Você está na página 1de 15

APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta dados da pesquisa de Para isso, os dados estão organizados da seguinte
Monitoramente e Avaliação das Ações do Programa forma: indicadores de cobertura e focalização e de
Ocupação Social. Os resultados compõem um dos escolaridade do público alvo, dados sobre renda e
eixos da investigação, a Avaliação de Perfil dos empreendedorismo do conjunto dos beneficiários, e
Beneficiários do Programa Ocupação Social, nível de satisfação geral com as ações.
conduzida com beneficiários das ações de
qualificação profissional, empreendedorismo e A partir desse resumo, os gestores poderão
educação socioemocional entre os anos de 2016 e identificar as potencialidades e fragilidades das
2018. iniciativas.

O objetivo é apresentar um panorama da pesquisa Espera-se, assim, que este seja um instrumento útil
de avaliação, fornecendo alguns indicadores e para avaliação da política e capaz de subsidiar novos
percepções dos beneficiários. rumos da atual gestão.
Índice
Visão geral do Programa Ocupação
01 Social
Visão geral da Avaliação de Perfil dos
02 Beneficiários

03 Resultados

04 Percepção dos beneficiários

05 Avaliação geral dos beneficiários

06 Considerações finais

07 Recomendações
1 VISÃO GERAL DO PROGRAMA OCUPAÇÃO SOCIAL

1.1 O OCUPAÇÃO SOCIAL 1.1.4 Atribuições dos atores envolvidos:

O Programa Ocupação Social foi criado para reduzir a


taxa de homicídios de jovens no Espírito Santo através
da criação de oportunidades nos bairros mais
vulneráveis do Estado. As ações eram coordenadas
pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos e
executadas por meio de parcerias voltadas para
adolescentes e jovens de 10 a 24 anos, prioritariamente
fora da escola e do mercado de trabalho.

1.1.1 Público alvo: adolescentes e jovens de 10 a 24


anos, fora da escola ou em distorção idade-série e que
não trabalham, residentes nos 26 bairros mais
violentos do Estado.

1.1.2 Objetivo geral: reduzir a taxa de homicídios de


jovens de 15 a 24 anos no Estado.

1.1.3 Resultados intermediários: diminuir o abandono


escolar e aumentar a empregabilidade do público-alvo.
2 VISÃO GERAL DA AVALIAÇÃO DE PERFIL DOS BENEFICIÁRIOS

2.1 A AVALIAÇÃO Universo da avaliação


A avaliação de perfil dos beneficiários recortou,
Universo das ações
entre todas as ações do Programa Ocupação Social, (2016-2018)
11.899 beneficiários
as ações de qualificação profissional,
empreendedorismo e educação socioemocional, Registros
Administrativos*
ocorridas até maio de 2018. Este recorte teve como (2016-maio 2018)
3.252 beneficiários
objetivo a análise de informações dos beneficiários
sobre a escolaridade, mercado de trabalho e Plano Amostral
933 beneficiários
empreendedorismo.
867 questionários
2.2 DESENHO DA AVALIAÇÃO Realizados
Questão norteadora: Quais as contribuições das ações do (93% da amostra)
Programa Ocupação Social para os participantes?
Instrumento de coleta: Questionário aplicado por
telefone.
Importante!
Recorte metodológico: Avaliação das ações de Este documento não apresenta dados de uma avaliação de
qualificação profissional, empreendedorismo e educação impacto, portanto os indicadores aqui mostrados não permitem
socioemocional. afirmar que os efeitos observados são resultantes
exclusivamente das ações do Programa.
Plano metodológico: Planejamento amostral
probabilístico (beneficiários selecionados por sorteio) *Registros administrativos são os registros entregues pelos parceiros com os dados de contato
dos beneficiários, entre os anos 2016 a maio de 2018.
3 R E S U LT A D O S

3.1 COBERTURA E FOCALIZAÇÃO 3.2 SITUAÇÃO ESCOLAR

Para as ações de qualificação profissional, Dos jovens público alvo, 35% não ingressaram no
empreendedorismo e educação socioemocional entre Ensino Médio, dos que entraram 35% estavam em
2016 e 2018, 51% dos que concluíram as ações eram distorção idade-série e 30% abandonaram a escola
jovens de 15 a 24 anos e 12,5% dos beneficiários eram neste nível de escolaridade. Em média, o público alvo
público-alvo do Programa: fora da escola ou com parou de estudar com 18,4 anos.
distorção idade-série, idade entre 15 e 24 anos e A escolaridade média é de 9,5 anos.
residente de área crítica. Mais da metade eram Antes do Programa Depois do Programa
mulheres (59%) e a maioria eram negros (85%). 56% estavam fora da escola 1 em cada 3 jovens fora da
44% em distorção idade-série escola voltou a estudar
16% 16%
14% 14% Nível de Escolaridade Percentual
11% 11%
10% Ensino Fundamental Incompleto 13%
7%
Ensino Fundamental Completo 22%

Ensino Médio Incompleto 65%


1%
Os jovens, em 2/3 dos casos, abandonam a
16 17 18 19 20 21 22 23 24 escola entre o 6º e o 9º ano do Ensino
anos anos anos anos anos anos anos anos anos
Fundamental.
3.3 MERCADO DE TRABALHO
Antes do Programa Depois do Programa

Ao iniciarem os cursos avaliados, 46% do geral de


35%
beneficiários possuíam atividade remunerada e 46%

recebiam em média R$903,96*. Após passarem 54% 65%


pelo Programa, 65% tinham alguma atividade
remunerada recebendo R$992,75 em média. Não possuia atividade remunerada Não possuia atividade remunerada
Possuia atividade remunerada Possuia atividade remunerada

3.4 EMPREENDEDORISMO
Principais áreas do próprio negócio
28% dos beneficiários têm ou já tiveram o seu
 33% Alimentos e Bebidas: Fabricação artesanal de próprio negócio
pães, bolos, doces, salgados, biscoitos e bombons;
Comércio de alimentos; Bares; Comércio de bebidas.
21% dos beneficiários abriram o próprio
negócio após a realização das ações
 22% Saúde, Beleza e Cuidados Pessoais: Cabeleireiros; • 53% dos casos o negócio aberto é na
Manicures; Design de sobrancelha; Atividades de mesma área que o curso realizado
estética e beleza; Maquiagem; Comércio de cosméticos.

• 80% desses negócios têm como clientela


os moradores do próprio bairro e dos
 11% Calçados, Vestuário e Acessórios: Confecção e bairros vizinhos
reparo de roupas; Comércio de vestuário e calçados.

• 8% empregam ao menos uma pessoa

* Os valores monetários de 2016 e 2017 foram atualizados à preços de outubro de 2018 pelo IPCA/IBGE.
4 PERCEPÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS

4.1 VISIBILIDADE E SATISFAÇÃO COM O 4.2 PRINCIPAIS AÇÕES


PROGRAMA
46% elegeram como mais importante as ações de
Cerca de 77% dos beneficiários sabiam que as ações Qualificação Profissional, principalmente os cursos
que realizaram faziam parte do Programa Ocupação de: Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão –
Social. SENAI (22%), Porteiro – SECTI (8%) e Almoxarife –
SECTI (7%).
99% dos beneficiários indicariam a atividade que
participou para outra pessoa. 43% elegeram como mais importante as ações de
Empreendedorismo, sendo as principais: Crescendo
e Empreendendo (52%) e Virada da Comunidade:
Criando Negócios Lucrativos – SEBRAE (27%).

4.3 PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES

Nota média da satisfação: 9,36 Os principais motivos para participação nas ações
foram a busca por qualificação profissional (30%),
para aquisição de conhecimento (21%), para
conseguir emprego (16%) e pela afinidade temática
com o curso (14%).
4.4 CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA

Conhecimentos adquiridos 62% 32% 5% 1%


0%

Situação no mercado de trabalho 40% 44% 9% 3% 3%

Qualidade de vida em geral 38% 46% 11% 3%1%

Aspectos emocionais 37% 47% 9% 4% 2%

Relacionamento com familiares e amigos 35% 45% 11% 5% 4%

Muito importante Importante Razoavelmente importante Pouco importante Sem importância


5 AVALIAÇÃO GERAL DOS BENEFICIÁRIOS

• Qualificação para inserção no mercado de • O excesso de aulas teóricas;


trabalho;
• Problemas de infraestrutura;
• Aumento da renda;
• Baixa carga horária dos cursos;
• Retorno à escola;
• Ausência de mecanismos do Programa para
• Perspectiva de abrir o próprio negócio. inserção no mercado de trabalho.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar da taxa Ainda que 35% não Mesmo com


de focalização possuíam problemas de
ainda ser baixa, atividade infraestrutura,
1/3 dos jovens remunerada, duração das ações
retornaram aos houve ampliação e direcionamento
estudos após na geração ao mercado de
passarem pelo de renda e de trabalho , o
Programa. práticas Programa foi bem
empreendedoras. avaliado.
7 RECOMENDAÇÕES

Espaços físicos de A oferta de ações de


O acompanhamento referência maior duração e o
sistemático e aumentariam a fortalecimento da
contínuo dos jovens conexão com o rede de parceiros,
geraria maior público alvo e diversificando a
aderência destes ao ampliariam a cartela de cursos,
Programa. focalização do favoreceria o alcance
Programa. das metas do
Programa.
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GOVERNADOR COORDENAÇÃO GERAL
José Renato Casagrande Letícia Maria Gonçalves Furtado

VICE-GOVERNADORA
Jacqueline Moraes EQUIPE TÉCNICA

SECRETARIA DE ESTADO DE DIREITOS HUMANOS – SEDH Pesquisadores Fapes Colaboradores


Nara Borgo Cypriano Machado
Domitila Costa Cayres Ana Carolina Giuberti
Julia Silva de Castro Fernanda Oliveira
SECRETARIA DE ESTADO DE ECONOMIA E
Maria de Fátima Silva Leite Gabriela Macedo Lacerda
PLANEJAMENTO Marcos Vinicius Chaves Morais Kátia Cesconeto de Paula
Álvaro Duboc Thayná Loiola Silva Vieira
Thiago Magalhães Tinoco Lani
INSTITUTO JONES DOS SANTOS NEVES Anderson de Freitas Faria
Luiz Paulo Vellozo Lucas

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, EDITORAÇÃO


INOVAÇÃO, EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – SECTI Arthur Ceruti Quintanilha
Cristina Engel de Alvarez João Vitor André

Fundação de Amparo À Pesquisa e Inovação do Espírito


Santo – FAPES
Denio Rebello Arantes
PESQUISADORES FAPES

EQUIPE TÉCNICA Andre Patrick Marinho Teles Verônica Moreira Cardoso Kerkovsky EQUIPE DE AVALIAÇÃO
Antônio Martins Vitor Júnior Yasmin Cupertino Reis
Adriano Domingos Monteiro Beatriz Rodrigues Pereira Yasmin Loureiro Sartorio Bárbara Terra Queiroz
Alan Torres Nunes Blenda Vargas Cade Cristielem Lopes das Neves
Alexandre Santos Camila Vechiatti Gomes EQUIPE DE APOIO E ENGAJAMENTO João Pedro Carvalho de Siqueira
Aline Moschen de Andrade Carlos Magno Moreira Airam Rafael Almeida Leal
Anderson de Freitas Faria Cristiane Siqueira Rodrigues Avanci Carvalho de Soares Filho Reurison dos Santos Coimbra
Andreia Cardoso Gherardi de Souza Eduardo Mariano Ribeiro Beny Hellen Santos Carangola Souza Veronice Silveira Porto Oliveira
Bruna Zuqui Freitas Elaine Marques Pimentel Carlos Henrique Silvestre Dos Santos Wycthória Siqueira De Bruim
Carolina Costa Mota Paraíba Elenilza Santana dos Santos David Lopes Santos
Domitila Costa Cayres Eudson Rosa Tesch Debora Evelin Silva De Souza
Igor Anacleto da Silva Gabriel Miranda Ribeiro Diego Michael Barbosa De Souza
Joelson Carletti Thomazelli Islane de Oliveira Nicolau Ernauro Santos Feijó
Julia Silva de Castro Jocimar Rangel da Silva Flávio Cardoso do Nascimento
Marcos Vinicius Chaves Morais Joelma Da Conceição Rocha Gabriela Santos Da Silva
Maria de Fátima Silva Leite Josimar Nunes Pereira de Freitas Jeferson Pereira Alves Santana
Maxsuel Gasperazzo Juliana Nascimento Lucas Ramalhete Kamila da Silva Coradini
Michele Lyrio Schaffel Juliana Pereira Rodrigues Kamila Vieira De Moura
Nara Lima Mascarenhas Barbosa Juliane Carvalho Costa Karla Keronllin Silva Souza
Renan Lubanco Assis Kaliana Rodrigues Santos Kelli Pereira Simoura
Rosana Barreto Gabriel Katiana Pimenta Nunes Luana Barcellos De Oliveira
Sabrina de Souza Menezes Leidione Silva Brito Siqueira Magnum Dias da Silva
Thayna Loiola Silva Vieira Luziel Patricio Gomes Marciel Da Silva Cordeiro
Thiago Magalhães Tinoco Lani Maria Eduarda Caseira Gimenes Rafael
Marileide Arauju Estevao Rodrigo Silva De Jesus
Marly Rodrigues Gabriel Sheila De Jesus Dos Santos
EQUIPE DE MONITORAMENTO Micaías da Silva Braz Tiago Francisco Da Silva
Nágila dos Santos Alves Vitor Miguel Da Silva Nascimento Alves
Abdias Agustino de Oliveira Natália Carolina Policarpo da Silva Wallace Silva Vargas
Abraão Nicodemos Chanhino Ndjungu Pablo Carlos da Silva Washington Jesus Muniz
Adson da Silva Bernardino Rayane Loiola Cruz Willian Junio Santos Costa
Alan da Costa Amorim Renan Francisco Silveira Cassaro Yuri Teixeira Corrêa
Aline Moreira de Jesus Ferreira Renata Fricks dos Santos
Amanda Correia de Miranda Rosane Neves Brandão
Ana Caroline Pereira Ferreira Sandro Juliati
Ana Caroliny Carvalho Pianca Thamires de Souza Moreira
André Nassur de Paiva Gonçalves Valdinei Alves de Pinas

Você também pode gostar