PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

ESTÁGIO BÁSICO I - 1º SEMESTRE 2019

SETOR DE INVESTIGAÇÃO DE
DOENÇAS NEUROMUSCULARES
Estagiários:  Camila Meira | Fausto Gomes | Matheus Costa | Nathaly Araújo
Supervisora: Profª Drª Irene Pereira Gaeta

PERFIL DA INSTITUIÇÃO

O Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares é um setor especializado do Hospital São Paulo - hospital universitário da
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM - UNIFESP) - e tem por objetivo a assistência à saúde
(atendimento ambulatorial) e a realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão, com grande participação na investigação de
casos neuromusculares raros. O setor concilia as demandas da Secretaria de Estado de Saúde com as demandas acadêmicas da
universidade.
A instituição, localizada na Vila Clementino, oferece atendimento multiprofissional, com um quadro de neurologistas, fisioterapeutas,
fonoaudiólogos e cerca de 150 voluntários. Dentre os voluntários, encontram-se profissionais da Associação Verde Vida Saúde,
instituição filantrópica fundada em 2007 por profissionais de saúde que atuam na prestação de serviços e atividades voluntárias para
pessoas com condições neurológicas degenerativas, com o objetivo de oferecer conhecimentos técnicos e práticos em saúde,
educação e cultura, e promover o bem-estar e a valorização da saúde integral do ser humano.

OBJETIVO METODOLOGIA

O objetivo do estágio foi exercitar a observação, e sensibilizar
o olhar psicológico, em um campo de possível atuação de
psicólogos(as). No caso da instituição visitada, fez parte do
objetivo adquirir conhecimentos sobre o funcionamento de um
hospital universitário, compreender necessidades e dificuldades
de pessoas com condições neuromusculares degenerativas,
assim como refletir sobre as possibilidades de atuação nesse
setor.
Foram realizadas oito visitas de duas horas por quatro
estagiários que frequentaram a instituição em dias diferentes.
O método adotado foi a observação: da dinâmica geral do
ambulatório; da sala de espera; de atendimentos médicos; de
reuniões de médicos com alunos do 4º ano da Escola Paulista
de Medicina; e da discussão de casos dos residentes com os
médicos responsáveis.

RESULTADOS

A partir do observado foi possível constatar que a dinâmica do ambulatório é a seguinte: chegada dos pacientes e permanência na
sala de espera; atendimento/consulta; discussão dos casos para estudo e definição de prosseguimento; e retorno aos pacientes e
finalização do atendimento. Além disso, são ministradas aulas para os alunos do 4º ano de medicina da UNIFESP e aulas entre os
próprios profissionais.
É evidente o profissionalismo da equipe, que realiza um trabalho profundo, humanizado e complexo, com muito comprometimento.
Quanto aos pacientes, é possível considerar que, tratados em sua singularidade, podem apresentar muitas questões de saúde, que
englobam os aspectos psicológicos do adoecimento e das novas configurações de vida.
Apesar das especificidades de um Setor de investigação, que demanda tempo para estudo e compartilhamento, há uma longa
espera que pode ser reduzida se houver uma restruturação, tanto organizacional, quanto logística e arquitetônica, não só para otimizar
o tempo, mas o próprio serviço em si. Há espaços que são subaproveitados e percebe-se, inclusive, falta de acessibilidade.
A necessidade de alinhar a comunicação entre os serviços e os diversos profissionais faz-se notável, assim como a melhoria na
exposição de informações (painéis confusos, falta de dados importantes, ausência de explicações sobre o funcionamento do
ambulatório), além de ser de extrema importância a avaliação da implementação de uma psicologia hospitalar.

CONCLUSÃO

O estágio permitiu contato com a dinâmica de um hospital universitário e reflexões sobre a compreensão do sujeito em condições
neurológicas degenerativas. A experiência reforçou a relevância da administração hospitalar, do comprometimento, conhecimento e
questionamento na realização da profissão, assim como a importância da psicologia hospitalar.

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