FORMAÇÃO DE PROFESSORES EJA - 2019

BIODIVERSIDADE EM QUATRO ESTAÇÕES

IDENTIFICAÇÃO

Teresa Pimentel

Escola: Instituto ACEC

Ano: EJA I - A

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo complementar 40h da formação de

professores, 2019.

Para sua realização foi solicitado aos professores que desenvolvessem

uma atividade em suas salas de aula abordando uma temática ou tarefa
vivenciada durante a formação.

A atividade ‘As quatro estações’, realizada na formação, despertou nosso

interesse para desenvolvê-la com nossos alunos. Entretanto, seria difícil
realizá-la apenas em nossa sala, pois o número de alunos não permitiria a
formação de equipes, visto que são deficientes visuais e múltiplos e a turma
possui número reduzido de estudantes. Contudo, em conversa com outros
professores foi sugerido que a dinâmica fosse realizada por sala e todos os
alunos da escola tivessem a oportunidade de participar. A ideia foi aprovada e
escolhemos o tema biodiversidade para ser trabalhado em todas as turmas da
EJA e, assim sendo, coube a cada turma desenvolver um questionamento:

EJA I - A - O que são animais selvagens, domésticos e nocivos?

EJA I - B - As plantas podem ser usadas como remédio (plantas

medicinais)?

EJA II - A - Que são animais em extinção e quais já foram extintos?

EJA II - B - Como as pessoas podem se utilizar da fauna e da flora?

Como fontes para a realização das atividades em sala, cada professor fez
pesquisas eletrônicas, em revistas e em livros didáticos disponíveis.
 METODOLOGIA

Iniciamos a atividade pela escolha do tema biodiversidade, que foi

sugerido por uma das professoras da EJA II. Em seguida, definimos o que seria
trabalhado em cada sala, pois o conteúdo teria que ser adaptado de acordo
com as deficiências de cada turma. Vale ressaltar que as turmas são formadas
por pessoas com deficiência visual, intelectual, múltipla e com transtorno do
espectro autista, embora tenham alunos sem deficiências em todas as turmas,
podendo ser um ou mais.

Ficou definido que a turmas trabalhariam o tema em uma semana e, na

sexta-feira, todas as turmas apresentar-se-iam na “Sala Grande”, que
comumente é usada como auditório.

As turmas EJA I ficaram responsáveis em abordar sobre a diversidade de

animais selvagens, domésticos, animais nocivos e plantas medicinais, por
serem assuntos mais fáceis para a compreensão dos alunos. Já a EJA II ficou
responsável por trabalhar animais extintos e em extinção, bem como o uso da
fauna e da flora pelos seres humanos. A minha turma ficou com os animais
selvagens, domésticos e nocivos.

Iniciamos as atividades questionando o conhecimento dos alunos sobre

biodiversidade e dialogando sobre o tema. Em seguida, questionamos sobre
cada tipo de animal: selvagem, doméstico e nocivo. Depois, apresentamos os
animais táteis para que eles manuseassem e, ao mesmo tempo em que fomos
ouvindo o que cada um sabia sobre o animal visto, fomos acrescentando-lhes
novos conhecimentos. O passo seguinte foi pedir que os alunos agrupassem
os animais de acordo com as características abordadas na exposição
dialogada.

Usamos o tema de forma multidisciplinar com escrita de palavras e frases

e situações problema com os animais táteis.

A culminância das atividades realizadas deu-se com a apresentação do

tema por cada EJA, na Sala Grande. Foi uma ação rica, pois cada turma
apresentou seus trabalhos escritos ou orais com ajuda de seus professores. Os
alunos tiveram a oportunidade de ver e manusear os animais táteis, de
sentirem odores de plantas usadas para chás e outras espécies próprias de
jardins e, ainda, degustar diferentes e saborosos chás. Por fim, alunos que
tiveram interesse puderam levar plantinhas adquiridas por uma das professoras
da EJA II, no Horto de nossa cidade.
CONSIDERAÇÕES

A atividade realizada permitiu novos conhecimentos, além de

proporcionar momentos de socialização entre todos os alunos da escola.
Também foi incentivadora, possibilitando aos alunos falarem em público e,
assim, diminuírem o receio que têm quanto a isso.

Levando em conta a diversidade do corpo discente da Associação de

Cegos do Estado do Ceará e a aquisição de recursos específicos para a
realização das atividades, podemos dizer que foi um exercício desafiador,
porém bem-sucedido.