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1.Introdução
Percebe-se que cada vez mais uma elevação da concorrência financeira internacional e sua
influência no crescimento dos cursos de Engenharia de Produção. Se tornou uma necessidade
para o sucesso das empresas brasileiras investir no estudo e desenvolvimento da Engenharia
de Produção em seus postos de trabalho, com isso a demanda por este profissional tende a
crescer mais e mais no mercado. Nos últimos cinco anos o número de instituições públicas
que oferecem cursos ligados a Engenharia de Produção mais que duplicou (OLIVEIRA,
2010).
O mercado demanda por profissionais e isso faz necessário repensar diretrizes capazes de
orientar e estabelecer as normas e o perfil necessário aos conhecimentos esperados para um
engenheiro de produção, como um engajado perfil de formação científico, tecnológico e
profissional, sendo capaz de conciliar todas as suas competências considerando os valores
sociais, humanos e ambientais, com uma visão integrada em favor da ética e da humanística.
O presente estudo está centrado na temática da avaliação, que é vista como um processo
sistemático, contínuo e dinâmico, com o objetivo de reorientar as metodologias educacionais
pois sem a mesma não é possível a melhoria. Nesta vertente, este trabalho visa entender as
competências na formação do Engenheiro de Produção, através do estudo de caso realizado
no curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Vale do São Francisco -
UNIVASF.
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Contudo o PPC relata integralmente a história do curso e expõe o planejamento futuro, com o
intuito de formar profissionais cada vez melhores e mais capacitados assim o processo de
avaliação e correção vem dando resultados, a exemplo tem-se a nova matriz curricular
imposta, que busca o melhor aproveitamento do curso por parte do discente. Assim a região
só tem a ganhar com os novos profissionais formados, uma possibilidade de potencializar a
industrialização da mesma.
As várias questões vinculadas à pesquisa vieram trazer a luz a as ideias dos alunos acerca das
áreas do curso e suas respectivas afinidades tanto com uma abrangência acadêmica como
também uma abrangência profissional. Portanto, percebeu-se, muitos aspectos que
determinaram o verdadeiro perfil dos alunos, seus objetivos e suas expectativas acerca da
carreira profissional e a jornada acadêmica em que estão envoltos, como também, sobre sua
inserção no mercado de trabalho.
2.Objetivo
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3.Referencial Teórico
Escola Politécnica da USP, por meio da criação de disciplinas como uma mescla da teoria
organizacional com as outras engenharias.
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indústria nacional, isso criou uma exigência de profissionais para se adequarem a este cenário,
e a Engenharia de Produção se mostrou capaz de responder a essas demandas.
Por volta de 1990, as regiões Sul e Sudeste já demostravam seu alto grau de industrialização
por meio dos 19 cursos de graduação em Engenharia de Produção existentes em seus estados.
Fora estes, naquela época a Engenharia de Produção estava presente em mais três estados: em
Pernambuco e na Paraíba, por meio de cursos de mestrado da UFPE e UFPB, e como uma das
áreas de ênfase no curso de Engenharia Mecânica da UFMG, em Minas Gerais.
Atualmente a Engenharia de Produção é uma das engenharias que mais possui cursos
espalhados pelo país, com a evolução do mundo da produção, hoje em dia o conhecimento se
tornou o ativo mais valioso das empresas, ele influencia diretamente na obtenção de vantagem
competitiva em processos de produção, estratégias de gestão, qualidade e valor dos produtos,
entre outros conhecimentos provenientes das ferramentas da Engenharia de Produção. Com
esse tipo de habilidade e com a base de conhecimentos da engenharia, a Engenharia de
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Produção se torna a melhor opção para as empresas que procuram atender suas necessidades
de mercado, finanças, pessoas, produção e máquinas, aliando isso tudo a um pensamento
integrativo, sistêmico e tecnológico.
4.Metodologia
Segundo Cervo (2007), esta pesquisa tem perfil descritivo pois procura descobrir, como que
um acontecimento ocorre, e analisar os comportamentos das variáveis do processo, buscando
identificar as nuances do caso em estudo sem modifica-los.
De acordo com Ganga (2012), a abordagem quali-quantitativo é utilizada neste trabalho, pois
ela se compõe de forma a utilizar dados obtidos através de questionários para analisar uma
problemática através de análises estatísticas com finalidade de propor um resultado
satisfatório.
Os dados requeridos para as análises estatísticas foram obtidos por meio a aplicação de
questionários, a população abordada foi restringida aos alunos do curso de Engenharia de
Produção da UNIVASF a partir do 3º período.
Nesta seção são expostas as etapas metodológicas que dirigiram o presente trabalho a sua
execução e conclusão final. A primeira etapa da pesquisa conta com a identificação da
problemática em questão, a partir daí foi possível o início da revisão da literatura acerca dos
assuntos inerentes ao trabalho.
Na próxima parte foi desenvolvido um fluxograma com o intuito de guiar as ações que devem
ser praticadas para alcançar os frutos almejados com este estudo de caso.
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Construção
Revisão Cálculo da Aplicação dos
dos
bibliográfica Amostra questionários
questionários
Construção do
Tratamento artigo com os
dos dados resultados
obtidos
O tamanho da amostra foi definido a partir da população-alvo, sendo assim foram estudados
os estudantes do curso de Engenharia de Produção a partir do 3º período, obtendo-se assim o
tamanho amostral da pesquisa e melhor aplicação dos questionários.
e (1)
Onde:
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(3)
5. Resultados e Discussões
No período de dezembro de 2015 até fevereiro de 2016, foi aplicado o questionário do estudo
aos alunos do curso de graduação de Engenharia de Produção da UNIVASF a partir do
terceiro semestre, com participação voluntária de 139 alunos. Na elaboração das perguntas de
cunho qualitativo utilizou-se a Escala Likert.
Para alguns autores, entre eles, Rogers (1972), a relação professor-aluno é compreendida
como o estabelecimento de um clima que facilita a aprendizagem, a partir da existência de
determinadas qualidades de comportamento do professor, como autenticidade, apreço ao
aluno e empatia.
Na Figura 2, observa-se a opinião dos alunos acerca da influência relação interpessoal com os
professores nos estímulos aos estudos, percebe-se que cerca de 55% dos alunos se mostraram
favoráveis a afirmação dita, isso se faz mais presente ao longo das disciplinas dos ciclos
específico e profissionalizante, visto que durante o ciclo básico a relação entre os professores
e os alunos é um tanto que conturbada, como exemplo disto tem-se uma considerável
quantidade de desavenças e processos contra os professores da área de cálculo e física.
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Algumas das causas deste efeito de desestímulo, por parte dos professores na relação
professor-aluno, pode se dar pela falta de comprometimento de alguns alunos com as
disciplinas, ou até pela elevada carga horária de ensino que alguns professores,
principalmente do ciclo básico, assim o desgaste físico e mental dos profissionais pode
interferir na relação professor-aluno.
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O professor tem um papel crucial no ato de oferecer livros e bibliografias que proporcionem
um bom aprendizado, assim como também na indicação de artigos, filmes e recursos a serem
pesquisados pelos alunos (LA ROSA, 2001).
Percebe-se na Figura 3, que ainda há um déficit nas bibliografias indicadas pelos professores,
pois cerca de 29% respondeu negativamente e 20% indiferente, muitos dos livros utilizados
ainda são antigos e desatualizados, muitos dos alunos citaram a falta de atualização não só nas
bibliografias, mas nos conteúdos ensinados também.
Pode-se inferir algumas causas a esta problemática de obsolescência das literaturas indicadas
pelos professores, como a falta de solicitação para livros mais atuais na biblioteca do campus
ou até a falta de renovação e reciclagem dos docentes, para procurar técnicas e métodos mais
atuais utilizadas no mercado.
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Na Figura 4, percebe-se que uma grande parcela dos entrevistados considerou que o curso
exigiu organização e dedicação constante aos estudos, pelo fato de ser um curso com uma
carga horária relativamente grande e que exige mais do aluno pela característica de mesclar
disciplinas, projetos, núcleo temático e pesquisa.
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Observando a figura 5, é visto que muitos discordam do estimulo ao trabalho em equipe por
parte dos professores durante a disciplina, muitos professores ministram suas disciplinas
apenas com provas individuais e deixam de lado a didática e a pedagogia inerente a um ensino
completo. Alguns professores, ainda que em minoria, optam por avaliações através de
seminários, apresentações dos alunos e até elaboração ode artigo científico em grupo, pois
acredita quem estas atividades podem contribuir para o estímulo das relações interpessoais
dos alunos, além de fortalecer as capacidades de comunicação dos mesmos.
Segundo Da Silveira (2004), para os professores das disciplinas básicas de cursos de ciências
exatas e engenharia, assim como para os das disciplinas profissionalizantes, muitos dos
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problemas dos cursos está na falta de recursos didáticos, enquanto que para os alunos a maior
deficiência dos cursos está na falta de aulas práticas.
Na Figura 6 pode-se observar que a maioria dos entrevistados defende a ideia de que o curso
possui poucas atividades práticas, existe um déficit por atividades que levem o aluno a aplicar
os conhecimentos na prática, como visitas técnicas, aulas em laboratórios, simulações e
dinâmicas, entre outros.
A formação de um engenheiro em muitos casos está intimamente ligada a uma forte junção
em ciência básicas e conhecimentos consolidados e atualizados e áreas profissionalizantes
(MAINES, 2001). Ao observar-se a Figura 7, nota-se no caso particular de estudo, que 44%
dos alunos entrevistados acreditam que os conhecimentos propiciados pelo curso são
atualizados, porém essa parcela de conhecimento se concentra no núcleo básico do curso,
visto que muitos dos alunos notam que novas técnicas são demandadas pelo mercado de
trabalho e os conhecimentos ensinados tem que acompanhar essas renovações.
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Assim os 42% que responderam negativamente tem essa visão sobre a falta de renovação de
conhecimentos e técnicas ensinados pelas disciplinas dos núcleos profissionalizante e
específico.
A importância do tema Ética e Responsabilidade Social tem crescido nos últimos tempos, a
ponto de estar incluído entre as características que acabam identificando uma empresa e, com
isso, conferindo-lhe competências, principalmente no tocante a imagem da mesma perante a
sociedade (FURLANETTO, et al. 2006).
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A avaliação de um curso tem que ter um olhar tanto quantitativo, pois deve-se levar em conta
o número de professores e suas titulações, o número de publicações dos mesmos, o
desempenho dos alunos no Enade, a quantidade de projetos de iniciação científicas e
extensões exercidas pelos alunos do curso, além de levar em conta também aspectos
qualitativos como o grau de satisfação dos alunos com as disciplinas e como são
desenvolvidas e a maneira como a administração do curso é conduzida.
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6.Considerações Finais
As questões levantadas no presente trabalho puderam ser respondidas a partir das análises dos
dados.
Observa-se ainda que, de uma forma geral, que falta um estímulo maior por parte dos
docentes para a realização de mais atividades práticas durante o curso, além da necessidade de
bibliografias mais atuais que venham a gerar conhecimentos mais atualizados e técnicas e
métodos mais utilizados no mercado de trabalho para a área. Portanto, o trabalho atingiu os
objetivos propostos, além de alcançar resultados importantes na percepção do universo
exposto pela visão dos discentes.
Tomando por base o estudo desenvolvido, apresentam-se as seguintes sugestões para novos
trabalhos:
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