CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA

FONSECA

GEELAR1504 - CIRCUITOS TRIFÁSICOS

ANGELO SANSON DE SOUZA

GABRIEL RODRIGO FERREIRA ALVES

POTÊNCIA TRIFÁSICA

DOCENTE: JOÃO PEDRO LOPES SALVADOR

ANGRA DOS REIS - RJ

2020
 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 1
2 ASPECTOS DA POTÊNCIA TRIFÁSICA ............................................... 3

2.1 Y-Y Puramente Resistivo ...................................................................... 4

2.2 Configuração Y-Y Puramente Capacitivo ............................................ 5

2.3 Configuração Y-Y Puramente Indutivo ............................................... 6
2.4 Configuração Y-Y RC............................................................................ 7
2.5 Configuração Y-Y RL ............................................................................. 8
2.6 Configuração Δ-Δ Puramente Resistivo .............................................. 9
2.7 Configuração Δ-Δ Puramente Capacitivo .......................................... 11
2.8 Configuração Δ-Δ Puramente Indutivo .............................................. 12
2.9 Configuração Δ-Δ RC .......................................................................... 13
2.10 Configuração Δ-Δ RL........................................................................... 14
2.11 Configuração Y- Δ Puramente Resistivo ........................................... 15
2.12 Configuração Y- Δ Puramente Capacitivo ......................................... 16
2.13 Configuração Y- Δ Puramente Indutivo ............................................. 18
2.14 Configuração Y- Δ RC ......................................................................... 19
2.15 Configuração Y- Δ RL .......................................................................... 19
2.16 Configuração Δ -Y Puramente Resistivo ........................................... 21
2.17 Configuração Δ -Y Puramente Capacitivo ......................................... 22
2.18 Configuração Δ -Y Puramente Indutivo ............................................. 23
2.19 Configuração Δ -Y RC ......................................................................... 25
2.20 Configuração Δ -Y RL .......................................................................... 26
• Circuito Trifásico Desequilibrado ...................................................... 27
2.21 Configuração Δ -Y Desequilibrado R ................................................. 27
2.22 Configuração Y- Δ Desequilibrado C ................................................. 29
2.23 Configuração Δ -Y Desequilibrado L.................................................. 30
2.24 Configuração Δ - Δ Desequilibrado RC ............................................. 32
2.25 Configuração Y- Δ Desequilibrado RL ............................................... 33
3 MEDIÇÃO DE POTÊNCIA TRIFÁSICA ................................................ 35
3.1 Prova e Demonstração do Teorema de Blondel para Potência Ativa 35
 3.2 Leitura do Wattímetro em função do FP da carga, do modo de ligação
e da sequência de fase ............................................................................... 37

3.2.1 Medição do FP da carga ..................................................................... 38

3.3 Medição da Potência Reativa: ............................................................. 40

3.3.1 Para Circuitos Simétricos e Equilibrados: ......................................... 40

3.3.2 Potência Reativa em um Sistema Trifásico Qualquer ....................... 41

3.4 Resumo de Medição Trifásica ............................................................ 42

4. CONCLUSÃO ........................................................................................ 43
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 43
 1. INTRODUÇÃO

No século XIX , o sistema de iluminação pública era predominante

composto por lampiões e Thomas Edison como um visionário da época , queria
descobrir uma forma de criar um sistema de potência capaz de levar energia a
todos, já que a energia elétrica no século 19 era pouco acessível, as suas
aplicações era para sistema público , como iluminação ou sistema de
telegrafo.Com a criação da lâmpada incandescente de Thomas Edison, que
durava 40 horas , o seu uso passa a ser acessível ao uso doméstico , com a
criação da lâmpada, teve a necessidade de criação de várias centrais geradoras,
desta forma nasce o primeiro sistema de potência do mundo, porém com pouca
capacidade de extensão devido ao alto número de dínamos requisitados no
sistema O intuito de Thomas Edison era de criar um sistema de potência mais
distribuído, com pequenas centrais geradoras espalhada ao longo da cidade em
corrente contínua. . A corrente contínua ainda é utilizada por diversos aparelhos
criados por Thomas Edison que foi participante de uma grande disputa com um
grande gênio croata chamado Nikola Tesla, o inventor da corrente alternada,
titulada como a “a guerra das correntes”

Tesla como um grande gênio da época, tinha “visões” que segundo ele
era mandado de extra terrestre de Marte, essas visões muita das vezes eram
das suas criações, como a corrente alternada, com essa criação, ele tentou
convencer ao Thomas Edison a adotar a corrente alternada , porém Thomas
Edison considerava a mesma muito perigosa , e fez de tudo ao seu alcance a
convencer as pessoas do perigo da corrente alternada. Com o passar do tempo,
se percebeu que o sistema de potência de corrente contínua ficaria inviável, já
que o custo era muito alto, como exemplo, havia a necessidade de utilizar cabos
super grossos para a passagem de corrente elevada, aumentando as perdas por
efeito Joule. Com essa disputa entre Thomas Edison e Tesla, se percebe que a
corrente alternada poderia ter tensões mais elevadas e corrente mais baixa,
desta forma, tendo menos perdas nas linhas de transmissão entre o gerador e a
carga, permitindo que a potência seja transmitida com valores mais baixos de
intensidade de corrente. A partir dessas questões econômicas e técnicas, o
sistema de Thomas Edison foi ultrapassado ante ao de Tesla e assim o cientista
croata foi o grande vencedor dessa batalha.
1
 Com a guerra vencida, o sistema CA foi adotado como o principal meio de
distribuir energia, (o sistema CC se mostrou eficiente para longas distância
posteriormente). Uma das características marcantes do sistema trifásico
simétrico equilibrado se verifica na sua potência instantânea que é
invariantemente ao tempo representando vantagens, isto porque como o torque
desenvolvido no eixo de um motor é constante significa menos vibração nas
máquinas acionadas por motores trifásicos (NILSSON).

As respostas em um Sistema Trifásico e Equilibrado são:

𝑣𝑎 (𝑡) = 𝑉√2 cos(𝜔𝑡) 𝑖𝑎 (𝑡) = 𝑉√2 cos(𝜔𝑡 − 𝜃)

2𝜋
𝑣𝑏 (𝑡) = 𝑉√2 cos(𝜔𝑡 − 2𝜋/3) e 𝑖𝑏 (𝑡) = 𝑉√2 cos(𝜔𝑡 − − 𝜃)
3

2𝜋
𝑣𝑐 (𝑡) = 𝑉√2 cos(𝜔𝑡 + 2𝜋/3) 𝑖𝑐 (𝑡) = 𝑉√2 cos(𝜔𝑡 + 3
− 𝜃)

E a potência trifásica, 𝑝3∅ é igual a:

𝑝3∅ (𝑡) = 𝑣𝑎 𝑖𝑎 + 𝑣𝑏 𝑖𝑏 + 𝑣𝑐 𝑖𝑐

2𝜋
= 2𝑉𝐼 cos(𝜔𝑡) cos(𝜔𝑡 − 𝜃) + 2𝑉𝐼 cos(𝜔𝑡 − 2𝜋/3) cos (𝜔𝑡 − − 𝜃)
3
2𝜋
+ 2𝑉𝐼 cos(𝜔𝑡 + 2𝜋/3) cos (𝜔𝑡 + − 𝜃)
3

Sabemos que:

cos(𝑎 + 𝑏) = cos(𝑎) cos(𝑏) − 𝑠𝑒𝑛(𝑎)𝑠𝑒𝑛(𝑏)

cos(𝑎 − 𝑏) = cos(𝑎) cos(𝑏) + 𝑠𝑒𝑛(𝑎)𝑠𝑒𝑛(𝑏)

= cos(𝑎 + 𝑏) + cos(𝑎 − 𝑏) = 2 cos(𝑎) cos(𝑏)

1
= cos(𝑎)cos (𝑏) = [cos(𝑎 + 𝑏) + cos(𝑎 − 𝑏)]
2

1 1 4𝜋
𝑝3∅ = 2VI [ cos(2𝜔𝑡 − 𝜃) + cos(𝜃) + cos (2𝜔𝑡 − − 𝜃) + cos(𝜃) +
2 2 3

2
 1 4𝜋
+ cos (2𝜔𝑡 + − 𝜃) + cos(𝜃)]
2 3

Porém, se

cos(2𝜔𝑡 − 𝜃) = cos(𝛿)

Logo:

4𝜋 4𝜋
cos (2𝜔𝑡 − − 𝜃) = cos (𝛿 − )
3 3
4𝜋 4𝜋
cos (2𝜔𝑡 + − 𝜃) = cos (𝛿 + )
3 3
4𝜋 4𝜋
= cos(𝛿) + cos (𝛿 − ) + cos (𝛿 + )
3 3
4𝜋 4𝜋 4𝜋
= cos(𝛿) + cos(𝛿) cos ( ) + sen(𝛿) sen ( ) + cos(𝛿) cos ( )
3 3 3
4𝜋
− sen(𝛿) sen ( )
3

1 √3 1 √3
⇒ cos(𝛿) − cos(𝛿) − sen(𝛿) − cos(𝛿) + sen(𝛿)
2 2 2 2

=0

Então,

𝑝3∅ = VI [ 0 + cos(𝜃) + 0 + cos(𝜃) + cos(𝜃) =

∴ 𝑝3∅ = 3𝑉𝐼 cos(𝜃)

2 ASPECTOS DA POTÊNCIA TRIFÁSICA

A fim de verificar os conhecimentos adquiridos, os circuitos da seguinte

configuração foram simulados no software LTSpice e Multisim

3
 • Circuito Trifásico Equilibrado

2.1 Y-Y Puramente Resistivo

• Parâmetros do Sistema:
Tensões de Fase no gerador:

4
 𝑉𝐴𝑁 1
( 𝑉𝐵𝑁 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝑁 𝛼

Resistores na Carga:

𝑅1 = 𝑅2 = 𝑅3 = 100𝛀

Na simulação representada na figura acima, nota-se o caráter constante

da potência média no sistema puramente resistivo registrada no primeiro gráfico.
Os 3 últimos gráficos representam as respostas da carga (Corrente e Tensão),
ambas em fase devido o sistema não ter componente reativo.

2.2 - Configuração Y-Y Puramente Capacitivo

• Parâmetros do Sistema:
Tensões de Fase no gerador:

5
 𝑉𝐴𝑁 1
( 𝑉𝐵𝑁 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝑁 𝛼

Capacitores na Carga:

𝐶1 = 𝐶2 = 𝐶3 = 10𝛍

O 1º gráfico representa a potência trifásica, percebemos que no início ele

se encontra no regime transitório, ou seja, o capacitor está sendo carregado até
ficar constante, os últimos 3 gráficos representam a tensão e a corrente
correspondente a cada elemento da carga. Analisando o gráfico, é possível
perceber a defasagem da tensão em relação a corrente (corrente adiantada),
comportamento característico de cargas capacitivas.

2.3 Configuração Y-Y Puramente Indutivo

• Parâmetros do Sistema:
Tensões de Fase no gerador:

6
 𝑉𝐴𝑁 1
( 𝑉𝐵𝑁 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝑁 𝛼

Capacitores na Carga:

𝐿1 = 𝐿2 = 𝐿3 = 10m𝐻

2.4 Configuração Y-Y RC

• Parâmetros do Sistema:
Tensões de Fase no gerador:

7
 𝑉𝐴𝑁 1
( 𝑉𝐵𝑁 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝑁 𝛼

Capacitores na Carga:

𝐶1 = 𝐶2 = 𝐶3 = 10𝛍

𝑅1 = 𝑅2 = 𝑅3 = 1KΩ

O primeiro gráfico representa a potência trifásica, no começo ela está

passando pelo seu transitório até ficar constante, os últimos 3 gráficos
representam a tensão e corrente nas cargas

2.5 Configuração Y-Y RL

• Parâmetros do Sistema:
Tensões de Fase no gerador:

8
 𝑉𝐴𝑁 1
( 𝑉𝐵𝑁 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝑁 𝛼

Capacitores na Carga:

𝑅1 = 𝑅2 = 𝑅3 = 100Ω

𝐿1 = 𝐿2 = 𝐿3 = 10m𝐻

O primeiro gráfico representa a potência trifásica, olhando seu início até alguns
instantes depois, percebemos que ele passa pelo período transitório até se tornar
constante, os últimos 3 gráficos representam a tensão e a corrente de cada
carga.

2.6 Configuração Δ-Δ Puramente Resistivo

9
 • Parâmetros do Sistema:
Tensões de Fase no gerador:

𝑉𝐴𝐵 1
( 𝑉𝐵𝐶 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝐴 𝛼

Resistores na Carga:

𝑅1 = 𝑅2 = 𝑅3 = 100𝛀

Os 3 primeiros gráficos representam as tensões e correntes em cima das

cargas, o último gráfico é a potência trifásica, é notório o caráter constante da
potência média apesar de ter um componente reativo.

10
2.7 Configuração Δ-Δ Puramente Capacitivo

• Parâmetros do Sistema:
Tensões de Fase no gerador:

𝑉𝐴𝐵 1
( 𝑉𝐵𝐶 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝐴 𝛼

Capacitores na Carga:

𝐶1 = 𝐶2 = 𝐶3 = 6μ

O primeiro gráfico representa a potência trifásica, como nos outros casos

percebemos que ele tem o transitório até ficar constante, os últimos 3 gráficos
são os gráficos da tensão e corrente na carga

11
2.8 Configuração Δ-Δ Puramente Indutivo

• Parâmetros do Sistema:
Tensões de Fase no gerador:

𝑉𝐴𝐵 1
( 𝑉𝐵𝐶 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝐴 𝛼

Carga:

𝐿1 = 𝐿2 = 𝐿3 = 50m𝐻

Nesse caso, percebemos que o gráfico não fica uma constante, isso se
dá, pelo fato do simulador LTSpice medir potência ativa, ou seja, a potência
aparente que deveria dar constante.

12
2.9 Configuração Δ-Δ RC

• Parâmetros do Sistema:
Tensões de Fase no gerador:

𝑉𝐴𝐵 1
( 𝑉𝐵𝐶 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝐴 𝛼

Carga:

𝐶1 = 𝐶2 = 𝐶3 = 6μ𝐹

13
 𝑅1 = 𝑅2 = 𝑅3 = 100𝛀

Analisando o primeiro gráfico, percebemos que a potência trifásica no

instante maior que zero até determinado tempo temos o transitório até ele ficar
totalmente constante, os últimos 3 gráficos são da tensão e corrente nas cargas.

2.10 Configuração Δ-Δ RL

• Parâmetros do Sistema:
Tensões de Fase no gerador:

𝑉𝐴𝐵 1
( 𝑉𝐵𝐶 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝐴 𝛼

14
 Carga:

𝐿1 = 𝐿2 = 𝐿3 = 50m𝐻

𝑅1 = 𝑅2 = 𝑅3 = 100𝛀

Analisando o primeiro gráfico da potência trifásica no instante maior que

0, percebemos o transitório até ficar constante, os 3 últimos gráficos são da
tensão e corrente das cargas trifásicas.

2.11 Configuração Y- Δ Puramente Resistivo

Tensões de Fase no gerador:

15
 𝑉𝐴𝑁 1
( 𝑉𝐵𝑁 ) = 120(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(0)) ( 𝛼 2 ) 𝑉
𝑉𝐶𝑁 𝛼

Carga:

𝑅1 = 𝑅2 = 𝑅3 = 100𝛀

Olhando o primeiro gráfico da potência, percebemos que no instante

maior que 0, ele mostra o transitório até ficar totalmente constante. Os 3 últimos
gráficos representam as tensões e correntes das cargas no circuito trifásico

2.12 Configuração Y- Δ Puramente Capacitivo

16
 OBS: Foi usado fonte de tensão de 120V defasado em 120° com
frequência de 60 Hz, capacitor de 5uF

O primeiro gráfico representa as correntes das cargas, o segundo gráfico

representa as tensões das cargas e o último gráfico é a potência trifásica,
percebemos que nesse caso ela carrega até um certo momento e depois
descarrega, por isso fica com tipo esse “balão”.

17
2.13 Configuração Y- Δ Puramente Indutivo

OBS: Foi usado fonte de tensão de 120V defasado em 120° com

frequência de 60 Hz, com o indutor de 5mH

O primeiro gráfico representa as correntes de fase das cargas, o segundo

representa as tensões de carga da fase e o terceiro gráfico representa a potência
trifásica

18
2.14 Configuração Y- Δ RC

OBS: Foi usado fonte de tensão de 120V defasado em 120° com

frequência de 60 Hz, capacitor de 5uF e resistor de 12 Ohm

O primeiro gráfico representa as correntes de fase das cargas, o segundo

gráfico representa as tensões de fase das cargas e o terceiro gráfico é a potência
trifásica, percebemos que tem uma parcela do transitório no tempo maior que 0
até ele ficar totalmente constante.

2.15 Configuração Y- Δ RL

19
 OBS: Foi usado fonte de tensão de 120V defasada em 120° com
frequência de 60 Hz, indutor de 5mH e resistor de 12 ohm

O primeiro gráfico representa as correntes de fase nas cargas, o segundo

representa as tensões de fase nas cargas e o terceiro gráfico representa a
potência trifásica, no primeiro momento, percebemos que ele tem uma parte do
transitório no tempo maior que 0 até ele ficar totalmente constante.

20
2.16 Configuração Δ -Y Puramente Resistivo

OBS: Foi usado fonte de tensão de 220V defasado em 120° com

frequência de 60 Hz e resistor de 38 Ohm

Primeiro gráfico representa as correntes de fase ou de linha das cargas,

já que elas são iguais nesse caso, o segundo gráfico representa as tensões de
fase das cargas e o terceiro gráfico representa a potência trifásica, que se nota
é constante

21
2.17 Configuração Δ -Y Puramente Capacitivo

OBS: Foi usado fonte de tensão de 220V defasado em 120° com

frequência de 60 Hz e capacitor de 50pF

22
 O primeiro gráfico representa as correntes de fase, o segundo gráfico
representa as tensões de fase e o ultimo gráfico representa a potência trifásica,
esse caso é a mesma que o caso do Y- Δ puramente capacitivo, ou seja, ele fica
carregando e descarregando.

2.18 Configuração Δ -Y Puramente Indutivo

23
 OBS: Foi usado fonte de tensão de 220V defasado em 120° com
frequência de 60 Hz e indutor de 30pH

O primeiro gráfico representa as correntes de fase, o segundo gráfico

representa as tensões de fase e o terceiro gráfico representa a potência trifásica,
nota-se que a potência trifásica nesse caso não é constante, provavelmente é
algum bug no simulador já que na imagem anterior a essa a potência é uma
constante.

24
2.19 Configuração Δ -Y RC

OBS: Foi usado fonte de tensão de 220V defasado em 120° com

frequência de 60 Hz, resistor de 38 ohm e capacitor de 5pF.

O primeiro gráfico representa as correntes de fase, o segundo gráfico

representa as tensões de fase das cargas, já o terceiro gráfico representa a
potência trifásica no instante maior que 0, percebemos que ele passa pelo seu
transitório, até ficar totalmente constante.

25
2.20 Configuração Δ -Y RL

OBS: Foi usado fonte de tensão de 220V defasado em 120° com

frequência de 60 Hz, indutor de 3mH e resistor de 38 ohm

O primeiro gráfico representa as correntes de fase das cargas, o segundo

gráfico representa as tensões de fase das cargas e o terceiro gráfico representa
a potência trifásica, percebemos que no terceiro gráfico existe o transitório no
tempo maior que 0 até ficar totalmente constante.

26
 • Circuito Trifásico Desequilibrado

2.21 Configuração Δ -Y Desequilibrado R

Obs: Foi usado fonte de tensão de 120V defasado em 120° com

frequência de 60 Hz, com resistências de 50 ohm, 12 ohm e 100 ohm

27
 O primeiro gráfico representa as correntes de fase, o segundo gráfico
representa as tensões de fase e o terceiro gráfico representa a potência trifásica,
a potência trifásica tem esse tipo de onda devido ao seu desequilíbrio nas
cargas, fazendo com que aparecesse essa soma de senoides.

28
2.22 Configuração Y- Δ Desequilibrado C

29
 OBS: Foi usado fonte de tensão de 220V defasado em 120° com
frequência de 60 Hz, capacitores de 5mF, 1F e 50F

O primeiro gráfico representa as correntes de fase, o segundo gráfico

representa as tensões de fase e o terceiro gráfico representa a potência trifásica,
é notório que a potência em circuito desequilibrado é cheio de senoides, diferente
do equilibrado que é constante.

2.23 Configuração Δ -Y Desequilibrado L

30
 OBS: A primeira fonte tem 40V com defasagem de 0°, a segunda fonte
tem 120V com defasagem de -150° e a terceira fonte tem 180V com defasagem
de 30° e todas elas têm 60 Hz de frequência, os indutores são todos de 5mH

Para esse caso, percebemos que não é uma constante, provavelmente

isso se da pelo fato do desequilíbrio , ou seja ,se forma essa onda.

31
2.24 Configuração Δ - Δ Desequilibrado RC

OBS: As fontes foram de 120V defasada em 120° com 60 Hz de frequencia, o

resistor foram de 12 ohm , 1m ohm e 1k ohm , os capacitores são de valores 5uF
, 6uF e 10uF.

O primeiro grafico representa as correntes de fase, o segundo grafico representa

as tensoes de fase e o terceiro grafico representa a potencia trifasica

32
Nesse caso, percebemos que é quase constante, mas isso se da pelo capacitor
que “filtra” o harmonico ,desta forma , dando a achar que ele é constante.

2.25 Configuração Y- Δ Desequilibrado RL

33
 OBS: As fontes foram de 30V com defasagem de 0°,120V com defasagem
de -120° e 60V com defasagem de 120° ,as 3 com frequencia de 60 Hz. Os
resistores são de 12 ohm , 50 ohm e 100 ohm, os indutores são de 10mH, 5mH
e 1mH

O primeiro grafico representa as correntes de fase, o segundo grafico representa

as tensoes de fase e o terceiro grafico representa a potencia trifasica.

Olhando para o terceiro grafico , percebemos que a potencia trifasica não é

constante como no caso do sistema equilibrado , isso se da pelo desequilibrio do
sistema

34
3 MEDIÇÃO DE POTÊNCIA TRIFÁSICA

3.1 Prova e Demonstração do Teorema de Blondel para Potência Ativa

O teorema de Blondel afirma que a potência extraída de uma carga

trifásica de m fases e n fios é obtido através da leitura da soma dos (n – 1)
wattímetros de modo que a parte que mede corrente (bobinas amperométricas)
esteja inserida num dos n -1 fios (em série) e as bobinas estejam ligadas tendo
um ponto comum com a bobina amperométrica e o outro terminal de uma delas
sobre o n-ésimo fio (paralelo).

3.1.1 Sistema Trifásico em Estrela (3 Fios):

Figura 1: Carga em Estrela com 2 Wattímetros

A potência média de W1 e W2 é calculada a partir de:

1 𝑇 1 𝑇
𝑊1 = ∫ 𝑝1 𝑑𝑡 = ∫ 𝑣𝐴𝐶 𝑖𝐴 𝑑𝑡
𝑇 0 𝑇 0

1 𝑇 1 𝑇
𝑊2 = ∫ 𝑝2 𝑑𝑡 = ∫ 𝑣𝐵𝐶 𝑖𝐵 𝑑𝑡
𝑇 0 𝑇 0

Mas,

𝑣𝐴𝐶 = 𝑣𝐴𝑁 + 𝑣𝑁𝐶 = 𝑣𝐴𝑁 − 𝑣𝐶𝑁

𝑣𝐵𝐶 = 𝑣𝐵𝑁 + 𝑣𝑁𝐶 = 𝑣𝐵𝑁 − 𝑣𝐶𝑁

35
 1 𝑇 1 𝑇
𝑊1 + 𝑊2 = ( ∫ 𝑣𝐴𝐶 𝑖𝐴 + ∫ 𝑣𝐵𝐶 𝑖𝐵 ) 𝑑𝑡
𝑇 0 𝑇 0
1 𝑇
= ∫ [𝑣 𝑖 + 𝑣𝐵𝑁 𝑖𝐵 − 𝑣𝐶𝑁 (𝑖𝐴 + 𝑖𝐵 )]𝑑𝑡
𝑇 0 𝐴𝑁 𝐴

Aplicando a Lei de Kirchhoff no nó N (Figura 1), temos

𝑖𝐶 = −(𝑖𝐴 + 𝑖𝐵 )

1 𝑇
𝑊1 + 𝑊2 = ∫ [𝑣 𝑖 + 𝑣𝐵𝑁 𝑖𝐵 + 𝑣𝐶𝑁 (𝑖𝐶 )]𝑑𝑡 = 𝑃
𝑇 0 𝐴𝑁 𝐴

1 𝑇 1 𝑇
𝑊1 = ∫ 𝑝1 𝑑𝑡 = ∫ 𝑣𝐴𝐶 𝑖𝐴 𝑑𝑡
𝑇 0 𝑇 0

1 𝑇 1 𝑇
𝑊2 = ∫ 𝑝2 𝑑𝑡 = ∫ 𝑣𝐵𝐶 𝑖𝐵 𝑑𝑡
𝑇 0 𝑇 0

Logo,

1 𝑇 1 𝑇
𝑊1 + 𝑊2 = ( ∫ 𝑣𝐴𝐶 𝑖𝐴 + ∫ 𝑣𝐵𝐶 𝑖𝐵 ) 𝑑𝑡
𝑇 0 𝑇 0

𝑖𝐴 = 𝑖𝐴𝐵 − 𝑖𝐶𝐴

𝑖𝐵 = 𝑖𝐵𝐶 − 𝑖𝐴𝐵

Então,

1 𝑇
𝑊1 + 𝑊2 = ∫ [−𝑣𝐶𝐴( 𝑖𝐴𝐵 − 𝑖𝐶𝐴) + 𝑣𝐵𝐶 (𝑖𝐵𝐶 − 𝑖𝐴𝐵) ]𝑑𝑡
𝑇 0

1 𝑇
= ∫ [𝑣 𝑖 + 𝑣𝐵𝐶 𝑖𝐵𝐶 − 𝑖𝐴𝐵 (𝑣𝐶𝐴 + 𝑣𝐵𝐶 )] 𝑑𝑡
𝑇 0 𝐶𝐴 𝐶𝐴

𝑣𝐴𝐵 + 𝑣𝐵𝐶 + 𝑣𝐶𝐴 = 𝑣𝐴𝐴 = 0

Ou seja,

𝑣𝐴𝐵 = − (𝑣𝐵𝐶 + 𝑣𝐶𝐴 )

1 𝑇
𝑊1 + 𝑊2 = ∫ [𝑣 𝑖 + 𝑣𝐵𝐶 𝑖𝐵𝐶 + 𝑣𝐴𝐵 𝑖𝐴𝐵 ] 𝑑𝑡 = 𝑃
𝑇 0 𝐶𝐴 𝐶𝐴

36
 Provando assim que para tanto para um sistema equilibrado e
desequilibrado Y com m=3 fases e com n=3 fios foi necessário n-1=2 wattímetros
para fazer a leitura da potência extraída de uma carga trifásica.

3.1.2 Sistema Trifásico em Y (4 Fios):

Em relação a um sistema Y com a presença de fio neutro, a leitura da

potência ativa com dois wattímetros só é válida para sistemas com cargas
equilibradas. Caso a carga seja desequilibrada, é necessário usar 3 wattímetros

3.2 Leitura do Wattímetro em função do FP da carga, do modo de ligação

e da sequência de fase

Figura 2: Configuração para o desenvolvimento dessa seção

Temos que a leitura em cada wattímetros, W1 e W2, vale

respectivamente:

1 𝑇 1 𝑇
𝑊1 = ∫ 𝑝1 𝑑𝑡 = ∫ 𝑣𝐴𝐶 𝑖𝐴 𝑑𝑡 = 𝑉𝐴𝐶 𝐼𝐴 (cos 𝜃𝐴𝐶 − 𝜑𝐴 ) = 𝑅𝑒 [𝑉𝐴𝐶 𝐼𝐴 ∗ ]
𝑇 0 𝑇 0

1 𝑇 1 𝑇 ∗
𝑊2 = ∫ 𝑝2 𝑑𝑡 = ∫ 𝑣𝐵𝐶 𝑖𝐵 𝑑𝑡 = 𝑉𝐵𝐶 𝐼𝐵 (cos 𝜃𝐵𝐶 − 𝜑𝐵 ) = 𝑅𝑒 [𝑉𝐵𝐶 𝐼 𝐵
]
𝑇 0 𝑇 0

Também sabemos que a tensão num sistema equilibrado e sequência

ABC são iguais a:

𝑉𝐴𝐵 1
( 𝑉𝐵𝐶 ) = 𝑉(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(𝜃)) ( 𝛼 2 )
𝑉𝐶𝐴 𝛼

Onde V é a tensão de linha e 𝜃 é o ângulo da fase A

37
 Além disso, 𝐼𝐴 está defasada de 𝑉𝐴𝐵 de 𝜑 + 30º, logo:

1
𝐼𝐴 = 𝐼𝐴 (𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(𝜃 − (𝜑 + 30º) ( 𝛼2 )
𝛼

Então,

𝐼𝐴 1
( 𝐼𝐵 ) = 𝐼(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(𝜃 − (𝜑 + 30º)) ( 𝛼 2 )
𝐼𝐶 𝛼

𝑊1 = 𝑅𝑒 [𝑉𝐴𝐶 𝐼𝐴 ∗ ] = 𝑅𝑒 [−𝑉𝐶𝐴 𝐼𝐴 ∗ ] = 𝑉𝐼 cos(𝜑 − 30º)

𝑊2 = 𝑅𝑒 [𝑉𝐵𝐶 𝐼𝐵 ∗ ] = 𝑉𝐼 cos(𝜑 − 30º)

Que resulta em:

𝑊1 = 𝑉𝐼 cos(𝜑 − 30º)

𝑊2 = 𝑉𝐼 cos(𝜑 + 30º)

3.2.1 Medição do FP da carga

3.2.1.1 Configuração para Sistemas Trifásicos ABC com 2

Wattímetros:

A partir do item anterior, obtemos que:

𝑊1 = 𝑉𝐼 cos(𝜑 − 30º)

𝑊2 = 𝑉𝐼 cos(𝜑 + 30º)

Dividindo as equações:

√3 1
𝑊1 cos(𝜑 − 30º) cos(𝜑) + 2 sen(𝜑) √3 cos(𝜑) + sen(𝜑)
= = 2 =
𝑊2 cos(𝜑 + 30º) √3 1 √3 cos(𝜑) − sen(𝜑)
2 cos(𝜑) − 2 sen(𝜑)

38
 𝑊1 √3 + tan 𝜑
=
𝑊2 √3 − tan 𝜑

Que resulta em:

𝑊1 𝑊1
tan 𝜑 = ( − 1) = √3 ( − 1)
𝑊2 𝑊2

𝑊1
𝑊2 − 1 𝑊1 − 𝑊2
tan 𝜑 = ( ) = √3 ( )
𝑊1 𝑊1 + 𝑊2
+ 1
𝑊2

De modo que:

𝜑 > 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠

𝜑 < 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠

3.2.1.2 Para qualquer modo e qualquer ligação:

Sabendo que W1/W2=

√3 1
𝑊1 cos(𝜑 − 30º) cos(𝜑) + 2 sen(𝜑) √3 cos(𝜑) + sen(𝜑)
= = 2 =
𝑊2 cos(𝜑 + 30º) √3 1 √3 cos(𝜑) − sen(𝜑)
cos(𝜑) − sen(𝜑)
2 2

Logo:

𝑊1 𝑊1
√3 ( − 1) ∗ cos 𝜑 = sen𝜑 ( + 1)
𝑊2 𝑊2
2
𝑊1 𝑊1
= √3 ( − 1) 2 cos 2 𝜑 = (1 − cos 2 ) ( + 1)
𝑊2 𝑊2

𝑊1
𝑊2 + 1 𝑊1 + 𝑊2
cos 𝜑 = =
√ 𝑊1 2 𝑊1 2 √(𝑊1 2 − 𝑊1 𝑊2 + 𝑊22 )
2 (𝑊 ) − 𝑊 + 1
2 2

Considerando:

39
 𝑊1
=𝑎
𝑊2

Portanto:

1+𝑎
cos 𝜑 = 2
2√𝑎2 − 𝑎 + 1

3.3 Medição da Potência Reativa:

3.3.1 Para Circuitos Simétricos e Equilibrados:

Sabemos que a potência reativa (Q) é igual a:

𝑄 = √3 𝑉𝐼 sen 𝜑
E sen 𝜑 = cos( 𝜑 − 90º):

𝑄 = √3 𝑉𝐼 cos( 𝜑 − 90º)

𝑄
𝑊= = 𝑉𝐼 cos( 𝜑 − 90º)
√3

𝑉𝐴𝐶 1
( 𝑉𝐵𝐶 ) = 𝑉(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(𝜃)) ( 𝛼 2 )
𝑉𝐶𝐴 𝛼

𝐼𝐴 1
( 𝐼𝐵 ) = 𝐼(𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒(𝜃 − (𝜑 + 30º)) ( 𝛼 2 )
𝐼𝐶 𝛼

E podemos determinar a potência reativa:

𝑄
𝑊= = 𝑉𝐼 cos( â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑉𝐵𝐶 𝑒 𝐼𝐴 )
√3

40
 𝑊 > 0 → 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎

𝑊 < 0 → 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎

E, portanto, a potência reativa será:

𝑄 = (𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑊𝑎𝑡𝑡𝑖𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 ∗ √3)

3.3.2 Potência Reativa em um Sistema Trifásico Qualquer

Semelhante ao Wattímetro que faz a medida de Potência Ativa, o varmetro

realiza a medição de potência reativa e se aplica ao Teorema de Blondel.

3.3.2.1 Configuração em Estrela:

Figura 3: Configuração para a obtenção da Potência Reativa

A potência complexa é igual a:

𝑆= 𝑉𝐴𝐶 ∗ 𝐼𝐴 ∗ + 𝑉𝐵𝑁 ∗ 𝐼𝐵 ∗ + 𝑉𝐶𝑁 ∗ 𝐼𝐶 ∗

Como se trata de um sistema de um sistema com 3 fios com cargas em

estrela:

𝐼𝐴 + 𝐼𝐵 + 𝐼𝐶 = 0

𝐼𝐶 = −(𝐼𝐴 + 𝐼𝐵 )

Então:

𝑉𝐴𝐶 − 𝑉𝐶𝑁 = 𝑉𝐴𝐶

𝑉𝐵𝑁 − 𝑉𝐶𝑁 = 𝑉𝐵𝐶

Finalmente:

41
 𝑆= 𝑉𝐴𝐶 ∗ 𝐼𝐴 ∗ + 𝑉𝐵𝐶 ∗ 𝐼𝐵 ∗

3.3.2.2 Configuração em Triângulo:

𝑆= 𝑉𝐴𝐵 ∗ 𝐼𝐴𝐵 ∗ + 𝑉𝐵𝐶 ∗ 𝐼𝐵𝐶 ∗ + 𝑉𝐶𝐴 ∗ 𝐼𝐶 𝐴∗

Mas,

𝑉𝐴𝐵 + 𝑉𝐵𝐶 + 𝑉𝐶𝐴 = 0

Então:

𝑉𝐴𝐵 = −(𝑉𝐵𝐶 + 𝑉𝐶𝐴 )

𝑆= 𝑉𝐵𝐶 (𝐼𝐵𝐶 ∗ − 𝐼𝐴𝐵 ∗ ) − 𝑉𝐶𝐴 (𝐼𝐴𝐵 ∗ − 𝐼𝐶𝐴 ∗ )

Mas,

𝐼𝐵𝐶 ∗ − 𝐼𝐴𝐵 ∗ = 𝐼𝐵 ∗

𝐼𝐴𝐵 ∗ − 𝐼𝐴𝐵 ∗ = 𝐼𝐴 ∗

−𝑉𝐶𝐴 = 𝑉𝐴𝐶

Finalmente:

𝑆= 𝑉𝐴𝐶 ∗ 𝐼𝐴 ∗ + 𝑉𝐵𝐶 ∗ 𝐼𝐵 ∗

3.4 Resumo de Medição Trifásica

Medição: Configuração: Equipamentos:

Potência Ativa Y – 3 fios ou Δ 2 Wattímetros

Equilibrado

Potência Ativa Y – 4 fios – Cargas 3 Wattímetros

Desequilibradras

FP Qualquer - ABC 2 Wattímetros

FP Qualquer 2 Wattímetros

Potência Reativa Qualquer 2 Varmetros

42
 4. CONCLUSÃO

Portanto, é inegável que a transmissão em corrente alternada foi uma

grande revolução que possibilitou a expansão da energia elétrica devido a sua
disponibilidade comercial e técnica em razão da economia com os condutores e
menos perdas por efeito Joule. Além disso, o caráter constante da potência
instantânea em sistemas trifásicos equilibrados permite vantagens como
motores com torque constante e consequentemente menos vibrações.

Quanto a simulação, pode-se considerar que a maioria dos resultados

foram coerentes com a teoria excetuando alguns casos em que o módulo da
potência ativa calculada pelo software resultou em diferente de 0 em circuitos
compostos por componentes reativos tais como indutores e capacitores visto que
estes não consomem potência ativa. Pode-se atribuir essas distorções ao fato
de o software trabalhar com base análise nodal ou a necessidade obrigatória de
um resistor em série que esses elementos devem possuir para o software
funcionar corretamente.

Além disso, foi notado a importância da Lei de Blondel para a medição da

potência trifásica. O fato da Lei não só ser aplicada a sistemas trifásicos, mas
sistemas de qualquer número de fases surpreendeu a equipe. Não obstante a
isso, foi aprendido a mensurar o fator de potência, potência reativa e potência
ativa para qualquer tipo de configuração.

Finalmente, acreditamos que ante a complexidade que este trabalho nos

proporcionou também foi um momento de bastante aprendizado e com muitas
aplicações práticas e será muito importante para a formação dos autores.

43
 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

NILSSON, James W.; RIEDEL, Susan A. Circuitos Elétricos. 8. ed. São

Paulo:Pearson, 2009.

OLIVEIRA, Carlos César Barioni de et al. Introdução a sistemas elétricos

de potência: componentes simétricas. 2 ed. rev. ampl. reimpr. São Paulo:
Blucher, 2013

TESLA VS EDISON: A DISPUTADA GUERRA DAS CORRENTES.

Aventuras na História, 2019. Disponível em:
<https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-tesla-vs-
edison-a-guerra-das-correntes.phtml > Acesso em: 10 de nov. de 2020.

A história de Nikola Tesla, o excêntrico inventor rival de Thomas Edison

que inspirou Elon Musk. 2017. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-
42375111#:~:text=Tesla%20nasceu%20em%201856%20em,Edison%2C%20a
%20Continental%20Edison%20Company > Acesso em: 10 de nov. de 2020.

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