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Distritos Municipais
Distritos Municipais
1. Altamira possui uma área de 159.533,73 km², o que o torna o maior 2 OS DISTRITOS MUNICIPAIS
Município do Brasil e o terceiro maior do mundo em extensão territorial
(sendo menor que Qaasuitsup e Sermersooq, Municípios gronelandeses Os distritos municipais caracterizam-se como divi-
ins!tuídos em 1º.1.2009). Se fosse um país, seria o 92º país mais exten- sões administra!vas da Comuna, tendo como principal
so do mundo, maior que Grécia e Nepal. Caso fosse um Estado brasileiro,
seria o 16º maior, um pouco menor que o Paraná e maior que o Acre e o
função facilitar a administração dos serviços públicos
Ceará (Disponível em: <h"ps://pt.wikipedia.org/wiki/Altamira>). no interior da correspondente circunscrição territorial.
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Como bem aponta Petrônio Braz,2 “a divisão do Nos parece que tal diretriz cons!tucional tem o
Município em distritos é uma tradição brasileira” escopo de uniformizar o regramento para criação dos
e, conforme ressalta o jurista Wolgran Junqueira distritos pelos Municípios dentro da circunscrição ter-
Ferreira,3 “Os distritos estão para os municípios, assim ritorial dos Estados, cuja disciplina deverá ser Þxada
como os territórios estão para a União”. levando-se em consideração questões, por exemplo,
Atualmente, tem-se dado pouca importância para geográÞcas, socioeconômicas, polí!cas, administra!vas
os distritos, salvo, de épocas em épocas, quando é etc. VeriÞca-se, desta feita, que as normas Þxadas nos
cogitada nas reformas polí!cas a ins!tuição do voto diplomas legais estaduais divergem de Estado para
distrital misto.4 Estado.
Permite-se, outrossim, a divisão dos distritos em Ressalte-se que sob a égide da Cons!tuição da
subdistritos, caracterizados como meras subdivisões República anterior, conforme depreende-se da leitura
das circunscrições em estudo, diante da mo!vada do art. 15 do Texto Fundamental de 1967, a criação
necessidade ocorrer tal par!lha territorial com o de Municípios, bem como sua divisão em distritos,
escopo de facilitar mais ainda a Administração local, dependia da edição de lei estadual. Grife-se que tal
por exemplo. circunstância não permanece na nova ordem cons!tu-
cional, cuja caracterís!ca fundamental é a ampliação
3 A CRIAÇÃO DOS DISTRITOS MUNICIPAIS da autonomia municipal.
A criação, a organização e a supressão de distritos, Com efeito, a Þm de que inexista violação à auto-
conforme estabelece o art. 30, inc. IV, da CF/1988, é da nomia municipal, garan!da expressamente pelo art.
competência dos Municípios, devendo, para tanto, ser 18 da Carta Magna, o regramento ver!do na legisla-
observado o regramento con!do na legislação estadual. ção estadual deve ser razoável e exequível, de modo
a não inviabilizar o uso dos distritos pela Comuna.
Nesse sen!do, no âmbito do Estado de São Paulo, Logo, as exigências lá Þxadas devem ser necessárias
as regras sobre a criação, fusão, incorporação e des- apenas para criar, organizar e suprimir tais unidades
membramento de Municípios encontram-se previstas administra!vas.
na LC nº 651, de 31.7.1990. No tocante aos requisitos
Þxados na legislação estadual, observa-se que o art. Nesse sen!do, ensina Regina Maria Macedo Nery
13 estabelece que “a criação e supressão de Distrito Ferrari,5 in verbis:
e suas alterações territoriais far-se-ão anualmente Realizando um raciocínio interpreta!vo de modo
através de lei municipal, garan!da a par!cipação a respeitar a harmonia e a unidade cons!tucional,
popular”. Demais disso, estabelece o art. 14 que a essa lei estadual só deverá estabelecer os requisitos
delimitação da linha perimétrica do distrito será de- indispensáveis para criação, organização e supressão
terminada pelo competente órgão técnico do Estado dos distritos pelo Município, como um esforço para
(Ins!tuto GeográÞco e CartográÞco, em São Paulo) o uniÞcar critérios a serem seguidos por todos os entes
qual se aterá, no mínimo, à sua especíÞca área de in- municipais que integram um mesmo Estado-membro,
ßuência, atendendo às conveniências dos moradores mas sua efe!va criação, organização e supressão serão
feitas por meio de lei municipal própria.
da região e levando em conta, sempre que possível,
os acidentes naturais. Demais disso, deverá o Poder Público Municipal
veriÞcar algum requisito peculiar ou especial Þxado na
2. BRAZ, Petrônio. Direito Municipal na Cons!tuição. 5. ed. São Paulo: sua Lei Orgânica para a criação, organização ou supres-
LED, 2003. p. 62. são dos distritos, a exemplo de garan!r a par!cipação
3. FERREIRA, Wolgran Junqueira. Comentários à Cons!tuição de 1988. São popular por meio de consultas públicas, plebiscitos etc.
Paulo: Julex Livros, 1989. p. 430.
4. “Voto Distrital Misto – É uma combinação do voto proporcional e do
A decisão de criar, organizar ou suprimir distritos
voto majoritário. Os eleitores têm dois votos: um para candidatos no dis- municipais – fato que permite a realização de des-
trito e outro para as legendas (par!dos). Os votos em legenda (sistema membramento, a incorporação e a fusão das unidades
proporcional) são computados em todo o Estado ou Município, conforme
o quociente eleitoral (total de cadeiras divididas pelo total de votos váli- territoriais – recairá, dentre outros aspectos, sobre fa-
dos). Já os votos majoritários são des!nados a candidatos do distrito, esco-
lhidos pelos par!dos polí!cos, vencendo o mais votado.” (Fonte: Agência
Senado. Disponível em: <h"p://www12.senado.leg.br/no!cias/glossario- 5. FERRARI, Regina Maria Macedo Nery. Direito Municipal. São Paulo: Re-
-legisla!vo/voto-distrital-misto>. Acesso em: 28 jun. 2016). vista dos Tribunais, 2005. p. 96.
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tores geográÞcos (vasta extensão territorial), polí!cos Nesse sen!do, ensina Hely Lopes Meirelles7 que
(Þxação da sede do Município),6 culturais (existência sendo, como é, circunscrição administra!va depen-
de tribos indígenas ou comunidades quilombolas) dente do Município, o Distrito não tem capacidade
e socioeconômicos (criação de distritos industriais processual para postular em Juízo; todas as preten-
ou expansão da área urbana) uma vez que a imple- sões deverão se manifestadas pelo Município a que
mentação dessas unidades administra!vas viabiliza a pertence.
instalação de serviços públicos, sejam municipais, a Ainda sobre a falta de autonomia polí!ca dos
exemplo da construção de uma escola, uma praça de distritos municipais, preleciona o municipalista José
atendimento para resolução de questões relacionadas Nilo de Castro8 que, in verbis:
às Þnanças públicas, exercício de poder de polícia;
Faltando, ao Distrito, personalidade jurídica, não
sejam estaduais, como a criação de uma delegacia de se lhe reconhece, igualmente, capacidade judiciária,
polícia; ou federais, no caso da Þxação de um cartório isto é, não pode postular em juízo. As questões afetas
eleitoral ou da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), ao Distrito nesse aspecto, manifestar-se-ão pelo pró-
agência dos correios. Assim, não precisará o muní- prio Município, detentor da personalidade jurídica, a
cipe se locomover até a cidade, sede do Município, que pertence o Distrito.
local onde todos esses serviços públicos funcionam Em sendo um distrito, portanto, mera divisão ad-
regularmente, uma vez que o referido cidadão pode ministra!va da Comuna, desprovido de personalidade
ser atendido pelo Poder Público no próprio distrito. jurídica própria, não há como cogitar, por exemplo, a
A criação, a organização ou a supressão de dis- pretensão de ser criada uma bandeira ou brasão pró-
tritos municipais demandará a edição de lei, cuja prios e especíÞcos para tal circunscrição, uma vez que
inicia!va para deßagração do processo legisla!vo dispõe o § 2º do art. 13 da CF que apenas os Estados, o
par!rá do Prefeito, haja vista que tal matéria refere-se Distrito Federal e os Municípios, entes personalizados,
à organização do aparelhamento administra!vo, es- poderão ter símbolos próprios.
trutura vinculada e gerida pelo Poder Execu!vo. A Þm Por ser oportuno, ensina J. Cretella Júnior,9 in
de corroborar nossa asser!va, como veriÞcou-se na verbis: “Os símbolos são elementos ou fatores de
lição de Wolgram Ferreira Junqueira acima transcrita, integração polí!ca nacional; não existe mo!vo algum
os distritos municipais estão para a Comuna como os para símbolos próprios ou locais”.
Territórios estão para a União. Em sendo assim, ex vi
Não podemos deixar de asseverar que a criação
do teor con!do no art. 61, § 1º, inc. II, al. b da CF/1988, de distritos municipais acaba por gerar um núcleo de
veriÞca-se que a inicia!va para organização adminis- povoamento ou aglomeração urbana, cujo desenvol-
tra!va e judiciária, matéria tributária e orçamentária, vimento e poli!zação é o embrião para o surgimento
serviços públicos e pessoal da administração dos Ter- de um novo Município, cuja criação deve observar o
ritórios é do Presidente da República, Chefe do Poder conteúdo Þxado no art. 18, § 4º, da CF/1988.
Execu!vo Federal. Logo, não poderá ser de outro
agente polí!co a não ser do Prefeito a inicia!va para 5 A ADMINISTRAÇÃO DOS DISTRITOS MUNICIPAIS
desencadear o processo legisla!vo municipal.
Os distritos municipais são administrados pelo Che-
4 DISTRITOS MUNICIPAIS NÃO CONSTITUEM fe do Poder Execu!vo ou localmente por agentes pú-
NOVA PESSOA JURÍDICA blicos por ele designados, a exemplo de subprefeitos10
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ou administradores regionais.11 Assim, tais agentes sora Lúcia Valle Figueiredo,15 “[...] não há criação de
são auxiliares do Prefeito,12 detentores do encargo de outras pessoas, mas sim atribuições de determinadas
administrar tais circunscrições administra!vas. competências a serem exercidas no âmbito desta
mesma pessoa.” (grifo da autora).
Nesse sen!do, ensina Wolgran Junqueira Ferreira
que o distrito “é administrado por um subprefeito, A Þm de que não paire dúvida sobre a questão,
nomeado pelo Prefeito Municipal. Trata-se de cargo observa-se que a referida autora16 ilustra a sua lição
de conÞança e ipso facto demissível ad nuntum”.13 sobre desconcentração administra!va com o tema
Observa-se, portanto, que o subprefeito não é agente aventado no presente estudo. Vejamos, in verbis:
polí!co. A desconcentração pode ser geográÞca ou terri-
torial. É dizer, os serviços serão exercidos desconcen-
6 OS DISTRITOS COMO INSTRUMENTO DE IMPLE" tradamente, por órgãos territorialmente espalhados.
MENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Como exemplo da desconcentração geográÞca, po-
demos citar as “subprefeituras” da Prefeitura de São
Na forma da legislação local, cada distrito po- Paulo (grifo da autora).
derá ser provido de uma administração própria, de-
vendo a lei estabelecer suas atribuições, encargos e Sobre o tema, ensina Celso Antônio Bandeira de
dotação orçamentaria própria14 a fim de possibilitar Mello,17 in verbis:
que tal órgão possa cumprir seus objetivos insti- O fenômeno da distribuição interna de plexos
tucionais, vale dizer, que sirva efetivamente como de competências decisórias, agrupadas em unidades
um instrumento de implementação de políticas individualizadas, denomina-se desconcentração. Tal
desconcentração se faz em tanto em razão da matéria,
públicas.
isto é, do assunto (por exemplo, Ministério da Jus!ça, da
Diante destas caracterís!cas, a divisão do terri- Saúde, da Educação etc.), como em razão do grau (hie-
tório da Comuna em áreas administra!vas criando-se rarquia), ou seja, do nível de responsabilidade decisória
administração própria caracteriza desconcentração conferido aos dis!ntos escalões que corresponderão
administra!va uma vez que, nas palavras da profes- aos diversos patamares de autoridade (por exemplo,
diretor de Departamento, diretor de Divisão, chefe de
Seção, encarregado de Setor). Também se desconcen-
11. Art. 124 da LOM do Município do Rio de Janeiro – “Art. 124 – A tra com base em critério territorial ou geográÞco (por
Administração Regional é o órgão de representação do Prefeito e de
coordenação e supervisão da atuação dos demais órgãos do Poder exemplo, delegacia regional da Saúde de São Paulo,
Execu!vo na área de sua circunscrição. § 1º A Região Administra!va é Minas Gerais, Rio de Janeiro etc.). A aludida distribuição
dirigida por um Administrador Regional, de livre nomeação do Prefeito. de competências não prejudica a unidade monolí!ca do
§ 2º Independentemente das competências especíÞcas dos órgãos locais
e de seus agentes o Administrador Regional exerce o poder de polícia Estado, pois todos os órgãos e agentes permanecem
da competência do Município na circunscrição da respec!va Região ligados por um sólido vínculo denominado hierarquia.
Administra!va. § 3º Cabe ao Administrador Regional representar ao
Prefeito contra dirigentes e servidores de órgão da circunscrição da Com efeito, esclareça-se que a distribuição das
respec!va Região Administra!va, por omissão ou negligência em seu competências à Administração regional ou subpre-
desempenho funcional. § 4º O Administrador Regional encaminhará
anualmente ao Prefeito relatório circunstanciado das necessidades feitura não prejudica a unidade polí!ca do Município,
da Região Administrativa, para instruir a elaboração da proposta pois tais órgãos e agentes permanecem vinculados ao
orçamentária do exercício subsequente. § 5º Da elaboração do relatório
participarão obrigatoriamente os dirigentes de órgãos locais da Poder em razão do poder hierárquico.
Prefeitura, que, com auxílio de técnicos em orçamento, farão es!ma!va
dos recursos necessários à execução dos projetos, programas e obras Sobre o referido poder, ensina Hely Lopes
propostos pela Administração Regional. § 6º Cons!tuem falta grave Meirelles,18 in verbis:
dos dirigentes locais de órgãos da Prefeitura a recusa a par!cipar da
elaboração do relatório e a sonegação de informações essenciais à
elaboração deste. 15. FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de Direito Administra!vo. 9. ed. São
12. Art. 56 da LOM do Município de São Paulo - “Art. 56 – O Poder Execu!vo Paulo: Malheiros, 2008. p. 85-86.
é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais e pelos 16. FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de Direito Administra!vo. 9. ed. São
Subprefeitos”. Paulo: Malheiros, 2008. p. 86.
13. FERREIRA. Wolgran Junqueira. O Município à Luz da Cons!tuição Fe- 17. MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administra!vo
deral de 1988. 2. ed. São Paulo: Edipro, 1995. p. 218. brasileiro. 23. ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 146.
14. Art. 79 da LOM do Município de São Paulo – “Art. 79 – As Subprefeituras 18. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administra!vo Brasileiro. 33. ed. São
contarão com dotação orçamentária própria.” Paulo: Malheiros, 2007. p.121.
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Poder hierárquico é o de que dispõe o Execu!vo para Municipal perseguir seus obje!vos ins!tucionais na
distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, orde- medida em que permite a desconcentração admi-
nar e rever a atuação de seus agentes estabelecendo nistra!va, vale dizer, quando implementa as polí!cas
a relação de subordinação entre os servidores de seu públicas de sua competência, quando cria subprefei-
quadro de pessoal. turas ou administrações regionais com atribuições de
Observando-se, desta feita, a possibilidade de o prestar determinados serviços públicos localmente.
território municipal ser objeto de divisão administra!va, Se bem u!lizado, portanto, poderá o Poder Públi-
sendo administrados localmente por um órgão provido co Municipal, por meio dos distritos municipais, ofere-
com tal atribuição, poderão os serviços públicos futura- cer serviços públicos mais acessíveis e adequados, de
mente prestados no distrito ser planejados, do ponto forma a conceder uma pronta resposta à população
de vista administra!vo e orçamentário, levando-se em cada vez mais insa!sfeita com a ineÞciência estatal.
consideração as caracterís!cas sociais e econômicas de
cada circunscrição administra!va.19 REFERÊNCIAS
Demais disso, recebendo do Poder Execu!vo os BASTOS, Celso; MARTINS, Ives Gandra. Comen-
atributos que caracterizem a administração regional tários à Cons!tuição do Brasil. São Paulo: Saraiva,
ou subprefeitura como uma unidade orçamentária, 1993. v. 3. t. 3.
podendo gerir orçamento próprio, poderão as lici-
BRAZ, Petrônio. Direito Municipal na Cons!tui-
tações ser processadas localmente20 e os contratos
ção. 5. ed. São Paulo: LED, 2003.
administra!vos decorrentes de certame licitatório
ou não, ser geridos por servidores públicos lotados CASTRO, José Nilo. Direito Municipal Posi!vo. 6.
em tais órgãos públicos, fato que garante que os pro- ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.
blemas e adversidades surgidas quando as polí!cas CRETELLA JÚNIOR, José. Comentários à Cons-
públicas forem efe!vamente implementadas, sejam !tuição Brasileira de 1988. Rio de Janeiro: Forense
resolvidos rapidamente. Universitária, v. II, 1991.
Logo, os serviços públicos, anteriormente exe- ______. Curso de Direito Administra!vo. 18. ed.
cutados centralizadamente na sede do Município, Rio de Janeiro: Forense, 2003.
afastados dos povoados existentes no território da
FERRARI, Regina Maria Macedo Nery. Direito
Comuna, poderão ser prestados nas Administrações
Municipal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
regionais ou subprefeituras dos distritos municipais,
tornando, assim, mais eÞciente a atuação estatal, FERREIRA, Wolgran Junqueira. Comentários à
como exige o princípio da eÞciência administra!va, Cons!tuição de 1988. São Paulo: Julex Livros, 1989.
insculpido no art. 37, caput, da CF/1988. GODOY, Mayr. Lei orgânica do Município comen-
tada. 2. ed. São Paulo: LEUD, 2006.
7 CONCLUSÃO
FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de Direito Admi-
Como restou acima apresentado, é #pico dos Mu- nistra!vo. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
nicípios brasileiros realizar a divisão do seu território
em distritos, consoante determina o art. 30, inc. IV, MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administra!vo
da CF/1998. Municipal. 17. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
Ante o fato de que parte dos Municípios brasilei- ______. Direito Administra!vo Brasileiro. 33. ed.
ros apresentam vastos limites territoriais, exis!ndo São Paulo: Malheiros, 2007.
população residente em localidades afastadas da sede MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direi-
da Comuna, a criação de distritos apresenta-se como to Administra!vo. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
uma ferramenta efe!va para a Administração Pública
COMO REFERENCIAR ESTE ARTIGO:
19. Art. 157 da LOM do Município de São Paulo “ Art. 157 – O Município
ins!tuirá a divisão geográÞca de sua área em distritos, a serem adotados
PARZIALE, Aniello dos Reis. Distritos municipais – Regime
como base para a organização da prestação dos diferentes serviços públicos”. jurídico e sua u!lização como instrumento para implemen-
20. “Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repar!ção tação de polí!cas públicas. BDM – Bole!m de Direito Muni-
interessada, salvo por mo!vo de interesse público, devidamente jus!Þcado”. cipal, São Paulo, NDJ, ano 32, n. 12, p. 847-851, dez. 2016.
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