A educação é um fator essencial para integrar os jovens na sociedade e torna-los
cidadãos completos, porém nesse contexto, é preciso ter uma construção de vínculo, emoção e sentimento entre o educador e o educando. E mediante as condições atuais em que se encontra o mundo no ano de 2021, que sofre a mais de um ano com a pandemia do Coronavírus, o ensino a distância tornou-se a melhor opção de ensino nesse meio. Portanto, a partir desse viés, o alunato encontra-se em uma condição delicada, no qual o entendimento de sua situação psicológica e econômica provam-se essenciais para o tema. Após um ano inteiro de quarentena, recheado de desespero e apreensão, o estudante continua inserido em um contexto extremamente hostil para o seu desenvolvimento saudável, em especial, os que estão prestes a se formar e fazer o ENEM. Além disso, a institucionalização do EAD no ensino médio e fundamental gerou nos jovens a necessidade de se adaptar a um ambiente inteiramente de novo em que a antiga proximidade humana está quase que extinta, como se evidencia pelas câmeras fechadas, o silêncio aterrador, as perguntas nunca verbalizadas. Nesse contexto, o professor, assim como o aluno que talvez o ouça ou não, está drenado, cansado, dando aulas para ícones insignificantes, tendo profissionais discutindo assuntos inteiro num limbo de energia e voz angustiante. E partindo desses pressupostos, tanto o discente quanto o docente também sofrem com um mesmo sentimento, um tremendo saudosismo de uma era que parece tão distante a eles hoje, o ensino presencial, a velha dinâmica da sala de aula. Perguntas não deixem perturbar a mente daqueles que pensam: “Por que naquela época, no qual odiava a sala de aula, faz-me sentir tão nostálgico? ” – É um questionamento muito importante hoje, não só por causa da pandemia, mas também por conta do que virá no futuro. No ensino presencial, o aluno estava fisicamente em contato com o espaço de ensino, cara a cara com professor e sem opções de distração, como ocorre diferentemente na casa. Assim, o jovem nessa condição, forçava-se a adequar a tal ambiente e com o tempo, naturalizava- se nele, formando a dinâmica tal preciosa para a sala de aula. Desse modo, pode-se garantir que há diferenças essenciais entre tais sistemas de ensino, muitos dos quais sutis e não percebidos pelas pessoas que estão nesse contexto. A escola como guardiã responsável pela segunda educação dos jovens (pois, a primeira é da família) deve se atentar ao estado emocional e psicológico dos alunos, porque assim como os médicos, enfermeiros, lojistas, professores, o estudante encontra-se fragilizado e aterrorizado, enquanto os anos da juventude se vão e a melancolia domina seu coração.