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Índice dos tópicos abordados
Histórico da astronomia
Descobertas que mudaram nossa concepção do universo
Galáxias e suas propriedades
Radiogaláxias, quasares, buracos negros supermassivos
Estimadores de distâncias
Tamanhos de alguns objetos cósmicos
Aglomerados de galáxias e o meio intra-aglomerado
Lentes gravitacionais
Estrutura em grande escala
Linha de tempo do universo
Observações cosmológicas
Simulações e o futuro do universo
2
A energia escura
Capítulo 1
Breve (e incompleta) história da astronomia.
3
Começando com um pouco de História ...
Astrônomo – Profissão Perigo
Ouro Sol
Prata Lua
Cobre Vênus
Ferro Marte
Chumbo Saturno
Estanho Júpiter
Mercúrio Mercúrio 6
Astronomia e Química começaram
caminhando juntas
Da mesma forma que a Astrologia tentava desvendar os
segredos do Universo, a Khemeia achava que podia fazer
isso mostrando como a Terra se relacionava com o Cosmo.
Conjunção
Sol
Terra
Planeta 7
Astronomia e Química começaram
caminhando juntas
Ao longo da história, Alquimia e Astrologia estiveram
juntas, uma vez que seus praticantes estavam sempre
interessados nestas duas “disciplinas”.
9
M ec
ânic
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agn
r om
let
E
a
sic
Fí
Para virar astrônomo há que
colocar muita informação na
cabeça
a
inâmic
d
Cálculo
Termo
10
Astronomia "Filosófica"
No início, a astronomia mesmo sendo o resultado de
observações do céu, sofreu a influência de correntes
filosóficas de época para a explicação dos fenômenos e
na definição de modelos de universo.
12
Demócrito (400 A.C.)
13
Aristarco de Samos (~250 A.C.)
14
Nicolau de Cusa (~1440)
16
Johannes Kepler (~1605)
Matemático, astrônomo e astrólogo.
Utilizou observações de Tycho Brahe e
propôs órbitas elípticas para planetas.
Suas leis sobre movimento planetário
influenciaram Newton sobre a gravitação.
18
Galileo Galilei (1610)
Eppur si muove !
Galileo (1610)
19
René Descartes (1633)
M1 M101
24
Descrição de Herschel para a Via Láctea
William Parsons (Lorde Rosse) 1845
25
Desenhos de Parsons mostrando que algumas
“nebulosas” apresentam uma estrutura espiral.
M51
26
M101
Henrietta Leavitt (1912)
27
Vesto Slipher (1917)
H0 ~ 70 km/s/Mpc
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Desvio para o vermelho - REDSHIFT - z
O fato de galáxias estarem “ancoradas” ao Universo, o qual se apresenta
em expansão, faz com que vejamos a maioria das galáxias se afastando
de nós. Esta velocidade de afastamento (positiva) é dada pela
“constante” de Hubble – H0. O redshift é dado pela expressão:
1+ v/ c
z = δλ / λ = −1
16 1− v / c
A velocidade de recessão de uma
200
galáxia é dada por:
v ( z + 1) − 1
2
v = cz
=
c ( z + 1) + 1
293 2
Para baixos z
v
813 D= (Mpc)
H0 32
Desvio para o vermelho - REDSHIFT - z
Irr
34
Esquema de classificação mostrando detalhes da morfologia
A classificação de Hubble-Sandage é baseada nos seguintes elementos:
Razão bojo/disco; abertura dos braços espirais, e existência de barra.
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Esquema de classificação morfológica
- AVISO AOS NAVEGANTES -
O processo de classificação morfológica de galáxias não é simples, pois
nem sempre ele é único ou bem definido, dependendo de um certo grau
de subjetividade do “classificador”. Ela se baseia em imagens,
normalmente na faixa óptica (banda azul), onde os grandes
levantamentos em placas fotográficas foram efetuados. O processo de
classificação possui vários vieses, como efeitos de luminosidade das
galáxias, brilho superficial, banda espectral usada.
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Via Láctea vista com "outros olhos"
39
Galáxias Elípticas
Elipticidade
E0 - E7
M87 - NGC 4486 - Virgo N = 10 x (1-b/a)
40
Galáxias Espirais
- --->
--
ei ra
po
a de
F a ix
NGC 4945 Sc
42
Galáxias Espirais
<- - - - - - Barra
47 Tuc
44
Paisagem Noturna -1
Cometa McNaught
45
Paisagem Noturna -2
Grande Nuvem
de Magalhães
Pequena Nuvem
de Magalhães
46
Galáxias Irregulares
1 2 3
4 5 6
Bojo
Barra
50
Galáxias Aneladas
51
São o resultado de ressonâncias ou colisão com uma companheira.
Resumo das Características das Galáxias
Propriedade Espirais Elípticas Irregulares
Forma e Disco achatado de Sem disco, com es- Sem estrutura.
estrutura gás e estrelas, braços trelas distribuídas Algumas com
espirais, bojo e halo. em um elipsóide. aparência explosiva
54
Contando galáxias ...
A fotografia foi importante para produzir os
primeiros mapeamentos do céu.
57
Sloan Digital Sky Survey
60
61
Mapeando o céu
Mapa de estrelas mostrando "rastros" deixados
por galáxias anãs que trespassaram a Via Láctea.
Galáxias anãs
Objetos de estudo:
Energia Escura, detecção de planetas extra-solares e
estudos cinemáticos e químicos da Via Láctea.
http://www.on.br/sdss3/ 63
Algumas propriedades das galáxias:
Massa
Luminosidade
Conteúdo de Estrelas
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Como as galáxias se sustentam sem desabarem
sobre si mesmas sob a força de sua gravidade ?
Espirais: Por rotação (momento angular) do disco.
Elípticas: Por movimentos aleatórios (dispersão de velocidades).
Órbita aproximadamente
circular do material
67
Esquema de onda de densidade
68
Esquema de onda de densidade
Poeira entrando
no braço
Região do braço
espiral com intensa
formação estelar
Região de
estrelas
mais velhas
69
Teoria de ondas de densidade
(linhas gerais)
V 2 GMm RV 2 GM
m = →M= V=
R R 2
G R
Representação da
distribuição de
matéria escura em
torno de uma galáxia
72
A “brilhante” idéia da Matéria Escura
No início do Universo, as
matérias escura e bariônica
estavam homogeneamente
distribuídas.
Pequenas flutuações de
densidade na distribuição
de matéria escura fizeram
com que esta produzisse
certas concentrações deste
material.
Pequenas flutuações de
densidade na distribuição
de matéria escura fizeram
com que esta produzisse
certas concentrações deste
material.
Pequenas flutuações de
densidade na distribuição
de matéria escura fizeram
com que esta produzisse
certas concentrações deste
material.
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Candidatos a Matéria Escura
Matéria Ordinária
- Gás e poeira (matéria visível é composta de 75% de Hidrogênio)
- MACHOS (Massive Halo Compact Objetcs, Planetas, anãs marrons,…)
77
Inventário da matéria visível do universo
78
Inventário da matéria e energia do universo
79
Luminosidades e Cores das galáxias
A cor e a luminosidade das galáxias normais é o resultado da
soma da luz proveniente de suas estrelas constituintes.
Lembrando
Pop I – População jovem, estrelas azuis, ricas em elementos pesados.
Pop II – População velha, estrelas vermelhas, ricas em H e He. 80
Razão Massa / Luminosidade - M/L
Uma forma comum de nos referirmos a luminosidade de um objeto é
através da sua medida na banda B (LB) ou no visual (LV). Um conceito
importante é o da razão entre as quantidades de luz emitida e sua
massa, chamada razão massa luminosidade – M/L. Por definição:
M M Sol
=1 (para o Sol)
L LSol
L M
log ≈ 3.8 log
LSol M Sol
82
Diferentes tipos morfológicos de galáxias representadas em termos
de luminosidades derivadas de suas populações estelares.
Sc
----->
Sb
Luminosidade da Pop I
Sa
Irr
S0
gE
dE
83
Luminosidade da Pop II ----->
Quadro com propriedades gerais de galáxias
84
Proporção das galáxias entre os diversos
tipos morfológicos
A distribuição das galáxias pelos diversos tipos
morfológicos é dependente do ambiente. Em regiões ditas
“de campo”, a fração de espirais é muito grande. Nas
regiões centrais de aglomerados, só existem elípticas e
lenticulares.
A distribuição de galáxias conforme diferentes graus de
aglomeração no Levantamento de Galáxias do Hemisfério Sul
– SSRS2, que caracteriza a população de galáxias no Universo
local (dentro de um raio R ~ 150Mpc) é mostrada abaixo:
87
Exemplos de espectros
Como se parecem as de estrelas
galáxias “vistas”
espectroscopicamente ?
Espectros contendo
linhas do Hidrogênio em 88
absorção e emissão
Como se parecem as
galáxias “vistas”
espectroscopicamente ?
Os espectros das
galáxias resultam da
soma da luz individual de
suas estrelas (~50
bilhões), mais nuvens
moleculares e regiões
com formação estelar.
Espectros de
galáxias de
diferentes tipos
morfológicos. 89
Como se parecem as galáxias vistas espectroscopicamente ?
(detalhes)
90
Como se parecem as galáxias vistas espectroscopicamente ?
(aspectos típicos dos espectros)
Contínuo Linhas de emissão
Linhas de absorção
92
Famosos sem endereço (o contínuo)
A combinação de muitos espectros de corpo negro de diferentes
temperaturas (ver próximo slide) gera uma distribuição de energia um
tanto plana e sem características espectrais (linhas). Este é o
substrato no qual percebemos as linhas de emissão e absorção.
Quebra em 4000 Å
94
Exemplo de um espectro de galáxia elíptica
95
Exemplo de um espectro de galáxia espiral
96
Exemplo de um espectro de galáxia irregular
97
Por que galáxias elípticas são avermelhadas ?
A luz de uma galáxia é dominada pela luz de suas estrelas constituintes.
Estas por sua vez são aproximadamente o de um “Corpo Negro” (L αT4).
98
Apêndice
99
Bibliografia
Astronomia e Astrofísica – Kepler S.O. Filho & Maria de Fátima O. Saraiva –
aquivo .pdf no site http://astro.if.ufrgs.br
Panorama Visto do Centro do Universo – Joel Primack & Nancy Abrahams – Cia
das Letras - 2008
Novas Janelas para o Universo – Maria C.B. Abdalla & Thyrso Villela – Editora
UNESP – 2006
101
Tabela de constantes
Unidade astronômica -> a.u. = 1.5 x 108 km (distância média Terra-Sol)
Ano luz ------------> a.l. = 9.5 x 1012 km ~ 1013 km
Parsec -------------> pc = 3.0 x 1013 km ~ 3.26 a.l.
Velocidade da luz ---> c = 3.0 x 105 km/s
Massa da Terra -----> MTerra= 5.9 x 1024 kg
Raio da Terra -------> RTerra = 6378 km
Massa do Sol -------> MSol = 2.0 x 1030 kg
Raio do Sol ---------> RSol = 7.0 x 105 km
103
Trena extragaláctica
Em Astronomia Extragaláctica tratamos com escalas de distâncias
muito grandes. A medida usual é o megaparsec (Mpc). 1 Mpc =106 pc.
Lembrando das equações:
L
F= e m1 − m2 = −2.5 log L1 / L2
4πd 2
podemos escrever :
m = M + 5 log10 (d ) − 5 (d em pc)
se quisermos usar d em Mpc, fazemos como abaixo :
m = M + 5 log10 (d .10 6 ) − 5
m = M + 5 log10 (d ) + 5 log10 (10 6 ) − 5
m = M + 5 log10 (d ) + 25 (d em Mpc)
isolando d na equação acima, teremos :
d = 10 0.2[ m − M −25 ] (Mpc) (m––M)
(m M)éédenominado
denominado 104
demódulo
de módulode
dedistância
distância
Dando nome aos bois ...
O batismo de galáxias com nomes comuns que refletem alguma
propriedade específica (ex.: semelhança com alguma coisa), não é válido
para a grande maioria delas. Os seus nomes normalmente estão
associados a catálogos que foram o resultado de levantamentos
sistemáticos. Os catálogos são importantes por conterem informações
sobre os objetos (posição, magnitude, tipo morfológico, velocidade
radial, etc). Algumas galáxias possuem diversos nomes, por participarem
de vários catálogos. Entre os muitos catálogos existentes, descre-
veremos alguns, cujos nomes de seus objetos recebem a utilização mais
freqüente hoje em dia.
J.L.E. Dreyer, 1888. New General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars. Mem. Roy. Astron.
Soc. 49, Part I (reprinted 1953, London: Royal Astronomical Society).
J.L.E. Dreyer, 1895. Index Catalogue of Nebulae Found in the Years 1888 to 1894, with Notes and
Corrections to the New General Catalogue. Mem. Roy. Astron. Soc. 51, 185 (reprinted 1953, London:
Royal Astronomical Society).
J.L.E. Dreyer, 1908. Second Index Catalogue of Nebulae Found in the Years 1895 to 1907; with
Notes and Corrections to the New General Catalogue and to the Index Catalogue for 1888 to 1894.
106
Mem. Roy. Astron. Soc. 59, Part 2, 105 (reprinted 1953, London: Royal Astronomical Society).
Dando nome aos bois ...
A Revised Shapley-Ames Catalog of Bright Galaxies – Sandage &
Tamman (1981) – com 1246 galáxias mais brilhantes do que mpg=13.2.
1989 ESO-Uppsala Galaxy Surface Photometry Catalog by Andris Lauberts and Edwin
107 A.
Valentijn
Dando nome aos bois ...
Catálogo Zwicky – Catálogo contendo 27957 objetos baseado na
identificação de galáxias feita em placas do Observatório do Monte
Palomar. Limitado em m=15.7. As magnitudes foram estimadas “a olho”.
Ex.: Virgo A = CGCG 070-139
Levantamentos modernos
Os levantamentos mais modernos envolvem telescópios dedicados para
fazer a fotometria e espectroscopia dos objetos, efetuando a
varredura de grandes regiões do céu. O caso mais relevante é o
levantamento denominado Sloan Digital Sky Survey - SDSS (Ver mais
detalhes nos próximos slides).
108
Teoria de ondas de densidade
Os braços espirais não devem se vistos como um conjunto de estrelas, gás e poeira
movendo-se rígido pelo disco da galáxia, e sim como o resultado de uma onda de
compressão e rarefação que no momento está varrendo aquela parte da galáxia, e
tornando a região levemente mais densa que a média. Uma visão familiar de uma destas
ondas, pode ser obtida com auxílio da figura abaixo, que mostra um corriqueiro
engarrafamento de trânsito.
Um bloqueio em parte da rodovia, produz um acúmulo de veículos, por redução da
velocidade dos mesmos. Um observador fora da rodovia, vê carros diferentes a cada
momento, movendo-se mais lentamente no local do engarrafamento, e depois acelerando.
No braço da galáxia, ocorre algo similar, estrelas e gás entram no mesmo, diminuindo
sua velocidade, e aumentando a densidade na região. A onda se move mais lentamente e
independentemente do fluxo de material do disco da galáxia.
Na analogia do trânsito,
teríamos que, mesmo
liberando o bloqueio, após
o conserto da rodovia,
persistiriam os efeitos do
engarrafamento por algum
tempo.
Na galáxia também a
perturbação se move pelo
disco, mesmo depois que a
sua causa tenha desapa-
recido. 109
Função de Luminosidade
A maneira de descrevermos a distribuição das galáxias em função de
suas luminosidades é através da Função de Luminosidade, uma expressão
empírica que possui a seguinte parametrização:
M* Regime exponencial
h --> Fator de
escala que deixa
explícito o valor
Regime de lei de potência da constante de
Hubble utilizado
H0
h70 =
km / s
70
Mpc
111
Funções de Luminosidade
total e individuais por tipos
morfológicos para galáxias
em duas regiões distintas
(alta e baixa densidade de
galáxias). As funções totais,
são mais ou menos parecidas.
112
ARAA26,
ARAA 26,509,
509,1988
1988