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Informação
1. Dá-se o nome de coesão aos processos que permitem retomar e articular informação num texto.
3. A coesão referencial é assegurada pelo uso anafórico de pronomes, isto é, por pronomes que retomam um
referente (entidade anteriormente referida no texto). Este mecanismo designa-se anáfora.
Ex.: A Rita estava ansiosa. Alguma coisa a preocupava.
Ao falar com uma amiga, a Rita confidenciou-lhe os seus medos.
3.1. A coesão referencial também pode ser assegurada por catáforas (neste caso, o pronome antecede o
referente) e por elipses (omissões).
Ex.: Ambas ficaram apreensivas – nem a Rita, nem a amiga sabiam como reagir. (catáfora)
A Rita sentou-se no banco e [-] fechou os olhos. (elipse do pronome “ela”)
3.2. Quando duas ou mais expressões têm o mesmo referente, mas não dependem uma da outra para que
o referente seja identificado, diz-se que são correferentes (correferência não anafórica).
Ex.: A Rita lembrou-se de Fernando Pessoa. Como compreendia o autor do poema “Ela canta,
pobre ceifeira”…
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Encontros | Português, 12.º ano Retoma | Gramática
Aplicação
1. Lê o texto
O milagre da escrita
“Um milagre da escrita” [Em linha], Super Interessante, n.º 220, agosto de 2016
[Consult. em 19-01-2017]
1.2. Explicita, exemplificando, os mecanismos que conferem coesão temporal ao segundo parágrafo.
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O seu maior contributo, repete-se, terá sido lavar, arejar a prosa. As suas personagens não fazem
tiradas oratórias – falam com naturalidade e vivacidade. Em vez de procurar vocábulos rebuscados e
eruditos, constrói a escrita com palavras correntes, mas usa-os com infinita arte.
SOLUÇÕES
1.1. “tudo isso” – “Rios inteiros de tinta e, mais modernamente, milhões de gigabytes têm sido consumidos para
escrever sobre José Maria de Eça de Queirós”; “lo” – “José Maria de Eça de Queirós”; “o” – “José Maria de Eça
de Queirós”; “sua” – “José Maria de Eça de Queirós”; “alguém” – “José Maria de Eça de Queirós”; “que” –
“alguém”, “o” – “José Maria de Eça de Queirós”; “seu” – “cada uma”.
1.2. Utilização de uma expressão adverbial com valor temporal (“em 1845”); ordenação correlativa dos tempos
verbais: pretérito perfeito simples para localizar os acontecimentos no passado (“nasceu”, “foi batizado”);
condicional/futuro do passado (“viria”) para localizar os acontecimentos num passado posterior aos
acontecimentos expressos através do pretérito perfeito simples).
2.1. O seu maior contributo, repete-se, terá sido lavar, arejá-la. As suas personagens não as fazem […]. Em
vez de os procurar, constrói-a com palavras correntes […].