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Sport rebaixado
Um velho dito popular diz que a melhor receita é aprender com os erros. Seguindo o
conselho, a equipe do diariodepernambuco.com.br e do pernambuco.com preparou um
balanço sobre a triste caminhada rubro-negra no Brasileirão. Confira os motivos que
levaram o time à derrocada, dez tropeços pontuais na trajetória leonina e os números
que justificam o desastre. Veja ainda como foi a pífia campanha passo a passo.
OS 7 PECADOS CAPITAIS
1 - Trauma da Libertadores
Absorver a traumatizante eliminação da Libertadores era o primeiro passo para espantar
o fantasma do rebaixamento. Um ano antes, o Fluminense tinha deixado o exemplo a
não ser seguido. Ao se abater pela derrota na final do torneio continental, contra a LDU,
no Maracanã , o Tricolor penou o resto da temporada. Por pouco não caiu para a Série
B. O Sport parece não ter visto o sinal de alerta.
Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press
2 – Nelsinho x Paulo Baier
O trauma da Libertadores abriu feridas dentro do grupo. A maior delas resultou no atrito
entre o técnico Nelsinho Batista e o meia Paulo Baier. Desentendimento que tomou
proporções homéricas, culminando na saída de ambos. Chegava ao fim a vitoriosa “Era
Nelsinho”, representada dois títulos estaduais e a conquista da Copa do Brasil.
3 – Falta de reforços
Apesar do atrito com Paulo Baier, o principal motivo para Nelsinho entregar o cargo foi
a falta de contratações. Enfeitiçada pela boa participação do Sport em competições de
caráter eliminatório, como a Copa do Brasil e a Libertadores, a diretoria rubro-negra
abriu mão de reforçar o elenco. No decorrer do Brasileirão, porém, as carências do
grupo foram expostas. Depois de dizer que não tinha recursos para fazer grandes
investimentos, soou como incoerência as contratações da Era Chamusca, quando o
presidente resolveu abrir o cofre e trazer jogadores a peso de ouro. Caso do meia-
atacante Paulinho, por exemplo.
5 – Erros de finalização
A arte de perder gols foi uma característica do time rubro-negro. Não foram poucas as
ocasiões em que o Sport chegou a jogar de igual para igual, ou por vezes até melhor que
o adversário, mas saiu de campo derrotado. Como de costume, faltou um homem-gol.
Custou muito caro as chances desperdiçadas. Na prática, pontos decisivos para
confirmar o rebaixamento.
OS 10 TROPEÇOS PONTUAIS
A Humilhação
17ª Rodada - Fluminense 5 x 1 Sport
Já sem Emerson Leão no comando, Levi Gomes era outra vez o interino à beira do
gramado. O novo técnico contratado, Péricles Chamusca, assistiu o desastre de
camarote. Uma atuação bisonha para marcar o primeiro encontro do Sport com a
lanterna do Brasileirão. A essa altura, livrar o rebaixamento já era considerada uma
missão quase impossível.
Foto: Alexandre Gondim/DP/D.A Press
A dor nos acréscimos
19ª Rodada - Sport 1 x 2 São Paulo
A estreia de Péricles Chamusca na Ilha do Retiro trouxe esperança. Cerca de 25 mil
rubro-negros foram dar apoio ao novo técnico na tarde daquele domingo. Depois de sair
atrás do placar e exibir desempenho sofrível no primeiro tempo, o Sport se renovou na
segunda etapa. Com outra postura, passou a pressionar o São Paulo na base da raça. Até
que veio o empate aos 40 minutos. A festa era como se fosse de vitória na Ilha do
Retiro. Só mesmo uma má fase daquelas para permitir o gol de Hugo, aos 49. Incrédulo,
o rubro-negro deixou o estádio cabisbaixo, sentindo-se rebaixado.
A chance desperdiçada
22ª Rodada - Atlético-MG 1 x 1 Sport
Entusiasmado por ter vencido o Vitória, o Sport chegou confiante ao Mineirão. Sim,
porque apesar de ocupar a vice-lanterna a seis pontos do Coritiba, primeiro time fora da
zona de rebaixamento, o jejum de vitórias estava encerrado. Dez rodadas depois, a
torcida rubro-negra voltara a sorrir. Ganhar do Rubro-negro baiano fez o Sport acreditar
na sonhada sequência de vitórias. E faltou pouco para sair a segunda consecutiva diante
do Galo. Depois de uma primeira etapa avassaladora, o Leão abriu o placar no início do
segundo tempo. Surpreendentemente, era senhor do jogo. Mas o gol de Renan Oliveira
aos 30 minutos frustrou toda a expectativa criada. Freou as pretensões mais otimistas.
No fim, um empate amargo com gosto de derrota.
35 jogos
7 vitórias
10 empates
18 derrotas
7 vitórias
3 empates
7 derrotas
0 vitórias
7 empates
11 derrotas
Gols marcados 47
Gols Sofridos 62
Saldo de gols: -15
Aproveitamento: 29%
Artilharia
Wilson (atacante) – 9 gols
Fabiano (volante) – 8 gols
Vandinho (atacante) – 6 gols
Weldon (atacante) – 4 gols
Arce (atacante) – 4 gols
Luciano Henrique (meia) – 3 gols
PASSO A PASSO