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Com base na leitura dos artigos e nos seus conhecimentos, onde se vê ergonomia em

cada um dos vídeos? Qual a importância do sistema homem-máquina em cada uma das
situações (vídeo SESI e filme)?

Filme:

No filme o sistema homem maquina é composto pelo avião e pelo piloto que interpreta
as funções da máquina, a parti do momento que um objeto (aves) fora da fronteira do
sistema entra no mesmo, este causa uma perturbação(danifica a aeronave), e o piloto
precisa tomar decisões de acordo com o estado da máquina, da situação e do ambiente
em que estar.

Para o piloto poder se adaptar a uma aeronave precisa-se de anos de treinamento, para
então seguir todo os procedimentos, segurança, comunicação, sinalização,
padronização de situações de emergência a entender o erro que a máquina estar
apresentando e a leitura e entendimento de todos os comandos entre botões, alavancas
e painéis que refere-se a comunicação (pressão, velocidade, altitude, combustível,
clima, etc.) ou zona de relacionamento homem-máquina.

Há também as partes cognitivas, psicológicas e física, onde o homem (piloto) precisa


estar em suas razões facultativas saudáveis para tomadas de escolhas coerentes com o
seu treinamento e seguras a fim de minimizar erros e acidentes. Porém, o ser humano é
passível de falha e apesar de ser treinado a adapta-se a uma máquina e a tomar todas
as decisões cabíveis para prevenção de acidentes, questiona-se que uma dessas
escolhas pode ser a errada ou se foi realmente a melhor escolhe que poderia ser feita
numa situação de emergência.

Vídeo SESI

Nessa perspectiva na relação homem-maquina onde busca-se adaptar a maquina ao


homem a fim de prover melhorias de saúde ao funcionário, desta forma o funcionário
tem uma melhor condição física para executar as atividades no setor produtivo sem que
haja queda no mesmo. Assim, faz-se necessário presta atenção nas necessidades e
sinais dos colaboradores a fim de melhorar a máquina, torna-la mais ergonômica, desta
forma o homem consegue ter uma melhor adaptação a função e desta forma aumenta a
sua produtividade, economiza energia (extremamente necessárias na indústria) e assim
tem ganhos também na área econômica e claro na saúde do homem.

Resumo artigo 1

Entende-se como homem-máquina, a concepção de projeto de uma máquina acionada


por homens como “uma unidade em que os componentes se interagem segundo as
características de um sistema integrado”, ou seja, o homem é mais um componente do
processo.

A ergonomia busca adaptar o trabalho ao homem. Ao se projetar uma máquina, busca-


se maximizar a sua eficiência na realização da tarefa especificada, porém, alguns dados
mostravam que a sua eficiência ficava muito abaixo do esperado. Isso acontecia devido
que o operador tinha dificuldade em adaptar-se ao mecanismo, para desempenhar sua
parte no processo. Assim, conclui que se estava aperfeiçoando apenas uma parte do
processo que era a máquina, e que a atenção do processo deveria estar concentrada
não apenas na máquina, mas também no homem e na relação entre os dois. Dai,
estudar o homem (psicologia, fisiologia, anatomia, etc.) fornece contribuições para o
conjunto homem-máquina, fazendo-o operar sobre melhores condições aumentado a
produtividade.

Na unidade homem-máquina, a palavra máquina é usada para significar qualquer


equipamento com a qual o homem executa alguma função, pode ser uma caneta, um
violão, uma borracha.

Em ergonomia, o foco é voltado para o que ocorre no inter-relacionamento entre o


homem e a máquina. Para definir delimitações nesse campo de estudo, e preciso
determinar três elementos conceituais: interface, zona de relacionamento e presença do
homem.

A interface é a superfície comum de contato entre homem e a máquina, a zona de


relacionamento são os dispositivos que provocam essa transformação dos fluxos,
presença são as funções e variáveis humanas, envolvidas na relação homem-máquina.

Um sistema é um conjunto de componentes, organizados segundo uma estrutura


definida, que interagem por meio de trocas de fluxos. Ao chegar ao componente, o fluxo
é denominado entrada ou input, ao deixa-lo, denomina-se saída ou output. Os
componentes que formam o sistema são contidos em uma região delimitada por uma
demarcação física denominada fronteira.

A zona e relacionamento do homem pode ser definida como um subsistema, pois


manténs características de definição do sistema: é um subconjunto de um sistema mais
abrangente. Observando que os fluxos e funções entre maquina e o homem, no
subsistema definido pela zona de relacionamento do homem, a carga trocada é
essencialmente de informações. Assim, passa-se a chamar essa zona de subsistema
de informação.

Com a relação física entre o homem e uma máquina, como sistema de informação,
onde a função do homem consiste em um processador de informação. “o homem tem o
papel de processador de informações no sistema homem-máquina.

Nos processos de informações executado pelo homem no sistema homem-maquina


compreende: A) receber, selecionar e codificar informações fornecidas pela máquina. B)
organizar informações, comparar com padrões e decidir a necessidade ou não de atuar
sobre a máquina. C) exercer atuação física sobre a máquina.

O homem, para processar informações utiliza três funções básicas: sensorial, processo
central e atividades motoras.

A zona de relacionamento do homem tem três funções básicas, que possibilitam a


relação entre o homem e a máquina:

1- A função de transmissão de informações, para o sentido do operador.


2- A função de decisão sobre o tipo, grau e controle necessário.
3- A função de controle sobre o desempenho da maquina

Há duas maneiras de ver o estudo do sistema homem-máquina: humanista,


mecanicista.

O humanista concebe a máquina como sendo o prolongamento das capacidades e


atribuições do homem para a execução de atividades.
O mecanicista encara o emprego do homem como uma peça necessária para suprir as
capacidades deficientes da maquinas.

Toda atividade realizada por um homem e por maquinas projetadas e controladas pelo
homem, pode-se analisar pelo sistema homem-máquina. As condições de trabalho e
principalmente a zona de relacionamento do homem deve ser projetada e mantida de
forma a minimizar o desgaste físico e psicológico do homem e minimizar a sua
probabilidade de errar e de se acidentar.

Artigo 2

A relação homem-maquina representa o foco principal das pesquisas abordados pela


ergonomia.

Em ergonomia um sistema é “um grupo de componentes, alguns das quais peças do


equipamento, planejados para funcionarem juntos e com algum objetivo comum”
CHAPANIS.

Para Chapanis (1972) “... sistema-homem máquina é o sistema de equipamentos em


que, pelo menos, um dos componentes é um ser humano que atua e intervém na
operação dos componentes mecânicos a cada momento” (p. 35). Já para McCormick e
Sanders (1993), o sistema Homem X Máquina pode ser definido como “... uma
combinação operatória de um ou mais homens com um ou mais componentes, que
interatuam para fornecer a partir de elementos dados (inputs) certos resultados,
considerando as limitações impostas por um ambiente dado”

Segundo lida o homem recebe as informações da máquina, pelo ambiente e pelo


próprio estado ou situação de trabalho. Essas informações são recebidas pelos órgãos
dos sentidos e processadas no sistema nervoso central, gerando uma decisão que é
convertida em ação controle da máquina.

Segundo McCormick e Tiffin (1993), o homem desempenha três funções nos sistemas
Homem X Máquina: o recebimento da informação, o processamento dessa informação e
a tomada de decisão; e por último, a ação que pode ser expressa pelo controle da
máquina.

Dentro do ambiente de trabalho, os tipos de interações e as formas de interpretação


individual, são resultantes do contexto sócio-cultural, a fim de melhorar os
relacionamentos e evitar problemas surgidos dessa relação. McCormick e Tiffin (1965,
p.16) afirmam que a solução da maioria dos problemas humanos na indústria requer a
aplicação do conhecimento do comportamento humano.

Outra variável importante e necessária ao equilíbrio de qualquer ser vivo: a aceitação e


percepção da territorialidade e espaço. Devido a isto, cada grupo cultural tem a sua
maneira própria de conceber as deslocações do corpo, a disposição interior das casas,
as condições de uma conversa e as fronteiras da intimidade.
A máquina compreende virtualmente qualquer tipo de objeto físico, dispositivo,
equipamento, facilidade, coisa. Segundo os autores as máquinas são necessárias para
se atingir os objetivos do sistema.

Para Moraes e Mont’Alvão (2000), não existe sistema completamente automático ou


completamente manual; mesmo nos sistemas conhecidos como completamente
automáticos, homens são necessários para realização de tarefas diretivas, de
monitoração, de controle, de regulação e manutenção.

No sistema máquina-maquina, a ergonomia cognitiva é eficaz a analise de fatores que


ainda restringem a realização de algumas tarefas por maquinas e problemas de
interação entre elas.

Destacam-se nos modelos do sistema máquina de Iida e de Von Neuman (para


máquinas cognitivas) três dispositivos principais:

1. dispositivos de interface (controle ou entrada): permitem a comunicação da máquina


com outras máquinas ou dispositivos do sistema.

2. Dispositivos internos (ou de processamento): são os responsáveis pelo


funcionamento propriamente dito do sistema, no caso das máquinas cognitivas, é onde
ocorre o processamento.

3. Dispositivos de saída (ou informação): permitem a saída das informações, dos dados
ou resultados para o meio externo ou para outra máquina do sistema.

Sabe-se que as passagens de informações da máquina para o homem e a reação


deste, convertida em ação, são decisivas para o bom funcionamento do sistema
Homem X Máquina.

Iida (1990 p. 21), afirma que o projeto de um sistema complexo é dividido em partes,
cada uma sob responsabilidade de uma equipe, sendo que, se cada equipe procurar
otimizar a sua parte, serão produzidas diversas soluções subótimas. Entretanto, quando
essas soluções subótimas forem conjugadas entre si, dentro do sistema global, não
significa necessariamente que a solução desta última seja ótima.

A interação entre máquinas cognitivas, em virtude da realização de uma tarefa, ocorre


de forma similar às relações humanas no que se refere à troca e processamento de
informações, isto porque os modelos computacionais cognitivos são moldados conforme
o modelo mental e físico da máquina humana.

Portanto, fica explícito que a pesquisa em ergonomia precisa adentrar-se nos estudos
relativos às relações Homem X Homem e Máquina X Máquina no ambiente de trabalho,
compreendendo contextos, variáveis e interferências presentes nesta interação.

Considerar ergonomia somente a interação homem-máquina já não é satisfatório, pois


possivelmente em pouco tempo estas relações já não forneceram todos os dados
necessários a apreensão das variáveis referente ao desempenho nas futuras relações
de trabalho.

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