Você está na página 1de 1

LYOTARD -

"Por que fenomenologia? - O termo significa estudo dos fenômenos, isto é,


daquilo que surge à consciência, daquilo que é dado. Trata-se de explorar
esse dado, 'a própria coisa' que se percebe, na qual se pensa, da qual se fala,
evitando forjar hipóteses, tanto sobre a relação que liga o fenômeno com o ser
do qual ele é fenômeno como sobre a relação que liga ao Eu para quem ele é
fenômeno. Não é preciso sair de um pedaço de cera (ou um giz) para fazer
uma filosofia da as substância extensa, nem para fazer uma filosofia do
espaço, forma a priori da sensibilidade, é necessário limitar-se ao próprio
pedaço de cera, sem pressupostos, descreve-lo como ele é dado. Assim se
esboça o cerne da meditação fenomenológica um momento critico, um
"descrédito da ciência" (Merleau-Ponty) que consiste na recusa de passar a
explicação: pois explicar o vermelho desse quebra-luz é precisamente
abandoná-lo na medida em que ele é este vermelho exposto no quebra luz, sob
cuja orbita eu medito a respeito do vermelho; é coloca-lo como vibração de
frequência, de intensidade dadas, é colocar em seu lugar alguma coisa, o
objeto para o físico que não é absolutamente a própria coisa para mim" (p.9)

LYOTARD, JEAN-FRANCOIS 1967 A fenomenologia. São Paulo: Difusão


Europeia do Livro.

Como dissemos em aula a consciência é entendida para a fenomenologia de


Edmund Husserl como intencionalidade, ou seja, consciência é sempre
consciência de alguma coisa, não há consciência sem objeto. Nesse sentido a
fenomenologia enquanto método de investigação (conhecimento) procurará
investigar aquilo que surge a consciência, aquilo que é dado. Investiga-se
assim todos os atos intencionais da consciência: o pensamento, a percepção,
as emoções, as sensações, as fantasias, a imaginação, os delírios, as
alucinações.

Abraços
Marcos Colpo

Você também pode gostar