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RELATO DE EXPERIÊNCIA | CASE STUDY 393

Utilização de benzodiazepínicos
e estratégias farmacêuticas em saúde mental
Use of benzodiazepines and drug strategies in mental health

Gabriela de Almeida Ricarte Correia1, Ana Paula Soares Gondim2

RESUMO: O artigo enfoca a heterogeneidade no uso de benzodiazepínicos, sob o enfoque far-


macêutico, observada nos Centros de Atenção Psicossocial e Unidades Básicas de Saúde da
Família. Os benzodiazepínicos estão incluídos entre os medicamentos mais prescritos para
tratar distúrbios de ansiedade. Os avanços da reforma psiquiátrica, a criação dos Centros de
Atenção Psicossocial (Caps) e o redirecionamento das atividades de saúde primária tornam
imperiosa a adequação da prática farmacêutica através de atividades de orientação e acolhi-
mento ao usuário de benzodiazepínicos.

PALAVRAS-CHAVE: Receptores de GABA-A; Farmacoterapia; Acolhimento.

ABSTRACT: This article focuses on the discrepancies in the use of benzodiazepines, under the
pharmaceutical approach, observed daily in Centers of Psychosocial Care (Caps) and in Basic
Units of Family Health. Benzodiazepines are among the most prescribed medications for the
treatment of anxiety disorders. Advances in psychiatric reform, the creation of Caps and the new
approach to primary health activities make imperative the adequacy of pharmaceutical practice
1 Especialistaem Saúde through guidance and care activities to benzodiazepines’ users.
Mental e Atenção
Psicossocial pela
Faculdade Vale do KEYWORDS: Receptors GABA-A; Drug therapy; User embracement.
Salgado (FVS) – Icó (CE),
Brasil. Farmacêutica das
Unidades Básicas de Saúde
da Família da AVISA 1
e NASF 1 da Prefeitura
Municipal de Maracanaú
- Maracanaú (CE), Brasil.
gabriela_ricarte@yahoo.
com.br

2 Doutoranda em Psicologia
pela Universidade Federal
Flumiense (UFF) – Niterói
(RJ), Rio de Janeiro.
Professora da Universidade
Federal do Ceará (UFC) –
Fortaleza (CE), Brasil.
anapaulasgondim@uol.
com.br

DOI: 10.5935/0103-1104.20140036 SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 38, N. 101, P. 393-398, ABR-JUN 2014
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Introdução Os Caps são unidades locais e regionais


que oferecem atendimento diário aos pa-
Conforme Acioly (2012), o Sistema Único de cientes portadores de sofrimento psíquico,
Saúde (SUS) tem se consolidado como uma permitindo que o usuário permaneça junto
política social eficiente para muitos brasileiros, aos familiares e à comunidade, apoiando ini-
mesmo enfrentando dificuldades. Sabe-se que ciativas de autonomia e bom convívio social
os instrumentos a serem observados nas po- (QUADROS ET AL, 2012).
líticas de saúde devem priorizar transforma- O objetivo deste estudo é o de realizar
ções na qualidade da assistência, envolvendo revisão bibliográfica sobre saúde mental e
aspectos éticos, de compromisso, adesão e o uso de benzodiazepínicos por pacientes
responsabilidade de todos os participantes, portadores de algum transtorno mental, re-
agregando indicadores epidemiológicos e re- lacionando a atuação farmacêutica no de-
sultados que contribuam para mudanças na senvolvimento de estratégias educativas de
atenção à saúde dos usuários. acolhimento e orientação ao usuário desses
O esforço para consolidar o SUS se re- medicamentos. Visa, ainda, despertar o in-
vela na expansão e qualificação da atenção teresse pela saúde mental no tocante à área
primária, que ainda permanece em segundo farmacêutica e medicamentosa, haja vista o
plano no tocante a ações de promoção à saú- elevado consumo de benzodiazepínicos pe-
de e de desenvolvimento da gestão de políti- los usuários portadores de algum transtor-
cas intersetoriais (FERNANDES, 2012). no mental. Percebe-se que muitos pacien-
De acordo com Santos, Junior e Sampaio tes, gestores e demais profissionais de saúde
(2012), a transformação das práticas assis- ainda desconhecem a relevância da partici-
tenciais é um desafio, já que a formação dos pação do farmacêutico como orientador e
profissionais continua atrelada ao modelo disseminador de informações viáveis que
médico-centralizador, dificultando, assim, contribuam para um melhor acompanha-
a compreensão do processo saúde-doença e mento farmacoterapêutico.
suas intervenções. A área da saúde mental passou por im-
Barretto (2011) relata que, no Ceará, o mo- portantes transformações sendo um tema
vimento de reforma sanitária adquiriu ca- bastante debatido entre os vários segmentos
racterísticas de transformação nos saberes e da sociedade, sejam eles sociais, políticos ou
nas práticas de saúde, ampliando a cobertura econômicos. De acordo com Menezes e Yasui
dos serviços de atenção primária e secundá- (2009), a psiquiatria advém de uma tradição
ria. A implantação do SUS no Ceará contras- asilar e normatizadora exercida no hospital
tou com o cenário de pobreza e adversidades psiquiátrico, estando protegida das ambigui-
climáticas. No entanto, a efetividade dos sis- dades e ilogicidades do seu discurso fundante.
temas de saúde necessita de reestruturação, As críticas ao hospital psiquiátrico nasceram
reduzindo custos e alterando perfis de mor- com o próprio aparecimento do hospital, e
bimortalidade (GADELHA ET AL, 2012). com o advento da 2ª Guerra Mundial.
No que se refere ao sofrimento psíquico Esses questionamentos favoreceram o
de milhões de brasileiros relatados em vá- surgimento de diversos movimentos que
rios trabalhos, sejam eles observacionais ou culminaram reformas psiquiátricas, que
de outra natureza, propagou-se a ideia de um consiste em um processo de construção no
SUS direcionado à prevenção e ao assisten- Brasil e no mundo, não ocorrendo de forma
cialismo, por meio de ações educativas em consensual e homogênea. Tal manifesto re-
saúde primária nas Unidades Básicas de Saú- laciona-se com questões históricas, econô-
de da Família (UBS) e nos Centros de Aten- micas, políticas e culturais que caracterizam
ção Psicossocial (Caps). diferentes regiões e, como todo manifesto,

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apresenta composição heterogênea, incluin- liberdade. Questões de destaques, como a


do profissionais, familiares, usuários e a so- forma de alocação dos recursos financeiros,
ciedade (CAMINO ET AL, 2009). aumento considerável da demanda em saúde
A retomada do processo de discussão dos mental, fragilidade em termos de abrangên-
rumos da política nacional de saúde mental cia, acessibilidade, diversificação das ações,
deu-se no ano de 2010 com a realização da qualificação do cuidado e da formação pro-
IV Conferência Nacional de Saúde Mental, fissional são alguns dos inúmeros desafios
destacando a intersetorialidade como ele- que insistem em perdurar.
mento primordial na construção de redes As mudanças ocorridas ao longo do tem-
assistenciais mais resolutivas. A necessidade po têm tornado os portadores de transtorno
de um modelo humanizado e participativo mental e seus familiares protagonistas de um
parte do pressuposto do protagonismo dos processo que tenta inovar as formas de aten-
usuários de saúde mental e da participação ção e cuidado por meio do auxílio de profis-
de cuidadores, profissionais, família e comu- sionais comprometidos com o processo de
nidade. Buscam-se dessa forma compreen- acolhida de seus clientes (MORENO, 2009).
der como aconteceu a reforma psiquiátrica e Nesse sentido, a implantação dos Caps re-
sua contribuição no contexto da saúde men- presentou um novo olhar para a dinâmica de
tal, por entender que o conhecimento permi- cuidado com esse paciente, uma vez que tais
te a correção do mau uso dos pressupostos centros evidenciam novas formas de terapêu-
de integração defendidos na reforma psiqui- tica; não somente a, tão arraigada, terapêutica
átrica (COSTA; PAULON, 2012). medicamentosa, mas sim uma proposta cons-
Oliveira e Alessi (2005) salientam que a re- ciente e aliada a outras formas de acolhimen-
forma, no Brasil, foi desencadeada num mo- to, como oficinas terapêuticas, visitas domici-
mento de intensa mobilização social pelo liares, grupos educativos entre outros.
retorno da ordem democrática, sendo forte- Portanto, compreender o sofrimento psí-
mente influenciada por movimentos de re- quico, acolhendo o usuário e promovendo seu
forma na assistência psiquiátrica na Europa melhor encaminhamento, norteia uma rela-
e nos Estados Unidos a partir da segunda ção importante e estratégica na articulação
metade do século XX. Tal reforma é um pro- dessa rede, tanto no cumprimento das funções
cesso político e social complexo, composto de assistência direta como na regularização da
de atores, instituições e forças de diferentes rede de serviços de saúde (SCHNEIDER, 2008).
origens, compreendendo um conjunto de Observa-se, durante a prática farmacêu-
transformações de práticas, saberes, valores tica evidenciada em diferentes estudos, que
culturais e sociais, marcada por impasses, a prescrição de benzodiazepínicos é expres-
tensões, conflitos e desafios. siva, necessitando de atenção direcionada ao
Conforme Rinaldi e Bursztyn (2008), a re- usuário. O profissional farmacêutico, atuando
forma psiquiátrica propiciou novas formas de de forma integrada às equipes de saúde da fa-
abordar o sofrimento do portador de transtor- mília e saúde mental, presta apoio especiali-
no mental através de proposta inovadora ope- zado, i.e., suporte assistencial e técnico peda-
rada por equipe multidisciplinar que se dedi- gógico, não devendo se restringir a atividades
ca à execução de atividades amplas de cuidado essencialmente administrativas e de supri-
tanto para o usuário como para a família. mento da medicação, que, algumas vezes, dis-
De acordo com Alverga e Dimenstein tanciam o profissional farmacêutico das ativi-
(2006), apesar dos avanços evidenciados em dades assistenciais.
nível local e nacional, ainda existem muitos O papel do farmacêutico na equipe mul-
desafios e impasses na gestão de uma rede de tidisciplinar é eclético, incluindo reuni-
atenção em saúde mental para o cuidar em ões com as equipes dos Núcleos de Apoio a

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Saúde da Família (NASF), grupos de educa- informaram que o consumo de benzodia-


ção em saúde, atividades comunitárias, visita zepínicos em 2006 totalizou 522.436 com-
domiciliar, atendimento conjunto com ou- primidos de Diazepam 10 mg e 303.629
tros profissionais de saúde, atendimento fa- comprimidos de Clonazepam 2 mg. Dessas
miliar ou individual e educação permanente. prescrições, 75% destinavam-se a mulheres e
Alguns temas podem ser abordados pelo homens adultos com média de idade de 49,7
farmacêutico na saúde mental, como a corre- anos. As mulheres corresponderam a 74,3%
ta utilização das diferentes formas farmacêu- e o homens, a 25,7% dos usuários de benzo-
ticas, justificativas para uso do medicamento diazepínicos do Serviço Municipal de Saúde
por determinado tempo, esclarecimento so- de Coronel Fabriciano-MG. Ainda de acordo
bre possíveis reações adversas e interações com o referido estudo, cerca de 70% das in-
medicamentosas, automedicação, uso de fi- dicações foram consideradas inadequadas.
toterápicos e questões relacionadas ao aces- Os dados da pesquisa foram condizentes
so e uso abusivo de medicamentos. com estudo realizado no município de São
Diante da medicalização da sociedade mo- Paulo, que confirmou a ocorrência de usos
derna e das consequências dessa prática, o indevidos de benzodiazepínicos no Brasil
farmacêutico desempenha o papel de facilita- em duas faixas etárias principais: uma delas
dor para o paciente e sua família, promoven- representada por idosos que buscam, prin-
do seu empoderamento em relação à terapêu- cipalmente, o efeito hipnótico da medica-
tica medicamentosa. Sabe-se que a promoção ção, e a outra, composta por indivíduos de
do uso racional de medicamentos é um tema meia idade, predominantemente do sexo
complexo e perpassado por diversas variá- feminino, que buscam o efeito ansiolítico
veis, tais como marketing da indústria farma- (ORLANDI; NOTO, 2005).
cêutica, combate ao uso indiscriminado, defi- Estudo realizado nos serviços psiquiátri-
ciência de informações, entre outros. cos das Casas André Luiz em relação ao uso
Os benzodiazepínicos são indicados para de benzodiazepínicos mostra que dos 787
o tratamento da ansiedade severa, insônia, pacientes estudados, 618 (78,53%), tiveram
epilepsia, espasmos musculares, síndrome sua última avaliação psiquiátrica há mais
de abstinência alcoólica e como adjuvante no de dois anos. Destes, 206 (26,18%) estavam
tratamento da esquizofrenia (FIRMINO ET AL, 2012). em uso de psicotrópicos, sendo 47 deles, ou
São drogas com atividade ansiolítica, cujo 5,97% da população, sob uso de benzodiaze-
uso se iniciou na década de 1960, sendo o pínicos. Tais dados revelam que é imperioso
clordiazepóxido o primeiro benzodiazepíni- um trabalho contínuo e compartilhado entre
co lançado no mercado. Tal grupo de medi- profissionais que compõem a rede de saúde
camentos foi receitado em larga escala, já que mental para que tal problema seja sanado,
produzia atividades miorrelaxantes e hipnó- uma vez que os pacientes sob uso de medica-
ticas. Entretanto, observaram-se casos de uso ções especiais, a exemplo de psicotrópicos,
abusivo, além de desenvolvimento de tolerân- neurolépticos e antidepressivos, necessitam
cia, síndrome de abstinência e dependência de cuidados diários e consultas regulares
entre usuários crônicos (ORLANDI; NOTO, 2005). para análise dos efeitos das medicações no
Cerca de 2% da população dos Estados seu estado geral (TOLEDO, 1993).
Unidos recebe prescrição de pelo menos um O acompanhamento das dificuldades mos-
benzodiazepínico durante um ano ou mais tra que o saber médico e as práticas de medi-
e, destes, aproximadamente 50% fazem uso calização são importantes no serviço e que os
por mais de cinco anos (NOMURA, 2006). profissionais não colaboram na promoção de
Após estudo transversal com coleta re- alternativas não farmacológicas para alguns
trospectiva de dados, Firmino et al. (2012), problemas de saúde mental (SENA; JORGE, 2011).

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Conforme Mordon e Habner (2009), a maio- e psicólogos, de modo a propiciar trocas de


ria dos problemas de origem psicológica ou informações sobre o medicamento e promo-
psicossocial é vista pelo clínico geral no aten- ver uma farmacoterapia exitosa.
dimento primário, que, caso não seja realiza-
do corretamente, pode conduzir a um círculo
vicioso de dependência por anos. De acordo Considerações finais
com os autores, não há trabalhos brasileiros
avaliando a prescrição de benzodiazepínicos Percebe-se o anseio da população atendi-
na atenção primária. da nos centros de atenção psicossocial e em
Pelos estudos analisados, percebe-se uma outros serviços de atenção primária por ati-
crescente tendência de incorporar benzo- vidades de orientação e informação sobre
diazepínicos como fármacos prescritos roti- o uso racional e correto de medicamentos,
neiramente para o alívio de sintomas depres- incidindo aí o papel do farmacêutico tanto
sivos, ansiolíticos e hipnóticos. Tendo em nas Unidades de Saúde da Família como nos
vista o risco de dependência física que esses Centros de Atenção Psicossocial.
medicamentos causam, aliado aos interesses Berto, Júnior e Neto (2009) sustentam que
na área de saúde mental, constata-se que é a presença e ação do farmacêutico nos esta-
crescente o consumo de benzodiazepínicos, belecimentos de saúde é fundamental para o
em especial o Diazepam 5mg, o que requer uso racional dos medicamentos, pois tal ação
nova postura do farmacêutico ao exercer um requer a aplicação de conhecimento técnico­
trabalho comprometido e dedicado junto ao científico aprofundado, avaliando reações
usuário de medicamentos, com informações adversas e interações, entre outros aspectos.
direcionadas a ele e sua família, pois é sabi- Partindo-se dessa premissa, entende-se
do que há carência de informações e cuida- que o contexto do uso de benzodiazepínicos
dos assistenciais. Dessa forma, o farmacêuti- é complexo e multifatorial e que programas
co poderá comparecer a reuniões de debates de atenção farmacêutica direcionados ao uso
dos casos clínicos, analisando prontuários de psicotrópicos são essenciais para acres-
com médicos e enfermeiros, além de traba- centar informações sobre os riscos da utili-
lhos conjuntos com terapeutas ocupacionais zação desses medicamentos. s

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