Departamento de Engenharia Mecânica Análise Estrutural

Os pés A e B, são usados para estabilizar o guindaste, para que não tombe
ao levantar grandes cargas, se a carga a ser suspensa é de 3 Toneladas, determine
o ângulo θ máximo da lança de modo que o guindaste não tombe. O guindaste
possui uma massa de 5 Toneladas e centro de massa em GC, enquanto a lança
tem massa de 0,6 Toneladas e centro de massa em GB.

𝑚𝑐→𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎

𝑚𝐿→𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑛ç𝑎

𝑚𝑔→𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑔𝑢𝑖𝑛𝑑𝑎𝑠𝑡𝑒

𝐹𝑐→𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎

𝐹𝐿→𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑛ç𝑎

𝐹𝑔→𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑜 𝑔𝑢𝑖𝑛𝑡𝑎𝑠𝑡𝑒

𝑚𝑐=3×103 𝑘𝑔

𝑚𝐿=0,6×103 𝑘𝑔

𝑚𝑔→5×103 𝑘𝑔
 𝐹𝑐=29,43 𝑘𝑁

𝐹𝐿=5,89 𝑘𝑁

𝐹𝑔=49,05 𝑘𝑁

29,43(9,5∗𝑠𝑒𝑛𝜃−0,7)+5,89(5∗𝑠𝑒𝑛𝜃−0,7)=49,05 ∗2,3
279,585∗𝑠𝑒𝑛𝜃−20,601+29,45∗𝑠𝑒𝑛𝜃−4,12=112,815

𝑠𝑒𝑛𝜃(279,585+29,45)\−20,601−4,12=112,815

𝑠𝑒𝑛𝜃=112,815+20,601+4,12\279,585+29,45

𝑠𝑒𝑛𝜃=137,535\309,035

𝑠𝑒𝑛𝜃=0,445

𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(0,445)=26,42°
 Fibra de aramida (kevlar)

Materiais compósitos são materiais compostos de uma matriz e de fibras,

podendo a matriz ser metálica, orgânica ou cerâmica.

Sua utilização é geralmente na forma de tecidos pré-impregnados (prepreg)

com matriz polimérica (resina epóxi, poliéster ou estervinílicas) e posteriormente
podem ser moldados pelo processo de compressão, vacuum bagging, entre outros.

Uma das características mais importantes dos materiais compósitos é a

presença de uma interface entre os diferentes materiais (matriz e fibras). A matriz,
além de conferir forma ao material, tem como principal função distribuir o estresse
aplicado ao material entre as fibras. Por isso a adesão entre as fibras e a matriz é
fundamental. As fibras, por sua vez, são, na maior parte das vezes, as principais
responsáveis pelas propriedades mecânicas do material e elas podem ser
colocadas no material compósito sob os mais diversos arranjos.

As propriedades mecânicas do material são geralmente caracterizadas pela

fração volumétrica de fibras, isto é, o volume ocupado pelas fibras em relação ao
volume do material. Por essa razão, para certas aplicações, como no caso de
aeronaves, em que as propriedades mecânicas são um fator-chave, geralmente
escolhem-se arranjos que permitam aumentar a fração volumétrica das fibras.

O processo de produção das fibras aramidas é relativamente complexo, visto

que se baseiam em cadeias poliméricas aromáticas de poliamidas, semelhantes ao
nylon, e são produzidas através de extrusão em uma solução de ácido sulfúrico.
Esse processo resulta em uma estrutura que consiste em grande parte em grupos
de cadeias poliméricas alinhadas e cristalinas, separadas umas das outras e
debilmente ligadas entre si.

Tendo uma importante propriedade que é a sua altíssima resistência ao

cisalhamento, sendo muito difícil até mesmo cortar um feixe de Kevlar com uma
tesoura comum sem danificar as lâminas depois de muito pouco tempo de uso. O
que torna as fibras aramidas um material balístico importante, capaz de suportar
fortes impactos localizados, além de serem significativamente leves e terem uma
importante resistência à tração, embora menor que a das fibras de carbono, mas
superior à do alumínio.

Por ser altamente resistente a fratura, durante a fratura é capaz de absorver

uma grande quantidade de energia, e também da sua capacidade de sofrer
deformação plástica sob compressão e principalmente do fato que tendem a
desfibrilar durante a fratura sob tensão.

Na aeronáutica seu principal uso é, em componentes e superfícies sujeitas a

impactos (por exemplo, em polainas, carenagens, bordos de ataque de asas,
blindagem de hélices, etc.). Além disso, o Kevlar pode ser um bom substituto das
fibras de carbono em algumas partes da fuselagem, especialmente aquelas que
alojam sistemas de comunicação, navegação e radares, visto que as fibras de
carbono são eletro-opacas e prejudicam significativamente a passagem de ondas
eletromagnéticas, ao passo que as fibras aramidas são boas dielétricas.

Apesar de uma boa resistência à tensão, a interface entre o Kevlar e qualquer

matriz tende a ser problemática, trabalhando sob tensão podem surgir problemas de
laminação indesejáveis que, podendo ocasionar graves falhas estruturais. Possui
também uma tendência a absorver umidade, que implica na necessidade de um
rigoroso controle das condições ambientais durante a produção de um componente,
e a tendência a ter suas propriedades degradadas sob efeito da radiação
ultravioleta, o que não é um sério problema quando o componente reforçado tem um
simples tratamento superficial, como por exemplo a pintura.

Igualmente as fibras de carbono, as fibras aramidas possuem diferentes

especificações, e deve-se selecionar bem o material a ser utilizado conforme os
requisitos do projeto e a finalidade da aplicação. Segue os tipos comuns são o
Kevlar 29, o 49 e o 149, caracterizados por terem boas propriedades balísticas,
estruturais e de rigidez, respectivamente.

Densidade Módulo de Young Resistência à

Volumétrica (GPa) tração (MPa)
(Mg/m^3)
Kevlar 29 1,44 59 2640
Kevlar 49 1,45 130 2900
Kevlar 149 1,47 146 2410

Principais características das fibras de aramida.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Baixa massa específica Baixas resistências à
compressão

Elevada resistência à tração Degradação lenta sob luz (UV)

Elevada resistência ao impacto Elevada absorção de umidade

Baixa condutibilidade elétrica Custo relativamente elevado

Boa resistência química (exceto Aderência medíocre à maioria das

a ácidos e bases concentrados) matrizes poliméricas (resinas)

Elevada resistência à abrasão Má resistência química a ácidos fortes

concentrados
Excelente comportamento sob
temperaturas elevadas de serviço

http://www.aviacao.org/article/materiais-compositos/5/

“Em análise termogravimétrica, verificou-se que a taxa de elevação de temperatura

mais adequada é de aproximadamente 3 °C/min. A degradação da poliaramida se
inicia a aproximadamente 510 °C, pela decomposição térmica das ligações simples,
seguida da decomposição térmica dos anéis aromáticos a aproximadamente 525
ºC, sendo que a temperatura de degradação térmica completa ocorre a cerca de
575 °C.”