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João das Neves

ator brasileiro

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João das Neves

Nascimento 1935 (86 anos)
Rio de Janeiro - RJ
Morte 24/08/2018
Lagoa Santa MG
Cidadania Brasil
Cônjuge Titane
Ocupação ator
Género literário Teatro, conto
[edite no Wikidata]

João das Neves (Rio de Janeiro,31 de


janeiro de 1934 - 24 de Agosto de 2018)
foi um diretor e dramaturgo brasileiro.
Fundador do Grupo Opinião e diretor do
CPC da UNE no início da década de
1960.

Dramaturgo, diretor, ator e escritor,


contemplado com prêmios diversos
como o Molière (vários), Bienal
Internacional de São Paulo, APCA,
Golfinho de Ouro e Quadrienal de Praga,
mantém-se em atividade teatral de
forma permanente e inovadora, desde os
tempos dos Centros Populares de
Cultura (CPC) e do Teatro Opinião, do
qual foi um dos fundadores ao lado de
Ferreira Gullar, Vianinha e outros nomes
fundamentais do teatro brasileiro.
Com o Grupo Opinião que estreou em
1964 o antológico Show Opinião,
reunindo no palco, num protesto contra a
ditadura, Nara Leão, Zé Keti e João do
Vale, João das Neves trabalhou ao até
fim da ditadura em 1984, buscando
novos modelos dramatúrgicos para
flagrar a nova realidade instaurada pelo
regime militar.

Sua primeira peça a arrebatar o teatro


latino americano, foi O Último Carro. Nas
décadas seguintes, João das Neves faria
uma série de bem sucedidas
experiências teatrais envolvendo
temáticas e situações as mais
diferenciadas, como o trabalho com
atores não profissionais, a criação do
grupo Poronga, no Acre, várias
encenações em espaços não
convencionais, com adaptações de
obras literárias de autores como
Guimarães Rosa e de João Silvério
Trevisan.

Este encenador tem uma história


particularmente bela com a música.
Entre os nomes que dirigiu figuram Milton
Nascimento, Chico Buarque e MPB4,
Taiguara e, recentemente, Elomar e
Titane. Óperas contemporâneas, como
Qorpo Santo, de Jorge Antunes ou
cantatas, como Continente Zero Hora, de
Rufo Herrera, nas quais atuou, acentuam
sua ligação com a música e com os
músicos.

Mantém um espaço de produção


intelectual sobre o fazer teatral em
publicações europeias e latino-
americanas, além de editar traduções,
poemas e livros de ficção para crianças
que receberam inúmeras premiações.
Como colaborador das Revistas
Humboldt (Bonn, Alemanha) e Palavra
(Belo Horizonte), publicou ensaios sobre
o teatro contemporâneo, a nova
dramaturgia e o universo indígena no
teatro brasileiro. Em 2003, assina
contrato com a Editora Dimensão para
reedição do texto teatral infantil “A Lenda
do Vale da Lua” (prêmio SNT/1975) e
tem publicada, pela mesma Editora, a 4a.
edição de “Por Um Triz a Elis Ficava Sem
Nariz”.

Nos últimos tempos, várias de suas


encenações encontram-se em
circulação: A Santinha e os Congadeiros,
que levou ao palco, com elenco de
congadeiros, um mito fundador das
Irmandades do Rosário do Congado
mineiro; Besouro, Cordão de Ouro e
Galanga Chico Rei, ambos também com
temática afro brasileira, numa parceria
de sucesso com Paulo César Pinheiro
autor dos textos e músicas; Zumbi, de
Boal e Guarniere com música de Edu
Lobo; A Farsa da Boa Preguiça, texto de
A.Suassuna e Aos Nossos Filhos, de
Laura Castro e mais recentemente, em
janeiro de 2015 dirigiu a peça Madame
Satã com Rodrigo Jerônimo, em versão
adaptada pelo Grupo dos Dez para o
Oficinão do Galpão, em Belo Horizonte e
também em setembro de 2015 estreou o
espetáculo Bonecas Quebradas, no Itaú
Cultural.

Conhecedor da cultura brasileira viajou e


residiu em diversos estados, trazendo
sempre elementos das culturas do
interior do país para sua dramaturgia. No
Rio de Janeiro e São Paulo, onde viveu
os primeiros anos 30/40 de trabalho,
depois Salvador, Rio Branco e Minas
Gerais, lugares onde residiu/reside, João
das Neves vem deixando sua marca
como encenador e pensador do teatro
contemporâneo, afora os diversos
lugares por onde transitou com mais
freqüência, a exemplo do México e da
Alemanha.

Ao completar 80 anos de idade e 60 de


teatro, João das Neves –
constantemente brincando com as
possibilidades da linguagem teatral –
tem como principal projeto a encenação
do texto inédito YURAIÁ – o rio do nosso
corpo, nascido de sua convivência com
os índios Kaxinawá do Rio Jordão/Acre,
que também integrarão o espetáculo.
Pretende em breve dirigir e atuar na peça
Lazarillo de Tormes, que o artista
escreveu inspirado na descoberta do que
pode ser o texto original da obra criada
na Espanha no século XVI. Obras suas
até então inéditas e prontas para serem
realizadas.

João faleceu aos 84 anos, em Lagoa


Santa onde residia, ao lado de amigos e
família.

Obras
O último carro (1964);
O quintal (1978);
Mural mulher (1979);
Café da manhã (1980);
A pandorga e a lei (1983-1984).
Lazarillo de Tormes
Diálogos com Emilly Dickinson
Rumores
Yuraiá - O rio do nosso corpo

Espetáculos
O Último Carro
Primeiras Estórias
Besouro, cordão-de-ouro
Zumbi
Galanga Chico Rei
A Farsa da Boa Preguiça
Aos Nossos Filhos
Maria Lira
Lazarillo de Tormes
As Polacas
Bonecas Quebradas

Referências
«Unicamp - Departamento de Teatro»
«Enciclopédia verbete João das
Neves»
«TV Educativa»
ZANOTTO, Ilka Marinho. Apresentação
do texto Yuraiá - o Rio do nosso corpo,
relatório final de João das Neves à
Bolsa Vitae de Artes, São Paulo, 1990.
«Apresentação de Besouro cordão de
Ouro no Festival Internacional de
Teatro de São José do Rio Preto -
2008, com críticas de Alexandre Mate
e Robson Corrêa de Camargo»

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