuro incerto. Nesse sentido, ao desconsiderar os eventos passados e vilipendiar o que outrora aconteceu, as pessoas não apenas contribuem para a conjuntura de depreciação dos museus e patrimônios históricos em geral, mas também prejudicam a si próprias. Destarte, expõem-se a urgência de uma mudança no cenário de descaso com os museus bem como com a história nacional. Portanto, cabe ao Estado reverter essa situação. Para isso, deve-se investir na preservação e restauração de museus e artefatos históricos, ao direcionar um montante maior de verbas para esse fim. Assim, o legado histórico e cultural do Brasil perdurará e poderá ser presenciados por futuras gerações. -Amanda S. Araújo