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Relatório do Laboratório 1
Curva Tensão Verdadeira e Deformação Verdadeira
Nome: Gabriel Silva Póvoa Matrícula: 17/0034321
Nome: Rodrigo Souza Pimenta Matrícula: 17/0021718
Universidade de Brasília
Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Mecânica
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SUMÁRIO
1 Introdução 1
1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Ensaio de Tração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.3 Diagrama Tensão-Deformação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
3 Resultados e Discussão 4
3.1 Tratamento dos dados e análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2 Fontes de erros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.3 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1 Introdução
1.1 Objetivos
O presente relatório visa apresentar os resultados de um ensaio de tração simples por meio da
análise da curva Tensão Verdadeira x Deformação Verdadeira, obtida a partir dos dados
coletados durante um experimento realizado no Laboratório de Brasília para o alumínio comercial.
Figura 1: (a) Máquina de ensaio de tração; (b) corpo de prova com carga de tração. Imagens
retirados do BEER.
• Tensão verdadeira: σv = F
A
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• Coeficiente de Poisson: v
• Módulo de Resiliência: uE
• Coeficiente de encruamento: n
Vale ressaltar a diferença entre alguns dos termos listados. A Tensão de Engenharia se difere
da Tensão Verdadeira, pois a primeira é proporcional à força F aplicada, pois a primeira é obtida a
partir da seção inicial do corpo de prova (A0 ), enquanto a segunda é obtida dividindo a F pela seção
transversal do corpo deformado (A), o que será visível mais a frente nos gráficos. Essa diferença é
semelhante a que ocorre entre Deformação de engenharia e Deformação verdadeira, onde a
última é obtida a partir do registro pela máquina de ensaio de valores sucessivos de L, onde ∆L é
o incremento dessas distâncias. O Coeficiente de Poisson mede a deformação transversal de um
material, uma vez que sabemos que a deformação produzida por uma força axial é acompanhada
por uma deformação em qualquer direção transversal.
σ = Kn (III)
v. Iniciar o ensaio com aplicação de carga, anotando os valores de carga em pontos notáveis;
vi. Medição do comprimento final após a ruptura e do diâmetro mínimo na região de estricção.
3 Resultados e Discussão
3.1 Tratamento dos dados e análise
De acordo com os dados crus fornecidos pelo experimento, foi possível o desenvolvimento de
curvas que descrevem o comportamento do alumínio durante o ensaio de tração.
Primeiramente, foi traçado a curva de tensão x deformação de engenharia, obtida a partir
da divisão entre a força medida pela máquina e a área inicial do corpo de prova. A curva obtida
está apresentada abaixo.
A partir desta curva, foi determinada a região que apresentou o maior valor de tensão, e com
isso foi traçado também o diagrama de tensão x deformação verdadeiro. Para isso, a força
axial foi dividida pela área instantânea do corpo de prova até a região do empescoçamento, resul-
tando na tensão verdadeira. O deslocamento foi calculado com base no comprimento instantâneo,
como apresentado na introdução teórica. Dessa forma, a curva de tensão x deformação verdadeira
apresentou a seguinte configuração:
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Traçando a linha de tendencia, exibida no gráfico acima, obtivemos a equação linear que repre-
6
log(K) = 2, 6744
K = 472, 50
Já o valor do expoente de encruamento (n) é dado pela inclinação da curva de tendência.
Assim:
n = 0, 082
De posse das constantes obtidas acima, foi utilizada a equação de Hollomon (III) sobre a defor-
mação verdadeira para se ajustar os valores na fase plástica. O resultado obtido está apresentado
no gráfico abaixo.
3.3 Conclusão
De maneira geral, pode-se afirmar que os resultados do ensaio de tração foi bastante satisfatório,
uma vez que foi possível determinar algumas propriedades mecânicas do material do qual o corpo
de prova foi fabricado, bem como determinar o diagrama Tensão x Deformação (σ x ). Além disso,
vale ressaltar a necessidade do tratamento correto dos dados obtidos pela máquina de ensaio, para
que as interpretações dos gráficos resultantes esteja de acordo com o observado.
Conclui-se também, como era previsto, que o efeito do encruamento do material ocorre de forma
mais intensa perto da região de ruptura do corpo de prova. O processo de encruamento é comum
a todos os metais e tende sempre a aumentar a carga necessária para produzir um acréscimo de
deformação durante o regime plástico. Esse efeito é contraposto pela diminuição gradual da seção
transversal do corpo de prova, à medida que ocorre o alongamento do corpo de prova. Pelo gráfico
tensão-deformação de engenharia pode-se observar o e feito da estricção, que é uma deformação
localizada, começa ao ser atingida a carga máxima, onde o aumento da tensão devido ao decréscimo
da seção transversal torna-se maior que o efeito do encruamento. A deformação torna-se então
instável e o metal não pode encruar o suficiente para elevar a carga a fim de continuar a deformação
ao longo do corpo de prova, ficando então a deformação localizada na região onde ocorre a estricção,
até que aconteça a ruptura do material nessa zona estrita.
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2. William D Callister Jr and David G Rethwisch. Callister’s Materials Science and Engineering.
John Wiley Sons, 2020.
3. Ferdinand P. Beer; E. Russel Johnsto; etall. Mecânica dos Materiais. AMGH, 2011.
4. Amari Garcia; Jaime Spim; Carlos dos Santos. Ensaios dos Materiais. LTC, 2012.