Você está na página 1de 2

FACULDADE PAULUS DE TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO

Débora Gomes Moreno – RA: 201974


Sabrina Camargo de Araújo- 201965
Publicidade e propaganda – 2° SEMESTRE

Texto a partir do tema “Por que é possível pensar numa ecologia da


comunicação?”

SÃO PAULO
2020
É importante ao começar uma conversa sobre isolamento social resultante da propagação de
um vírus, haja também uma observação, não há duas crises, ambas (social e ambiental) são um
conjunto que deveria estar em consonância, o problema em si está relacionado à crise
socioambiental, a crise ecológica não se trata só da natureza, mas também da sociedade, sua
irresponsabilidade com o uso de recursos naturais e hábitos prejudiciais ao meio ambiente.

No cotidiano o ato de escutar, no sentido da palavra relacionado ao foco no momento, é pouco


realizado e isso é um erro. Ao ser um comunicólogo, antes de comunicar é preciso ouvir as
fragilidades e vontades das pessoas. Para que a comunicação seja uniforme e recíproca, é
necessário romper a barreira do "eu contra eles" para ser possível uma realidade do "nós com
eles”. "Eles" no caso refere-se à natureza, a sociedade ambiental em que se vive, não só o meio
mas também dos animais que existem. No mundo atual as pessoas não estão presentes no
momento, o foco e observação do nosso corpo se tornou algo evitado e quando feito, julgado
como maçante, mas até aí há um tipo de linguagem, tudo comunica mesmo que não haja sons.

Os sons massageiam nossa pele, nosso corpo se comunica com os outros e com nós mesmos por
meio de sensações e gestos e essa espécie de tecido chamado por nós de pele é um conjunto
de células vivas e mortas a todo momento, em contrapartida o ecossistema, a natureza.

Com esse problema em se relacionar com o outro, muitas vezes as pessoas são pegas por
desejos e vontades, pode se ver isso no modo com que as pessoas consomem objetos já com
um ciclo de obsolescência própria, o consumo e descarte são acelerados, tudo é instantâneo e
efêmero e por isso se gera tanto lixo. Essas classes sociais que existem dentro de uma pirâmide
social onde o topo consome e descarta e passa para as demais classes até chegar na base.

Nesse mundo de consumismo e simultaneidade, o imediatismo dado pelo advento da internet


faz com que criemos simulacros ligados às redes sociais e aplicativos - já criada antes do
isolamento social - um tipo de compatibilidade entre o hábito de ter as novas tecnologias como
meio de conversa e o desenvolvimento acelerado das interações humanas, que atualmente
causa um desconforto em não ter o convívio físico com outras pessoas.

É possível pensar em uma ecologia da comunicação a partir de nossas interações, nosso meio, e
tudo o que nos torna componentes de um todo, somos muito semelhantes, porém, a pluralidade
de ideias, vozes e necessidades diferem de tal maneira que torna-se um desafio o total
compreendimento e satisfação de todas as partes. Além disso, ao nosso papel como
comunicadores cabe também a responsabilidade de presar pela qualidade e veracidade de
informações.

Você também pode gostar