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Capitulo 2: Técnica defensiva.

2.1 – Técnica dos deslocamentos defensivos.


No capítulo 1, já tínhamos estudado os deslocamentos ofensivos e pudemos constatar a
importância que têm estes na obtenção de bons resultados competitivos. A ofensiva e a defesa
são dois aspectos que devem partir juntas nas a, é por isso que neste capítulo lhes oferecemos as
formas de oposição para a defesa, que podem adotar os jogadores dentro do jogo para evitar que
a equipe que esta em posse do balão se mova livremente e realize com efetividade as ações
táticas que levam a cesta.
Os deslocamentos defensivos evitam ou interferem o livre deslocamento dos jogadores com e
sem balão, pelo terreno e por ende, evitam as cestas fáceis. Para realizá-los tem uma especial
importância o trabalho dos pés. Neste esporte, acontecem-se uma atrás de outra diversas
jogadas, A uma velocidade considerável. Basta recordar que em uma superfície de 26 x 14
metros, movem-se constantemente 10 jogadores, os quais, como médio, correm
aproximadamente de 10 A 12 quilômetros durante os 40 minutos que dura a partida, por isso se
faz necessário saber como e para onde deve deslocar-se cada um.
Saber deslocar-se corretamente é a chave de uma boa defesa. O professor não deve descuidar
jamais este aspecto desde a primeira prática ou classe, pois constitui a base de toda a ulterior
pirâmide defensiva dos jogadores, e por conseguinte, da equipe.
2.1.1 Posturas defensivas.
O primeiro que deve formar-se para o trabalho de defesa, é uma boa postura. Estas são as
posições que permitem Aos jogadores manter-se equilibrados, reagir rapidamente ante as ações
do jogador ofensivo e rebater o ataque.
Os êxitos na defesa vão depender de fatores biomecánicos e físicos, mas também, de fatores
subjetivos que respondem À capacidade de raciocínio do jogador e À seleção que por conseguinte
faça, de uma ou outra postura em situações cambiantes de jogo.
Geralmente os jogadores centros adotam uma postura alta para defender, ampliando para isso, a
base de sustentação, isto lhe permite estar balançado para não ficar desequilibrado no contato
pessoal que sugere esta posição, e para impedir os tiros dos jogadores que penetram em dribling
A esta zona ou incomodar os tiros de meia distancia. Os jogadores que defendem no perímetro
oscilam no uso da postura baixa e meia, em dependência de se em jogador está ou não em posse
do balão. Quando se dá este caso, o defensor deve colocar as pernas em forma de passagem,
adiantando o pé mais próximo À mão que dribla do contrário, isto permite à defesa aproximar-se
rapidamente ao para anular a ação ofensiva que este trata de empreender.
Quando o jogador que tem o balão está afastado e não ameaça atirando ou não tem posse do
balão, a postura medeia com os pés em uma mesma linha permite marcar ao jogador ofensivo
movendo-se com facilidade para os lados, atrás ou à frente, opondo-se Às ações deste. Desde
esta posição resulta mais fácil a intercepción de passes pela rapidez de movimento
possibilitada pela cômoda posição inicial.
Podemos resumir então que as posturas são o ponto de partida de qualquer defesa, já seja
pessoal, de grupo ou de equipe, que se realizam no jogo. As posturas podem classificar-se,
atendendo À posição dos pés e a altura do centro de gravidade, em alta, meia, baixa, com os
pés em forma de passagem com os pés em uma mesma linha.

Postura defensiva baixa.


Esta postura é principalmente utilizada contra o jogador que faz dribling, pois possibilita estar
mais perto do balão e por ende facilita as intercepciones de dribling ou apoderar do balão ao
menor descuido do jogador ofensivo. Para isso as pernas devem estar abertas,
semiflexionadas ao igual ao tronco, os braços à frente semiflexionados, com os cotovelos
perpendiculares ao chão e as mãos situadas A uma distância, uma de outra, igual À existente
entre os joelhos, com as Palmas para fora e os dedos separados. Esta posição intermédia dos
braços está dada pela possibilidade que brinda de atacar o dribling, o passe e o tiro, que são as
possibilidades do jogador com balão. Além disso as estatísticas demonstram que mais de 90%
dos passes que, atualmente, realizam-se em um jogo, passam por cima dos defensores, se
colocarmos as mãos abaixo estão contribuindo em grande medida À efetividade desses
passes. Esta posição dos braços também nos permite ter constantemente se localizado
ao jogador que estamos defendendo quando esta balança controlando-o com uma mão
e atacando em dribling com a outra.
Postura defensiva medeia.
É a posição intermédia entre a baixa e a alta, pudesse dizer-se que, é o ponto de partida para
estas posturas. É uma postura mais cômoda para o jogador da qual pode defender ao
contrário, quando este não representa uma ameaça real para o aro e resulta uma posição
inicial muito factível, por posição do centro de gravidade, para realizar movimentos explosivos
que possibilitam intercepciones de passes e mudanças rápidas de defesa A ofensiva.
A postura medeia correta é aquela onde as pernas estão semiflexionadas e separadas um
pouco mais à frente do largo dos ombros. O tronco ligeiramente inclinado à frente com a
cabeça erguida e a vista reta para o oponente. Os braços, ao igual a na postura anterior, à
frente semiflexionados, separados ao largo dos joelhos com as mãos À altura do peito, a s
Palmas para fora e os dedos separados.
Postura defensiva alta.
A posição defensiva alta é utilizada para defender ou opor-se ao tiro. Esta pode realizar-se
elevando um ou os dois braços, em dependência do tiro que se cerca A executar pelo
oponente. Para adotar esta postura, o defesa estende todo seu corpo parando-se na ponta dos
pés. Se elevarmos um só braço, este deve ser o que corresponde ao mesmo lado da perna
adiantada, colocando o outro lateral À altura da cintura evitando um passe. A vista vai dirigida
para o balão.
Adotar esta postura representa uma grande desvantagem que está acostumado a ser muito
bem aproveitada pelos jogadores ofensivos quando realizam uma ameaça de tiro, é por isso
que devemos adotar esta postura só quando se tiver a certeza de uma possibilidade real de
tiro.
Enganos fundamentais:
Desestabilidad na posição por estender as pernas e não baixar o centro de gravidade.
Manter o tronco muito reto.
Colocar os braços em uma posição desvantajosa.
Não estender os braços na postura alta.
Não manter o peso do corpo distribuído equitativamente entre ambas as pernas e sobre a
ponta dos pés.
Este elemento técnico se acostuma mediante exercícios de adestramento que o professor
elabora ou podem utilizá-los mesmos exercícios de ensino da técnica ofensiva, aplicando a
defesa A cada elemento técnico ensinado. Como já tínhamos expresso anteriormente a técnica
ofensiva e defensiva, para seu estudo e melhor compreensão, separam-se mas na prática se
vêem como um tudo unido em cumprir um objetivo, que é o aprender A jogar basquete. É
recomendável durante a aprendizagem, ir substituindo pouco a pouco as sinalizações mediante
o apito, as palmadas, etc.
2.1.2 Deslocamentos defensivos.
A postura resolve parte do problema sempre que o contrário se encontre estático, mas quando
está em movimento, é necessário realizar um deslocamento que nos permita acompanhar ao
jogador em sua trajetória sem perdê-lo nem um instante. Isto é possível graças Aos
deslocamentos defensivos.
Um bom jogador defensivo, débito sempre estar preparado para deslocar-se rapidamente em
qualquer direção e poder anular o ataque empreendido pelo jogador contrário, o qual tem
sempre a iniciativa, e marca a direção e o ritmo nas execuções. O defensor teria então que
adaptar-se A estas mudanças e obter o êxito.
A qualidade dos deslocamentos vai depender em grande medida da qualidade da postura que
se adote, se as pernas e o tronco não estão flexionados e o centro de gravidade (quadril) não
está baixo, não teremos a estabilidade necessária para nos adaptar A uma situação cambiante
dentro do jogo.
Deslocamento defensivo laterais.
O deslocamento lateral ou para os lados se utiliza, freqüentemente, para impedir o avanço do
jogador ofensivo para o aro e obrigá-lo A pegar-se para as raias laterais do terreno. Para
executá-lo, o jogador dá o primeiro passo com a perna mais próxima À direção do movimento
do contrário, mantendo a postura defensiva e o outro o dará com a outra perna, unindo ambas
e repetir sucessivamente este patrão sem cruzar as pernas.
É importante ter em conta que durante a realização deste elemento o centro de gravidade
(quadril) deve descrever uma linha reta em seu deslocamento, sem realizar oscilações. Estas
oscilações podem estar provocadas pela extensão das pernas durante a separação e união
dos pés; incorrer neste engano suporta À aparição de uma fase de vôo em que nenhum dos
dois pés tem o apoio necessário para realizar um frenaje e mudança de direção, o qual é
geralmente aproveitado pelo contrário para fugir da defesa.
Por esta razão recomendamos neste deslocamento, passos curtos, rápidos e o mais rasantes
ao chão possível para evitar o engano anteriormente famoso e permitir um maior equilíbrio e
rapidez.

I 2do paso
D 1er paso

Deslocamento defensivo para trás (retrocesso).


O deslocamento defensivo para trás é utilizado para acompanhar ao jogador ofensivo que
realiza dribling, quando este avança em direção ao aro interpondo seu corpo entre o defensor e
o balão ou quando não esta em posse do balão, para ter uma posição vantajosa entre o aro e o
jogador ofensivo, em caso de que este receba o balão em um ataque.
Para deslocar-se corretamente para trás, é indispensável descender o centro de gravidade,
mediante uma adequada flexão de pernas. Manter o tronco ligeiramente inclinado à frente para
favorecer a estabilidade. Os braços flexionados pela articulação do cotovelo e oscilarão
livremente Aos lados do corpo com movimentos curtos e rápidos (a gente ataca o balão e o
outro faz um ligeiro contato com o defensor para o ter marcado). A vista sempre dirigida para o
centro de gravidade do adversário controlando periféricamente os movimentos do balão,
procurando a oportunidade para apoderar-se dele. Os passos neste movimento se realizam
sobre a parte anterior do pé (metatarso), mediante movimentos curtos e rápidos.

2do Passo

1er Passo

Deslocamentos defensivos para o fronte (ataque).


Esta forma de deslocamento se utiliza quando o jogador que driblea se está afastando do aro,
neste momento o defensor deve atacá-lo utilizando para isso o movimento coordenado de
braços e pernas.
Partindo da postura medeia, dará-se o primeiro passo com a perna que se encontra mais
adiantada, apoiando primeiro o talão e depois a superfície completa do pé; o pé mais atrasado
se encontra dirigido para a diagonal, formando um ângulo de 45º com relação À direção do pé
mais adiantado e se move nessa mesma posição apoiando-o completamente no chão.
Ao igual a no anterior é necessário enfatizar em que os movimentos sejam curtos e rápidos e
que o centro de gravidade não deve oscilar durante o trabalho das pernas, para manter a
estabilidade.
1er Passo

2do Passo

45º

Deslocamentos defensivos para trás com deslizamento.

Esta é uma combinação dos deslocamentos defensivos laterais e para trás, formando uma
espécie de deslocamento diagonal. Quando o jogador ofensivo, avança em dribling trocando
constantemente de mão, interpondo seu corpo diante do balão, o jogador defensivo está
obrigado A girar (deslizar-se) sobre a parte anterior do pé oposto À direção que toma o
adversário, dando o primeiro passo para onde se deslocou este com o pé mais próximo. Os
braços, alternadamente, atacam o balão e mantêm o controle do jogador ofensivo, sua função
vai depender do lado para o qual se desloque este.

D D
I

Para o deslocamento frente ao adversário seja efetivo, devemos ter em conta alguns aspectos
elementares do trabalho da técnica, estes são os seguintes:
Localização das pernas segundo o lado do terreno onde se encontra o defesa.
O defesa, preferentemente deve se localizar-se com uma perna mais adiantada que a outra,
que deve ser a mais próxima À linha meia imaginária do terreno. Nesta localização devem
aplicá-los princípios da distância operativa. Isto não é mais, que a distância A que deve colocar
o defensor de seu oponente, de acordo com o nível de periculosidade que este represente para
o aro que este defende. Se o jogador que ataca é um bom atirador de meia distancia e penetra
na zona onde se podem realizar estes tiros, o defensor deve aproximar-se na defesa, pelo
contrário, se estiver além da zona de tiragens de três pontos, deve manter uma distância
prudencial que lhe permita, em caso de ser necessário aproximar-se e lhe defender.

D I

I D

Posición de las piernas. Distancia operativa.

Marcação ao jogador que tem o balão e retrocesso.

Este princípio é similar ao anterior. Quando o jogador ofensivo está em posse do balão, a
marcação é fechada, se este passar o balão, o defensor se afasta dele. Estes movimentos se
realizam utilizando as formas de deslocamentos defensivos vista anteriormente. Ao realizar
este deslocamento à frente, quando o jogador ofensivo recebe o balão, devemos avançar para
ele realizando vários passos curtos e rápidos, assim evitamos que este defina o lugar pelo qual
iniciará o ataque. Devemos ter em conta também que nesta situação revistam realizar-se muito
as ameaças para desequilibrar a defesa no avanço.
A A
. . B

A) Quando o jogador tem o balão B) Quando o jogador não tem o balão.

Mobilidade dentro da área aplicando estes princípios.


No deslocamento pela área, quando os jogadores realizam cortes e penetrações. Os
defesas perseguem A seu adversário mantendo os princípios da localização dos pés e a
distância operativa
Enganos fundamentais:
Oscilações do centro de gravidade durante os deslocamentos.
Cruzar as pernas em forma de tesouras durante os deslocamentos.
Perder o equilíbrio por não baixar o centro de gravidade.
Colocar os braços muito abaixo e unidos.
Chocar ambos os pés durante os deslocamentos.
Preocupar-se mais pelos movimentos do balão que os do jogador defendido.
É recomendável aprender estes contidos com a realização de exercícios que vinculem a
técnica e a tática, atendendo À ampla gama de variantes que possam surgir nas a.

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