Você está na página 1de 14

Alvenaria estrutural sem segredos

Entrevista

Marcio Antonio Ramalho E Márcio Roberto Silva Corrêa

Ramalho é professor de graduação e pós-graduação de alvenaria estrutural e análise de


estruturas de concreto da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São
Paulo. Responsável por diversas palestras na área de alvenaria estrutural, Ramalho foi
ainda membro da comissão executiva da NB-1 e é diretor do subcomitê de alvenaria
estrutural de blocos de concreto do CB-2 da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
Corrêa tem pós-graduação pela Universidade de Newcastle, Austrália, e também
leciona as disciplinas de alvenaria estrutural e análise de estruturas de concreto pela
USP-São Carlos, além de resistência dos materiais.

Juntos, Ramalho e Corrêa escreveram o livro "Projeto de Edifícios


de Alvenaria Estrutural", lançado em maio pela Pini.

Apesar do aumento do número de obras


com alvenaria estrutural, o Brasil ainda
estaria aprendendo a utilizar esse sistema
construtivo. Essa, pelo menos, é a opinião
de Márcio Corrêa e Marcio Ramalho. De
acordo com eles, a escassez de literatura
sobre o assunto, a falta de experiência de
técnicos e operários, a inadequação de
parte dos materiais empregados e até a
ausência de uma norma específica sobre a
técnica colaborariam para a demora na
implantação mais efetiva desse método. O cenário só teria mudado no momento em que
as construtoras, pressionadas a baixar os custos de produção, se viram obrigadas a
quebrar o ciclo. "Era uma situação contraditória, já que o sistema possibilita uma
redução de até 25% do custo de estrutura em um edifício de oito pavimentos", afirma
Corrêa, citando dados de uma construtora que empregou muito esse tipo de estrutura.
Mas eles mesmos admitem a existência de algumas dificuldades para a disseminação do
método. O fato de a alvenaria estrutural exigir uma grande integração de projetos seria
um dos motivos, por prolongar a fase antes da execução. "Além disso, o construtor deve
ter muito controle sobre os materiais que está usando na obra", diz Ramalho. "Por isso, a
alvenaria estrutural só entrou de forma mais sistemática no mercado quando o custo
falou mais alto", completa.

Os senhores argumentam que a alvenaria estrutural se adapta a certas necessidades


de países em desenvolvimento como o Brasil. Isso quer dizer que essa tecnologia deve
ser vista aqui de forma diferente de como é vista na Alemanha, França ou Estados
Unidos?
Ramalho - Em alguns países a alvenaria estrutural é adotada de forma restrita a
determinados tipos de construção. Na Europa, por exemplo, não se vêem edifícios de
alvenaria de 15 pavimentos para uso residencial. As pessoas lá não aceitam morar em
edifícios de muitos pavimentos por diversas razões, entre elas a preocupação com
incêndios, por exemplo. Entretanto, acho que poderíamos considerar isso como uma
questão não apenas cultural, mas técnica também. Há ainda outras diferenças.

Quais?

Ramalho - O lado econômico pesa mais. O custo da mão-de-obra norte-americana é oito


a dez vezes maior do que a brasileira. No entanto, a produtividade deles é algo em torno
de 2,5 vezes a do operário brasileiro. Nós podemos usar muito mais mão-de-obra do que
eles, sem comprometer o custo do empreendimento. Já nos Estados Unidos, o preço alto
da mão-de-obra faz com que eles tenham que desenvolver processos mais
industrializados.
De qualquer forma, a alvenaria estrutural é interessante ao Brasil porque exige a
racionalização da obra, reduz perdas e gera economias significativas.
No médio prazo, usaremos cada vez mais a alvenaria estrutural. Talvez as habitações
passem, em um primeiro momento, a combinar alvenaria estrutural com paredes internas
de gesso acartonado. Só mesmo em um futuro mais distante é que substituiremos os
painéis em alvenaria por opções industrializadas. De qualquer forma, acredito que o
concreto armado convencional se limitaria a obras especiais, com concepções muito
específicas. Nos edifícios residenciais usuais, acredito que a alvenaria estrutural deve
responder por um percentual muito elevado do número total das obras.

De que forma a alvenaria estrutural racionaliza a obra?

Ramalho - Em obras de estruturas de concreto armado tradicional, os serviços necessitam


ser realizados por diferentes equipes e profissionais especializados: montagem de
fôrmas, montagem e colocação das armaduras e concretagem. Depois, ainda devem ser
executadas as alvenarias de vedação. A alvenaria estrutural é mais racional, pois quase
tudo é alvenaria. A laje de concreto, mesmo quando moldada in loco, utiliza uma fôrma
plana e uma armadura muito fácil de ser colocada. Ou seja, não são necessários
profissionais especializados. A obra só vai necessitar do acabamento, que será facilitado,
pois não há interfaces entre a estrutura e a vedação.
Outro detalhe importante é que a alvenaria estrutural não permite alterações nas
paredes já executadas, como, por exemplo, aberturas para passagem de dutos. Então, o
sistema construtivo praticamente obriga o construtor a integrar projetos desde o início.

E como casar projeto e execução de forma que não exista necessidade de


retrabalhos?

Corrêa - No caso da alvenaria estrutural, o construtor é obrigado a realizar a modulação


em planos horizontais e verticais, organizando as peças, definindo as distâncias,
marcando e estabelecendo referências. Não é recomendável improvisar no momento da
execução. Imagine, por exemplo, se alguém esquece de colocar uma tomada elétrica em
uma cozinha. Em uma estrutura convencional, um operário corta a parede e insere o
duto, desperdiçando tempo e material, o que, na alvenaria estrutural não é
recomendável. Prever o embutimento de dutos, na verdade, deveria ser prática com
qualquer sistema construtivo. A alvenaria estrutural reforça essa necessidade, pois cortar
uma parede significa cortar a estrutura, interrompendo possíveis trajetórias de forças.

Além da precisão do projeto, a alvenaria estrutural, como diversos outros


sistemas, exige insumos de qualidade bastante controlada. Em que estágio
a construção brasileira está nesse aspecto?

Corrêa - Há muito a ser feito. Temos problemas na fabricação de blocos, na definição e


na capacidade de produção de peças de resistências mais elevadas. Algumas argamassas
industrializadas para alvenaria estrutural também não atingiram a resistência à
compressão e aderência desejáveis. A mão-de-obra, por sua vez, é maltreinada para esse
sistema, e até mesmo engenheiros desconhecem o conceito.
Em algumas regiões do País executa-se alvenaria de vedação como alvenaria estrutural. É
o caso do emprego de blocos cerâmicos com furos na horizontal. O risco é enorme e já
ocorreram desabamentos.
Ramalho - Quanto a isso, é de ressaltar que em algumas cidades brasileiras, no Recife,
por exemplo, há conjuntos habitacionais inteiros condenados por não satisfazerem
condições mínimas de segurança. São centenas, ou mesmo milhares, de apartamentos
condenados pela utilização inadequada do sistema.

Quanto à qualidade dos blocos, por que não se atingem resistências mais elevadas?

Corrêa - Em blocos de concreto existe uma regra muito simples e eficiente para uma
primeira estimativa da resistência de bloco necessária em um edifício. Consiste em
considerar 1 MPa de resistência de bloco de 14 cm de espessura para cada pavimento.
Cabe lembrar que a resistência mínima exigida pelas normas brasileiras é de 4,5 MPa.
Assim, para um prédio de 16 pavimentos seria necessário um bloco de concreto de
resistência à compressão de 16 MPa. O problema é que não são todos os fabricantes que
conseguem produzir blocos com essa especificação, devido às limitações dos
equipamentos empregados quanto à energia de compactação e vibração necessária para
gerar esse tipo de bloco. Antes de especificar, é aconselhável uma minuciosa consulta na
região próxima à da obra, para verificar a disponibilidade do bloco necessário.

Outro item citado como causador de transtornos é a argamassa. Não há boas


argamassas no mercado?

Corrêa - A experiência de algumas construtoras tem mostrado que, dependendo do


fornecedor, as argamassas apresentam falta de uniformidade, além de inadequada
condição de aderência. Muitas vezes, o construtor adquire uma determinada argamassa
com a expectativa de atingir uma certa resistência indicada pelo fabricante. Quando os
corpos de argamassa são levados ao laboratório, percebe-se que a resistência alcançada
está muito abaixo da desejada, e com a agravante de um alto coeficiente de variação, o
que traduz a sua falta de uniformidade.

E que resistência seria adequada?

Corrêa - Pela NBR 10837, que regulamenta o cálculo de alvenaria com blocos de
concreto, a resistência mínima é de 5 MPa, embora nós saibamos que valores um pouco
menores possam ser empregados em edificações de pequeno porte, como em países com
forte tradição em alvenaria como a Inglaterra e a Austrália. De qualquer forma, a rigor,
não se poderia utilizar nenhuma argamassa com resistência à compressão inferior a 5
MPa.
Ramalho - Outro ponto a ser destacado quanto às argamassas é a aderência, uma
característica também muito importante. Nós já tivemos problemas desse tipo até aqui
em nosso laboratório, perdendo ensaios por causa da falta de aderência. Prismas que
haviam sido montados romperam quando eram manuseados para se fazer o capeamento.

A crescente procura pela alvenaria estrutural mobilizou os fornecedores


a atender às necessidades dos construtores?

Ramalho - Sim, mas o alcance dessa industrialização não chegou a um ponto adequado.
Quase todos estão tentando aprimorar seus produtos, e muitos têm conseguido resultados
expressivos. No entanto, ainda existem regiões brasileiras nas quais se necessitaria um
maior desenvolvimento, um maior profissionalismo.

Um terceiro aspecto mencionado foi o treinamento da mão-de-obra, que ainda seria


inadequado. O que é preciso fazer?

Corrêa - Pode-se minimizar um pouco o problema com o uso de ferramentas especiais.


Para executar alvenaria são comuns os níveis de bolha para se verificar a condição plana
e o prumo das paredes, algo mais importante na alvenaria estrutural do que na de
vedação. O uso de escantilhões contribui para ajustar a posição relativa de paredes
perpendiculares e estabelecer referências para o lançamento das fiadas. São pequenas
medidas que facilitam o trabalho dos operários.
Ramalho - Uma argamassadeira, por exemplo, ao lado das paredes que estão sendo
executadas ou mesmo a aplicação da argamassa com bisnagas pode ser bastante
interessante, mas tudo isso exige uma adaptação do operário. De qualquer forma, a nossa
mão-de-obra melhorou muito nos últimos cinco anos.

Quais as patologias mais comuns em alvenaria?

Ramalho - As fissuras provocadas por tensões de tração são muito comuns.


Podem ocorrer junto a aberturas, onde o fluxo de tensões acaba sendo desviado, ou em
posições em que efeitos externos provocam as referidas trações. Nesse segundo caso,
uma das patologias mais preocupantes ocorre junto à laje de cobertura. Efeitos térmicos
provocam aumento e diminuição das dimensões dessa laje, levando a movimentações que
podem afetar seriamente a alvenaria. Se não se tomar um cuidado especial com esse
ponto, as fissuras serão praticamente inevitáveis.

E quais seriam esses cuidados especiais?

Ramalho - Proteger a laje de variações muito expressivas de temperatura, reduzir as


dimensões utilizando juntas de concretagem e providenciar uma separação entre a laje e
as alvenarias que lhe dão suporte. Além disso, é necessário pensar na junta que existirá
entre a parede e a laje, pensando no ponto de vista estético e na vedação.
Assim, providenciar um detalhe de fachada que disfarce a existência da fissura e um
material elástico que garanta a estanqueidade são providências fundamentais. Se
considerarmos que essa fissura vai ocorrer, de uma maneira ou de outra, é bom trabalhar
com a possibilidade desde o projeto.

Há alguma patologia ligada à qualidade dos blocos e argamassas?

Ramalho - A mais comum é a retração desses materiais. A cura do bloco, por exemplo, é
muito importante. Se a cura for deficiente, o seu desempenho futuro certamente será
prejudicado, podendo fissurar excessivamente. Além disso, não se pode deixar os blocos
armazenados sob sol e chuva e assentá-los ainda úmidos, por exemplo. As fissuras se
distribuirão por toda a edificação. É claro que isso nada tem a ver com o aspecto
estrutural em si, mas é uma patologia significativa. O mesmo pode ocorrer com a
argamassa se a aderência, por exemplo, não for suficiente. A ligação entre os blocos não
é suficiente e as fissuras vão aparecer.

Os senhores se referiram muito a edifícios residenciais, mas acham


que o sistema se adapta a edifícios comerciais, que necessitam ter vãos maiores?

Ramalho - Sim, desde que se utilizem paredes mais resistentes e lajes mais espessas de
forma a conseguir vencer vãos maiores. Isso dará maior liberdade ao arranjo
arquitetônico, permitindo inclusive que esse arranjo possa ser modificado
posteriormente, desde que não sejam alteradas as paredes estruturais.

Pode-se vencer vãos de que tamanho?

Corrêa - Isso é muito difícil dizer porque depende de cada caso e a limitação, a rigor,
não está relacionada à alvenaria. Outro ponto importante refere-se à altura que as
paredes podem ter. A norma brasileira de cálculo de alvenaria de blocos de concreto diz
que não se pode ter uma razão entre a altura efetiva da parede e sua espessura superior
a 20, no caso da alvenaria não-armada. Então, com blocos tradicionais de 14 cm, o pé-
direito fica limitado a 2,80 m, o que para edifícios residenciais não é um problema.
Já no caso dos edifícios comerciais e industriais, onde se pode ter a necessidade de
utilizar maiores pés-direitos, outras providências devem ser adotadas, como, por
exemplo, utilizar paredes de maior espessura, aumentar a espessura efetiva com
enrijecedores, adotar a alvenaria armada, em que a razão altura por espessura pode
atingir o valor 30, ou, até mesmo, utilizar paredes duplas em seções compostas do tipo
H.
Ramalho - A limitação é basicamente da laje, não da alvenaria em si.
Com uma laje suficientemente rígida seria possível chegar a 9 m, por exemplo, sem
grandes problemas.
Principalmente para edifícios com um número de pavimentos não muito elevado isso é
verdadeiro.
Quando a edificação tiver muitos pavimentos podem começar a ocorrer problemas de
resistência para as paredes, já que as tensões de compressão atuantes podem ser
bastante significativas. Mas, se o edifício não for muito alto, o limitador é a laje, ou seja,
é uma limitação que existe na alvenaria, no concreto armado e em qualquer solução.

A adoção de estruturas mistas, com concreto armado e alvenaria estrutural


é viável?

Ramalho - Em alguns casos já se adota essa solução. Há duas alternativas principais. A


primeira é interromper totalmente a alvenaria estrutural em um determinado nível e, a
partir daí, descer o restante da estrutura em concreto armado. É o que costumamos
chamar de associação na vertical. Outra opção é usar estruturas realmente mistas, com
alvenarias estruturais e estruturas de concreto armado trabalhando lado a lado num
mesmo pavimento. Isso, evidentemente, não é muito recomendável se considerarmos
muitos níveis, porque a alvenaria estrutural e o concreto armado têm rigidez e
comportamento um pouco diferentes. Mas, se a alvenaria utilizada juntamente com o
concreto for suficientemente armada para ter características elásticas semelhantes, é
perfeitamente possível chegar a três ou quatro pavimentos com essa associação que
costumamos chamar de horizontal.

Quais são essas diferenças de comportamento?

Corrêa - Não há diferenças nas lajes, que estão presentes nos dois sistemas.
Basicamente, os outros elementos em uma estrutura de concreto armado, vigas e pilares
são lineares, isto é, têm uma dimensão preponderante sobre as outras duas. No caso das
paredes de alvenaria há duas dimensões que são preponderantes sobre uma terceira, que
é a espessura. Nesse caso, as peças estruturais são elementos planos, chamados folhas ou
placas, acionadas principalmente por forças no seu próprio plano. Assim, as paredes de
alvenaria têm um comportamento mais complexo do que as estruturas lineares de vigas e
pilares.
Ramalho - Uma diferença importante é a flexão, esforço principal nas vigas e quase
inexistente na alvenaria, que trabalha basicamente à compressão. Por causa disso, a
probabilidade de se ter uma deformação excessiva em uma viga de concreto armado é
obviamente muito maior do que em uma parede de alvenaria. De fato, atualmente se
verificam muitas patologias em alvenarias de vedação, em edifícios de concreto
convencional, causadas por deformações na estrutura de concreto.

Como fazer uma interface que integre estruturas com comportamentos tão
diferentes?

Ramalho - Um efeito muito importante - e muitas vezes ignorado - nessa interface é o


efeito arco, uma tendência que a alvenaria tem de concentrar as tensões sobre os apoios
ou as regiões mais rígidas da estrutura de suporte, formando uma espécie de arco que
converge para esses pontos. O assunto provoca discussões grandes, pois, caso não seja
levado em consideração, o projetista pode imaginar um carregamento na sua estrutura
de suporte muito maior do que o real, deixando de considerar, por outro lado,
concentrações de tensões na alvenaria. Entretanto, é muito importante ressaltar os dois
lados dessa questão. Não se pode considerar apenas o alívio que o efeito arco produz
sobre as peças de suporte, no caso, vigas de concreto, esquecendo de se considerar o
outro lado dessa questão, ou seja, a concentração de tensões na alvenaria. Então, é
necessário um modelo que leve em conta esses dois aspectos: o alívio sobre a estrutura
de concreto e as concentrações de tensões para os painéis de alvenaria.

Quais as conseqüências práticas desse efeito?

Ramalho - Podem ser tanto econômicas como de segurança. Se o efeito for simplesmente
desconsiderado isso pode levar a um superdimensionamento da estrutura de suporte,
ocasionando desperdício em materiais e mão-de-obra.
Mas se o efeito for malconsiderado, a conseqüência pode ser a obtenção de uma
estrutura que não satisfaça aos requisitos de segurança necessários. Existem alguns
detalhes, por exemplo, aberturas ou vigas que se apóiam em vigas, que modificam
totalmente a formação dos arcos, ocasionando diferenças enormes entre os resultados
corretos e os obtidos por meio de procedimentos muito simplificados. Por exemplo,
considerar apenas um ou dois pavimentos sobre a estrutura de transição, imaginando que
a carga proveniente dos pavimentos restantes vá diretamente para os apoios. Isso é
simplesmente um absurdo, e o projetista perderá completamente o controle sobre os
níveis de segurança para as peças da estrutura de suporte.

E qual o modelo adequado para a análise dessa estrutura?

Ramalho - Essa questão está sendo discutida e deve demorar para ser resolvida. Nós
estudamos a utilização de modelos em elementos finitos para o conjunto formado pelo
pavimento de transição e as paredes estruturais que estão imediatamente acima dessa
estrutura. Isso produz uma estimativa muito boa para os arcos e resultados bastante
seguros tanto para a alvenaria como para a estrutura de suporte.
O problema é a complexidade do modelo, que certamente exigirá geradores de dados
eficientes sob pena de se inviabilizar o processo.

Às vezes é possível encontrar empreendimentos residenciais de alto padrão com


alvenaria estrutural cujas construtoras oferecem várias opções de plantas aos
compradores. Que medidas de projeto permitem essa flexibilidade?

Ramalho - Definir as paredes estruturais e liberar as demais para modificações é uma


medida básica. O projetista define a estrutura de suporte do edifício, e o restante são
apenas divisórias que podem ser executadas com alvenaria não-estrutural ou painéis de
gesso acartonado. Isso é mais conveniente do que modificar o posicionamento de paredes
estruturais de um pavimento para o outro, medida tecnicamente viável, mas
antieconômica.

Você também pode gostar