Você está na página 1de 26

shipout/backgroundshipout/foreground

Cálculo dos operadores hermitianos de uma partı́cula


quântica interagindo com campo magnético

Abstract. The objective of the present work is to analyze, in the scope of quan-
tum mechanics, the dynamics of an electrically charged particle, in a non-
relativistic regime, interacting with an external magnetic field. To do so, we
initially obtain the expressions that describe the minimum coupling between that
particle and a magnetic field. Then, we highlight the behavior of the Schrödin-
ger equation under gauge transformation. Finally, we reach the quantum opera-
tors associated with classical quantities such as the center of the circular orbit,
energy, angular momentum and magnetic moment.

Resumo. O objetivo do presente trabalho é analisar, no âmbito da mecânica


quântica, a dinâmica de uma partı́cula eletricamente carregada, em regime
não-relativı́stico, interagindo com um campo magnético externo. Para tanto,
inicialmente obtemos as expressões que descrevem o acoplamento mı́nimo entre
a referida partı́cula e um campo magnético. Em seguida, destacamos o com-
portamento da equação de Schrödinger sob transformação de gauge. Por fim,
alcançamos os operadores quânticos associados às grandezas clássicas como
centro da órbita circular, energia, momento angular e momento magnético.

1. Introdução
A dinâmica quântica de uma partı́cula carregada, em condição não-relativı́stico e sob
influência de campo magnético, tem sido profundamente investigada visando a com-
preensão de conteúdos teóricos bem como o desenvolvimento e aperfeiçoamento de
aplicações tecnológicas.
Neste contexto, apresentamos neste artigo uma abordagem didática sobre algu-
mas caracterı́sticas e propriedades de uma partı́cula quântica, de modo que na segunda
seção apresentamos o acoplamento mı́nimo da referida partı́cula com um campo eletro-
magnético clássico. Na terceira seção, analisamos as equações de movimento, conside-
rando um campo magnético constante e uniforme, bem como construı́mos os operadores
quânticos associados as grandezas clássicas, tais como centro da orbita circular, energia,
momento angular e momento magnético destacando suas relações. Na quarta seção as
observações finais serão apresentadas.

2. Acoplamento entre uma particula clássica carregada e o campo


eletromagnetico
Consideremos uma partı́cula clássica carregada com carga q e dotada de massa m ambas
constantes, em regime não-relativı́stico, interagindo com um campo eletromagnético, de
modo que esta partı́cula está submetida à força eletromagnética denominada força de
Lorentz, a qual é dada, no sistema gaussiano de unidades, por:
F~em = q E~ + q ~v × B
~ (1)
c
A teoria de Maxwell, também denominada Teoria Clássica do Eletromagnetismo,
~ r, t) e o campo magnético B(~
afirma que o campo elétrico E(~ ~ r, t) podem ser escritos
~ r, t), como
respectivamente em termos do potencial escalar φ(~r, t) e do potencial vetor A(~
se segue:
~
E(~ ~ r, t) − 1 ∂ A(~r, t)
~ r, t) = −∇φ(~ (2)
c ∂t
~ r, t) = ∇
B(~ ~ × A(~
~ r, t) (3)

Substituindo as expressões (2) e (3) em (1), alcançamos:


~
~ (~r, t) − q ∂ A (~r, t) + q ~v × ∇
  
F~elm = −q ∇φ ~ ×A
~ (~r, t)
c ∂t c

Para analisarmos as propriedades matemáticas dos campos elétrico e magnético,


consideremos uma função arbitrária f (~r, t) através da qual seja possı́vel definir um novo
potencial escalar φ (~r, t) e um potencial vetor A ~ 0 (~r, t) da seguinte forma:

1 ∂f (~r, t)
φ0 (~r, t) = φ(~r, t) − (4)
c ∂t
~ 0 (~r, t) = A(~
A ~ r, t) + ∇f
~ (~r, t) (5)

Deste modo, considerando as equações (4) e (5), alcançamos novas expressões


~ 0 e magnético B
para os campos elétrico E ~0

~0
E ~ 0 (~r, t) − 1 ∂ A (~r, t)
~ 0 (~r, t) = −∇φ (6)
c ∂t
~ 0 (~r, t) = ∇
B ~ ×A
~ 0 (~r, t) (7)

além disso, realizando as devidas substituições das expressões (4) e (5) nas expressões (6)
e (7), obtemos:
h i
  ~ ∂ ~ (~r, t)
∇f
~ r, t) + 1 ∇
~ 0 (~r, t) = −∇φ(~
E ~ ∂f (~r, t) − 1 ∂ A(~r, t) − 1
c ∂t c ∂t c ∂t
e
h i
~0 = ∇
B ~ ×A
~0 = ∇
~ × A~ + ∇f
~ (~r, t) = ∇
~ ×A
~+∇
~ × ∇f
~ (~r, t)

Isto posto, por razões didáticas, apresentamos brevemente algumas definições no


contexto do cálculo vetorial do espaço euclidiano tridimensional.

2.1. Operadores vetoriais e Transformações de Gauge


No sistema cartesiano, definem-se, nesta ordem, o vetor posição e o vetor velocidade da
estrutura material de massa m e carga elétrica q como:

~r(t) = îx(t) + ĵy(t) + k̂z(t)


d~r(t) dx(t) dy(t) dz(t)
~v (t) = = î + ĵ + k̂
dt dt dt dt
~ é dado por
Neste caso, o operador diferencial vetorial ∇

~ = î ∂ + ĵ ∂ + k̂ ∂

∂x ∂y ∂z

enquanto, os produtos escalar e vetorial são expressos respectivamente da seguinte forma:

~a · ~b = ax bx + ay by + az bz

~a × ~b = î (ay bz − az by ) + ĵ (az bx − ax bz ) + k̂ (ax by − ay bx )

Ainda é conveniente definir o gradiente de um campo ou função escalar f como


se segue
~ = î ∂f + ĵ ∂f + k̂ ∂f
∇f
∂x ∂y ∂z
~ são definidos, na devida
enquanto o divergente e o rotacional de um campo vetorial A
ordem, como:
∇~ ·A~ = ∂Ax + ∂Ay + ∂Az
∂x ∂y ∂z
     
~ ×A
~ = î ∂Az ∂Ay ∂Ax ∂Az ∂Ay ∂Ax
∇ − + ĵ − + k̂ − .
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y

Assume-se para os próximos passos que a função escalar arbitrária f (~r, t), defi-
nida por meio das equações (4) e (5) satisfaz o Teorema de Clairaut-Schwarz [?], de modo
que as seguintes igualdades são válidas:

∂ 2 f (~r, t) ∂ 2 f (~r, t) ∂ 2 f (~r, t) ∂ 2 f (~r, t) ∂ 2 f (~r, t) ∂ 2 f (~r, t)


= , = , =
∂x∂t ∂t∂x ∂y∂t ∂t∂y ∂y∂t ∂t∂y
∂ 2 f (~r, t) ∂ 2 f (~r, t) ∂ 2 f (~r, t) ∂ 2 f (~r, t) ∂ 2 f (~r, t) ∂ 2 f (~r, t)
= , = , =
∂x∂y ∂y∂x ∂x∂z ∂z∂x ∂y∂z ∂z∂y
De posse dessas últimas relações e usando-as nas expressões (6) e (7), alcançamos
as seguintes expressões para os campos elétrico e magnético:
~
E ~ r, t) − 1 ∂ A(~r, t)
~ 0 (~r, t) = −∇φ(~ (8)
c ∂t
~0 = ∇
B ~ ×A
~0 = ∇
~ ×A
~=B
~ (9)

Considerando os resultados expressos em (8) e (9), é possı́vel afirmar que no


âmbito da Teoria Eletromagnetica Clássica, o potencial escalar φ(~r, t) e o potencial vetor
~ r, t) são estruturas de caráter essencialmente matemático, e, portanto, inobserváveis
A(~
experimentalmente.
Para avançarmos em nossa abordagem, adotaremos as transformações ditas
tranformações de gauge dadas em (4) e (5), ao passo que as quantidades fı́sicas, sujei-
~ r, t) e o campo magnético
tas à mediçao laboratorial, são tão somente o campo elétrico E(~
~ r, t), os quais são invariantes sob a supracitada transformação de gauge.
B(~
Com base no formalismo de Hamilton da mecânica clássica, descreve-se a
dinâmica da referida partı́cula em termos da função hamiltoniana, considerando a
configuração de acoplamento mı́nimo, como
1  q~ 2
H= p~c − A(~
r, t) + qφ(~r, t) (10)
2m c
q~
Neste contexto, o momento linear p~ = m~v é substituı́do pelo termo p~c − A(~
r, t),
c
sendo p~c o momento canônico hamiltoniano [?].

3. Equação de Schrödinger
O processo de transição do tratamento clássico à configuração de tratamento quântico
efetiva-se considerando o momento canônico na forma de operador dado por p̂c = −i~∇, ~
o que permite escrever o operador hamiltoniano como:
1  ~ q~ 2
Ĥ = −i~∇ − A(~r, t) + qφ(~r, t) (11)
2m c

Sabendo que ~a · ~a = |~a|2 , reescrevemos a equação (11) como:


1  ~ − q A(~
 
~ − q A(~
~ r, t) · −i~∇

~ r, t) + qφ(~r, t)
Ĥ = −i~∇
2m c c

Consideremos a função de onda Ψ(~r, t), a qual descreve o estado quântico de uma
particula de spin zero dotada de carga eletrica q e massa m (ambas constantes) e aplicando
o operador hamiltoniano sobre a supracitada função de onda, temos:

~2 ~ ~ i~q 
~ r, t) + i~q A(~
~ · A(~
 
~ r, t) ∇Ψ(~

~ r, t) +
ĤΨ(~r, t) = − ∇ · ∇Ψ(~r, t) + Ψ(~r, t) ∇
2m 2mc 2mc
2
i~q ~ ~ r, t) + q A(~ ~ r, t) · A(~
~ r, t)Ψ(~r, t) + qφ(~r, t)Ψ(~r, t)
A(~r, t) · ∇Ψ(~
2mc 2mc2  
i~q 
~ ~
 i~q 2i~q ~ ~
= Ĥ0 Ψ(~r, t) + Ψ(~r, t) ∇ · A(~r, t) + A(~r, t) · ∇Ψ(~r, t) +
2mc 2mc c
i~q q 2 ~
 
~ r, t)Ψ(~r, t)
A(~r, t) · A(~
2mc c2

onde
~2  ~ ~ 
Ĥ0 = − ∇ · ∇ + qφ(~r, t).
2m
Em particular, o operador hamiltoniano apropriado para descrever a dinâmica de
uma partı́cula quântica carregada sob ação de um campo elétrico com ausência de campo
magnético (em regime não relativı́stico).
As transformaçoes de gauge dadas em (4) e (5) indicam arbitrariedade funcional
do potencial vetor e do potencial escalar. Admitindo a condição de vı́nculo denominada
gauge de coulomb ∇ ~ · A(~
~ r, t) = 0, pode-se escrever:

q 2 ~
 2 
1 2i~q ~ ~
Ĥ = Ĥ0 + A(~r, t) · ∇ + 2 A(~r, t) (12)

2m c c

Conforme o formalismo hamiltoniano da mecânica clássica aplicado à mecânica


quântica, torna-se possı́vel escrever a equação de Schrödinger na seguinte forma:

∂Ψ(~r, t)
ĤΨ(~r, t) = i~ (13)
∂t
No contexto da teoria de análise funcional e da álgebra linear, a equação de
Schrödinger é uma equaçao diferencial operacional do tipo equação de autofunção e
autovalor, sendo Ψ(~r, t) uma solução do tipo autofunção ou autovetor da equaçao de
Schrödinger.
Considerando o campo eletromagnetico geral, faz-se uso da expressão (11) escre-
vendo a equação de Schrodinger como

1  ~ − q A(~
~ r, t) Ψ(~r, t) + qφ(~r, t)Ψ(~r, t) = i~ ∂Ψ(~r, t)
2
−i~∇ (14)
2m c ∂t

Assumindo uma configuração de campo eletromagnético associada ao gauge de


coulomb, pode-se escrever a equação (13) como:
2
 2 
1 2i~q ~ q
~ + A(~ ~ r, t) + Ĥ0 = i~ ∂Ψ(~r, t)
A(~r, t) · ∇ (15)

2m c c 2 ∂t

4. Equação de Schrödinger sob transformação de gauge


Considerando as transformações de gauge do campo eletromagnético clássico dadas pelas
expressões
1 ∂f (~r, t)
φ0 (~r, t) = φ(~r, t) − (16)
c ∂t
~ 0 (~r, t) = A(~
A ~ r, t) + ∇f
~ (~r, t) (17)

é conveniente definir a equação de Schrödinger, correspondentes às transformações de


gauge supramencionadas, como

∂Ψ0 (~r, t)
Ĥ0 Ψ0 (~r, t) = i~ (18)
∂t

sendo Ψ0 (~r, t) definido como


 
0 iqf (~r, t)
Ψ (~r, t) = Ψ(~r, t) exp
~c
e o operador Ĥ 0 por:

1 h ~ − qA
i2
~ 0 (~r, t) + qφ0 (~r, t).
Ĥ0 = −i~∇ (19)
2m c

Desenvolvendo algebricamente a equação de Schrödinger

~2 ~ ~
    
iqf (~r, t) i~q  ~ ~ 0  iqf (~r, t)
− ∇ · ∇ Ψ(~r, t) exp + ∇ · A (~r, t) Ψ(~r, t) exp +
2m c~ 2mc c~
q2  ~ 0
  
i~q ~ 0 ~ iqf (~r , t) ~ 0

A (~r, t) · ∇ Ψ(~r, t) exp + A (~r, t) · A (~r, t) Ψ(~r, t) ×
mc c~ 2mc2
      
iqf (~r, t) 0 iqf (~r, t) ∂ iqf (~r, t)
exp + qφ (~r, t)Ψ(~r, t) exp = i~ Ψ(~r, t) exp
c~ c~ ∂t c~

substituindo adequadamente as expressões (16) e (17) nas relações acima como se segue

~2  ~ ~
      
 iqf (~r, t) ~ iqf (~r, t) ~
− ∇ · ∇Ψ(~r, t) exp − ∇ exp · ∇Ψ(~r, t) −
2m c~ c~
~2
      
~ ~ iqf (~r, t) ~ ~ iqf (~r, t)
Ψ(~r, t) ∇ · ∇ exp + ∇Ψ(~r, t) · ∇ exp +
2m c~ c~
     
i~q  ~ ~  iqf (~r, t) 
~ f (~r, t) Ψ(~r, t) exp
2 iqf (~
r , t)
∇ · A(~r, t) Ψ(~r, t) exp + ∇ +
2mc c~ c~
      
i~q ~ ~ Ψ(~r, t) exp iqf (~
r , t) ~ (~r, t) · ∇~ Ψ(~r, t) exp iqf (~
r , t)
A(~r, t) · ∇ + ∇f +
mc c~ c~
q2
    
~ 2 iqf (~r, t) ~ ~ iqf (~r, t)
A (~r, t)Ψ(~r, t) exp + A(~r, t) · ∇f (~r, t)Ψ(~r, t) exp +
2mc2 c~ c~
q2
   
~ ~ ~ 2 q ∂f (~r, t) iqf (~r, t)
∇f (~r, t) · A(~r, t) + ∇ f (~r, t) + qφ(~r, t) + Ψ(~r, t) exp =
2mc2 c ∂t c~
    
iqf (~r, t) ∂Ψ(~r, t) ∂ iqf (~r, t)
i~ exp + i~Ψ(~r, t) exp
c~ ∂t ∂t c~

~ · A(~
Assumindo o gauge de coulomb ∇ ~ r, t) = 0 e dando continuidade ao desen-
volvimento algébrico,
~2  ~ ~
   
 iqf (~r, t) i~q iqf (~r, t)  ~ ~ r, t) −

− ∇ · ∇Ψ(~r, t) exp − exp ∇f (~r, t) · ∇Ψ(~
2m c~ 2mc c~
 
i~q iqf (~r, t) ~ 2 f (~r, t) − ∇Ψ(~
~ r, t) · ∇f ~ (~r, t) + ∇f ~ (~r, t) · ∇Ψ(~
~ r, t) +

exp Ψ(~r, t) · ∇
2mc c~
   
i~q ~ 2
  iqf (~r, t) i~q iqf (~r, t)  ~ ~

∇ f (~r, t) Ψ(~r, t) exp + exp A(~r, t) · ∇Ψ(~r, t) −
2mc c~ mc c~
q2
 
iqf (~r, t)  ~ ~ (~r, t) − ∇

~ 2 f (~r, t) +
Ψ(~r , t) exp A(~r , t) · ∇f
mc2 c~
2 
 
q ~ 2 ~ ~ ~ 2
 iqf (~r, t)
A (~r, t) + A(~r, t) · ∇f (~r, t) + ∇ f (~r, t) Ψ(~r, t) exp +
mc2 c~
     
q ∂f (~r, t) iqf (~r, t) iqf (~r, t) ∂Ψ(~r, t)
qφ(~r, t) − Ψ(~r, t) exp = i~ exp −
c ∂t c~ c~ ∂t
 
q iqf (~r, t) ∂f (~r, t)
exp Ψ(~r, t)
c c~ ∂t

Encontramos:

~2  ~ ~
   
 iqf (~r, t) i~q iqf (~r, t) ~ ~ r, t) +
− ∇ · ∇Ψ(~r, t) exp + exp A(~r, t) · ∇Ψ(~
2m c~ 2mc c~
 2     
q ~2 iqf (~r, t) iqf (~r, t) ∂Ψ(~r, t)
A (~r, t) + qφ(~r, t) Ψ(~r, t) exp = i~ exp
2mc2 c~ c~ ∂t

Observamos que a equação diferencial parcial de caráter operacional (18), sob as


transformaçoes de gauge (16) e (17) e sob o gauge de coulomb, torna-se exata e preci-
samente a equação do tipo autofunçao e autovalor (13). Portanto, é apropriado afirmar
que a equação de Schröndinger para uma partı́cula quântica de spin nulo, eletricamente
carregada sob influência de um campo eletromagnético, é invariante sob transformação
de Gauge.

5. Relação entre grandezas geométricas e operadores quânticos


Assumindo que a partı́cula quântica de spin nulo eletricamente carregada com carga q e
dotada de massa m submete-se a influência de um campo eletromagnético especı́fico, cuja
configuração é dada por

Ex = Ey = Ez = 0 , Bx = By = 0 , Bz = B, B>0 (20)

configuração esta denominada de campo eletromagnético constante e uniforme, o qual,


encontra-se disposto geometricamente na direção do eixo z.
Para a configuração de campo descrita pelas expressões (20), o potencial escalar
e o potencial vetor sao escritos, respectivamente, como

φ=0 (21)
e
−yB xB
Ax = , Ay = e Az = 0 (22)
2 2
Ainda é possı́vel verificar que o potencial vetor satisfaz a condição de vı́nculo,
denominada de gauge de Coulomb

~ = ∂Ax + ∂Ay + ∂Az = 0


~ ·A

∂x ∂y ∂z
uma vez que
∂Ax ∂Ay ∂Az
= = =0
∂x ∂y ∂z
Com base no formalismo hamiltoniano é possivel encontrar as equações de movi-
mento nao-relativsticas. Assumindo a configuração de campo dada pelas expressões (20),
(21) e (22), o operador hamiltoniano pode ser escrito como

1
p̂2x + p̂2y + p̂2z

Ĥ = (23)
2m
e sabendo que
∂ q ∂ qyB
p̂x = −i~ − Ax = −i~ + (24)
∂x c ∂x 2c
∂ q ∂ qxB
p̂y = −i~ − Ay = −i~ − (25)
∂y c ∂y 2c
∂ q ∂
p̂z = −i~ − Az = −i~ (26)
∂z c ∂z
podemos escrever
" 2  2 #  2
1 qyB ∂ qxB ∂ 1 ∂
Ĥ = − i~ + + i~ + −i~
2m 2c ∂x 2c ∂y 2m ∂z

É conveniente definir o operador hamiltoniano Ĥxy associado ao movimento trans-


versal em relaçao ao vetor campo magnético, como
 2  2
1 qyB ∂ 1 qxB ∂
Ĥxy = − i~ + + i~ (27)
2m 2c ∂x 2m 2c ∂y

Também é apropriado definir o operador hamiltoniano Ĥz relacionado ao movi-


mento paralelo ao vetor campo magnético, como
 2
1 ∂
Ĥz = −i~ . (28)
2m ∂z

Para efeito de análise da dinâmica da partı́cula quântica, faz-se necessário definir


a relaçao de comutaçao entre os operadores p̂x e p̂y como
[p̂x , p̂y ]− = p̂x p̂y − p̂y p̂x .
Fazendo uso das expressões (24), (25) e (26) e aplicando a relação de comutação
sobre a função de onda Ψ(~r, t), temos

[p̂x , p̂y ]− Ψ(~r, t) = p̂x p̂y Ψ(~r, t) − p̂y p̂x Ψ(~r, t)

  
∂ qyB ∂Ψ(~r, t) qxB
p̂x p̂y Ψ(~r, t) = i~ − i~ + Ψ(~r, t)
∂x 2c ∂y 2c
 2  
qB i~qyB ∂Ψ(~r, t) 2 ∂ ∂Ψ(~r, t)
=− yxΨ(~r, t) − −~ +
2c 2c ∂y ∂x ∂y
i~qB i~qxB ∂Ψ(~r, t)
Ψ(~r, t) +
2c 2c ∂x
  
∂ qxB ∂Ψ(~r, t) qyB
p̂y p̂x Ψ(~r, t) = i~ + i~ − Ψ(~r, t)
∂y 2c ∂x 2c
 2  
qB i~qxB ∂Ψ(~r, t) 2 ∂ ∂Ψ(~r, t)
=− xyΨ(~r, t) + −~ −
2c 2c ∂x ∂y ∂x
i~qB i~qyB ∂Ψ(~r, t)
Ψ(~r, t) −
2c 2c ∂y

Assumindo que a função de onda Ψ(~r, t) satisfaz a relação


   
∂ ∂Ψ(~r, t) ∂ ∂Ψ(~r, t)
=
∂y ∂x ∂x ∂y

podemos escrever a relação de comutação entre os operadores p̂x e p̂y , como


i~qB
[p̂x , p̂y ]− Ψ(~r, t) = Ψ(~r, t), (29)
c

calculando a relação de comutação entre os operadores p̂x e p̂z ,

[p̂x , p̂z ]− Ψ(~r, t) = p̂x p̂z Ψ(~r, t) − p̂z p̂x Ψ(~r, t)

assumindo que    
∂ ∂Ψ(~r, t) ∂ ∂Ψ(~r, t)
=
∂z ∂x ∂x ∂z
temos:
[p̂x , p̂z ]− Ψ(~r, t) = 0 (30)

Ainda, calculando a relação de comutação entre os operadores p̂y e p̂z ,

[p̂y , p̂z ]− Ψ(~r, t) = p̂y p̂z Ψ(~r, t) − p̂z p̂y Ψ(~r, t)

e assumindo que
   
∂ ∂Ψ(~r, t) ∂ ∂Ψ(~r, t)
=
∂z ∂y ∂y ∂z
alcançamos:
[p̂y , p̂z ]− Ψ(~r, t) = 0. (31)

Considerando o operador hamiltoniano Ĥ definido no espaço vetorial de Hilbert,


é conveniente definir o seu correspondente no espaço de Hilbert dual, o qual denomina-se
operador hamiltoniano adjunto Ĥ† . Ainda, define-se o valor médio do operador hamilto-
niano, em relação a função de onda Ψ(~r, t), como
ZZZ
¯
Ĥ = Ψ∗ (~r, t)ĤΨ(~r, t)d3~r

Define-se também o valor médio do operador hamiltoniano adjunto, em relação a


função de onda Ψ(~r, t), como
ZZZ ZZZ h i∗
¯† ∗ † 3
Ĥ = Ψ (~r, t)Ĥ Ψ(~r, t)d ~r = ĤΨ(~r, t) Ψ(~r, t)d3~r

Para que o operador hamiltoniano seja considerado um operador do tipo hermiti-


ano, tal operador deve satisfazer a seguinte relação, a saber:
ZZZ ZZZ
∗ 3
Ψ (~r, t)ĤΨ(~r, t)d ~r = Ψ∗ (~r, t)Ĥ† Ψ(~r, t)d3~r

De outra forma, o operador hamiltoniano é categorizado como hermitiano se Ĥ = Ĥ† .


Vale destacar também que o complexo conjugado do valor médio do operador é dado por
  ∗ Z Z Z ∗ Z Z Z h i∗
¯ ∗ 3
Ĥ = Ψ (~r, t)ĤΨ(~r, t)d ~r = ĤΨ(~r, t) Ψ(~r, t)d3~r
ZZZ
= Ψ∗ (~r, t)Ĥ† Ψ(~r, t)d3~r

assumindo que o operador hamiltoniano é do tipo hermitiano, temos


 ∗ Z Z Z ZZZ
¯ ∗ † ¯
Ĥ = 3
Ψ (~r, t)Ĥ Ψ(~r, t)d ~r = Ψ∗ (~r, t)ĤΨ(~r, t)d3~r = Ĥ

Portanto, o caráter hermitiano do operador hamiltoniano assegura que o seu valor


médio é um número pertencente ao espaço dos reais
 ∗
¯ ¯
Ĥ = Ĥ ∈ R

Para efeito de definição, consideremos um dado operador Ŵ, tal que este seja do
tipo hermitiano Ŵ = Ŵ † . O valor médio calculado em relação a uma função de onda
Ψ(~r, t) é dado por ZZZ
¯
Ŵ = Ψ∗ (~r, t)ŴΨ(~r, t)d3~r
¯
calculando a derivada de Ŵ em relação ao tempo
¯
dŴ
ZZZ
d
= Ψ∗ (~r, t)ŴΨ(~r, t)d3~r,
dt dt

sabendo que o resultado desta expressao é invariante sob inversao de operadores de deri-
vada e de integral, pode-se escrever
¯
dŴ ∂Ψ∗ (~r, t)
ZZZ ZZZ
∂Ψ(~r, t) 3
= 3
ŴΨ(~r, t)d ~r + Ψ∗ (~r, t)Ŵ d ~r+
dt ∂t ∂t
∂ Ŵ
ZZZ
+ Ψ∗ (~r, t) Ψ(~r, t)d3~r
∂t

Fazendo uso da equaçao de Schrödinger em (13)


¯
dŴ
ZZZ i∗ ZZZ
ih 3 i ∗
= ĤΨ(~r, t) ŴΨ(~r, t)d ~r − Ψ (~r, t)Ŵ ĤΨ(~r, t)d3~r +
dt ~ ~
∂ Ŵ
ZZZ
+ Ψ∗ (~r, t) Ψ(~r, t)d3~r
∂t

Reescrevendo
¯
dŴ ∂ Ŵ
ZZZ ZZZ
i ∗ h i
= 3
Ψ (~r, t) ĤŴ − Ŵ Ĥ Ψ(~r, t)d ~r + Ψ∗ (~r, t) Ψ(~r, t)d3~r
dt ~ ∂t
obtemos:
¯
dŴ ∂ Ŵ
ZZZ ZZZ
i ∗ h i
= 3
Ψ (~r, t) Ĥ, Ŵ Ψ(~r, t)d ~r + Ψ∗ (~r, t) Ψ(~r, t)d3~r
dt ~ − ∂t
 
∂ Ŵ
Considerando que o termo Ŵ não depende explicitamente do tempo ∂t
=0 ,
temos
¯
dŴ
ZZZ
i ∗ h i
= Ψ (~r, t) Ĥ, Ŵ Ψ(~r, t)d3~r
dt ~ −

Considerando que a função de onda pode ser escrita como


 
iEt
Ψ(~r, t) = Ψ(~r) exp ,
~

é possı́vel escrever
   
−iEt
ZZZ
d ∗ iEt
exp Ψ (~r)ŴΨ(~r) exp d3~r =
dt ~ ~
   
−iEt
ZZZ
i ∗
h i iEt
exp Ψ (~r) Ĥ, Ŵ Ψ(~r) exp d3~r
~ ~ − ~
e
dŴ
ZZZ ZZZ
∗ i ∗ h i
Ψ (~r) Ψ(~r)d3~r = Ψ (~r) Ĥ, Ŵ Ψ(~r)d3~r
dt ~ −

de modo que se pode escrever a seguinte relação, a saber:

dŴ ih i
= Ĥ, Ŵ (32)
dt ~ −

Fazendo uso da relação (32) aplicada sobre a função de onda Ψ(~r, t), para analisar
a dinâmica dos operadores p̂x , p̂y e p̂z , temos

dp̂x h i 1  2
p̂x + p̂2y + p̂2z , p̂x − Ψ(~r, t)

−i~ Ψ(~r, t) = Ĥ, p̂x Ψ(~r, t) =
dt − 2m
1  2  1  2  1  2 
= p̂x , p̂x − Ψ(~r, t) + p̂y , p̂x − Ψ(~r, t) + p̂ , p̂x − Ψ(~r, t)
2m 2m 2m z
(33)

No contexto da álgebra de operadores, podemos fazer uso da seguinte propriedade:


h i h i h i
Ŵ1 Ŵ2 , Ŵ3 = Ŵ1 , Ŵ3 Ŵ2 + Ŵ1 Ŵ2 , Ŵ3 (34)
− − −

assim, calculando o primeiro termo da expressão (33)


 2 
p̂x , p̂x − Ψ(~r, t) = [p̂x , p̂x ]− p̂x Ψ(~r, t) + p̂x [p̂x , p̂x ]− Ψ(~r, t)

sabendo que
[p̂x , p̂x ]− Ψ(~r, t) = 0,

temos
 2 
p̂x , p̂x − Ψ(~r, t) = 0.

Calculando o segundo termo de (33)


 2 
p̂y , p̂x − Ψ(~r, t) = [p̂y , p̂x ]− p̂y Ψ(~r, t) + p̂y [p̂y , p̂x ]− Ψ(~r, t),

sabendo que
iq~B
[p̂y , p̂x ]− Ψ(~r, t) = − Ψ(~r, t),
c
e

[p̂y , p̂x ]− p̂y Ψ(~r, t) = p̂y p̂x p̂y Ψ(~r, t) − p̂x p̂y p̂y Ψ(~r, t)
calculando p̂y p̂x p̂y Ψ(~r, t) e p̂x p̂y p̂y Ψ(~r, t)
   
∂ qxB ∂ qyB ∂ qxB
p̂y p̂x p̂y Ψ(~r, t) = −i~ − −i~ + −i~ − Ψ(~r, t)
∂y 2c ∂x 2c ∂y 2c
2
  
∂ qxB 2 ∂ Ψ(~ r, t) i~qxB ∂Ψ(~r, t) i~qB
= −i~ − −~ + + Ψ(~r, t) +
∂y 2c ∂x∂y 2c ∂x 2c
i~qyB ∂Ψ(~r, t) q 2 yxB 2
  
∂ qxB
−i~ − − − Ψ(~r, t)
∂y 2c 2c ∂y 4c2
~2 qxB ∂ ∂Ψ(~r, t) 2
~2 qB ∂Ψ(~r, t)
   
3 ∂ ∂Ψ(~r, t)
= + i~ + +
2c ∂x ∂y ∂y∂x ∂y 2c ∂y
~2 qBx ∂ ∂Ψ(~r, t) i~q 2 B 2 x2 ∂Ψ(~r, t) i~q 2 B 2 x
 
− − Ψ(~r, t)+
2c ∂y ∂x 4c2 ∂x 4c2
~2 qyB ∂ 2 Ψ(~r, t) ~2 qB ∂Ψ(~r, t) i~q 2 xB 2
− + Ψ(~r, t)+
2c ∂y 2 2c ∂y 4c2
i~q 2 yxB 2 ∂Ψ(~r, t) q 3 xyxB 3 i~q 2 B 2 xy ∂Ψ(~r, t)
+ Ψ(~r, t) +
4c2 ∂y 8c3 4c2 ∂y
2 2 2 2 2
   
~ qxB ∂ ∂Ψ(~r, t) ∂ ∂Ψ(~r, t) i~q B x ∂Ψ(~r, t)
= + i~3 − −
c ∂x ∂y ∂y∂x ∂y 4c2 ∂x
~2 qyB ∂ 2 Ψ(~r, t) i~q 2 yxB 2 ∂Ψ(~r, t) q 3 xyxB 3
+ + Ψ(~r, t)
2c ∂y 2 2c2 ∂y 8c3

   
∂ qyB ∂ qxB ∂ qxB
p̂x p̂y p̂y Ψ(~r, t) = −i~ + −i~ − −i~ − Ψ(~r, t)
∂x 2c ∂y 2c ∂y 2c
  2 2 2 
∂ qyB q xB i~qxB ∂Ψ(~r, t)
= −i~ + Ψ(~r, t) + +
∂x 2c 4c2 2c ∂y
2
  
∂ qyB 2 ∂ Ψ(~ v , t) i~qxB ∂Ψ(~r, t)
−i~ + −~ +
∂x 2c ∂y 2 2c ∂y
3 2 3
q yx B i~q yxB ∂Ψ(~r, t) i~q xB 2
2 2 2
= Ψ(~r , t) + − Ψ(~r, t)−
8c3 4c2 ∂y 2c2
i~q 2 x2 B 2 ∂Ψ(~r, t) ~2 qB ∂Ψ(~r, t) ~2 qxB ∂ ∂Ψ(~r, t)
 
+ + −
4c2 ∂x 2c ∂y 2c ∂x ∂y
~2 qyB ∂ 2 Ψ(~r, t) i~q 2 yxB 2 ∂Ψ(~r, t)
 2 
3 ∂ ∂ Ψ(~r, t)
+ + i~ +
2c ∂y 2 4c2 ∂y ∂x ∂y 2
~2 qB ∂Ψ(~r, t) ~2 qxB ∂ ∂Ψ(~r, t)
 
+
2c ∂y 2c ∂x ∂y
3 2 3
q yx B i~q yxB ∂Ψ(~r, t) i~q 2 xB 2
2 2
= Ψ(~r , t) + − Ψ(~r, t)−
8c3 2c2 ∂y 2c2
i~q 2 x2 B 2 ∂Ψ(~r, t) ~2 qyB ∂ 2 Ψ(~r, t)
 2 
3 ∂ ∂ Ψ(~r, t)
− + i~ +
4c2 ∂x 2c ∂y 2 ∂x ∂y 2
~2 qB ∂Ψ(~r, t) ~2 qxB ∂ ∂Ψ(~r, t)
 
+
c ∂y c ∂x ∂y
temos
i~q 2 xB 2 ~2 qB ∂Ψ(~r, t)
 
 2  ∂ qxB i~qB
p̂y , p̂x − Ψ(~r, t) = Ψ(~r, t) − − i~ + Ψ(~r, t
2c2 c ∂y ∂y 2c c
i~q 2 xB 2 ~2 qB ∂Ψ(~r, t) i~q 2 xB 2
= Ψ(~r , t) − 2 + Ψ(~r, t)
2c2 c ∂y 2c2
i~q 2 xB 2 2~2 qB ∂Ψ(~r, t)
= Ψ(~r , t) − ,
c2 c ∂y

Desta forma, alcançaremos:


−2i~qB
p̂2y , p̂x
 

Ψ(~r, t) = [p̂y Ψ(~r, t)]
c

Calculando o terceiro termo da expressão (33)


 2 
p̂z , p̂x − Ψ(~r, t) = [p̂z , p̂x ]− p̂z Ψ(~r, t) + p̂z [p̂z , p̂x ]− Ψ(~r, t)
= p̂z p̂x p̂z Ψ(~r, t) − p̂x p̂z p̂z Ψ(~r, t)
  
∂ qyB ∂ ∂Ψ(~r, t)
= i~ − i~ i~ +
∂z 2c ∂x ∂z
  
qyB ∂ ∂ ∂Ψ(~r, t)
− i~ −i~ i~
2c ∂x ∂z ∂z
2 2 3
~ qyB ∂ Ψ(~r, t) 3 ∂ Ψ(~ r, t) ~2 qyB ∂ 2 Ψ(~r, t) 3
3 ∂ Ψ(~
r, t)
=− 2
+ i~ + 2
− i~
2c ∂z ∂z∂x∂z 2c ∂z ∂x∂z 2

temos:  2 
p̂z , p̂x − Ψ(~r, t) = 0

Assim, a expressão (33) pode ser escrita como


dp̂x h i −i~qB
−i~ Ψ(~r, t) = Ĥ, p̂x Ψ(~r, t) = [p̂y Ψ(~r, t)] (35)
dt − mc

Para descrever a dinâmica do operador p̂y , temos


dp̂y h i 1  2
p̂x + p̂2y + p̂2z , p̂y − Ψ(~r, t)

−i~ Ψ(~r, t) = Ĥ, p̂y Ψ(~r, t) =
dt − 2m
1  2  1  2  1  2 
= p̂x , p̂y − Ψ(~r, t) + p̂y , p̂y − Ψ(~r, t) + p̂ , p̂y − Ψ(~r, t)
2m 2m 2m z
(36)

Calculando o primeiro termo da expressão (36), tal que


 2 
p̂x , p̂y − Ψ(~r, t) = [p̂x , p̂y ]− p̂x Ψ(~r, t) + p̂x [p̂x , p̂y ]− Ψ(~r, t)

sabendo que

[p̂x , p̂y ]− p̂x Ψ(~r, t) = p̂x p̂y p̂x Ψ(~r, t) − p̂y p̂x p̂x Ψ(~r, t)
   
 2  ∂ qyB ∂ qxB ∂ qyB
p̂x , p̂y − Ψ(~r, t) = −i~ + −i~ − −i~ + Ψ(~r, t) +
∂x 2c ∂y 2c ∂x 2c
   
∂ qxB ∂ qyB ∂ qyB
− −i~ − −i~ + −i~ + Ψ(~r, t)
∂y 2c ∂x 2c ∂x 2c
  
∂ qyB i~qyB ∂Ψ(~r, t) i~qB
= −i~ + − − Ψ(~r, t) +
∂x 2c 2c ∂y 2c
2
  
∂ qyB 2 ∂ Ψ(~ r, t) i~qxB ∂Ψ(~r, t)
+ −i~ + −~ + +
∂x 2c ∂y∂x 2c ∂x
 2
q xyB 2
 
∂ qyB
+ −i~ + − Ψ(~r, t) +
∂x 2c 4c2
  2 2 2 
∂ qxB q y B i~qyB ∂Ψ(~r, t)
+ i~ + Ψ(~r, t) − +
∂y 2c 4c2 2c ∂x
2
  
∂ qxB 2 ∂ Ψ(~ r, t) i~qyB ∂Ψ(~r, t)
+ i~ + −~ −
∂y 2c ∂x2 2c ∂x
2 2 2 2 2
i~q B y ~ qB ∂Ψ(~r, t) ~ qyB ∂ Ψ(~r, t)
= 2
Ψ(~r, t) − − −
4c 2c ∂x 2c ∂x∂y
i~q 2 B 2 y 2 ∂Ψ(~r, t) ~2 qyB ∂ 2 Ψ(~r, t) 3
3 ∂ Ψ(~ r, t)
2
− + i~ +
4c ∂y 2c ∂y∂x ∂x∂y∂x
~2 qB ∂Ψ(~r, t) ~2 qxB ∂ 2 Ψ(~r, t) i~yxq 2 B 2 ∂Ψ(~r, t)
+ + +
2c ∂x 2c ∂x2 4c2 ∂x
i~q 2 B 2 xy ∂Ψ(~r, t) i~q 2 B 2 y q 3 B 3 yxy
+ Ψ(~r, t) − Ψ(~r, t) +
4c2 ∂x 4c2 8c3
~2 qyB ∂ 2 Ψ(~r, t) i~q 2 B 2 xy ∂Ψ(~r, t) q 3 xy 2 B 3
− + Ψ(~r, t)+
2c ∂y∂x 2c2 ∂x 8c3
i~q 2 yB 2 ~2 qB ∂Ψ(~r, t) ~2 qB ∂Ψ(~r, t)
Ψ(~r , t) + + +
2c2 2c ∂x 2c ∂x
i~q 2 B 2 y 2 ∂Ψ(~r, t) ~2 qBy ∂ 2 Ψ(~r, t) 3
3 ∂ Ψ(~ r, t)
+ − i~ −
4c2 ∂y 2c ∂y∂x ∂y∂x2
~2 qxB ∂ 2 Ψ(~r, t)
2c ∂x2
~ qB ∂Ψ(~r, t) i~q 2 yB 2
2
= + Ψ(~r, t)
c ∂x 2c2
Assim
 2  ~2 qB ∂Ψ(~r, t) i~q 2 yB 2
p̂x , p̂y − Ψ(~r, t) = + Ψ(~r, t)+
c ∂x 2c2  
iq~B ∂Ψ(~r, t) qyB
−i~ + Ψ(~r, t)
c ∂x 2c
~2 qB ∂Ψ(~r, t) i~q 2 yB 2 ~2 qB ∂Ψ(~r, t)
= + Ψ(~r , t) +
c  ∂x c2  c ∂x
2i~qB ∂Ψ(~r, t) qBy
= −i~ + Ψ(~r, t)
c ∂x 2c
2i~qB
= [p̂x Ψ(~r, t)] .
c
Calculando o segundo termo da expressão (36)
 2 
p̂y , p̂y − Ψ(~r, t) = [p̂y , p̂y ]− p̂y Ψ(~r, t) + p̂y [p̂y , p̂y ]− Ψ(~r, t)

sabendo que [p̂y , p̂y ]− Ψ(~r, t) = 0, alcançamos:


 2 
p̂y , p̂y − Ψ(~r, t) = 0

Para o terceiro termo da expressão (36)


 2 
p̂z , p̂y − Ψ(~r, t) = [p̂z , p̂y ]− p̂z Ψ(~r, t) + p̂z [p̂z , p̂y ]− Ψ(~r, t)

e verificando que [p̂z , p̂y ]− Ψ(~r, t) = 0, obtemos:

p̂2z , p̂y
 

Ψ(~r, t) = p̂z p̂y p̂z p̂z Ψ(~r, t) − p̂y p̂z p̂z Ψ(~r, t)
  
∂ ∂ qxB
= −i~ −i~ − +
∂z ∂y 2c
    
∂ qxB ∂ ∂Ψ(~r, t)
i~ + −i~ −i~
∂y 2c ∂z ∂z
2
  
∂ ∂ Ψ(~r, t) i~qxB Ψ(~r, t)
= −i~ −~2 + +
∂z ∂y∂z 2c ∂z
2
  
∂ qxB 2 ∂ Ψ(~ r, t)
i~ + −~
∂y 2c ∂z 2
∂ 3 Ψ(~r, t) ~2 qxB ∂ 2 Ψ(~r, t) 3
3 ∂ Ψ(~r, t) ~2 qxB ∂ 2 Ψ(~r, t)
= i~3 + − i~ −
∂z∂y∂z 2c ∂z 2 ∂y∂z 2 2c ∂z 2

De posse disto, podemos obter:


 2 
p̂z , p̂y − Ψ(~r, t) = 0

Portanto, a expressão (36) pode ser escrita como


dp̂y Ψ(~r, t) h i i~qB
−i~ = Ĥ, p̂y Ψ(~r, t) = [p̂x Ψ(~r, t)] (37)
dt − mc

Para descrever a dinâmica do operador p̂z temos


dp̂z Ψ(~r, t) h i 1  2
p̂x + p̂2y + p̂2z − Ψ(~r, t)

−i~ = Ĥ, p̂z Ψ(~r, t) =
dt − 2m
1  2 2 1  2 2 1  2 2
= p̂x , p̂z − Ψ(~r, t) + p̂y , p̂z − Ψ(~r, t) + p̂ , p̂ Ψ(~r, t)
2m 2m 2m z z −
(38)

Calculando o primeiro termo dessa última expressão


 2 
p̂x , p̂z − Ψ(~r, t) = [p̂x , p̂z ]− p̂x Ψ(~r, t) + p̂x [p̂x , p̂z ]− Ψ(~r, t)
Sabendo que [p̂x , p̂z ]− = 0, temos
 2 
p̂x , p̂y − Ψ(~r, t) = p̂x p̂z p̂x Ψ(~r, t) − p̂z p̂x p̂x Ψ(~r, t)
   
∂ qyB ∂ ∂Ψ(~r, t) qyB
= −i~ + −i~ −i~ + Ψ(~r, t) +
∂x 2c ∂z ∂x 2c
   
∂ ∂ qyB ∂Ψ(~r, t) qyB
− −i~ −i~ + −i~ + Ψ(~r, t)
∂z ∂x 2c ∂x 2c
2
  
∂ qyB 2 ∂ Ψ(~ r, t) i~qyB ∂Ψ(~r, t)
= −i~ + −~ − +
∂x 2c ∂z∂x 2c ∂z
2
r, t) i~qyB ∂Ψ(~r, t) q 2 y 2 B 2
  
∂ 2 ∂ Ψ(~
i~ −~ − + Ψ(~r, t)
∂z ∂x2 2c ∂x 4c2
3
3 ∂ Ψ(~ r, t) ~2 qyB ∂ 2 Ψ(~r, t) ~2 qyB ∂ 2 Ψ(~r, t)
= i~ − − −
∂x∂z∂x 2c ∂x∂z 2c ∂z∂x
∂ 3 Ψ(~r, t) i~q 2 y 2 B 2 ∂Ψ(~r, t)
i~3 +
∂z∂x2 4c2 ∂z
Assim temos:  2 
p̂x , p̂z − Ψ(~r, t) = 0

Calculando o segundo termo da expressão (38)


 2 
p̂y , p̂z − Ψ(~r, t) = [p̂y , p̂z ]− p̂y Ψ(~r, t) + p̂y [p̂y , p̂z ]− Ψ(~r, t)

Sabendo que [p̂y , p̂z ]− Ψ(~r, t) = 0, temos


p̂2y , p̂z − Ψ(~r, t) = p̂y p̂z p̂y Ψ(~r, t) − p̂z p̂y p̂y Ψ(~r, t)
 
   
∂ qxB ∂ ∂Ψ(~r, t) qxB
= −i~ + −i~ −i~ − Ψ(~r, t) +
∂y 2c ∂z ∂y 2c
   
∂ ∂ qyB ∂Ψ(~r, t) qxB
− −i~ −i~ − −i~ − Ψ(~r, t)
∂z ∂y 2c ∂y 2c
2
  
∂ qxB 2 ∂ Ψ(~ r, t) i~qxB Ψ(~r, t)
= −i~ − −~ + +
∂y 2c ∂z∂y 2c ∂z
∂ 2 Ψ(~r, t) i~qxB ∂Ψ(~r, t) i~qyB ∂Ψ(~r, t)
 

i~ − ~2 + + +
∂z ∂y 2 2c ∂z 2c ∂y
q 2 xyB 2

Ψ(~r, t)
4c2
i~q 2 x2 B 2 ∂Ψ(~r, t) ~2 qxB ∂ 2 Ψ(~r, t) 3
3 ∂ Ψ(~ r, t)
=− + + i~ +
4c2 ∂z 2c ∂z∂y ∂y∂z∂y
~2 qxB ∂ 2 Ψ(~r, t) i~q 2 x2 B 2 ∂Ψ(~r, t) ~2 qxB ∂ 2 Ψ(~r, t)
− − −
4c2 ∂y∂z 4c2 ∂z c ∂z∂y
3
3 ∂ Ψ(~ r, t)
i~
∂z∂y 2

Deste modo, obtemos


 2 
p̂y , p̂z − Ψ(~r, t) = 0
Por sua vez, calculando o terceiro mebro da equação (38), temos
 2 
p̂z , p̂z − Ψ(~r, t) = [p̂z , p̂z ]− p̂z Ψ(~r, t) + p̂z [p̂z , p̂z ]− Ψ(~r, t)

Sabendo que [p̂z , p̂z ]− Ψ(~r, t) = 0, temos


 2 
p̂z , p̂z − Ψ(~r, t) = 0

Portanto, a expressão (38) pode ser escrita como


dp̂z h i
−i~ Ψ(~r, t) = Ĥ, p̂z Ψ(~r, t) = 0 (39)
dt −

Com base na expressão (39) é possı́vel afirmar que p̂z é um operador do tipo
constante de movimento. Neste contexto, a partı́cula quântica dotada de massa m e carga
elétrica q com dm
dt
= dq
dt
= 0, apresenta dinâmica de partı́cula livre ao longo do eixo z.
Quanto à dinâmica da referida partı́cula no âmbito do plano xy (perpendicular ao eixo z),
podemos escrever
dp̂x qB
Ψ(~r, t) − p̂y Ψ(~r, t) = 0 (40)
dt mc
dp̂y qB
Ψ(~r, t) − p̂x Ψ(~r, t) = 0 (41)
dt mc
Sabendo que
dx̂(t) dŷ(t) dẑ(t)
m = p̂x , m = p̂y , m = p̂z
dt dt dt

é possı́vel escrever as expressões (39), (40) e (41), como

d2 ẑ(t)
   
dp̂z d qB d qB
−i~ = −i~m = 0, p̂x − ŷ = 0 p̂y − x̂ = 0
dt dt2 dt c dt c

e ainda, podemos convenientemente re-expressar:


d2 ẑ(t)
   
dp̂z d c d c
=m = 0, ŷ − p̂x = 0 , x̂ − p̂y = 0
dt dt2 dt qB dt qB

Portanto, podemos identificar as seguintes constantes de movimento, a saber:

p̂z = cte (42)

E por conseguinte, a equação (42) expressa que a partı́cula quântica se desloca


com aceleração nula e velocidade constante ao longo do eixo z:
c
ŷ0 = ŷ − p̂x = cte (43)
qB
c
x̂0 = x̂ − p̂y = cte (44)
qB
E deste modo, x̂0 e y0 são operadores do tipo constante de movimento associados ao
movimento da partı́cula ao longo do plano xy.
Considerando que o operador momento canônico em coordenadas cartesianas, é
dado por
     
∂ ∂ ∂
p̂c = î −i~ + ĵ −i~ + k̂ −i~
∂x ∂y ∂z
podemos escrever os operadores momento linear como

qB ŷ qB ŷ
p̂x = p̂c,x + , p̂x = p̂c,x + , p̂z = p̂c,z
2c 2c

Assim é possı́vel reescrever os operadores x̂0 e ŷ0 como

c
ŷ0 = ŷ − p̂c,x = cte (45)
qB
c
x̂0 = x̂ − p̂c,y = cte (46)
qB

É importante destacar que os operadores x̂0 e ŷ0 descrevem as coordenadas do


centro da órbita circular da partı́cula disposta geometricamente no plano xy; portanto, a
distância entre o centro da supracitada órbita e o centro do sistema de coordenadas é dado
por
R̂02 = x̂20 + ŷ02

É relevante destacar sobre o fato de que os operadores x̂0 e ŷ0 comutam com o
operador hamiltoniano. Deste modo, calcularemos o comutador entre Ĥ e x̂0
h i 1  2  1  2 
Ĥ, x̂0 Ψ(~r, t) = p̂x , x̂0 − Ψ(~r, t) + p̂ , x̂0 − Ψ(~r, t)+
− 2m 2m y
1  2 
+ p̂ , x̂0 − Ψ(~r, t) (47)
2m z

Substituindo a expressão (46), teremos


h i 1  2  c  2 
Ĥ, x̂0 Ψ(~r, t) = p̂x , x̂ − Ψ(~r, t) + p̂ , p̂y − Ψ(~r, t)+
− 2m 2mqB x
1  2  c  2 
+ p̂y , x̂ − Ψ(~r, t) + p̂ , p̂y − Ψ(~r, t)+
2m 2mqB y
1  2  c  2 
+ p̂z , x̂ − Ψ(~r, t) + p̂ , p̂y − Ψ(~r, t) (48)
2m 2mqB z

Calculando o primeiro termo da expressão (48)


 2 
p̂x , x̂ − Ψ(~r, t) = [p̂x , x̂]− p̂x Ψ(~r, t) + p̂x [p̂x , p̂x ]− Ψ(~r, t)
Sabendo que
   
∂ qyB ∂ qyB
[p̂x , x̂]− Ψ(~r, t) = −i~ + Ψ(~r, t) − x −i~ + Ψ(~r, t)
∂x 2c ∂x 2c
qxyB ∂Ψ(~r, t) ∂Ψ(~r, t)
= −i~Ψ(~r, t) + Ψ(~r, t) − i~x + i~x +
2c ∂x ∂x
c  2 
+ p̂ , p̂y − Ψ(~r, t)
2mqB z
= −i~Ψ(~r, t)

Temos assim
    
 2  ∂ qyB ∂Ψ(~r, t) qyB
p̂x , x̂ − Ψ(~r, t) = (1 − x) −i~ + − i~ −i~ + Ψ(~r, t)
∂x 2c ∂x 2c
= −2i~p̂x Ψ(~r, t)

Calculando o terceiro termo da expressão (48)


 2 
p̂y , x̂ − Ψ(~r, t) = [p̂y , x̂]− p̂y Ψ(~r, t) + p̂y [p̂y , x̂]− Ψ(~r, t)

Sabendo que
   
∂ qxB ∂Ψ(~r, t) qxB
[p̂y , x̂]− Ψ(~r, t) = −i~ − xΨ(~r, t) + x i~ + Ψ(~r, t) = 0
∂y 2c ∂y 2c

Temos
 2 
p̂y , x̂ − Ψ(~r, t) = p̂y xp̂y Ψ(~r, t) − xp̂y p̂y Ψ(~r, t)
    
∂ qyB ∂ qxB ∂Ψ(~r, t)
= −i~ − x − x −i~ − − i~ −
∂y 2c ∂y 2c ∂y

qxB
Ψ(~r, t)
2c
∂Ψ(~r, t) qx2 B
  
∂ qxB
= i~ + i~x + Ψ(~r, t)
∂y 2c ∂y 2c
qx2 B
  
∂ ∂Ψ(~r, t) qxB
− i~x + i~ + Ψ(~r, t)
∂y 2c ∂y 2c
q 2 x3 B 2 i~qBx2 ∂Ψ(~r, t) 2 ~
2 ∂ Ψ((r), t)
= Ψ(~ r , t) + − ~ x −
4c2 c ∂y ∂y 2
q 2 B 2 x3 i~qx2 B ∂Ψ(~r, t) 2
2 ∂ Ψ(~ r, t)
2
Ψ(~r , t) − + ~ x
4c c ∂y ∂y 2
=0

Calculando o quinto termo da expressão (48)


 2 
p̂z , x̂ − Ψ(~r, t) = [p̂z , x̂]− p̂z Ψ(~r, t) + p̂z [p̂z , x̂]− Ψ(~r, t)
sabendo que
   
∂ ∂Ψ(~r, t)
[p̂z , x̂]− Ψ(~r, t) = −i~ xΨ(~r, t) − x −i~ =0
∂z ∂y

Temos
 2  2i~qB
p̂2y , p̂y
   2 
p̂x , p̂y − Ψ(~r, t) = p̂x Ψ(~r, t), −
Ψ(~r, t) = 0, p̂z , p̂y − Ψ(~r, t) = 0
c
Portanto, podemos escrever
h i i~ c 2i~qB
Ĥ, x̂0 = − p̂x Ψ(~r, t) + p̂x Ψ(~r, t) = 0
m 2mqB c

Assim, o operador x̂0 comuta com o operador hamiltoniano e por consequência é


um operador do tipo constante de movimento. Calculando o comutador entre Ĥ e ŷ0
h i 1  2  1  2  1  2 
Ĥ, ŷ0 Ψ(~r, t) = p̂x , ŷ0 − Ψ(~r, t) + p̂y , ŷ0 − Ψ(~r, t) + p̂ , ŷ0 − Ψ(~r, t)
− 2m 2m 2m z
(49)

Substituindo a expressão (46), teremos

h i 1  2  c  2 
Ĥ, ŷ0 Ψ(~r, t) = p̂x , ŷ − Ψ(~r, t) − p̂ , p̂x − Ψ(~r, t) +
− 2m 2mqB x
1  2  c  2  1  2 
p̂y , ŷ − Ψ(~r, t) − p̂y , p̂x − Ψ(~r, t) + p̂ , ŷ Ψ(~r, t) −
2m 2mqB 2m z −
c  2 
p̂ , p̂x − Ψ(~r, t) (50)
2mqB z

Calculando o primeiro termo da expressão (49)


 2 
p̂x , ŷ − Ψ(~r, t) = [p̂x , ŷ]− p̂x Ψ(~r, t) + p̂x [p̂x , p̂y ]− Ψ(~r, t)

e sabendo que
   
∂ qyB ∂Ψ(~r, t) qyB
[p̂x , ŷ]− Ψ(~r, t) = −i~ + yΨ(~r, t) − y −i~ + Ψ(~r, t) = 0
∂x 2c ∂x 2c

Temos
 2 
p̂x , x̂ − Ψ(~r, t) = p̂x y p̂x Ψ(~r, t) − y p̂x p̂x Ψ(~r, t)
    
∂ qyB ∂Ψ(~r, t) qyB
= (1 − y) −i~ + −i~ + Ψ(~r, t)
∂x 2c ∂x 2c
q2y3B 2 i~qBy 2 ∂Ψ(~r, t) 2
2 ∂ Ψ(~ r, t)
= 2
Ψ(~ r , t) − − 2~ y +
4c c ∂x ∂x2
2i~qy 2 B ∂Ψ(~r, t) q 2 y 3 B 2
− Ψ(~r, t)
c ∂x 4c2
=0
Calculando o terceiro termo da expressão (49)
 2 
p̂y , ŷ − Ψ(~r, t) = [p̂y , ŷ]− p̂y Ψ(~r, t) + p̂y [p̂y , ŷ]− Ψ(~r, t)

Sabendo que
   
∂ qxB ∂Ψ(~r, t) qxB
[p̂y , ŷ]− Ψ(~r, t) = −i~ + yΨ(~r, t) − y −i~ − Ψ(~r, t)
∂y 2c ∂y 2c
∂Ψ(~r, t) qxyB ∂Ψ(~r, t)
= −i~ − i~Ψ(~r, t) − Ψ(~r, t) + i~y +
∂y 2c ∂y
qxyB
+ Ψ(~r, t)
2c
= −i~Ψ(~r, t)

Temos
p̂2y , ŷ
 

Ψ(~r, t) = p̂y y p̂y Ψ(~r, t) − y p̂y p̂y Ψ(~r, t) − i~p̂y Ψ(~r, t)
  
∂ qxB ∂Ψ(~r, t) qxyB
= −i~ − −i~y − Ψ(~r, t) +
∂y 2c ∂y 2c
    
∂ qxB ∂Ψ(~r, t) qxB
−y −i~ − − i~ −i~ − Ψ(~r, t)
∂y 2c ∂y 2c
q 2 x2 yB 2 i~qxyB ∂Ψ(~r, t) 2
2 ∂ Ψ(~ r, t) 2
2 ∂ Ψ(~ r, t)
= 2
Ψ(~r , t) + − ~ y 2
− ~ +
4c 2c ∂y ∂y ∂y 2
i~qxB ∂Ψ(~r, t) q 2 x2 yB 2 i~qxyB ∂Ψ(~r, t)
(1 + y) − 2
Ψ(~r, t) − +
2c ∂y 4c 2c ∂y
∂ 2 Ψ(~r, t) i~qxyB ∂Ψ(~r, t) i~qxB ∂Ψ(~r, t)
~2 y 2
− + Ψ(~r, t) − ~2
∂y 2c ∂y 2c ∂y
 
∂Ψ(~r, t) qxB
= −2i~ i~ − Ψ(~r, t)
∂y 2c
= −2i~p̂y Ψ(~r, t)

Calculando o quinto termo da expressão (49)


 2 
p̂z , ŷ − Ψ(~r, t) = [p̂z , ŷ]− p̂z Ψ(~r, t) + p̂z [p̂z , ŷ]− Ψ(~r, t)

sabendo que
   
∂ ∂Ψ(~r, t)
[p̂z , ŷ]− Ψ(~r, t) = −i~ yΨ(~r, t) − y −i~ =0
∂z ∂z

Temos
 2 
p̂z , ŷ − Ψ(~r, t) = p̂z y p̂z Ψ(~r, t) − ŷ p̂z p̂z Ψ(~r, t) = 0

Sabendo que
2i~qB
p̂2x , p̂x p̂2y , p̂x p̂2z , p̂z
     

Ψ(~r, t) = 0, −
Ψ(~r, t) = − p̂y Ψ(~r, t) e −
Ψ(~r, t) = 0
c
Portanto, podemos escrever
h i i~ i~
Ĥ, ŷ0 =− p̂y Ψ(~r, t) + p̂y Ψ(~r, t) = 0
− m m

Deste modo, o operador ŷ0 comuta com o operador hamiltoniano e, por conse-
guinte, trata-se de um operador do tipo constante de movimento. Ainda é possı́vel calcular
o comutador entre os operadores x̂0 e ŷ0

[x̂0 , ŷ0 ]− Ψ(~r, t) = x̂0 ŷ0 Ψ(~r, t) − ŷ0 x̂0 Ψ(~r, t)


     
c ∂ qxB c ∂ qyB
= x+ −i~ − y− −i~ + Ψ(~r, t)−
qB ∂y 2c qB ∂x 2c
     
c ∂ qyB c ∂ qyB
y− −i~ + x+ −i~ − Ψ(~r, t)
qB ∂x 2c qB ∂y 2c
  
x i~c ∂ y i~c ∂Ψ(~r, t)
= − Ψ(~r, t) + −
2 qB ∂y 2 qB ∂x
  
y i~c ∂ x i~c ∂Ψ(~r, t)
+ Ψ(~r, t) −
2 qB ∂x 2 qB ∂y
xy i~cx ∂Ψ(~r, t) ~2 c2 ∂ 2 Ψ(~r, t) i~c
= Ψ(~r, t) + + 2 2 − Ψ(~r, t)−
4 2qB ∂x q B ∂y∂x 2qB
i~cy ∂Ψ(~r, t) xy i~cx ∂Ψ(~r, t) i~c
− Ψ(~r, t) − − Ψ(~r, t)+
2qB ∂y 4 2qB ∂x 2qB
i~cy ∂Ψ(~r, t) ~2 c2 ∂ 2 Ψ(~r, t)
− 2 2
2qB ∂y q B ∂x∂y
i~c
= − Ψ(~r, t) (51)
qB

O raio da trajetória da partı́cula quântica é dado por


2 2
R̂2 = x̂2 − x̂20 + ŷ 2 − ŷ02 (52)

Fazendo uso das expressões (45) e (46), temos


2  2
c2

c c
2
R̂ = − p̂y + − p̂x = 2 2 p̂2x + p̂2y

qB qB q B

Reescrevendo em termos do operador hamiltoniana no âmbito do plano xy obte-


mos
2mc2
R̂2 = Ĥxy (53)
q2B 2

6. Momento angular
R̂ = r̂ × P̂c (54)
tal que
~r = xî + y ĵ + z k̂
     
∂ ∂ ∂
P~c = −i~ î + −i~ ĵ + −i~ k̂
∂x ∂y ∂z

~ = (yPc,z − zPc,y ) î + (yPc,x − zPc,z ) î + (yPc,y − zPc,x ) k̂


L

∂Ψ(~r, t) ∂Ψ(~r, t)
L̂x Ψ(~r, t) = y P̂c,z Ψ(~r, t) − z P̂c,y Ψ(~r, t) = −i~y + i~z
∂z ∂y

∂Ψ(~r, t) ∂Ψ(~r, t)
L̂y Ψ(~r, t) = z P̂c,x Ψ(~r, t) − xP̂c,z Ψ(~r, t) = −i~z + i~x
∂x ∂z

∂Ψ(~r, t) ∂Ψ(~r, t)
L̂z Ψ(~r, t) = xP̂c,y Ψ(~r, t) − xP̂c,x Ψ(~r, t) = −i~x + i~y
∂y ∂x

y c
y0 = − P̂c,x
2 qB
x c
x0 = − P̂c,y
2 qB

y2 c
y(y0 ) = − y P̂c,x
2 qB
x2 c
x(x0 ) = − xP̂c,y
2 qB

y2 c
− y(y0 ) = y P̂c,x
2 qB
x2 c
− x(x0 ) = xP̂c,y
2 qB

qB qB 2 qB qB 2
L̂z Ψ(~r, t) = xx0 Ψ(~r, t) − x Ψ(~r, t) + yy0 Ψ(~r, t) − y Ψ(~r, t)
c c c c
qB 2 2qB 2qB
x + y 2 Ψ(~r, t) +

=− xx0 Ψ(~r, t) + yy0 Ψ(~r, t)
c c c

R̂02 = x̂20 + ŷ02


R̂2 = (x − x0 )2 + (y − y0 )2
= R̂02 + x2 + y 2 − 2xx0 − 2yy0

R̂2 − R̂02 = x2 + y 2 − 2xx0 − 2yy0

qB  2 2

L̂z Ψ(~r, t) = − R̂ − R̂0 Ψ(~r, t) (55)
2c

7. Images
8. References
the author names references in brackets, e.g. [?], [?] [?] [?] [?] [?] [?] [?] [?] [?] [?] [?]
[?] [?]

Você também pode gostar