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A Mulher no Contexto da Educação

* Benilde Farias

Com a evolução dos tempos, a mulher começou a busca por sua


emancipação. Foi estudar e trabalhar, arregaçou as mangas para conquistar
um novo lugar na sociedade, uma posição na qual seria respeitada não só
como mãe, esposa e dona de casa, mas também como profissional. Nesta
nova era nossas qualidades imperam. O mundo será das mulheres, pois ele
está precisando das energias femininas, como compreensão, compaixão e
amor.
Os avanços conquistados pela mulher não foram tão simples. Muitos fatos
marcaram o percurso histórico do seu estilo de vida.
Quando Betty Friedan (1963) publicou seu livro A Mística Feminina foi um
choque na conservadora sociedade norte americana. Sua obra foi criticada por
colocar peso excessivo na liberação pela conquista profissional da figura
feminina. Nesta época já existia o Dia Internacional da Mulher.
No Brasil, somente no final do Império, mais precisamente por volta de
1898, as escolas normais de formação de professores foram abertas para a
mulher. Conforme estudos recentes são várias as estatísticas que apontam
para o índice de emprego da mulher e sua respectiva remuneração. O
rendimento médio atual da mulher é 60% do rendimento do homem.
Porém mudanças nas relações sociais e familiares somente tiveram início
na primeira década do século XX. Entre as décadas de 20 e 30 aconteceu um
movimento operário, no qual as mulheres reivindicavam locais para a guarda e
o atendimento das crianças e em 1923, finalmente, foi regulamentado o
trabalho feminino e a instalação de creches e salas de amamentação durante a
jornada das empregadas.
Em contrapartida a escolaridade das mulheres permanece mais alta que a
dos homens. Que nome dar então a esse cenário de desigualdade de gênero?
A prevalência das mulheres entre as mais escolarizadas é uma tendência
marcante. No ensino profissional, as preferências femininas se concentram em
cursos de imagem pessoal, lazer saúde e educação.
Este fato pode ser observado ao longo do século XX e na primeira década
do século XXI. Não significa dizer que este profissional ainda vive uma época
romântica, de mais dóceis e passivas. Atualmente, as professoras deixam de
ser as tias passivas, dignas e submissas e passam a atuar na sociedade de
maneira incisiva, na qual defendem sua categoria em termos salariais e direitos
iguais.
A mulher professora, a tia educadora, todas elas tem e tiveram suas
particularidades e perfis que foram modificados e recriados socialmente e, cada
uma delas, contribui de sua maneira (positivamente ou nem tanto) para formar
e educar seus alunos e, assim contribuir para a formação de nossa sociedade.

*Professora, Psicopedagoga Clínica.

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