JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO SUL DO ONTÁRIO - O OBJECTIVO

PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER

Segunda -Feira, 14 de Março 2011 | Ano I N.º39 www.pcnewsnetwork.com *www.abcpcn.ca *www.abcpcn.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Mississauga progride O “nosso” Peniche Marco Paulo

a olhos vistos tem 30 anos vem aí
Foi uma visita. Estivemos na
Simples e curta. Sede, ali na Está quase aí. Marco Paulo
Deu para College. Vem à Casa do Alentejo
anotarmos Vimos o que e ao Portuguese Cultural
coisas de Por ali se passa Centre de Mississauga, a
interesse para E anotámos convite da
a cidade e para Os preparativos empresa Hollywood
a comunidade. Da festa de anos. Productions.
Pág. 6 Pág. 8 Pág. 5

Há por aí “mosquitos por cordas”. E isto porque, face
aos alunos de origem portuguesa não completarem o En-
sino Secundário senão numa margem de 66%, há que
tomar uma atitude. E há, assim, quem entenda que vale
a pena organizar Escolas “alternativas” para ajudar os...
“pobrezinhos”. De uma forma geral, a comunidade está
PARA
PORTUGUESES
contra isso. Até porque nos interessa muito mais arran-
jar “modelos” para os nossos jovens... sem a criações de
“ghetos” ou coisa que o valha. Discriminação, não.

Geração “à rasca”...
Págs. 2 e 7

Não têm emprego, não têm dinheiro... juntaram-se em manifestação. Foram

mais de 300 mil. À falta de melhor, José Sócrates considerou a manifestação de
jovens, como uma brincadeira de carnaval. Mas a verdade é que a manifestação
juntou gente... de todas as idades. Pág. 16 A verdade é
que foram

A Natureza
muitos
milhares.
Em Lisboa...

em fúria
paralizaram
a cidade.
E mostraram
o seu
descontentamento
perante tudo
o que se
está a passar.
E não foram
apenas jovens,
não. Foram
todos. O
mesmo

O Japão sofre...
aconteceu
noutras cidades
Pag. 17 do País. Pág 16
 2 . Nossa Gente 14 de Março 2011
Um ponto
da situação
Diga lá... Por: Lara Ingrid/F. Cruz Gomes

*Escolas “Alternativas” para Portugueses. Sim ou não?

Pedro Jorge Na semana que agora passou, surgiu a ideia – uma vez mais trazida a público – de que a Direcção Escolar de Toronto estaria a
Costa Baptista estudar o facto de que 34% dos estudantes de origem Portuguesa não completarem o Ensino Secundário. E uma das soluções que
Em primeiro lugar, gostaria de felicitar o Presidente da República estaria a ser proposta, designadamente por uma trustee de origem portuguesa era precisamente a criação de Escolas alternativas
Portuguesa, pois foi na quarta-feira passada que a tomada de posse para Portugueses. O que não parece agradar, de forma alguma, à comunidade. Fomos à rua e fizemos a pergunta.
ocorreu. Apesar de manter afastado do cenário que se desvenda e Das cinco pessoas ouvidas... nenhuma concordou com esta ideia “peregrina” de criar as tais Escolas alternativas.
revela em Portugal (falarei ou comentarei, se e só se, um leitor ou sa, uma espécie de um apartheid,
o chefe o pedir) considero que ele foi correcto ao falar como falou em relação às outras comunidades,
e até “leve” com o governo e o primeiro-ministro, mas o Presidente que não se justifica de maneira ne-
não deve ser instrumento da desordem e anarquia, por isso deve ter nhuma. Em todas as comunidades,
calma e analisar o momento. há bons estudantes e há maus estu-
dantes. Infelizmente, estão a pôr-
O preço do ouro nos mercados internacionais está a subir, atingindo nos numa situação em que estamos
a ser empurrados para uma espécie
valores impressionantes, e as economias estão silenciosamente a HELDER COSTA – Eu acho que de discriminação, com o apoio de
mudar outra vez. Os bons economistas, cientistas políticos e es- isso não é uma boa ideia. Porque, ao algumas senhoras que se dizem lí-
pecialistas em direito deverão compreender isso; mas a razão pela fim e ao cabo, a gente deve tentar deres da comunidade ou querendo
qual não falam... bem é a mesma porque eu não falo: tudo está a ANA BARROS - Não. É votar integrar as culturas diferentes umas representar a comunidade. Para
mudar para matérias que não foram escritas em livros ou manuais. ao ostracismo a população luso- mim... é um disparate. PEDRO JORGE BAPTISTA
com as outras. Então, faz algunm
Vêem-se economias crescerem sem desenvolvimento e o desen- – Eu penso que essa ideia da Es-
canadiana e que precisa de ser in- sentido uma classe para chineses,
volvimento que existe revela-se tímido e fechado, mas de facto o cola alternativa é errada. Penso
centivada. E isso é possível fazer, para portugueses, para italianos? que os jovens devem ir para a
que é espantoso é mesmo o facto de isto ser sustentado. estimulando as mentes a continuar o Eu acho que isso não é boa ideia. Universidade ou devem tirar Cur-
programa de Ensino normalizado e Eu penso que quem quiser estudar, sos com os quais possam exercer
Também se assiste a mudanças no plano político internacional. Mas adaptado. Não como se fossem infe- já tem as coisas no sítio para poder profissões, como electricista ou
leva a pensar e se o que se passou na Líbia acontecesse na China, riores psicologicamente. As pessoas estudar. outros. Deve-se parar de dizer aos
o que faria a comunidade internacional, apoiaria o povo chinês e não são inferiores. São inteligentes, jovens que eles têm de se conten-
condenaria o governo chinês, enviaria as suas frotas para o mar da são dotadas, são bons trabalhadores. tar com pouco. Têm é de ser o que
China, ou pensaria na estabilidade da economia internacional. Isto Precisam de um incentivo, a jeito eles quiserem ser... e terem apoio.
considerando que na China não existe democracia e agora o seu Não por serem filhos de alguém ou
de chama no coração que os chame SÓNIA RORIZ – Eu acho total-
povo contenta-se por ver dinheiro entrar. por serem filhos de quem trabalhe
para serem mais... Portanto, temos mente errado os Portugueses terem para certas pessoas. Não pode haver
que unir os nossos esforços para escolas diferentes. Não somos me- “lobbies”. Temos é de apostar em
Ou seja: navegamos por mares nunca antes navegados – conseguir esse objectivo que é pos- nos do que os outros. Acho, assim, mentes e há muito talento escon-
literalmente. sível. E devemos estar prontos para que devem andar em escolas nor- dido, há bons e maus alunos que
mostrar que Portugal vai mais além, JOÃO FERREIRA – Na minha mais e isso dos Portugueses terem têm de ser descobertos, apreciados
Um outro ponto, não que me espante, é o facto de as forças leais ao mesmo no estrangeiro. opinião, estão a tentar criar um ghe- percentagens menores do aproveit- e valorizados. Esse é que é o futuro
regime na Líbia estarem a voltar a ganhar o controlo da situação. to, dentro da comunidade portugue-
amento ou do avanço para o Ensino
da comunidade. Esses jovens é que

Clubes e Associações
Espero do fundo do coração que o controlo, se total, leve os vence-
dores (?) a serem brandos com os rebeldes.
Um último ponto:
Envie-nos a sua lista de eventos semanais
AMOR DA PÁTRIA - Sábado, 26
de Março, Baile da Primavera a
A minha consideração e fraternidade vai para o povo japonês, a
realizar-se na Casa dos Açores, com
propósito da desgraça que se abateu por sobre. Que a tragédia se o conjunto Chaves D’Ouro, pelas
desvaneça e que eles com graça recuperem depressa. Espero que
o número de vítimas não suba mais (os mortos), e que os vivos
enterrem os seus com dignidade e tenham a oportunidade de os
19h00. Contactar: 647-764-5868.
ASAS DO ATLÂNTICO - Sába-
do, 19 de Março: Jantar e Baile
honrarem. O Canadá agiu bem para com o povo japonês. da Tradicional Matança do Porco
com o DJ Asas e o Grupo da Am-
Até para a semana. izade. Sábado, 26 de Março: Con-
curso Mini Miss Asas do Atlântico
2011/12, com início às 19h00. En-
tretenimento com a cantora Jessica
Amaro.
CASA DOS AÇORES – Sábado,
19 de Março - Baile da Primav-
Ficha técnica era abrilhantado por Duo SomLuso.
Para mais informações e reservas
Propriedade: contacte a CAO 416 603 2900 ou
ABC Portuguese Canadian Newspaper Ltd Cidalia Sousa 289 997 8946.
CASA DO ALENTEJO - Sexta-fei-
ra, 18 de Março: Espectáculo com
Director: Marco Paulo e a sua banda (uma
Fernando Cruz Gomes iniciativa de Hollywood Produc-
Conselho Empresarial: Fernando Cruz Gomes, Presidente; Paulo tions com a CAT), no salão nobre,
Fernando, Vice-Presidente; Carlo Miguel, Tesoureiro; com jantar e a iniciar-se às 19h00.
e Lara Ingrid, Secretária. Domingo, 20 de Março: Almoço
especial de confraternização com
a Direcção e com os Grupos da
Redacção e Cronistas: Casa. As portas abrem às 13h30 no
Salão Nobre. Sábado, 26 de Março:
Revista Musical “I have a dream”,
António Pedro Costa (Ponta Delgada), António dos Santos
dirigida por Joaquim Silva. Jantar
Vicente, Carlo Miguel, Cristina Alves (Lisboa), Custódio António e espectáculo no Salão Nobre, com
Barros, Edgar Quinquino (Hamilton), Fernando Cruz Gomes,
Fernando Jorge, Guida Micael, Helder Freire (Lisboa), Humberto
Os doces mais
início às 19h00.
CENTRO CULTURAL PORTU-
GUÊS DE MISSISSAUGA - Sába-
do, 19 de Março, espectáculo musi-
cal com Marco Paulo e a sua banda.
Reserve com antedencia, pelo 905-
286-1311.
FIRST PORTUGUESE – Sexta-
feira, 25 de Março: Noite de Vetera-
nos e Fado Vadio com João Brito e
seus convidados acompanhados à
Guitarra por Gabriel Teves e à Viola
por Januario Araujo, na sede, no
60 Caledonia Rd. Preço por Adulto
$30.00
GRACIOSA COMMUNITY CEN-
TRE - Sábado, 19 de Março, Baile
com S&A Productions.
IRMANDADE DO DIV ESPIRI-
TO SANTO (Cristo Rei e Salvador
do Mundo) - Sábado, 19 de Março,
Celebração da Comunidade, com
jantar no salão da Igreja e início às
18h30.
PENICHE COMMUNITY CLUB –
Comemorações do 30.º aniversário.
Sexta, 18, Porto de Honra na sede
social, com recepção aos convida-
dos que vêm de Portugal. Sábado,
19, Jantar de Gala, com início às 19
h., no Ambiance Banquet Hall, 501
Alliance Av.
AB HOR
deverão valorizar os Portugueses e
Superior... isso não quer dizer nada. irão valorizar a comunidade... a ser
Nós temos é de olhar para a frente e prestável no Canadá. Podemos ser
tentar ensinar os nossos filhos que a Portugueses, mas estamos no Ca-
Escola é importante e que, portanto, nadá e é ao Canadá que nos temos
devem continuar com os estudos. de dirigir. E é essa mente que deve
ser posta a trabalhar.
Poema matemático
Joana Correia
Aquela nuvem
Parece uma equação...
Ah! Se eu descobrisse a incógnita!
Aquela?
Mas já não é uma equação
São catetos.
Não faz mal
Quero descobrir a hipotenusa
Aquela
Mas já não são catetos
É um expoente,
Com base de notação cientifica
Estou tão contente!
Matemática e eu
Julieta e Romeu
São membros da equação
Fruto da minha imaginação.
Sete e sete são catorze
Com mais sete são vinte e um
Menos nove são doze

Costa (Luanda), John Paz (Bradford), Lara Ingrid, Maria João Sem contar com mais nenhum.
24

doces só aqui...
Rafael (Lisboa), Pedro Jorge Costa Baptista, Sérgio Alexandre,
ER AS

Sónia Catarina Micael. Juro que não entendo

TO

Qual é o problema dos problemas

Secretária de Redacção: Quando estes são mais fáceis
Lara Ingrid Que escrever poemas.
Chefe Gráfico: Pedro Nunes foi matemático
Sérgio Alexandre Descobriu a loxodromia
Telefones: Para alguns é dor de cabeça
Para mim é alegria.
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Adivinhem quem?
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JACK´S BAKERY Não sei o que escrever
Tenho a cabeça a doer!
 14 de Março 2011
EDITORIAL
Quem dá
o primeiro passo?
Este Presidente é um portento. Vai-se ao baú das coisas em que,
nos últimos meses e anos, se deixou atolhar e... arrasou o Gover-
no, fazendo um apelo àquilo a que chamou o “sobressalto cívico”
dos portugueses. No diagnóstico da situação do País foi mais do
que duro... foi cáustico. De tal forma que deixou um apelo aos
mais jovens, insistindo em que devem fazer ouvir a sua voz. Foi,
de facto, arrasador para Sócrates e seus companheiros.
O País vai mudar. E se não mudar... temos nós de acreditar que
aquilo a que assistimos, na quarta-feira, em plena Assembleia da
República, não foi mais do que dar sequência ao que se vem pas-
sando no País, agora “submetido a uma tenaz”. A jeito de teatro
sem contrapartida no mundo real. Teatro. E que não passa disso.
E mesmo que tenha pedido aos Portugueses para “despertarem
da letargia”... não tinha outra intenção que não fosse brincar com
as palavras, dar uma volta ao bilhar grande da nossa angústia e
Helder Freire
Jornalista(Lisboa)
Confesso que estou à rasca sem saber sobre o que escrever
esta semana.
Será que deveria contar a fábula do Pedro (Passos Coelho)
e do lobo? Aquela em que Pedro tantas vezes hesita em
mandar o Governo abaixo, que um dia passa o prazo de
validade para o fazer?
Ou deveria chamar a atenção, para o beco sem saída em que
se encontra a coisa política portuguesa, com a necessidade de
um governo forte, saído da convergência de vários partidos,
mas cujos líderes teimam em não se entenderem no essencial?
Ou ainda, deveria eu realçar a falta de chá que José Sócrates
demonstrou, ao deixar os presidentes da República e da As-
sembleia, plantados à espera que ele acabasse de dizer umas
banalidades aos jornalistas, para depois ir cumprimentar as
duas figuras do Estado que estavam à espera dele, como man-
da o protocolo?
Pois já vou quase a meio do espaço que me dão e, como vêm,
ainda estou à rasca.
Felizmente que não sou só eu.
Se não vejamos: Como eu, à rasca ficou o Governo que, na
tribuna que lhe está reservada, não escondia a incredulidade
À rasca
pelas palavras de Cavaco Silva que descascava forte e feio,
nos cinco anos do consulado de Sócrates.
À rasca ficaram os jornalistas e comentadores de serviço, que
estavam à espera de um discurso de água com açúcar e a atrap-
alhação foi mais que muita quando tiveram de mudar a agulha
do comentário politicamente correcto, que já tinham na ponta
da língua.
Ficou também à rasca, Francisco Assis, líder parlamen-
tar do PS quando em desalinho e ainda ruborizado pelo que
acabava de ouvir, disse cobras e lagartos do Presidente da
República. Atordoados e à rasca, estiveram também os suspei-
tos do costume, Ana Gomes e José Lello e os mais que adiante
se verá.
Bom, à hora em que escrevo este comentário, não sei como
Se não vejamos…
vai decorrer a manifestação da geração «à rasca», mas espero
que não aconteça aquilo que se passou em Viseu, quando meia
dúzia de jovens, interromperam um discurso de Sócrates aos
militantes do seu partido e exigiram mais oportunidades de
vida, de trabalho, de carreira e de emprego para sua sobre-
vivência. E enquanto os guarda-costas do Secretário-Geral do
PS, os empurravam porta fora, Sócrates ironizava com a mi-
séria alheia, convidando-os para jantar.
Não têm emprego, não têm dinheiro, mas podiam jantar à
conta do PS.
À falta de melhor, José Sócrates considerou a mini-manifesta-
ção de jovens, como uma brincadeira de carnaval.
Não foi bonito. O homem ficou mesmo à rasca!
ficar-se, apenas, numa magiatratura de influência, que já tem bar-
bas, tantas vezes a foi usando ao longo dos seus dias presidenciais.
Ou o Presidente faz mudar tudo aquilo... ou mudamos nós no apre-
ço que tínhamos por este Presidente. Sim, porque tudo o que foi
dito – ou quase tudo – seria um óptimo intróito para uma dissolução
da Assembleia ou para um murro na mesa para deitar fora um Gov-
erno que, na sua óptica e nas palavras proferidas, tão mal tem feito
à Nação. O discurso de posse tão violento como aquele que Cavaco
Silva proferiu – e que muitos consideram o mais violento de um
Presidente desde 1976 – não pode ser só isso.
E por muito que chamasse às suas palavras um “discurso da ver-
dade”, em situação “de emergência económica, financeira e so-
cial”... só assim será se for mais avante. E sendo como é um apelo
a uma nova forma de fazer política só resultará se for para ir mais
longe. É que os termos usados, do “sobressalto cívico” a uma “so-
ciedade civil forte e dinâmica”, tudo parece fazer ponte para o des-
pertar da letargia.
Mais sacrifícios
A guerra entre Belém e S. Bento está ao rubro. Depois do discurso
de Cavaco Silva, na tomada de posse, José Sócrates encenou, de
forma magistral como é seu hábito, uma estratégia de conflito in-
stitucional, para provocar o Presidente da República e a Oposição,
vitimizando-se mais uma vez aos olhos da opinião pública.
Não cabe na cabeça de ninguém que o Governo tenha anunciado
um novo PEC, impondo mais sacrifícios aos portugueses, sem
dar cavaco a Cavaco Silva. Com o desplante que o caracteriza, o
Primeiro-Ministro justificou-se com uma “vertiginosa sucessão de
acontecimentos” antes da mini-cimeira europeia.
Esta é a primeira vez que tal acontece, dado que nos PEC anteriores
Sócrates manteve Cavaco Silva previamente informado do que ten-
cionava fazer para colocar as contas em ordem e credibilizar o país
junto dos mercados.
Gostei do discurso de Cavaco, sobretudo do diagnóstico. Estatística
crua e com reflexões que nos levam a crer que a sua magistratura
activa é para levar por diante, numa perspectiva de sociedade que
não se compagina com as modernices de José Sócrates.
Somos agora confrontados com estas novas medidas que vêm pe-
nalizar ainda mais as áreas sociais mais vulneráveis, com os cortes
nas pensões e impostos, contrariando as afirmações do Presidente
da República, ao dizer com toda a propriedade que há limites para
os sacrifícios impostos aos portugueses. Não tenhamos ilusões, as
novas medidas de consolidação orçamental vão afundar ainda mais
a economia de Portugal e penalizar fortemente a vida de todos os
portugueses.
A tradição já não é o que era
Mais um Carnaval se passou e mais uma vez se assistiu a
uma aberração cultural em Portugal. O que se viu por este
país fora foi uma espécie de imitação barata do Carnaval do
Rio de Janeiro, o mais mediático do mundo. Mas até mesmo
o Brasil respeita as suas tradições culturais. Veja-se a forma
como o Carnaval é celebrado na Baía, por exemplo, para en-
tender que o Rio não é modelo único ou obrigatório nem
mesmo em terras de Vera Cruz.
A Europa também tem outras tradições carnavalescas, como
o conhecido Carnaval de Veneza, que comporta ainda ecos
do Renascimento.
Mesmo em Portugal, o Carnaval genuinamente português
tem mais a ver com Gigantones e Cabeçudos ou com as “ma-
trafonas” de Torres Vedras e os Caretos do Nordeste do país,
do que com as meninas em biquíni a dançarem – e mal – o
samba e a tremer de frio na rua, em pleno mês de Março,
tudo para tentarem imitar as cariocas, essas sim, verdadei-
ras sambistas no calor da “cidade maravilhosa” a desfilar no
Sambódromo da Marquês de Sapucaí, ao serviço da repre-
sentação de um samba-enredo cuidadosamente concebido e
ensaiado.
Agora digam-me como é que é possível isto acontecer num
país que nem sequer tem verdadeiras escolas de samba, pois
Material Editorial . 3
Não admira assim que Francisco Assis – ainda hei-de desco-
brir com quem ele se parece no jogo do xadrês que se jogava na
“corte” de Hitler – desancasse no Presidente, logo que o discurso
terminou, chamando ao seu discurso “sectário” e de “facção”.
Passos Coelho, ao contrário, chamaria ao discurso algo de no-
tável. E repetiu a ideia de Cavaco de que “há limites para os sac-
rifícios que as pessoas possam fazer”. Sobretudo porque o maior
partido da Oposição tem dado ao Governo todas as condições
para governar.
As relações entre Belém e São Bento mudaram. E o Povo enten-
deu isso. Mesmo Sócrates – habituado ao disfarce - não disfarçou
o que lhe ia na alma. Só que este primeiro-ministro não é como
o bom do Guterres. No pântano... não vai fugir. Cavaco sabe-o.
É capaz de estar à espera que o PSD faça a sua parte. Teve agora
mais uma oportunidade, com a moção do Bloco de Esquerda. Só
que achou que o não deveria fazer. Vá lá saber-se porquê... e até
quando vai deixar ao Presidente a necessidade de ser ele a agir.
Algo terá de ser feito... porque o Povo não aguenta mais.
António Pedro Costa
Deputado Regional
dos Açores
E agora o que irá acontecer, se Pedro Passos Coelho já veio dizer
que o PSD não vai apoiar as medidas anunciadas pelo ministro das
Finanças, considerando não haver desculpas, pois se estas medidas
adicionais são necessárias é porque o Governo não soube ou não
quis fazer aquilo que lhe competia. Mais ainda, o PSD já tornou
público que o Governo desta forma estava a denunciar o acordo que
permitiu a viabilização do Orçamento de Estado.
Pelos vistos estas medidas não são mais do que a gota de água que
transborda no copo e, a partir de agora, não sabemos se este Gover-
no tem sustentabilidade para continuar em funções. Sócrates estará
a esticar a corda para sair do pântano?
Não nos podemos esquecer que com este novo PEC vai haver
redução de verbas para os Açores e Madeira, bem como para as
Câmaras Municipais, o que poderão por em causa o normal funcio-
namento do Poder Local. Os autarcas, cuja maioria é socialista, já
levantaram a voz, mas de nada servirá, ficando o futuro dos açoria-
nos e ainda mais comprometido.
Estou em crer que nunca ninguém imaginou, que depois do dis-
curso que o Presidente da República fez, o Governo viesse aplicar
um dia depois mais medidas de austeridade para conseguir atingir
metas do défice.
A ver vamos como vai evoluir a situação económica e política do
país, já que os mercados não têm dado tréguas, com a subida ver-
tiginosa dos juros da dívida activa portuguesa. Conseguirá Sócrates
aguentar-se mais uma vez?
Cristina Alves
jornalista (Lisboa)
são as colectividades que concorrem às marchas populares
no mês de Junho – essas sim, genuinamente portuguesas –
que também desempenham o papel de ícones carnavalescos.
À custa de copiar um modelo estranho à nossa cultura, os
interesses turísticos sobrepõem-se assim a esses pormeno-
res. Veja-se os investimentos publicitários de quase todas as
cidades que promovem programas de Carnaval, que apenas
pretendem atrair turistas com uma imitação barata do Car-
naval do Rio.
O problema é que este é apenas um entre muitos exemplos
da forma como se encara a cultura portuguesa em geral. Em
vez de investirmos no que distingue cada local, preferimos
plagiar aquilo que enche o olho e que pode garantir algum
retorno imediato, mesmo que nada tenha a ver com a nossa
realidade local.
É caso para dizer: “É Carnaval ninguém leva a mal!”... Será?!
 4 . Comunidades 14 de Março 2011
Aparatoso incêndio Mais estudantes completam o Ensino
em Brampton Secundário
O Ontário está a tornar-se ainda mais competitivo, agora que
mais estudantes estão a concluir o ensino médio.

As taxas de graduação têm subido em cada um dos últimos

Um incêndio aparatoso em Branpton. Na segunda-feira à noite, ai-
nda os bombeiros estavam a fazer o rescaldo. Anteriormente, um
cidadão idoso tinha sido enviado para o Hospital.
O fogo começou por volta das 10 horas, num lado de uma casa
geminada, na 21 Doncaster Dr., na área de Brampton Bramalea.
Cerca de 10 camiões dos bombeiros estiveram no local. As chamas
poderiam ser vistas a sair do telhado da casa.
A vítima, que tem 78 anos, tinha sofrido inalação de fumos leves
e foi levado para o hospital. Mora, sozinho, na casa, mas alguns
membros da sua familia mais chegada estiveram na zona.
Os bombeiros trabalharam no local até ao final da tarde de segunda-
feira. E o chefe da equipa de socorro estaria, agora, a iniciar uma
investigação sobre as causas do incêndio nos próximos dias.
seis anos - passando de 68 por cento em 2003-04 para 81 por
cento em 2009-10. Isto representa, afinal, um aumento de
13 pontos percentuais. Significa, afinal, que cerca de 72.000
alunos se formaram, no último ano, ou seja, mais do que
de outra forma se as taxas permaneceram no nível de 2003-
2004.
Programas de especialidades e elevadas competências Ma-
jors são uma forma do governo ajudar os alunos a permanec-
er na escola e fazerem pós-graduação.
85 por cento de graduação. • Existem agora mais de 1.000
A construção de uma força de trabalho bem educado e trei- especialistas de programas principais, habilitados em 18
nado, que ajuda o Ontário a competir na economia global é diferentes áreas, tais como silvicultura, construção, aviação
parte do plano de Ontário para abrir a porta para um futuro e desporto.
brilhante para os graduados do ensino médio.
Permanecer na escola até aos 18 anos ou até à graduação tem
De resto, o Ontário está empenhado em chegar a um taxa de sido lei desde 2006.

Colisão fatal na região

de York

Segundo a polícia, um homem que morreu em colisão na região de

York, na manhã de segunda-feira, cruzou a linha de centro para a
pista contrária.
A vítima, um homem nos seus vinte anos, estava conduzindo na di-
reção leste na Estrada Nashville, cerca das 6h30, quando o veículo
por motivos ainda não confirmados ficou atravessado na pista em
sentido contrário. A Sunfire, que ele estava conduzindo, bateu, em
seguida, numa camioneta, como disse a Polícia Regional de York.
O condutor da camioneta sofreu ferimentos leves e foi transportado
para o hospital apenas por precaução, informou a polícia.
A polícia diz que não poderia confirmar a identidade do homem,
porque o carro em que viajava está registrado sob o nome de uma
mulher.
A estrada teve de ser encerrada ao trânsito durante várias horas

NINGUÉM E SUPER-HOMEM MAS…

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 14 de Março 2011
Novos Corpos Gerentes
da Casa da Madeira
José A.
De Freitas,
Salomé
Gonçalves
E Luis
Bettencourt.
Na Casa da Madeira, realizaram-se, ontem, as eleições para os no-
vos corpos gerentes da prestimosa colectividade. Uma razoável
afluência de votantes acabou por escolher uma nova equipa direc-
tiva.
José A. De Freitas foi eleito para presidente da Assembleia-Geral,
e Salomé Gonçalves ficou como Presidente da Direcção, cargo que
Marco Paulo:
Um regresso esperado
ao Canadá
“Os Portugueses do Canadá são como se fossem da minha família...”
É já nos próximos dias 18 e 19 de Março que Marco Paulo
regressa ao Canadá, desta vez, respectivamente, à Casa do
Alentejo Community Centre, em Toronto, e ao Portuguese
Cultural Centre of Mississauga, a convite da empresa Hol-
lywood Productions.
Em ambos os espectáculos o conhecido músico irá cantar
todos os seus grandes sucessos, desde o «Nossa senhora»,
ao «Maravilhoso coração», sem esquecer o seu maior êxito,
«Dois amores».
Nesta sua passagem pelo Canadá, o cantor vai ainda levantar
a ponta do véu do seu último disco Vida, aproveitando para
interpretar dois a três novos temas deste trabalho, que se-
gundo o artista lhe “deu imenso prazer ter feito”.
“Foram dois meses carregados de emoção e espero ter cor-
respondido ao gosto do público”, referiu Marco Paulo, recor-
dando os tempos de gravação do álbum.
Todos os anos vinha ao Canadá
O músico lembra ainda a época em que todos os anos ia
cantar ao Canadá: “Conheço quase todas as grandes cidades
onde há uma forte comunidade portuguesa e é sempre com
muita emoção que o volto a fazer, pois os portugueses que
estão no Canadá são como se fossem a minha família. Sinto-
me em casa”.
já ocupava. Ambos os dirigentes foram aclamados, já que não havia
outros concorrentes. Para o cargo de presidente do Conselho Fiscal
apareceram três candidatos, acabando por ser eleito Luis Betten-
court.
Saudamos o novo elenco directivo, fazendo votos de continuados
sucessos.
Cristina Alves
A familiaridade com esta comunidade faz com que o músico
considere a sua deslocação ao Canadá como “um reencontro
com o seu público, no qual espera que ambas as partes cor-
respondam às expectativas”.
O artista confessa ainda que espera “grande afluência de
público nos espectáculos, para com ele poder partilhar as
minhas canções”.
Dos portugueses, Marco Paulo apenas tem elogias a faz-
er: “É um povo muito carinhoso, muito generoso e recebe
sempre bem e eu sinto-me um cantor privilegiado porque o
aplauso dos portugueses acompanha-me sempre, já que, em
qualquer parte do mundo, têm acesso a tudo o que vem do
seu querido país”.
Contando já com 45 anos de carreira, o músico ‘apenas’ pede
saúde para o futuro, “para continuar a fazer o que tenho feito
até agora”, confessa.
Canadá . 5
Angrense S. Clube
em festa
Não vamos, infelizmente, muitas vezes, à popular colectividade da
Bloor. E a verdade é que, pelo seu apego à tradição e pelo muito que
diz a todos os Angrenses... mereceria, de facto, mais visitas.
No sábado, era o Baile do Pescador, tradicional nas ilhas. E mesmo
que se perca na memória dos tempos, o começo da tradição, a ver-
dade é que ela existe e foi trazida para cá pelos que vieram da bela
ilha.
A Direcção, em força, esteve presente neste Baile do Pescador. Fes-
ta animada, muitos dançarinos e muitas arrematações. No fundo, foi
uma festa de confraternização e convívio.
O sabor
da Gastronomia
Angolana
Não estivemos presentes e... temos pena. Um engano de
horários, por parte da nossa equipa de reportagem, fez com que
chegássemos ao local, já passava das 8, quando tudo estava
marcado para acabar às 7 horas da noite. Outra vez será.
“Panela de Barro” (O sabor da gastronomia angolana) era o
tema. O início estava marcado para as 4 horas da tarde e o
encerramento às 19.00.
Era, afinal, um evento alusivo ao dia da mulher, que teve como
maior objectivo divulgar a cultura angolana na província do
Ontario e principalmente angariar fundos para a organização
poder pôr em acção alguns dos seus projectos.
As nossas saudações.
Baile da Pinha
na Casa do Alentejo
Uma festa animada. Daquelas que fazem encher o vasto salão da
Casa do Alentejo. Era o Baile da Pinha. Animado. Interessante de
seguir. Com João Duarte e Arminda Boucinha a serem nomeados
(ou eleitos, nem sabemos...) Rei e Rainha do Baile da Pinha. E com
toda a azáfama que deu... o puxar das fitas para abrir a Pinha.
 6 . Comunidades
No Dia Mundial da Poesia
“Poesia na Primavera” Comércio que está a andar e a olhar o futuro
É já sabido. A Unesco, uma Agência subsidiária das Nações Unidas,
instituiu para os seus numerosos membros o Dia Mundial da Poesia
a ser celebrado cada ano, em 21 de Março.
Como refere a “Família Portuguesa”, o Canadá tem uma significativa
presença de autores de países lusófonos que já publicaram livros
nos países de origem e também no Canadá e compõem versos que
são cantados por grupos de artistas que percorrem o país e entoam
os seus versos. No final do Concurso de Poesia com o tema: «Poesia
na Primavera», os concorrentes apresentarão duas quadras relativas
ao tema proposto.
Haverá exposição de publicações em livros, revistas e jornais.
Publicação de uma Revista Comemorativa.
O Concurso de Poesia – cujo quadro de entregue de trabalhos
terminou a 10 de Março - estará aberto a qualquer pessoa que possa
expressar-se em Português e deve constar de somente duas quadras
sobre o tema «Poesia na Primavera».
O final do concurso de “Poesia na Primavera” será a 20 de Março,
no Ambiance Banquet Hall. As portas abrem às 12.30. O almoço de
convívio será servido à 1 hora.
Para reserva de lugares, contactar Paulo Pereira,
Email:pereiramanuel@rogers.com
ou Jornal Família Portuguesa: Email:FamiliaPortuguesa@ica.net
ou por telefone (416) 533-8501
Desejamos-lhe um PRÓSPERO ANO NOVO... com Saúde!
Reportagem de rua... numa rua de Mississauga
*Automóveis vendem-se e dão mais força ao todo geral da zona
Uma visita a Mississauga. Visita apressada, que deu, no entanto,
para anotar que o Progresso anda por ali e vive, até, em zonas onde
os Portugueses vivem. Aquela “plazza” do Távora, por exemplo,
vai tendo de tudo um pouco, tendo, sobretudo, muitos clientes,
o que nos dá a entender, naturalmente, que o serviço é bom e os
produtos também. De contrário, era capaz de estar por ali... mas
sem futuro. E a verdade é que a Caldense e o Piri-Piri e o próprio
Armazém Távora têm futuro, também por ali...
Depois, zizagueámos e demos connosco a olhar um “stand” de
automóveis. A jeito de modelo, na forma como tudo deve estar.
Entrámos. Olhámos os nomes que estavam configurados nos
pequenos escritórios e... bingo, Fernando Martins estava lá. Dois
dedos de conversa e saiu reportagem. Daquelas que têm, pelo menos,
o condão de dizer à nossa gente... que temos gente a saber fazer as
coisas. Logo de início, uma placa – não importante, nós sabemos
– a dizer que ele tinha feito um curso (“Non confrontational “) no
Canadian Automobile Academy. Para saber mais até em éticas.
Mercado automóvel como está?
E, já agora, o que é que os compradores portugueses, que ali entram,
procuram saber. Sim... o que é que pretendem. “Querem, no fundo,
14 de Março 2011
Carlo Miguel Cruz Gomes/F. Cruz Gomes
um bom negócio, com pagamentos cómodos...” Para Fernando
Martins, “muitos deles entram apenas para se certificar do que
estão a ver de fora”. Depois até saem clientes. E isto porque ali,
naquele recanto da Honda – “Ready Import Ltd”, em Mississauga –
há uma boa selecção. E há bons métodos de pagamento. É ele quem
nos diz, mas nós sabemos que é verdade.
Nos tempos que correm... é difícil vender? Deixámos a pergunta
e obtivemos uma resposta simples... mas explicativa. “Quando a
pessoa sabe o que quer... não é difícil”. Mas “agora quando a
pessoa está nas dúvidas se há-de ir para o carro A, B ou C... aí
tem de se dar mais ou menos todas as opções e benefícios e ir
fazendo a diferença...”
Honda. Honda... porquê? Para Fernando Martins... “Honda por
que é uma marca reconhecida” que “nunca deixa o condutor
ficar mal, até nos serviços de manutenção do carro ou carrinha
comprados. Não é cara... e está acessível”. Por outro lado, “é
uma marca que dura...”
Às vezes compra-se um carro americano, por exemplo, um pouco
mais barato. Só que, quando a garantia acabar, tudo vai ser mais
difícil. Até por causa da manutenção e de um ou outro problema
que esses carros dão.
Procurar um vendedor português?
As conversas são como as cerejas... e Fernando Martins acha que,
hoje em dia, o Português médio domina bem a Língua Inglesa,
“que já não procura tanto o vendedor Português, mas eu penso
que se souberem que está na zona um compatriota, eu tenho a
impressão que eles até vêm”. Fernando Martins vai raciocinando,
a nosso pedido. Esta terá sido também a razão pela qual Fernando
Martins foi para o local, 230 Dundas St. East, em Mississauga.
E a verdade é que Fernando Martins está por ali por várias razões.
Uma delas tem a ver com o facto de estar perto de casa. “E além
disso – é ele quem o diz – estou perto de uma comunidade
grande e estou a trabalhar com pessoas com as quais eu posso
confiar e vão servir a comunidade... 5 estrelas”.
Um outro tema. “O mercado agora, no princípio do ano, é sempre
um bocadinho mais fraco e mais lento. Meteram-se as festas e
as pessoas estão como que a recuperar das despesas que tiveram
e as vendas... enfraquecem um pouco. Mas, de Março para a
frente, as pessoas começam a andar um pouco melhor...”
O negócio está a andar...
De qualquer modo... vende-se. Como a recessão ainda não passou
– aprendemos isso lá por cima – as pessoas parecem ter um pouco
mais de tempo para estudar. “O negócio não está óptimo, mas vai-
se vendendo...”
De conversa em conversa, “a ideia de que não é só comprar o
carro. É o serviço que, depois, o stand dá. E quando estamos
dentro de um stand, que tem uns excelentes profissionais, tem
uns preços acessíveis... as pessoas sentem-se mais confortáveis
em trazer depois o carro para a manutenção...”
Tony Nhan é o gerente de vendas de novos automóveis da Ready
Import Ltd. Começou como vendedor, sendo mesmo um dos mais
antigos, a despeito de ser ainda jovem. Entende que “mesmo entre
as pessoas que entram no stand... há coisas que todos temos de
saber. Comprar um carro grande? Um carro mais pequeno?
Depende até das idades. Das famílias. Há quem prefira uma
Van... para acomodar a família...”
Conversa. Que não tínhamos programada. Que não estava na agenda
dos repórteres. Mas que aconteceu...
 14 de Março 2011 Comunidade . 7

Escolas “Alternativas”
para alunos
de origem Portuguesa
* Isto é... o quê?
Anda outra vez agora, por aí, um motivo de celeuma que não dá para entender. Uma vez
mais se fala nos meninos luso-canadianos que não acabam o Ciclo Liceal. Que se ficam
pelos caminhos do dia-a-dia sem acabarem o tal ensino obrigatório. A exemplo do que já
acontece há uns anos atrás. Os números citados – agora muito citados – dizem que apenas
Fernando Martins
66 por cento dos estudantes de origem Portuguesa, atingem a chamada “graduação”. E cell 416 -258-8104
que 34 por cento... ficam sem esse estágio importante da vida de cada um.

E quando esperávamos que houvesse estudos aturados para se saber o que acontece... e
por que acontece, dois “trustees” da Direcção Escolar Pública de Toronto... devem ter já
feito ouvir a sua voz, numa das reuniões, para propôr duas coisas.
Uma será a composição de uma comissão para estudar o problema.

COMECE O ANO A GANHAR!

O que nem é mau... e já de-
veria ter começado há mui-
to. Outra... é já a porta aberta Visite Fernando Martins e Ready Honda
para se criar uma eventual
Escola alternativa para lidar e traga hoje para casa um dos nossos
com esses meninos e menin- modelos premiados
as. Com a qual não podemos
concordar.
m
Por norma, quando se não e c e ba u
ra r de a
quer resolver um problema... Ago Cartãgoasolinvic
i
0 dedelos C
cria-se uma comissão.
Que não vai a lado algum. 7 5
$ mo
Que faz que anda sem andar. nos
E neste caso... o tema é de-
masiadamente importante
Maria Rodrigues está no centro do problema e vai, decerto,
para não ir a lado algum.
ajudar a resolvê-lo.

Não era melhor dar “modelos” aos meninos?

Entendemos – cada vez entendemos mais – que o problema é bem capaz de ser grave.
Se apenas 66 por cento dos estudantes portugueses completam o Ensino Secundário...
quando a média geral é de 76 por cento... alguma coisa está mal. Mas a Escola alternativa
apenas vai agudizar o problema. Dar um tom de discriminação. Ofender, até, um Povo
como o nosso. E pena temos nós de ser até uma “trustee” de origem portuguesa que esteja
para aí virada.

Melhor fora que engrossasse as fileiras dos que, no seio da própria comunidade, criaram
coisas como o “Projecto Diploma” ou o “On Your Mark”. Que, decerto, já deram alguns
resultados. Falaram com os pais, deram explicações aos mais novos, incentivaram-nos,
afinal, a prosseguir a carreira académica.

Assim, não. Chega a parecer que não querem resolver o problema. Porque, através da
discriminatória Escola alternativa... é mesmo de quem não quer resolver o problema. E
que não quer olhar para “modelos” que já temos entre advogados e médicos, “trustees”
escolares e gerentes de grandes empresas comerciais e industriais, de políticos até.
Assim... não.
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O Rancho Estrelas do Norte
esteve, sábado, em festa. Esti-
- a comer Rojões, a dançar e a
festejarem os anos de uma das
Rancho, Kathlyn que fez... três
anos de idade. Parabéns para
RE3H3BEY). Model Shown: selling price of new 2011 Honda
CR-V EX 2WD (Model RE3H5BJ) is $33,215. Prices include $1,530 // $1,685 // $1,590 freight and PDI, EHF tires ($29), EHF filters ($1), air conditioning tax ($100) and OMVIC fee ($5). License, insurance, registra-
tion, and taxes (including HST and tax for fuel conservation, if applicable) are extra. †Limited time lease offers on a new 2011 Honda Civic Sedan SE (Model FA1E6BJX) // 2011 Honda Accord Sedan SE (Model
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monthly payment due at lease inception. Total lease obligation is $9,027
 8 . Comunidades
A fachada do prédio
O Peniche Community Club of Toronto está agora a completar
trinta anos de existência. Uma colectividade ligada à zona de onde
lhe advém o nome, vai comemorar as três décadas numa festa a que
estarão presentes entidades vindas da zona de Peniche.
Estarão por cá, para a semana, o Presidente da Câmara Municipal
de Peniche, António José Correia, e António Salvador, presidente
da Junta da Freguesia da Atouguia da Baleia.
Nas festividades a decorrer, no sábado, 19 de Março, no Ambiance
Banquet Hall, estará presente, também, Francisco José Martins,
vice-presidente de Os Belenenses.
No sábado, estivemos por lá. E anotámos o muito que ali vai
decorrendo, em entusiasmo e confraternização.
O Futebol a juntar as pessoas. O Futebol, designadamente com uma
Academia que está ligada ao Clube “Os Belenenses”.
Na comemoração dos trinta anos de existência, haverá festa rija,
com a presença do Conjunto Tabu e Stephanie Tavares. Clara Abreu
será a merstre de cerimónias. Falta uma semana...
mas há quem se esteja a preparar.
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Peniche Community Club of Toronto
Trinta anos na vida de uma colectividade
Jogam cartas
Chico Bolota Joel Filipe
Trinta anos é uma vida... Joao Freixo
João Freixo é dirigente da colectividade e diz-nos que “trinta anos De facto, representa “o orgulho de ser fundador... e o clube ainda
é uma vida... na vida das pessoas. E, sobretudo, nesta comunidade, existir, quando muitos já ficaram pelo caminho”. Não deixa de
onde notamos, a toda a hora, a dificuldade em se gerir os clubes”. dizer, no entanto, que “o clube está a andar bem... e já tivemos altos
A dificuldade, até, em ser director, “onde a gente tem de aturar as e baixos, como todos, mas agora vai andando bem... e vai andar
madurezas de todos, como se costuma dizer, as boas disposições, ainda melhor”.
as más disposições... temos de lidar com isso tudo...” De qualquer
modo “é sempre salutar a gente lidar com tudo isto, porque temos O mesmo tom em muitas outras conversas. Num dos cantos,
aqui muitos amigos...” Chico Bolota, que já foi campeão pelo Peniche, quando o Peniche
ganhava por cá... o que por cá havia a ganhar. Jack Chalabardo
Em termos de programa dos festejos do 30.º aniversário, “temos ouvia, de longe, e interrompeu. “Para vosso conhecimento – é ele
já um programa bastante vasto e com uma certa projecção dentro quem o diz – fomos vice-campeões no ano passado, subimos de
daquilo que é apanágio do clube. Comemorar os nossos aniversários
é como que comemorar as mais valias do clube”.
Na tarde de sábado, quando lá fomos... vários sócios estavam
divisão e este ano só há uma Liga acima da nossa, que é a Canadian
Soccer League. Clube melhor, a nível amador, não há melhor que o
Peniche, não só na comunidade, mas em todo o Ontario”.
por ali. Entretinham-se a jogar às cartas. Interrompemos o jogo e Jack Chalabardo está à frente da Academia. Será que ela está a
funcionar? – “A Academia está a funcionar e vamos tentar que
estivemos à conversa com vários.
funcione ainda melhor...” A Academia tem uma equipa de sub-18,
Orgulho de ser fundador sub-17, sub-16, sub-15 e sub-9, ou seja uma média de cerca de 150
Joel Filipe, um dos fundadores, entende que “o 30.º aniversário... alunos. Nada mau.
representa que estou mais velho, pois a fundação foi há trinta anos... Em tarde de sábado, muita gente na colecttividade. E ali não era o
e quer dizer que eu tenho mais trinta anos também”. futebol, não. Era um pacato jogo de cartas.
Antologia de autores lusófonos
no Canadá Haverá jantar, pelas 19.30, seguindo-se, então, o
O Grémio Literário de Língua Portuguesa vai fazer o lançamento da antologia e entretenimento.
lançamento da nova antologia de autores lusófonos no Canadá. O Para fazer marcações, podem os interessados, ligar para
lançamento de mais esta antologia está marcado para 1 de Abril, no Fátima Toste, 905-829-1549; fatima-toste@hotmail.com; Lalita
Oásis Catering & Convention Centre, no 1036 da Lakeshore Road Lisboa: 416 532 1200, lalitalisboa@gmail.com; ou Luís Palaio,
East, em Mississauga. 416-656-0942.
Mais 50 milhões
para Toronto
O bilhete premiado de 50 milhões de dólares do jackpot do Lotto
Max foi comprado em Toronto. Saiu, portanto, em Toronto.
Onze dos 32 prémios MaxMillions de 1 milhão cada, foram
também atribuidos no sorteio de sexta-feira à noite.
Três dos bilhetes premiados no MaxMillions foram vendidos no
Ontário: um em Toronto, um em Woodbridge, e o terceiro em
Otava.
Dois outros bilhetes premiados MaxMillions foram vendidos no
Quebeque, três nas Pradarias e um na British Columbia.
Os restantes dois prémios de dois milhões de dólares serão
compartilhados por compradores de bilhetes em Oshawa,
Newmarket, Quebeque Canadá e nas Pradarias. Cada um desses
quatro bilhetes é de 500.000 dólares.
14 de Março 2011 Mensagem . 9
 Guida Micael/ F. Cruz Gomes
10 . Comunidades
Casa da Madeira
Mais um “problema” para Ana Bailão
ajudar a resolver
Era a Festa da Mulher, na Casa da Madeira. Uma Festa da Mulher,
que teve de tudo um pouco, e que até serviu para se aflorarem
problemas que preocupam, até, os nossos clubes da área. De resto,
este evento foi o primeiro de uma série de reuniões festivas, onde
serão homenageadas vários elementos que, como voluntários, e ao
longo dos anos, têm vindo a dedicar tempo e esforço nas actividades
daquela casa regional.
Nesta noite, foi a senhora Teresa Freitas que recebeu um ramo de
flores e uma placa de agradecimento pela dedicação à causa da
Casa da Madeira e da comunidade portuguesa em geral.
A vereadora luso-canadiana Ana Bailão esteve presente. E já em
palco, informou que se tem empenhado em resolver o problema de
estacionamento que aflige, não só o comércio da zona da Dupont,
entre a Symington e a Osler, mas também os clubes portugueses
que têm a sua sede por ali. Mais informou que, em breve, irá a
Conselho a mudança de estacionamento para o lado sul daquele
trecho de via. Mais uma coisa que ainda se deve ao então vereador
Adam Giambrone, pelos vistos, sem prévia consulta, como muitos
Religião e Fé
Bons conselhos
Rev. João Duarte
     O profeta Isaías, o qual viveu, setecentos anos antes de
Cristo ter nascido, profetizou a vinda do Filho de Deus ao mundo
e escreveu no capítulo 9 e versículo 6 a seguinte profecia: “Por-
que um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado
está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Con-
selheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz.” Cada
nome que o profeta Isaías foi guiado pelo Espírito Santo a escrever
acerca do Filho de Deus revela algo acerca do seu caracter e minis-
tério. Um desses nome foi que Ele seria chamado “Conselheiro.”
Os quatro autores dos evangelhos do Novo Testamento, Mateus,
Marcos, Lucas e João escreveram os acontecimentos históricos da
vida de Cristo, o seu nascimento, milagres, morte e ressurreição,
como também os seus ensinamentos. É nos seus ensinamentos que
encontramos os bons conselhos que o Filho de Deus deu para a
humanidade e assim se cumpriu a profecia de Isaías de que o seu
nome seria “Conselheiro.”
     Jesus deu muitos bons conselhos. Um dos conselhos que Jesus
frequentemente deu aos seus ouvintes foi acerca do que precisavam
de fazer para terem a vida eterna. Nos nossos dias, a maioría das
pessoas não acreditam que é possível ressuscitar fisicamente dos
mortos e ter uma vida eterna com Deus numa nova terra e novos
céus (Apocalipse 21:1-8). Muitos pensam que a vida humana é
somente aqui na terra e depois da morte tudo acabou. Todavia,
Jesus deu aos seus ouvintes o seguinte conselho: “Eu vim para
que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10:10). Esta
vida abundante refere-se à vida eterna com Deus no futuro e a vida
que Ele nos aconselhou a praticar enquanto vivemos neste mundo
temporário e cheio de pecado.
      Um dia um homem chamado Nicodemos foi ter com Jesus para
pedir-lhe um conselho acerca do que uma pessoa precisava de fazer
para viver eternamente no reino de Deus. A resposta que Jesus lhe
deu foi a seguinte: “Na verdade, na verdade, te digo que aquele que
não nascer de novo não pode ver o reino de Deus” (João3:3). Nico-
demos não compreendeu o que significava “nascer de novo” como
também muitos nos nossos dias não sabem o que significa nascer
de novo. Todavia, Jesus explicou a Nicodemos que nascer de novo
significa ter um nascimento espiritual. Este nascimento espiritual
acontece quando comprendemos que a salvação não vem através
das nossas boas obras, mas pela fé que a morte de Cristo pagou a
dívida total dos nossos pecados e nos garante a vida eterna (Ro-
manos 3:24,28; Gálatas 2:16; Efésios 2:8-9). Reparem que Jesus
disse a Nicodemos o seguinte: “Porque Deus amou o mundo, de tal
maneira, que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).  Noutra
ocasião, Jesus deu o mesmo conselho à multidão que lhe perguntou
qual era a obra que precisavam de fazer para terem a vida eterna.
Jesus respondeu e disse: “A obra de Deus é esta: Que creiais na-
quele que ele enviou” (João 6:29). E mais adiante Jesus disse à
multidão o seguinte: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele
que crê em mim tem a vida eterna” (João 6:47). Portanto, a fé no
sacrifício de Jesus Cristo germina o novo nascimento espiritual,
obtem para nós o perdão total dos nossos pecados (Actos 10:43),
recebemos a vida eterna (Romanos 6:23), e quando Cristo vier dos
céus segunda vez Ele nos ressuscitará com um corpo glorioso para
reinarmos com Ele para sempre no paraíso (João 11:25-26; I Co-
ríntios 15:23,42-58).
se queixam.
E falando na festa dedicada à Mulher, Ana Bailão mostrou-se
radiante. Disse que até na composição autárquica, após as ultimas
eleições, há mais mulheres como vereadoras (15).
O mestre de cerimónias foi José Mário Coelho.
Na Casa do Alentejo
Muito já foi feito
mas mais há a fazer
Já o dissemos. No dia 8 de Março de 1857, operárias nova-
iorquinas da indústria têxtil fizeram uma greve. Queriam igualdade
de salários e a redução da jornada de trabalho para dez horas.
Contam os documentos da época que foram, então, fechadas na
fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130
mulheres morrem queimadas.
Um drama que começou com uma luta laboral cheia de significado
e de razões de ser.
Entretanto, em 1910 – só em 1910 - numa conferência internacional
de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem
àquelas mulheres, comemorar o 8 de março como “Dia Internacional
da Mulher”.
Hoje como ontem, há ainda, por todo o mundo, um rol muito
grande de desigualdades a que temos de pôr cobro. E o sentido do
Dia Internacional da Mulher é mesmo esse. Fazer do mundo – com
homens
e mulheres – um local mais igual e mais fraterno.
A Casa do Alentejo lembrou a efeméride
Foi assim que, na passada terça-feira, a Casa do Alentejo organizou
um jantar para celebrar este dia tão importante para todos nós que
é o homenagear a mulher, como mãe, esposa ou colega. E ao levar
avante estas manifestações pretende-se, afinal, que num futuro
próximo deixe de existir a descriminação de que a Mulher tem
vindo a ser alvo.
Actuou o Grupo Coral Feminino da CAT, liderado pela Bia
Raposo. Um painel constituido por três elementos bem conhecidos
na comunidade - Felicidade Rodrigues Macedo e as advogadas
luso-canadianas, Eunice Machado e Connie Freitas, tendo como
moderador Luis Medeiros – enalteceu o esforço de ontem e de hoje
das mulheres e dissertou sobre o tema que ainda aflige tudo e todos.
Em foco, a explicação do valor da mulher através dos tempos e as
conquistas de igualdade até ao presente momento havendo ainda
muito para caminhar para que esteja em igualdade com o homem
em todas as dimensões. O que terá de incluir o mesmo trabalho,
horas com o mesmo salário a ser pago aos homens. De referir o
acesso à educação superior e formação técnica designadamente nos
sectores da medicina, engenharia e direito.
A mulher portuguesa imigrante não foi esquecida, lembrando-se na
altura que o estatuto da mulher foi evoluindo com os tempos nestes
50 anos de imigração portuguesa.
Houve depois um período interactivo com presentes cujo número
naquela noite em festa pela causa da Mulher ultrapassava a casa
dos cem, com muitas perguntas sobre o que se poderá fazer para
terminar com este tipo discriminatório.
Minah Jardim abrilhantou e encerrou o jantar/convívio com a
interpretação de diversas composições de sua autoria.
14 de Março 2011
Comentário Semanal de Economia e Mercados
– Semana de 7 a 11 de Março
Parceria ABC/Montepio
Economia Portuguesa
A semana passada, em Portugal, ficou marcada, do ponto
de vista da divulgação de indicadores macroeconómicos, pela
estimativa final do PIB do 4ºT2010 – que confirmou uma queda
trimestral de 0.3% –, bem como pelos últimos dados referentes à
Inflação – que revelaram uma ligeira desaceleração desta taxa, em
Fevereiro, de 3.6% para 3.5%, permanecendo num nível bastante
elevado em resultado do efeito (temporário) do agravamento da
carga fiscal ocorrido no início deste ano e da escalada dos preços
das commodities.
Trata-se de dois temas de enorme relevância,
designadamente numa altura em que o BCE começa a sinalizar a
intenção de proceder, no curto-prazo, a uma subida das taxas de juro
na Zona Euro, levantando não apenas questões relacionadas com a
adequabilidade do recurso à Política Monetária para combater as
actuais pressões inflacionistas, mas, também, “colocando a nu” as
assimetrias actualmente existentes no seio da União Económica e
Monetária (UEM). Ou seja, os actuais riscos inflacionistas na Zona
Euro advêm, sobretudo, dos preços das commodities energéticas, o
que, no quadro de uma recuperação económica da UEM a um ritmo
apenas gradual e a diferentes velocidades – mesmo nos principais
países ainda não se recuperou dos níveis de Actividade pré-crise,
e, nos países periféricos (onde se inclui Portugal), as economias
ainda não chegaram, sequer, a aquecer –, desaconselha o aperto da
Política Monetária como forma de controlar a Inflação, mesmo que,
por detrás deste eventual aperto, esteja a gestão da credibilidade
do BCE. Porquê? Porque: i) esta credibilidade poderia ser gerida
com um discurso que explicasse aos agentes, precisamente, a
inadequabilidade da Política Monetária para combater pressões
inflacionistas decorrentes de “choques da oferta” – como o que
ocorre, actualmente, nos mercados petrolíferos; ii) a subida das
taxas de juro, não obstante poder dissuadir alguma especulação
nos mercados petrolíferos, irá, essencialmente, contribuir para o
“arrefecimento económico” da Zona Euro e para um agravamento
dos actuais desequilíbrios geográficos, penalizando, naturalmente,
aqueles países que se encontram numa situação mais desfavorecida,
como é o caso de Portugal.
Mas a divulgação destes dados macroeconómicos
acabou, todavia, por ser ofuscada pelo principal evento da semana
– o anúncio, por parte do Governo português, no âmbito da
Actualização Anual do Programa de Estabilidade e Crescimento
(PEC), de um conjunto de Linhas de Orientação para o
triénio 2011-2013, como forma de reiterar o empenhamento do
Executivo em fazer face aos seguintes desafios: i) consolidação
das Finanças Públicas; ii) promoção do crescimento e correcção
dos desequilíbrios macroeconómicos; iii) estabilização do sector
financeiro e melhoria das condições de financiamento da economia.
Sobre a adequabilidade destas novas Medidas e Linhas de
Orientação, consideramos ser, ainda, cedo para se proceder a uma
avaliação objectiva. Ficamos, contudo, com a sensação de que estas
surgem mais como uma “exigência” das autoridades europeias
do que, propriamente, como uma necessidade para a “saúde” da
economia portuguesa.
Rui Bernardes Serra (RBSerra@Montepio.pt)
José Miguel Moreira (JoseMoreira@Montepio.pt)
14 de Março 2011 Mensagem . 11

PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER

 12 . Desporto
Sporting volta a marcar Benfica cede empate na Luz
passo frente ao Rio Ave com o lanterna vermelha
Um ano e dois dias depois, o
Benfica voltou a empatar. O
Portimonense, lanterna ver-
melha do campeonato, ainda
esteve a ganhar, mas o «su-
plente» Nuno Gomes valeu o
golo do empate aos encarnados,
que ficam agora a 10 pontos do
líder FC Porto, mas com mais
um jogo.
Jorge Jesus surpreendeu ao
apresentar de início equipa com
muitas novidades (só Aimar
presente das figuras habituais)
e viu o Portimonense ganhar
ânimo. A formação algarvia
começou por atirar uma bola à
trave e, logo depois, beneficiou
de grande penalidade (pretensa
mão na bola de Roderick dentro
14 de Março 2011
da grande área) para inaugurar
o marcador, por Ricardo Pessoa.
Pelo quinto jogo consecutivo
no Estádio da Luz, os encar-
nados começavam em desvan-
tagem. Nos quatro anteriores
deu a volta, desta feita, com
jogadores pouco rotinados, não
foi suficiente. Jorge Jesus ainda
lançou Salvio e Gaitán no início
da segunda parte, logo depois
apostou em Nuno Gomes.
O Portimonense, naturalmente a
apostar no contra-ataque, ainda
voltou a atirar ao ferro da baliza último reduto da equipa algar- começam assim a despedir-se
do Benfica, mas foi o Benfica via, tal não aconteceu. oficialmente da possibilidade
a chegar ao empate, por Nuno Com as poupanças a pensar de chegar ao título. O FC Porto,
Gomes. A Luz ainda ganhou no compromisso da Liga Eu- caso vença hoje, segunda-feira,
esperança em nova reviravolta, ropa, na próxima quinta-feira alarga a distância para 13 pon-
mas, apesar do forte aperto ao frente ao PSG, os encarnados tos.

Paços Ferreira
perde em Aveiro

Exibição sofrida dos leões, que não foram além de um em-

pate na visita ao Rio Ave. Valeu a prestação de Rui Patrício,
negando por diversas vezes o golo à formação vilacondense.
O Sporting voltou a perder pontos na luta pelo terceiro lugar
do campeonato, depois de ter empatado a zero, este sábado,
na visita ao terreno do Rio Ave.
A equipa treinada por Carlos Brito vinha de uma série de
quatro vitórias consecutivas e apresentou-se em boa forma,
dominando boa parte do encontro. Rui Patrício viveu uma
noite inspirada, mantendo as suas redes invioladas perante as
investidas vilacondenses. O Beira Mar foi a primeira eq-
Um jogo disputado a um ritmo elevado, com oportunidades uipa a derrotar o Paços de Fer-
em ambas as balizas. Os leões também se depararam com reira em 2011. Foi a primeira
vitória de Rui Bento no co-
a oposição cerrada do guarda-redes adversário, Mário Fel- mando técnico dos aveirenses.
gueiras. O Beira Mar não ganhava há
Os leões perderam mais dois pontos fora de casa e podem oito jogos. O jogo inaugural da
ver, muito em breve, Paços de Ferreira ou Vitória de Gui- jornada 23 da 1ª Liga terminou,
marães reaproximar-se do terceiro lugar. assim, na sexta-feira, com a
vitória do Beira Mar por 3-1 so-
bre o Paços de Ferreira.
Leandro Tatu marcou aos 3
O Jack vende qualidade... minutos. O Beira Mar ao in-
tervalo vencia por 1-0. Mário
Rondon empatou aos 61. Dja-

Qualidade,
mal aos 70 desfez a igualdade e
no último minuto dos descontos
concedidos pelo árbitro, Renan
Variedade de Pão, fixou a contagem final.
O Paços de Ferreira ter-
Doces e Salgados minou com 10 unidades. A 12
minutos do fim, o árbitro Mar-
co Ferreira expulsou Leonel
venha deliciar-se Olímpio.
O treinador Rui Bento, estreou-
ou encomende... se nos jogos em casa com uma
vitória, atribuindo aos joga-

651 1780
dores o mérito do triunfo.
Já o treinador do Paços de Fer-
(416) reira, Rui Vitória, reconheceu
que a sua equipa teve um mau
JACK´S BAKERY início que acabou por ser mar-
cante no resultado final do de-
safio.
 14 de Março 2011 Desporto . 13

Assim vai o Campeonato “maior”

O Benfica abdicou, ontem, em definitivo de lutar pela revalidação
do título na Liga portuguesa de futebol, ao jogar com as “reservas”
e empatar na receção ao “lanterna vermelha” Portimonense (1-1),
na 23.ª jornada.
Prescindindo de início de todos os 11 jogadores que deverão ser
titulares quinta-feira, no reduto do Paris Saint-Germain, na segunda
“mão” dos oitavos de final da Liga Europa, Jorge Jesus desistiu, na
prática, do campeonato, depois de, na ronda anterior, ter ficado a
11 pontos.
Se, segunda-feira, o líder FC Porto vencer em Leiria, a vantagem
crescerá para 13 pontos e, então, os “dragões” poderão ser
campeões com vitórias nos dois jogos seguintes: com a Académica,
no Dragão, e... na Luz.
Ontem, sem conjunto, o Benfica esteve mesmo a perder, depois
de um erro de Roderick, que concedeu uma grande penalidade
aos algarvios, transformada pelo “capitão” Ricardo Pessoa, aos 28
minutos.
Na segunda parte, Jesus fez entrar Salvio e Gaitan, que, havia dito,
precisavam de minutos, mais do que descanso, mas foi o terceiro
suplente a entrar que salvou um ponto: o “capitão” Nuno Gomes
entrou aos 69 minutos e marcou aos 78, de cabeça, após um canto.
Desta forma, o Benfica voltou a empatar em jogo oficiais um ano
e dois dias depois, num jogo em que ficou claro que a prioridade
passa pela Liga Europa, bem como pela Taça da Liga (está na final)
e a Taça de Portugal (venceu 2-0 no Dragão, na primeira “mão” das
meias-finais).
Os “encarnados” podem ficar mais longe da frente, mas mantiveram
15 pontos de vantagem sobre o Sporting, terceiro colocado, pelo
que têm praticamente certo um lugar na terceira pré-eliminatória da
Liga dos Campeões.
E os outros?
A formação “leonina” ficou-se por um “nulo” no reduto do Rio
Ave, sábado, num jogo em que até se pode dar por muito satisfeito
pelo “pontinho” conquistado, já que o “onze” de Carlos Brito fez
quase tudo para ganhar: faltou o golo.
Na luta pela Europa, o Sporting, mesmo com exibições miseráveis
umas atrás das outras, ainda consegue ter mais quatro pontos do
que os perseguidores.
Sexta-feira, o Paços de Ferreira, que ainda não havia perdido em
2011, caiu por 3-1 em Aveiro, face ao Beira-Mar, quase salvo, e,
sábado, o Vitória de Guimarães foi empatado em casa pelo Vitória
de Setúbal, que chegou ao 1-1 em cima da hora, com um golo do
vimaranense emprestado William.
Nos jogos de ontem, destaque para o Marítimo, que venceu fora a
Naval 1.º de Maio por 3-0, com tentos de Kléber, Djalma e Baba, e
para a Académica, que salvou um ponto sobre o final do jogo com o
Nacional (1-1), com um tento de Laionel, que provocou a demissão
de Jokanovic.
A ronda prossegue hoje, segunda-feira, com a deslocação do FC
Porto a Leiria, e só finaliza a 27 de março, já que o Sporting de
Braga, que joga quinta-feira em Liverpool, adiou o seu jogo em
Olhão.

BORGES
Eleições no Sporting

Zeferino Boal desiste e apoia Abrantes Mendes

FOODS APRESENTA
Resultados -Sexta-feira, 11 mar:
Beira-Mar - Paços de Ferreira, 3-1
- Sábado, 12 mar:
Rio Ave – Sporting, 0-0
Vit. Guimarães – Vit. Setúbal, 1-1
- Domingo, 13 mar:
Naval 1.º Maio – Marítimo, 0-3
Nacional – Académica, 1-1
Benfica – Portimonense, 1-1
- Segunda-feira, 14 mar:
União de Leiria - FC Porto, 3:15 (SportTV)
- Domingo, 27 mar:
Olhanense - Sporting de Braga, 3:15 (SportTV)
A 24.ª jornada:
Zeferino Boal desistiu ontem
da corrida à presidência do
Sporting e decidiu dar o apoio
à candidatura de Abrantes
Mendes, justificando aquela
decisão com “o cenário de
crispação que tem marcado a
campanha eleitoral”.
“Para já, Zeferino Boal apoia
Abrantes Mendes, mas é
possível que nos próximos
dias haja novidades”, referiu
à Agência Lusa uma fonte da
candidatura, admitindo que
“alguns elementos da lista de
Boal possam ser integrados na
equipa de Abrantes Mendes”.
Um desses nomes é o do cabeça
de lista Zeferino Boal, embora,
segundo a mesma fonte, “esteja
posta de parte a possibilidade
deste integrar algum órgão de
gestão” por vontade própria.
Em comunicado, Zeferino Boal
faz saber que “partilha dos
mesmos ideais” de Abrantes
Mendes e lembra que dedicou
“os últimos anos a procurar
soluções alternativas ao atual
modelo de gestão do Sporting”
e a alertar para “a necessidade
de medidas que visem defender
os superiores interesses do
clube e devolver a ambição e a
paixão aos sportinguistas”.
Assume, ainda, a saída da
corrida eleitoral como “um
gesto de apelo à união” da
família sportinguista, “dividida
pelo aparecimento de inúmeras
candidaturas”, como o atestam
as “trocas de acusações entre
os candidatos”, e concluindo
com outro apelo “à mobilização
dos sócios em torno do projeto”
corporizado por Sérgio
Abrantes Mendes.
Com a desistência de Zeferino
Boal, passam a ser cinco os
candidatos às eleições do
Sporting, a 26 de março:
Abrantes Mendes, Bruno
de Carvalho, Dias Ferreira,
Godinho Lopes e Pedro
Baltazar.

Jokanovic
- Sexta-feira, 18 mar:
Portimonense – Vit. Guimarães, 3:15 (SportTV)
- Sábado, 19 mar:
Sporting - União de Leiria, 3:15 (TVI)
- Domingo, 20 mar: Sai do
Vitória de Setúbal - Nacional, 11:00
Naval 1.º Maio - Beira-Mar, 11:00
Marítimo – Olhanense, 11:00
Nacional
Predrag Jokanovic pediu
FC Porto – Académica, 3:15 (SportTV) ontem a demissão do cargo de
- Segunda-feira, 31 mar: treinador do Nacional, após
Sporting de Braga - Rio Ave, 1:45 (SportTV) o empate 1-1 em casa com a
Paços de Ferreira – Benfica, 3:45 (SportTV) Académica.
O treinador sérvio, que assumiu
o comando técnico da equipa
no início da época, após a saída
de Manuel Machado, considera
não estarem reunidos os apoios
para a sua continuidade,
assinalando mesmo que os
adeptos “não estão a apoiar a
equipa” por sua causa.

Matricule os seus filhos

LIGA Na ACADEMIA
DE HONRA
- Sábado, 12 mar:
Gil Vicente – Feirense, 3-2 DE FUTEBOL
- Domingo, 13 mar:
Oliveirense – Trofense, 1-0
Belenenses - Santa Clara, 0-0 DO SPORTING
Penafiel – Leixões, 1-4
Programa da 22.ª jornada:
- Sábado, 19 mar:

Sábado, 26 de Março:
Desportivo de Aves - Estoril-
FABRICANTES DE ENCHIDOS Praia, 10:00 (SportTV)
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Freamunde – Penafiel, 10:00
Leixões – Moreirense, 10:00
Feirense – Belenenses, 10:00 Noite de Fados.
BORGES
Trofense – Fátima, 11:00
Arouca – Oliveirense, 11:00
Santa Clara – Varzim, 12:00
 14 . Ainda comunidades 14 de Março 2011
Trio português vitorioso Benfica vence PSG com nova reviravolta
Benfica, FC Porto e SC Braga saíram vitoriosos da primeira mão Pelo quarto jogo consecutivo no Estádio da Luz, o Benfica esteve a
dos oitavos-de-final da Liga Europa. Villarreal, Spartak Moscovo, perder, mas deu a volta e garantiu vantagem frente ao Paris Saint-
Dínamo Kiev e Twente também ganharam vantagem. Só um jogo Germain para o encontro da segunda mão dos oitavos-de-final da
ficou em branco. Liga Europa.
Novo susto na Luz, apesar de Jorge Jesus apresentar de início o
Resultados: onze mais utilizado na presente época, ainda que Aimar tivesse
CSKA – FC PORTO, 0-1 começado no banco. Gaitán e Salvio regressaram, mas estiveram
SC BRAGA – Liverpool, 1-0 furos abaixo do que tem sido habitual. E até foi já sem estes dois
Bayer Leverkusen – Villarreal, 2-3 últimos argentinos que chegou o golo que valeu a vitória, obra de
BENFICA – Paris Saint-Germain, 2-1 Franco Jara, que começou o jogo como suplente.
PSV – Rangers, 0-0 Antes, muito antes, o Benfica, que até entrou bem na partida,
Ajax – Spartak Moscovo, 0-1 demonstrou muita intranquilidade no sector defensivo, fruto talvez valo (42 minutos).
Dínamo Kiev – Manchester City, 2-0 da atitude atrevida do PSG, que chegou ao golo à passagem do Na segunda parte, o PSG entrou melhor, esteve em cima da defen-
Twente – Zenit S. Petersburgo, 3-0 quarto de hora, por Luyindula. siva do Benfica, mas não logrou o golo e foi retraindo-se à medida
Tal como tinha acontecido nos últimos jogos no Estádio da Luz que o tempo passava. Em sentido inverso, a equipa de Jorge Je-
(Estugarda, Marítimo e Sporting), os encarnados tinham de correr sus subiu de rendimento e, com Aimar e Jara lançados em campo,
atrás do prejuízo. As coisas não estavam a sair bem, mas incursão chegou à vitória, obra precisamente dos dois jogadores que salta-
de Maxi Pereira pelo ataque ainda valeu o empate antes do inter- ram do banco.

FC Porto vence CSKA

Um golo de Guarin, aos 70 minutos, deu na quinta-feira a vitória ao
FC Porto (1-0) diante do CSKA para a primeira mão dos oitavos-
de-final da Liga Europa. Um resultado que vale mais dos que uma
«simples» vitória já que frente-a-frente estavam dois países que lu-
tam, lado-a-lado, pelo ranking da UEFA.
O FC Porto dominou praticamente todo o encontro, mas as figuras
do jogo foram mesmo os guarda-redes: Akinfeev e Helton.
Ambos adiaram ao máximo a violação das suas balizas, tendo a
sorte sorrido ao FC Porto com uma autêntica bomba de Guarin,
que acabaria por ser substituído por Souza poucos minutos depois
devido a lesão.
Até ao final o FC Porto tentou dilatar o marcador para ter uma se-
gunda-mão mais tranquila, mas acabou por não o conseguir.
Com este resultado o FC Porto mantém-se invicto nos jogos fora de
portas na Liga Europa.

Braga em vantagem após vitória

sobre o Liverpool
O SC Braga venceu o Liverpool por 1-0, em casa, e está a um em-
pate dos quartos-de-final da Liga Europa. Alan marcou, de grande
penalidade, o único golo do encontro. Sílvio atirou ao poste. Min-
hotos continuam a surpreender em casa na Europa.
Primeira parte fraca com poucas ocasiões de golo, com o Liverpool
a fechar-se no seu meio-campo e a procurar, sem sucesso, saídas
rápidos em contra-ataque. O único remate dos ingleses à baliza de
Artur surgiu já em cima do intervalo, com Raul Meireles a cabecear
fraco para defesa fácil do guardião do SC Braga.
Foi de grande penalidade que os minhotos chegaram ao golo, com
a Alan a converter o castigo máximo por falta de Kyrgiakos sobre
Mossoró.
O Liverpool entrou para a segunda parte com a veia ofensiva mais
apurada – Andy Carrol entrou para o lugar de Poulsen – mas o
ataque dos ingleses foi quase sempre inconsequente.
Mais uma vitória histórica para o SC Braga, a assinalar o 100.º golo
nas competições europeias. Depois de Sevilha, Arsenal e Celtic, os
minhotos alcançaram sobre o Liverpool mais um triunfo caseiro
frente a um grande da Europa.

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 14 de Março 2011
Cavaco Silva censurou política
económica de Sócrates
Para sair do atoleiro que foi descrito pelo Presidente “é crucial a
realização de reformas estruturais”, “diminuir o peso da despesa
pública”, “reduzir a presença expressiva do Estado na economia”
e “melhorar o desempenho e a eficácia da Administração Pública”.
Rumos que têm estado longe das prioridades da governação so-
cialista, que acusa o PSD precisamente de querer, com propostas
idênticas às de Cavaco, acabar com o Estado Social. Passos Coelho
saiu do Parlamento em silêncio, mas o secretário-geral do partido
foi categórico ao dizer que se este Governo terminar a legislatura
“seria desafiar todas as teorias da ciência política”.
E, entretanto, o PSD seria Governo se as eleições fossem hoje, mas,
mesmo com o actual Executivo a anunciar a possibilidade de avan-
çar com mais medidas de austeridade, Pedro Passos Coelho não
descola de José Sócrates em matéria de confiança para primeiro-
-ministro. Em Março, Passos Coelho reúne a confiança de 35,8%
dos portugueses, quando em Fevereiro contava com 36,9% dos vo-
tos. José Sócrates conquista 34,5% dos votos em Março, ao passo
que no mês anterior tinha a confiança de 34,3% dos portugueses.
PSD já tem manual para governar
A “Visão” falou, na sua última edição, no documento que enqua-
drará o programa económico do PSD. As privatizações de hospi-
tais, o fim das golden shares, autarquias e ministérios, estão entre
as ideias para Passos Coelho governar. “Voltar a Crescer” nasce de
um desafio de Pedro Passos Coelho a Pedro Reis, e foi apresentado
na terça-feira. Pedro Reis conseguiu juntar contributos de 55 dos
mais poderosos empresários e gestores nacionais - como Américo
Amorim, Paulo Azevedo, ou líderes de grandes bancos, como Faria
de Oliveira, Carlos Santos Ferreira ou António Horta Osório - a
partir dos quais resultaram 365 propostas.
O gestor e conselheiro económico de Pedro Passos Coelho, autor
do livro “Voltar a Crescer”, fala numa “revolução económica” do
país e pormenoriza o envolvimento, a par e passo, que o líder do
PSD teve ao longo de todo o projecto: “Senti o maior apoio e in-
centivo do dr. Passos Coelho, embora ele não tenha tido nenhuma
interferência nos conteúdos. Com o livro pronto, utilizá-lo-á na me-
dida que entender”.
FMI poderá ser o próximo pretexto
para censurar Sócrates
No dia em que a Assembleia da República chumbou a moção de
censura do Bloco de Esquerda ao Governo, as atenções vão estar
postas em Bruxelas: é de lá que se espera uma resposta que pode-
rá ser determinante para ditar o tempo de sobrevivência de José
Sócrates. O PSD foi enfático neste aspecto: “Se nós precisarmos
de recorrer à ajuda externa, significa que a estratégia que estava
a ser seguida, ou a ausência dela, falhou e conduziu o país a uma
situação que era indesejável”. E “quem conduz o país a uma situa-
ção dessa natureza não tem condições para poder, no dia a seguir,
liderar a recuperação”, afirmou em Janeiro Pedro Passos Coelho.
E, entretanto, enquanto se esperava pela manifestação da chama-
da “Geração à rasca”... o debate da moção de censura ao Governo
apresentada pelo Bloco de Esquerda decorreu consoante um guião
e figurino já esperados e sem surpresas.
Há quem acentue, desde já, que durante o debate da moção, a po-
sição politicamente mais interessante é a dos partidos de centro-
-direita, o PSD e o CDS. Por muitos e bons motivos, esperava-se
outra atitude. Ou melhor, muita gente esperava outra atitude.
Na fundamentação e explanação das razões de queixa contra a ac-
tual governação, bem como na votação do BE e do PCP, voltou a
ficar claro que ambos os partidos funcionam numa dimensão de
proclamação de princípios e medidas, que não permitem influen-
ciar de forma prática as políticas concretas que os partidos à sua
direita vão gerando. É como se vivessem num outro mundo, com
uma outra lógica, uma outra estratégia para o desenvolvimento da
economia e do chamado Estado social.
O que não têm conseguido, até ao momento, é convencer a maioria
do eleitorado de como se passa da situação actual para a concretiza-
ção do seu ideário, sem mergulhar a economia num caos irremedi-
ável. Como afirmava o “Diário de Notícias”, qualquer tentativa de
abertura política à esquerda por parte do PS esbarrará, assim, num
muro de intransigência e incompatibilidade estratégica.
Sendo tudo isto evidente, cabe perguntar – e não somos só nós a
fazê-lo - porque é que PSD e CDS não votaram contra a moção
do Bloco de Esquerda, optando por abstenções tácticas. Estamos
perante um jogo de espelhos em dias sucessivos: o Presidente da
República, dizendo o que disse quarta-feira, devia sinalizar a sua
disponibilidade para afastar quanto antes quem tão mal governa
o País.
Reciprocamente, PSD e CDS, que se abstêm por considerarem que
José Sócrates e o seu Governo, estão esgotados e sem futuro, deve-
riam atrever-se a tentar substituí-lo, apresentando uma alternativa
clara - ainda que ela já esteja condicionada pelo guião para um
Programa de Governo contido nas palavras de Cavaco Silva.
As abstenções à direita significam, no fundo, que a táctica de des-
gaste do Governo através de convergências negativas no Parlamen-
to vai continuar. E há quem se interrogue... até quando este jogo vai
continuar. Sim... até quando?
PSD: Discurso de posse de Cavaco foi o «mais marcante»
O líder da bancada parlamentar do PSD, Miguel Macedo, consi-
derou o discurso de tomada de posse de Cavaco Silva como «o
politicamente mais marcante» a nível da Presidência da República.
Para Miguel Macedo, as palavras do chefe de Estado, que na quar-
ta-feira iniciou um segundo mandato, «demonstram bem a magis-
tratura activa» que Cavaco Silva prometeu aos portugueses.
O social-democrata sublinhou ainda o facto de este ser um discurso
de «coragem», ao apontar os caminhos para a saída da crise que
o País enfrenta, e de «esperança», que não esqueceu o papel dos
jovens no futuro.
Acontecimentos que fazem pensar...
Temas “do lado de lá”. Daqueles que também por cá ganham ex-
pressão. E que nos fazem pensar.
Os acontecimentos dos últimos dois dias parecem ser eloquentes.
É que milhares de portugueses, à rasca e menos à rasca, foram-se
à rua, tomaram-na literalmente. O objectivo era mesmo dar conta
da sua insatisfação. Pelo que se viu, os pais juntaram-se aos filhos
à rasca, as famílias encheram as ruas para dizer que estão fartas
deste rumo.
Para já, o Governo parece ter resistido bem à tentação de agi-
tar fantasmas de partidarite em relação à manifestação mas não
é certo que tenha entendido o sinal dado pela ‘rua portuguesa’.
O Governo e o PS estão a preparar-se para eleições e a propósito
do novo plano de austeridade apresentado a Bruxelas procuram
apenas distribuir o ónus da crise ao PSD, em primeiro lugar, e à
oposição em geral. A velha politiquice!
Passos Coelho, porém, parece ter sido inteligente e procurou sair
do beco para onde o PS o quer empurrar e fez uma intervenção
mais virada para o exército dos que se “exasperam” e que todos
os anos cresce. E disse “não” a mais uma tentativa de o juntar ao
Ainda a tempo . 15
Cavaco quis apoiar o seu partido,
diz Jerónimo de Sousa
No discurso de tomada de posse, Cavaco Silva «quis dar um con-
tributo ao seu partido e não um contributo para a resolução dos
problemas nacionais», acusou o secretário-geral do PCP, Jerónimo
de Sousa.
«Um discurso claro em que, mantendo alguma co-responsabilidade
na política que está a ser realizada por este governo, digamos que
é uma concertação condicionada, posicionando-se com um discur-
so de política alternativa quando se pode dizer que tomou partido.
Tomou partido pelo seu partido e por tudo aquilo que o PSD vem
defendendo», afirmou Jerónimo de Sousa.
«Fez um diagnóstico correcto, mas em termos das causas e dos cau-
sadores e das soluções, não encontramos resposta a não ser aquilo
que é o programa do PSD», referiu o secretário-geral comunista.
Portas classifica discurso de Cavaco
«forte e verdadeiro»
O presidente do CDS-PP reagiu ao discurso de tomada de posse de
Cavaco Silva, considerando-o um momento importante para o País.
«Foi um discurso forte e verdadeiro», sublinhou o líder centrista,
que considerou importante impor limites aos sacrifícios dos portu-
gueses e apontar caminhos para ultrapassar a crise. «[Cavaco] Foi
muito claro quanto à necessidade de repensar as parcerias público-
-privadas e as grandes obras. Foi um garante da justiça social, di-
zendo uma frase que vai marcar este discurso: há limites para os
sacrifícios que se pedem aos cidadãos», disse.
PS considera “impróprio e sectário”
discurso do Presidente
O líder parlamentar do PS, Francisco Assis, considera o discurso
de tomada de posse do Presidente da República como “impróprio
e sectário”.
Em declarações aos jornalistas, minutos após a posse de Cavaco
Silva para um segundo mandato, Francisco Assis considerou mes-
mo que a intervenção do Presidente não contribuia para a unidade
nacional: “Não me parece que tenha sido dirigido a todos os por-
tugueses”.
“Não foi discurso próprio de um Presidente de todos os Portugue-
ses”, afirmou mesmo o líder parlamentar do PS.
Repetindo várias vezes a expressão “não gostei”, Assis disse ainda
não querer contribuir para “apoucar outros órgãos de soberania”.
grupo dos que fazem navegar o País.
Aí é que parece estar a questão. Os que se “exasperam” são um
País feito de gente mais pobre, mais infeliz, sem trabalho. Que
não vê solução nas actuais políticas nem naquelas que nos troux-
eram até aqui. Como dizia, esta manhã, um dos Jornais, Sócrates
pode dizer o que quiser sobre a crise internacional mas o País já
não o ouve.
Sim, porque o que se viu foi gente que acredita na democracia
mas não nestes políticos. Gente que quer soluções e não mais fu-
ros no cinto.
Numa análise muito apressada... foi isto que se viu. Um Povo a
gemer sob o fardo da crise – que parece não ser apenas económica
– e que vem para a rua para manifestar a sua vontade. E a sua von-
tade é tão sómente uma: importa acabar com este estado de coisas.
Dar a volta aos problemas que já duram há tempo a mais e... fazer
com que o País seja mais solidário e mais justo.
Esta é, de facto, a lição a tirar da manifestação “Geração à rasca”
que no sábado começou a rolar pelo País.
 16 . Ainda a tempo
O NOVO NOME DE COMPETÊNCIA
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“Geração à rasca” vai continuar
O protesto da “Geração à ras-
ca”, que reuniu cerca de 300
mil pessoas em todo o país,
tem desde o início da tarde de
ontem, domingo, no facebook,
um novo espaço de debate “Fó-
rum das Gerações - 12/3 e o Fu-
turo” ao qual já aderiram mais
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Rendeiro paga 795.00 por
mês mais todas
as despesas. Baratíssimo
de três mil pessoas. Depois da
manifestação que levou para as
ruas milhares de portugueses, a
organização do protesto encer-
rou oficialmente o evento no
facebook às 15:30 e criou uma
nova página permanente para
debate de soluções para o país.
14 de Março 2011
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nos metade da população ativa O protesto “Geração à rasca”,
portuguesa está desempregada adiantou, demonstrou que este
ou precária e que o problema é um fenómeno transversal que
afeta toda a gente já valeu a afeta mães, pais, avós, filhos e
pena”, frisou. netos.
Em pouco tempo, este novo
espaço recebeu já dezenas de
democracia mais participativa”. JACK´S
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comentários. Em declarações à O objetivo do protesto de sába-
Lusa, Paula Gil, da organização do, explicou, era esse mesmo,
do protesto, explicou que o fó- levar as pessoas a contribuir
rum pretende reunir as pessoas de uma forma positiva e ati-
que participaram ativamente, va para a criação de soluções.
contribuindo assim “para uma Paralelamente, adiantou Paula
Gil, a organização apela a todos A Jacks vende qualidade
os que não entregaram duran-
te a manifestação do dia 12 a
folha A4 com uma solução ou
um conjunto de soluções para
Jack´s Bakery
a resolução dos problemas do
país, que o façam agora para o
email geracaoarasca@gmail.
está aberta
com. “Ficamos a espera que
nos enviem soluções que consi-
derem positivas”, disse. Relati- 24 HORAS
vamente ao protesto de sábado
em várias cidades do país, Paula
Gil explicou que superou todas POR DIA!
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as expetativas e que permitiu a
consciencialização coletiva da
dimensão da precariedade em
Portugal. “Se calhar não havia
uma consciencialização de que
atingia tanta gente. Só pelo fac- 352 Oakwood Ave
to de percebermos que pelo me-
 14 de Março 2011
Drama no Japão onde o “perigo nuclear”
parece agora ser real
Os níveis de radiocatividade na central nuclear de Onagawa, no
Japão, estão a voltar ao normal depois do estado de emergência ter
sido declarado, anunciou em comunicado a Agência Internacional
de Energia Atómica (AIEA).
“As autoridades japonesas informaram a AIEA que os níveis de
radioactividade na zona da central nuclear de Onagawa voltaram
aos níveis normais”, lê-se no comunicado. O elevado nível
de radioatividade detectado levou as autoridades nipónicas a
declararem o primeiro escalão do estado de emergência.
As investigações levadas a cabo na área da central demonstram que
não existem emissões radioactivas nas três unidades de Onagawa,
suspeitando as autoridades que a radioactividade detectada se possa
dever à emissão de matérias radioactivas da central nuclear de
Fukishima Daiichi, segundo a AIEA.
O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, deverá dar hoje, segunda-
feira, uma conferência de imprensa sobre a situação nas centrais
nucleares japonesas.
Um “buraco” nas contas públicas
obrigou a pedir mais sacrifícios
* PSD já disse que não vai ajudar o Governo
Portugal, de novo, à espera de... dias melhores. Que não parecem
próximos. Antes, pelo contrário. Ao que parece, a Comissão
Europeia e o Banco Central Europeu detectaram um buraco nas
contas públicas portuguesas. No entender das duas instituições, este
facto iria provocar já este ano uma nova derrapagem do défice.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, negou, sexta-feira de
manhã, a existência de um qualquer buraco nas contas públicas,
mas a verdade é que as duas instituições que estiveram em Portugal
a inspeccionar as novas contas garantem que só através das novas
medidas de austeridade entretanto anunciadas será possível corrigir
a trajectória.
A Comissão Europeia e Banco Central Europeu apoiam o novo
plano português, mas continuam à espera de detalhes sobre algumas
das reformas propostas.
O reforço das medidas de austeridade anunciado pelo Governo
para este ano, para 2012 e para 2013, deveu-se à necessidade de
colmatar uma discrepância entre as metas estabelecidas para o
défice e as medidas previstas até à data.
Sócrates lamenta que o PSD não alinhe
O primeiro-ministro José Sócrates disse que lamenta o anúncio
por parte do PSD de que não votará favoravelmente as medidas
adicionais de consolidação orçamental apresentadas pelo Governo.
Falando aos jornalistas no final de uma reunião informal de líderes
da Zona Euro, o chefe de Governo afirmou não conhecer ainda as
declarações do líder social-democrata - “vou ouvi-lo mal acabe
a conferência de imprensa” -, mas disse lamentar “se assim é”,
pois as medidas “têm como único objectivo defender o interesse
nacional e servir o país”.
Segundo Sócrates, as medidas não constituem “surpresa para
ninguém” e “o líder da oposição não pode ignorar” que eram
necessárias medidas para 2012 e 2013, de forma a cumprir os
objectivos de redução do défice com os quais o país se comprometeu.
Informado de que Passos Coelho acusou o Governo de apresentar
como um facto consumado medidas que negociou com a Comissão
Europeia e com o Banco Central Europeu, José Sócrates refutou
ambas as críticas.
O chefe de Governo justificou o anúncio antecipado de medidas
adicionais de consolidação orçamental com a absoluta necessidade
de o país ter uma avaliação positiva nesta cimeira e receber o apoio
da Comissão, Banco Central Europeu e outros parceiros do espaço
monetário único.
De acordo com Teixeira dos Santos, a atualização das pensões fica
congelada pois a lei fica suspensa.
“Uma contribuição especial aplicável a todas as pensões com
abrangência e impacto semelhantes àqueles que tivemos este ano
no âmbito dos salários da Administração Pública, nas pensões
acima de 1.500 euros, com impactos semelhantes aos que foram
definidos para este ano no âmbito dos salários para a Administração
Pública”, afirmou o ministro
O Estado poderá vir a poupar até 365 milhões de euros com o corte
nas reformas a partir de 1.500 euros dos pensionistas afetos à Caixa
Geral de Aposentações (CGA).
Seguindo o raciocínio de que a medida anunciada segue as
premissas dos cortes de salários para a função pública e se a
intenção do Governo é poupar 5 por cento em média nas pensões
pagas a partir de 2012, o Estado deverá poupar até 365 milhões de
euros já que as responsabilidades da CGA em aposentações era de
Número oficial de vítimas
As autoridades japonesas anunciaram um novo total de vítimas
mortais do sismo da passada sexta-feira, fixando aquele número
em 1.596, reportou a estação de televisão nipónica NHK.
Continuam ainda por localizar mais de 10 mil pessoas, que se
suspeita estarem sob os escombros ou de terem sido levadas para
o mar alto, na sequência do maremoto, registado como tendo tido
uma magnitude de 9 graus na escala aberta de Richter.
Nas últimas horas, um total de 643 mortes foram confirmadas na
região de Miyagi, a mais devastada pelo sismo.
Entretanto, a Agência Meteorológica do Japão reportou esta noite
que existe 70 por cento de possibilidades de que nos próximos
três dias ocorram réplicas até 7 graus e várias embaixadas
recomendaram aos seus cidadãos para não viajarem para o Japão.
Vulcão da ilha Kyusku entra em erupção
Um vulcão no sudoeste do Japão entrou, ontem, em erupção
libertando lava e cinzas que chegaram a atingir os quatro mil
metros de altitude, depois de duas semanas de acalmia, segundo as
7.304 milhões de euros em 2009.
O ministro das Finanças reafirmou que o Governo irá, em
2012, aplicar um corte nas reformas acima dos 1.500 euros com
contornos semelhantes ao que foi decidido este ano para os salários
da administração pública, que sofreram uma redução de entre 3,5
e 10 por cento.
Teixeira dos Santos referiu que vai aplicar uma “contribuição
especial aplicável a todas as pensões com abrangência e impacto
semelhantes [ao que foi feito] este ano no âmbito dos salários da
administração pública”.
Já antes, o Ministério do Trabalho tinha dito à agência Lusa que a
redução das pensões superiores a 1.500 euros não terá “um grande
impacto” na despesa da Segurança Social, dado que apenas 1,5 por
cento delas estão acima deste valor.
Agora, os cidadãos portugueses sabem com o que podem contar
até ao fim da actual legislatura, se este Governo se mantiver em
funções. O novo pacote anunciado para três anos confirma a
determinação de José Sócrates e de Teixeira dos Santos em beber
a poção da austeridade incontornável até ao fim, isto é, até ao seu
julgamento eleitoral pelos portugueses. Ambos garantiram que o
desempenho orçamental até ao momento está a correr melhor do
que fora planeado e que as medidas adicionais para este ano se
destinam a dissipar qualquer dúvida que pudesse ainda existir nos
mercados financeiros, de que o défice público é mesmo para ser
reduzido para 4,6% do PIB.
Passos Coelho: “Governo não terá o
apoio do PSD”
O presidente do PSD reagiu, sexta-feira à noite, ao novo pacote
de medidas de austeridade, dizendo que o caminho do Governo
está “errado” e que “não terá o apoio do PSD”.
Pedro Passos Coelho garantiu, em conferência de imprensa, na
sede nacional do Partido Social Democrata (PSD), que não vai
aprovar as medidas anunciadas pelo ministro das Finanças, Teixeira
dos Santos, que considera que denotam uma “incompreensível
insistência no erro”. No entanto, o líder do PSD não falou na
hipótese de apresentar uma moção de censura ao Executivo.
Para Pedro Passos Coelho “não há desculpas ou álibis: se estas
medidas adicionais são necessárias é porque o Governo não soube
ou não quis fazer aquilo que lhe compete”. O líder do PSD disse
ainda que, com estas medidas, “o Governo está a denunciar o
acordo que permitiu a viabilização do Orçamento de Estado (OE)
para 2011”.
Ainda a tempo . 17
autoridades nipónicas.
O Shinmoedake, situado a 1.420 metros na ilha de Kyushu, entrou
em actividade em janeiro último depois de 52 anos de inatividade,
mas estava parado desde fevereiro.
A erupção do vulcão surge apenas dois dias depois do sismo de
magnitude de 9 na escala de Richter e um tsunami que atingiu o
nordeste do país, a cerca de mil quilómetros do vulcão.
As autoridades japonesas têm acesso restrito a Schinmoedake, que
pertence à cadeia de Kirishima, composta por vinte vulcões.
Passos Coelho afirmou que “o OE que viabilizámos no Parlamento
é para ser cumprido pelo Governo”, mas que se o Governo
pretender levar a cabo as medidas agora anunciadas “não terá com
o apoio do PSD” e que o partido não vai “aprovar todas as medidas
- mesmo aquelas que o Governo disse que não eram necessárias -
sob ameaça”.
Portas faz “leitura bastante crítica”
do novo PEC
O líder do CDS-PP criticou o primeiro-ministro por não ter
informado previamente o Presidente da República sobre as
medidas adicionais de consolidação orçamental, das quais
fez uma “leitura bastante crítica”, mas adiou uma posição
definitiva.
“Nunca confundi divergências políticas com incumprimento
daquilo que eu acho que são obrigações institucionais (...) O país
está numa situação difícil, os nossos juros estão a oito por cento, o
Governo apresenta um PEC 5, o Presidente da República acabou de
tomar posse, é um órgão de soberania, e o Governo não lhe diz?”,
criticou. Para Paulo Portas, este comportamento do Governo “não
revela maturidade”. Fonte da Presidência da República confirmou
à Agência Lusa que Cavaco Silva “não foi previamente informado”
sobre as novas medidas de austeridade.
Sócrates não informou Cavaco do PEC 4
Fonte oficial da Presidência da República confirmou que José
Sócrates “não informou o Presidente”, antes de partir para
Bruxelas, das medidas de austeridade e reformas adicionais
que levou para apresentar aos líderes da zona euro.
Segundo diz saber o Diário de Notícias, esta é a primeira vez que tal
acontece - nos PEC anteriores o primeiro-ministro manteve sempre
Cavaco Silva informado, de forma prévia, do que tencionava fazer
para colocar as contas em ordem e credibilizar o país junto dos
mercados.
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 18 . Coisas e loisas
James Bond veste saias Espanha reduz velocidade para poupar gasolina
para promover * Fernando Alonso discorda da redução
a igualdade sexual
É no vídeo We Are Equals que Daniel Craig se despe da person-
agem James Bond para se vestir de mulher, de forma a promover a
igualdade sexual. Narrado pela actriz Judi Dench - que interpreta a
personagem M nos filmes de 007 -, o vídeo foi realizado por Sam
Taylor Wood e faz uma alusão a questões como a desigualdade sa-
larial e a violência doméstica.
Em We Are Equals, Daniel Craig apresenta-se com uma cabeleira
loira, de saltos altos e de vestido. Durante toda a gravação, com
pouco mais de dois minutos, o actor mantém-se em silêncio, en-
quanto Dench enumera alguns dos obstáculos que a mulher enfren-
ta nas sociedades actuais.
Esta iniciativa partiu da ONG Equals, criada por Annie Lennox
para chamar a atenção para a situação das mulheres no mundo. O
realizador explicou que espera que o vídeo leve os seus espectado-
res a pensar na desigualdade de géneros. “Apesar dos desenvolvi-
mentos no que diz respeito aos direitos das mulheres, as estatísticas
mostram que quando se trata de desequilíbrio de poder entre os
dois sexos, a igualdade não é ainda uma realidade global, disse Sam
Taylor Wood.
Espanha decidiu reduzir o limite de velocidade nas auto-estradas.
Tudo para reduzir as importações de combustível, agora muito mais
caro, devido à crise de petróleo da Líbia, e para colocar mais din-
heiro nos bolsos dos consumidores, como os governantes dizem.
O banqueiro Luis Manuel Majado, depois de encher o depósito do
seu BMW, último modelo, diz que a condução passará a ser total-
mente maçadora, agora que terá de avançar a cerca de 110 quiló-
metros por hora (68 milhas), em vez do máximo anterior de 120
km por hora.
“Eu vou tentar obedecer”, disse Majado, “mas dirigir a 110 é monó-
tono e pode causar acidentes”, até por causa dos camiões lentos e
dos autocarros.
Trabalhadores municipais de toda a Espanha passaram o fim-de-
semana a mudar os sinais de limite de velocidade 120 km (75 mph)
para a nova regra dos 110.
Entre as pessoas ouvidas pelos orgãos de Informação, há muitas di-
visões sobre se o movimento vai trabalhar e poupar nos custos dos
consumidores de energia numa nação também duramente atingida
pela crise financeira da Europa.
Outros países fizeram o mesmo
A imposição do limite de velocidade reduzido foi uma reminiscên-
cia de um movimento, semelhante amplamente odiado pelos Esta-
dos Unidos na década de 1970 para reduzir o consumo de energia.
Funcionários do governo espanhol dizem que o limite acrescido de
uma série de outras medidas de poupança de energia são essenciais
porque a Espanha depende de importações para 75 por cento de
14 de Março 2011
sua energia, com aumento de custos. O governo estima que a Es-
panha irá economizar € 2,3 biliões, com todo o plano de poupança
de energia, que inclui também medidas como incentivos fiscais para
os pneus energeticamente eficientes e mudar para lâmpadas mais
eficientes. Embora os motoristas vão gastar menos no combustível,
o governo não emitiu uma previsão de quanto de receitas fiscais
poderia perder na venda do gasolina.
Com mais de um em cada cinco espanhóis sem emprego e sombrias
perspectivas de crescimento econômico espanhol, alguns motoris-
tas disseram que o novo limite de velocidade faz sentido, porque
cada euro salva vale a pena, e muitas pessoas vão ser forçadas a
respeitar, uma vez que não podem pagar as multas pelo excesso de
velocidade.
“Está tudo bem comigo, pois economiza energia”, disse Alberto
Garcia, arquiteto de 65 anos de idade. “Tudo o que você economi-
zar é bom, porque a Espanha está em péssimo estado.”
Alonso não concorda
Os infratores serão multados em € 100 por exceder o novo limite
de velocidade.
Uma pesquisa de fim de semana pelo principal jornal El País
mostrou que 69 por cento dos espanhóis se opõem à redução do
limite de velocidade.
O motociclista Rafael Menendez disse que o novo limite não o vai
incomodar, porque numa viagem que fez ao Canadá... viu em pri-
meira mão que os canadianos se dão muito bem com estes limites
de velocidade.
Críticos de alto perfil incluem o duas vezes vencedor do Fórmu-
la Um, Fernando Alonso, que disse, na semana passada, que será
“difícil ficar acordado” na estrada com o novo limite.

UM ROMANCE QUE O NÃO É que ia com o pai no dia do acidente fatal.

Qualquer semelhança com Tozé pediu:

casos ou factos da vida real - Não fales no Tó! O comando Tó cumpriu a sua missão... e quando se cumpre a missão não há que
elogiar. A um comando ninguém elogia! Pede-se apenas para ser valente e não ter medo da morte. Para
pode não ser pura coincidência matar... por forma a que outros vivam! O Tó, o comando Tó, foi valente e não teve medo da morte.

Raul aceitou. Os que entravam e saíam do café... estranhavam aqueles dois. É que estavam demasiada-
mente sérios e ninguém percebia muito o que eles diziam. Mas, de facto, a partir daquele dia, Raul nun-
Livro a editar muito em breve, agora a ser apresentado ca mais deixou ninguém chamar “doido” ao Tozé. Tão-pouco “excêntrico”, porque começou a perceber
aos leitores de ABC com extractos em fascículos que doidos e excêntricos são capazes de ser aqueles que não têm sentimentos e não os manifestam.

(continuação)
Era, efectivamente, um homem... com coração de menino. Sabia chorar, quando necessário, como os
demais. Era um homem... a quem não teriam deixado, talvez, ser menino.
*****
Raul encontrou-se com o amigo, no dia seguinte. A ideia era ir lá acima... a uma aldeia vizinha... entrar
numa petiscada que chamavam de punhetas de bacalhau. Tozé aceitou o convite e por lá estiveram,
em convívio salutar, durante umas 6 horas. Entravam e saíam pessoas e eles ali permaneciam ainda.
Sem querer, a conversa do “assalto ao cemitério” voltou à baila. É que o Raul falara, sem querer, no Tó,
um advogado jovem que tinha morrido, não há muito, num terrível desastre de viação, quando estava
a fazer um óptimo trabalho de acompanhamento dos muitos jovens das aldeias limítrofes, dando-lhes
conselhos e sugestões para avançarem na senda do progresso. Ao próprio Tozé ajudara ele a desvendar
toda uma série de coisas que havia emaranhadas nos tribunais a respeito de fazendas e partilhas.
O Tó era filho do tio Acácio, que se mantém pela aldeia e ali continua a chorar a mágoa de ter três
filhos... e não ter nenhum. As filhas vivem em Lisboa e nunca por lá passam. O Tó, que mesmo vivendo
em Lisboa, passava na aldeia muito e muito tempo... foi-se.
Tozé não quis falar na operação “assalto ao cemitério”... mas falou no Tó.
- O comando Tó... era um óptimo soldado! Foi tarde para as fileiras, pois já tinha 30 anos... mas assi-
milou depressa a nossa estratégia e a nossa maneira de ser!
Raul entendeu. Não quis contrapôr com a verdade. É que o Tó nunca foi militar e passara a vida a estu-
dar e, depois de licenciado, a ajudar os outros. Divorciara-se, um ano antes de morrer, quando a mulher
entendeu que queria seguir outros rumos. Deixou-lhe o filho, que haveria de se salvar por um triz, já
O regresso a casa fez-se em silêncio. Aliás, era norma do comando não falar muito durante as curtas
viagens que fazia, de carro, com os amigos.
Já em Folques, no café da terra, Raul lembrou-se que tinha de ir à vila, que distava ainda uns 4 quiló-
metros. Não dispunha de carro, porque estava no mecânico. Foi ao telefone para pedir um táxi. Tozé
ouviu e perguntou-lhe o que queria...
- Eu quero ir à vila. Fiquei de me encontrar lá com um senhor que veio de Lisboa e me trouxe uma
encomenda importante.
- É pá... eu levo-te lá. Vamos embora!
O Raul agradeceu e meteu-se no carro com o Tozé. Ainda não iam andados 300 metros, nas imediações
da aldeia, Tozé parou a viatura. Saiu e fez sinal ao Raul para sair também.
Começou a andar, em jeito de marcha militar. Raul foi atrás dele e perguntou o que é que se passava.
Tozé não respondeu e continuou a marchar, rumo, exactamente, à vila para onde o amigo precisava
de ir.
Raul ainda lhe replicou:
- Ó Tozé... são uns quatro quilómetros. Achas que eu vou aguentar até lá... e para mais já é tarde. Não
era melhor irmos de carro...
O comando não respondeu e seguiu sempre. De novo o “grito de armas” que ele ouvira, dias antes, no
cemitério, e uma marcha militar. Tozé seguia. Imponente na sua marcha. Determinado no andamento.
Feliz, até, por marchar de noite, sem ninguém por testemunha, a não ser o atarantado Raul. A marcha
militar era entoada, ora com a voz, ora com o assobio.
No mais recôndito do seu íntimo, o comando lembrava outras noites de sacrifício e de glória. Entra-
 14 de Março 2011 Coisas e loisas . 19

Coliseu Micaelense Milhões de sardinhas

Concertos da Semana Académica encontradas mortas na
da Universidade dos Açores Califórnia

Insólito. Caso que ainda não é verdadeiramente conhecido

O Vereador da Cultura, Juventude e Desporto da Câmara
Municipal de Ponta Delgada anunciou, quinta-feira, que
os concertos da Semana Académica da Universidade dos
Açores vão ser realizados, pela primeira vez, no Coliseu Mi-
caelense.
José Andrade, que falava na cerimónia de tomada de posse
dos novos corpos gerentes da Associação Académica da
Universidade dos Açores, no Salão Nobre da Reitoria, sub-
linhou que a realização dos grandes concertos da XXIV Se-
mana Académica na maior sala de espectáculos dos Açores
seguem-se ao envolvimento directo da autarquia de Ponta
Delgada e do próprio Sociedade Coliseu Micaelense.
Trata-se de uma pretensão antiga da Associação Académica
da Universidade dos Açores que agora se concretiza.
A pretensão da Associação Académica de realizar os con-
certos no Coliseu Micaelense, que contam sempre com a
participação de tunas nacionais e internacionais, tem a ver
com o facto de esta sala de espectáculos oferecer as melhores
condições para a realização de um evento do género.
A Semana Académica 2011 decorre entre 30 de Abril e 7 de
Maio, sendo que o já tradicional concerto de abertura volta
a ter como palco as Portas da Cidade de Ponta Delgada e a
Serenata regressa à Praça do Município.
em toda a sua dimensão. E que vai continuar a ser comen-
tado em todos os tons.
Milhões de sardinhas foram encontradas, terça-feira, mortas
numa marina de Los Angeles, Califórnia. As operações de
limpeza já começaram, mas ainda são desconhecidas as cau-
sas da morte dos peixes
“Parece que nadaram na direcção errada e acabaram num
canto da marina, onde não circula oxigénio suficiente”, disse
um dos biólogos, garantindo não existir qualquer sinal de
derrames químicos.
“Agora a grande priopridade é limpar as águas porque ex-
istem toneladas e toneladas de sardinhas mortas a apodrecer
e a entrar em putrefacção”, disse o comandante de polícia.
A equipa de biólogos que está a investigar o caso insiste em
considerar, para já, que as sardinhas morreram por falta de
oxigénio, depois de terem sido empurradas para a marina por
uma tempestade.

va-lhe pelas narinas o odor da mata então próxima.
A terra vermelha era como que alcatrão de luxo em
países de luxo. E as aves que, mesmo de noite, se
ouviam... produziam sons que nenhuma orquestra do
mundo conseguiria tocar. Ali, a seu lado, vários co-
legas seus a olhar o indecifrável segredo que vem da
noite africana. Uma chuva miudinha começava a cair
e os homens achavam que ela seria, até, como bênção
do céu, já que havia muito calor.
Tozé continuava a marchar. Raul já tentara inter-
rompê-lo por várias vezes, mas Tozé nem sequer lhe
respondera. Estava, afinal, absorto nos seus próprios
sentimentos e avançava, ràpidamente, pelos seus so-
nhos.
O sonho do Tozé era, afinal, voltar a Angola. E voltar
quase sem que o Domingos soubesse. Era bem capaz
de ser interessante chegar, um dia, a casa e tocar à
campainha da porta e deparar-se com ele, a abrir. Tal-
vez já tivesse havido o casamento e a Conceição esti-
vesse por lá. Ou então - era Tozé a continuar a sonhar
- entrar, de novo, na “guerra” e um dia encontrar-se
frente a frente com Domingos. Os dois do mesmo lado, já se vê, pensava ele. Se o Domingos já fosse
graduado, era capaz de ser giro, ter o Tozé de se perfilar perante ele...!
Depois, em catadupas, perfilavam-se no cérebro do comando, muitas das figuras que se ficaram para
sempre no chão vermelho... da terra vermelha.
Pela sua mente... passavam, afinal, muitos dos que em operações - e não foram muitas as que Tozé
fez - cairam, ceifados por balas traiçoeiras. Entre os poucos mortos que os comandos tiveram, alguns
levaram a cabo autênticas operações de heroismo sem limites. Todos perpassaram, um a um, pela
mente enevoada de saudade do Tozé... que marchava, marchava sempre. Ao Cadete viu ele dar dois
saltos, frente a si, e quando ele pensava que era para fazer fogo... viu, afinal, os estertores da agonia do
amigo, que tinha sido atingido por uma bala quase perdida em pleno coração. Mas mesmo a morrer...
o Cadete dera o salto da sobrevivência, que para ele já não resultou. Tantos... tantos... tantos! E para
quê? Deixaram muitos o seu sangue naquela terra... que está, hoje, pelos vistos, mais mutilada que
nunca porque são os seus filhos genuinos que entraram em guerra. De qualquer modo... o Tozé sentia-
-se muitas vezes frustrado. Talvez mesmo covarde. É que os que ficaram por lá, de um ou do outro
lado da barricada, estavam a lutar pela terra, estavam, afinal, a dar o seu sangue e o seu sacrifício pela
terra... E ele? Que fazia ele, tão longe, sem levantar um dedo para ajudar a acabar com a sangueira?
Onde estava, nele, o homem novo que ele dizia ter de nascer para ajudar o mundo a dar a volta para o
bem, para o justo, para o lógico?!
Estas e outras ideias assaltavam a mente do comando, na caminhada-marcha para a vila onde o Raul
teria de ir. Este, já algo cansado, acompanhava o amigo como podia. Cansara-se de lhe falar... porque
Tozé não respondia a nada.
Já às portas da vila... Tozé parou. Não se notava que tinha feito uma marcha de 4 quilómetros.
- Fresco como uma alface... - disse para o Raul.
- Pois eu não. Para a outra vez... dizes que me não trazes e eu venho de táxi, como queria.
- Olha, Raul, não te deixes envelhecer. Continua a fazer este estilo de exercícios... e vais ver que te
sentes melhor do que se andares sempre de carro.
- Pois... pois...!
Tozé estava pràticamente decidido a voltar a Angola. Ou, se não pudesse ser a Angola, a outro qualquer
país que precisasse dele. Não lhe agradaria se não fosse para Angola... mas tudo seria melhor do que se
manter naquele “buraco”, sem actividade de qualquer espécie.
- Sabes que mais...? Qualquer dia, volto a Angola. Acho que me faz falta!
- Voltar a Angola... mas isso, agora, não é muito fácil...
- Então não é? Para mim... é sempre fácil. Um comando não tem medo e eu, se for - e creio que vou -
hei-de arranjar maneira de me desenrascar.
Entraram os dois num café da vila. Já ali conheciam os dois e foram logo atendidos. Para Tozé, um
café quente e forte. Para o Raul, uma cerveja. O comando queria, afinal, continuar acordado, já que as
emoções do dia tinham sido suficientemente fortes para o cansar. No Raul, a cerveja funcionava como
calmante... e ele estava visìvelmente excitado, especialmente devido à marcha que fizera. Marcha
acelerada, para mais.
Encontraram o homem que trazia a encomenda para o Raul. Juntaram-se na mesma mesa e foram
conversando. Curiosamente, Tozé parecia efectivamente um outro homem. Mais feliz, mais calmo, a
entender melhor os outros. Ninguém percebia porquê, mas os últimos dias eram para o comando de
transformações profundas, mesmo até na maneira de pensar.
Raul anotara as diferenças e, mesmo sem falar nelas ao Tozé, dava-lhe a entender que havia qualquer
coisa de diferente no seu comportamento, até ali demasiadamente macambúnzio e nada expansivo. In-
terrogava-se mesmo sobre o porquê da mudança, que começara a ocorrer, afinal, logo após a chamada
“Operação Assalto ao Cemitério”, uma operação que, pelos vistos, modificou completamente o amigo.
- Estás muito alegre, Tozé. Será que viste “passarinho novo” ou...
- Não há passarinho novo, não. E nem a tua amiga Isabel me consegue levar à certa, se é isso que queres
saber. O dia correu-me bem... e o café acabou por me acordar... (Continua)
 20 . Automobilismo
Novo monolugar da Hispania
revelado em Barcelona
Após muita expectativa, a Hispania Racing Team mostrou o
seu novo monolugar para o Mundial de Fórmula 1 de 2011.
A decoração do monolugar já era conhecida por intermédio
de imagens virtuais, mas foi preciso esperar até ao penúltimo
dia de testes da pré-temporada, para que o F111 fizesse a sua
primeira aparição pública em pista.
14 de Março 2011
Novo Stratos:
Lenda Renascida
Paulo Alves – Carlos Moreira
Quatro décadas depois do nascimento do Lancia Stratos,
a lenda está de volta, tão empolgante como sempre. Para
festejar a efeméride, a TURBO decidiu reunir o Novo
Stratos aos antepassados que lhe deram fama.

Ao vermos o Novo Stratos rodeado dos seus ilustres antecessores

O monolugar deriva diretamente do conceito utilizado no ano
passado pela equipa, tendo sido evoluído por Geoff Willis, com
Vitantonio Liuzzi e Narain Karthikeyan confirmados na formação
para esta nova época, com a formação de Múrcia a apostar na
experiência do piloto italiano para fazer evoluir o F111.
No entanto, e apesar da falta de testes e de rodagem, os objetivos
de Colin Kolles, diretor da equipa, passam por aproveitar quaisquer
problemas alheios para chegar a lugares mais à frente: “Sabemos
que não temos o carro mais rápido, isso é óbvio. Podemos discutir
como correr alguns riscos e ganhar mais um décimo de segundo ou
qualquer coisa assim, mas essa não é a nossa estratégia. A nossa
estratégia é ser fiável e terminar corridas, ter pilotos experientes
para tirar partido de algumas situações”, referiu Kolles .
Quanto à performance do novo carro, Kolles garante que o F111
será mais rápido do que o anterior monolugar, mas recusa-se a tecer
considerações mais sérias acerca do nível de competitividade deste
HRT na tabela.
da Lancia percebemos que qualquer coisa de realmente importante
está prestes a acontecer. E basta olhá-lo para percebermos que a
designação Novo Stratos não podia ser outra. Espreitamo-lo de
todos os ângulos e lá está a tão característica silhueta agachada, mas
agora actualizada nos detalhes. Por dentro surge aquela sensação de
que o assunto é tão sério como o original, com melhores detalhes e
acabamentos. Mas é quando ligamos o motor que a pele da nuca se
eriça a sério, em resposta ao ressoar do escape, a meros centímetros
das nossas orelhas. Paira uma tensão levemente contida que faz
parte do ADN ancestral e tudo parece emitir uma certa ameaça,
tão típica dos Stratos. É quase como ter os Sex Pistols ao vivo no
casamento da nossa irmã.
O Stratos original também não teve o envolvimento directo
do construtor. Nasceu apenas porque o designer e carroçador
Carrozzeria Bertone estava com capacidade de produção em
excesso no final dos anos 60 e Nuccio Bertone viu na Lancia,
resgatada do colapso pela Fiat, o alvo perfeito para um
produto de imagem mas de reduzido volume de produção.
Para convencer a marca em definitivo usou o seu trunfo mais
forte. Virou-se para o jovem génio Marcello Gandini, que já
ajudara a Bertone a desenhar o emblemático Lamborghini
Miura. Mas desta vez Gandini ficaria encarregue de todo o
design do Stratos.

“Penso que o nosso carro é mais rápido do que o do ano passado. De
forma significativa. Temos a secção traseira da Williams, um motor
Cosworth, um conjunto que nos consegue levar aos dez primeiros
e terminar em sexto no campeonato. Não há nada de errado com
isso. Temos aerodinâmica renovada, pelo que tudo parece mais
promissor. Temos pilotos com maior experiência e tudo deverá ser
melhor. No papel, parece melhor, penso”, acrescentou.
Pirelli prevê
Convém esclarecer desde já que não há aqui nenhuma réplica
de um Lancia. Trata-se, isso sim, da reunião entre o mais
recente Stratos e todas as variações feitas até hoje sobre esse
mesmo tema.
O Novo Stratos é o equivalente da Lancia a um Morgan Aero
ou um Porsche 997, excluindo o facto de o construtor não
ter estado de todo envolvido. Resultou do mero entusiasmo
colectivo de um grupo de privados que decidiram fazer
algo de realmente especial. O que encaixa perfeitamente na
As instruções de Nuccio precisavam apenas que o carro
deveria ter motor central, solução que estava na ordem do
dia, e que devia ter um impacto estrondoso.
Para manter no escuro o rival Pininfarina, que também tinha
algum envolvimento com a Lancia (e a própria Lancia),
batizaram o modelo como Projecto Zero. No entanto, quando
o concept apareceu em Outubro de 1970 no Salão Automóvel
de Turim, já tinha recebido outra designação, escolhida à
última da hora a partir de um modelo de avião encontrado
nos estúdios da Bertone. Assim nascia a designação ‘Stratos’.

duas a quatro paragens História.

Fiat campeã
das baixas emissões
A marca italiana apresenta
a média mais baixa de g/
km de CO2 pelo quarto ano
consecutive.
Os últimos testes que estão a ser realizados em Barcelona mostraram A Fiat é, pelo quarto ano
que inúmeras equipas, em situação de corrida, não tiveram de parar consecutivo, a marca líder das
as mesmas vezes nas boxes, embora a média tenha sido de três emissões baixas, atingindo
paragens. uma média de apenas 123,1 g/
km de CO2, de acordo com a
O circuito espanhol nunca teve temperaturas de pista superiores a consultora independente Jato
30 graus centígrados, o que é pouco face a muitas das corridas do Dynamics. Comparando estes
campeonato. Ainda assim, os responsáveis da Pirelli sugerem que valores com os conseguidos
os actuais pneus vão contribuir para estratégias de corrida abertas pela marca italiana há quatro
e diferentes. anos, a descida nas emissões
foi de 10% (137,3 g/km). A
“Os dados recolhidos mostram que com temperaturas mais altas Fiat já atingiu a meta de 130 g/
a informação é semelhante ao que já tínhamos obtido nos nossos km de CO2 estabelecida pela
testes”, disse Paul Hembery, o director de competição da Pirelli. União Europeia para 2015.
Apesar das diferenças entre as estratégias das equipas durante os
testes, o responsável não tem dúvidas que haverá equipas a parar Um dos factores que contribui
apenas duas vezes, enquanto haverá outras que têm de ir quatro para a redução das emissões
vezes às boxes. da marca italiana foi o novo
motor bicilíndrico Twin-Air,
com 900 cc, presente no 500, deu uma ajuda, agora que se A Fiat refere ainda que o comportamentos ao volante,
O objectivo de longevidade para o composto mais duro é de 25
que emite apenas 92 g/km. O começa a generalizar em todos sistema eco:Drive permitiu de forma a um menor consumo
voltas, enquanto o macio deverá durar entre 15 e 20 voltas, segundo
sistema start&stop também os modelos do Grupo Fiat. que os donos de modelos de combustível e à menor
prognósticos da Pirelli.
da marca alterassem alguns emissão de emissões de CO2.
 14 de Março 2011
Governo entende que paralisação de
transportes pode ser “perigosa”
O ministro da Economia, Vieira da Silva, considerou, ontem, do-
mingo, em Penafiel que a paralisação anunciada pelas empresas de
transportes de mercadorias “pode pôr em causa o funcionamento de
espectros importantes da nossa economia”.
“Nenhuma economia pode estar com um setor tão importante para-
do por tempo indeterminado”, vincou.
A paralisação dos camionistas, a partir das 00:00 de segunda-feira
foi convocada pela Associação de Transportadores de Terras, In-
ertes, Madeiras e Afins (ATTIMA), e pela Associação Nacional das
Transportadoras Portuguesas (ANTP).
Para Vieira da Silva, esta decisão das empresas “foi precipitada e
não é a melhor forma de ultrapassar este problema”.
“No momento que vivemos é uma atitude que tem de ser muito bem
pensada, porque os custos podem ser de tal maneira excessivos que
talvez exigissem um pouco mais de ponderação”, acrescentou.
Medida surpreendeu Governo
Vieira da Silva, que falava aos jornalistas à margem de uma inicia-
tiva do PS para apresentar a moção política de orientação nacional
de José Sócrates, admitiu ter ficado surpreendido com a decisão das
empresas transportadoras.
O ministro da Economia lembrou que o Governo, através do Minis-
tério das Obras Públicas, “tem estado num processo sério e pro-
fundo de negociação com as empresas e as associações”.
O ministro admitiu que as empresas do setor estão a atravessar
grandes dificuldades, mas sublinhou que, do lado do executivo, tem
havido abertura para encontrar “as melhores soluções”.
“O Governo já deu provas de aproximação em algumas das rei-
vindicações mais significativas das associações. Continuamos dis-
poníveis para trabalhar em conjunto”, sublinhou.
Vieira da Silva disse também estar “esperançado de que as as-
sociações e as empresas, que têm uma elevada responsabilidade
nesta área tão importante para o país, compreendam que estamos a
atravessar um momento muito difícil”.
“A bem da economia portuguesa e do interesse dos portugueses é
importante que o trabalho [negociações] continue a ser feito para
chegarmos a um ponto de equilíbrio”, defendeu.
Portugal . 21
Berta Cabral, em Ponta Delgada:
Depois do discurso
“nada ficará como dantes...”
A Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada considerou
que o discurso de tomada de posse de Cavaco Silva como Presi-
dente da República Portuguesa “foi marcante na vida política por-
tuguesa” e que “nada ficará como dantes”.
Berta Cabral, que esteve presente na tomada de posse de Cavaco
Silva, na Assembleia da República, registou “com apreço” o apelo
lançado pelo Presidente da República relativamente às políticas de
proximidade, com vista à criação de emprego e de apoio social às
famílias”.
No seu entender, para que estas políticas possam ser levadas a cabo,
torna-se necessário, contudo, que “o Estado proceda à descentral-
ização de competências e de recursos financeiros” para as autar-
quias.
Refira-se que Cavaco Silva defendeu, no seu discurso de tomada
de posse que “as autarquias podem assumir um papel fulcral na
valorização da iniciativa empresarial, na criação de emprego e, ge-
nericamente, na resposta às dificuldades económicas e sociais das
respectivas regiões”.
Segundo o Presidente da República, “além do contributo em ini-
ciativas de apoio aos mais carenciados, tenho constatado que ex-
iste um número crescente de autarcas que estão a reorientar as suas
prioridades para o tecido produtivo e para a valorização económica
das suas regiões e dos seus recursos. Este é um caminho de futuro
e também aquele que poderá ter um impacto mais rápido na eco-
nomia nacional”.
“As iniciativas locais de emprego e os investimentos de proximi-
dade são aqueles que podem produzir resultados de forma mais
imediata e que melhor podem ser avaliados, reformulados ou re-
produzidos” - acentuou o Presidente da República.
Berta Cabral congratula-se com o apelo de Cavaco Silva e sublinha
a importância da transferência de novas atribuições e competências
para as autarquias, mas reforça a ideia de que estas competências
só poderão ser postas em prática com a transferência dos meios
financeiros necessários.
Estação Costeira
de Comunicações
Os Deputados António Pedro Costa e Jorge Macedo visitaram a
Estação Costeira de Comunicações, que funciona junto da Coop-
erativa Porto de Abrigo, onde se inteiraram da intensa actividade
daquele sistema, que permite a cobertura via rádio VHF de toda
a Região. Os Parlamentares do PSD puderam constatar in loco o
funcionamento daquela sofisticada Estação de Comunicações, que
garante condições de segurança aos pescadores de toda a Região,
fornecendo informações úteis e a possibilidade do contacto com os
familiares, possibilitando ainda uma correcta gestão de capturas de
peixe. Neste momento apenas um funcionário da cooperativa as-
segura aquele serviço que os pescadores pretendem esteja a funcio-
nar 24 horas por dia. Aquela Estação Costeira foi financiada pela
União Europeia e pelo Governo Regional para o serviço de todos os
pescadores açorianos, competindo à Cooperativa Porto de Abrigo
os custos de gestão daquele equipamento.
Os pescadores e os responsáveis pela Cooperativa consideram que
se trata de um equipamento de importância vital para todos pesca-
dores dos Açores, alertando os Parlamentares para os custos do seu
funcionamento, durante 24 horas por dia, pelo que tratando-se de
um serviço de interesse público, deveria ser apoiado pelo Governo
Regional
22 . Passatempos 14 de Março 2011

Gossip Horóscopo
Carneiro
Terapia do strip-tease. 21-3 A 20-4
Tente relaxar um pouco mais. Seja prudente na forma como
A psicoterapeuta Sarah White criou um método onde a terapeuta fica sem gere as suas finanças. Proteja as suas emoções.
roupas para atender os pacientes, baptizado de Naked Therapy (Terapia
Nua). Ela diz que foi a maneira que encontrou para deixar os pacientes Touro
mais à vontade, conseguindo assim fazer com que eles falem com mais 21-4 A 20-5
facilidade no divã. O seu nível de cansaço encontra-se elevado, descanse mais horas.
Na primeira sessão, que é feita pela Internet via web cam, para estabelecer A pessoa com quem sonha poderá surgir inesperadamente.

um primeiro contacto com o paciente, ela cobra 150 dólares, passando

depois a recebê-los pessoalmente no seu consultório em Nova Iorque, Gémeos
ficando as consultas ao vivo por 450 doláres. 21-5 A 20-6
A terapeuta diz que não vê nada de errado no seu método, já que o paciente Momento estável na saúde, aproveite para descansar. Todos os
desabafa tranquilamente sobre a sua vida e os seus problemas, a diferença conflitos amorosos se resolverão com calma e compreensão.
é que é com uma rapariga nua à frente, e acrescenta que isto só os estimula
a terem mais controle sobre si mesmos e sobre a sua vida.
Caranguejo
21-6 A 20-7
Finanças equilibradas, sem alterações de maior. Poderá ter
alguns problemas de ouvidos. Os seus filhos sentem a sua falta.

Sudoku Palavras Cruzadas Leão

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 21-7 A 20-8
8 7 3 Nado o preocupará na sua saúde. Não gaste as suas finanças em
1 bens desnecessários. Poderá tirar partido desta fase afectiva.
5 1 2
3 Virgem
2 3 7 5
21-8 A 20-9
4 Não se automedique, procure um médico. Se quiser entrar num
9 4 8 2 novo negócio, esta será a melhor altura.
5
7 5 6
Balança
8 6 5 9 7 21-9 A 20-10
Poderão surgir algumas dificuldades financeiras. Mas na
8 saúde, sentir-se-á em forma e sem preocupações.
8 7 3 9
9
6 1 10 Escorpião
11 21-10 A 20-11
3 7 6 Não cometa grandes excessos alimentares. Não está numa boa
altura para contrair empréstimos.
11- Ur; Mercalli 11- Anão; Aro; Si Horizontais Verticais
10- Ria; Rã; Vais 10- Pacto; Ardil 1- Decorou a Loggia do 1- Capital da Letónia/
9- Cobra; MD 9- Actos; Mal Vaticano/Estado da América do Exclamação de dor/Capa com Sagitário
8- Pé; Imola; Ro 8- Ali; Tua; Vá
Sul; aberturas no lugar das mangas;
7- Mote; Ousar 7- Um; Raviola
2- Raiva/Determina a direcção 2- Atmosfera/Molengão (fig.)/ 21-11 A 20-12
Nada afectará a sua situação financeira. Cuidado com a sua
6- Lei; Leito 6- Asa; Fé; Orar
5- Elmo; Fá; Tô 5- Ena; Lembre em que aponta a proa/Andar; Princípio de antes;
4- Soa; Ricto 4- Al; Oó; Tio 3- Metal raro que se encontra 3- Organização das Nações saúde, evite as gripes e constipações, agasalhe-se.
nos minérios de platina/Aqui; Unidas para a Agricultura e a
3- FAO; Na; Laca 3- Osmio; Cá
2- Ar; Lesma; An 2- Ira; Leme; Ir
4- Símbolo químico do Alimentação/Símbolo químico
Capricórnio
1- Riga; Au; Opa 1- Rafael; Perú
VERTICAIS HORIZONTAIS Alumínio/O sono das crianças/ do sódio/Goma;
Palavras Cruzadas Irmão da mãe ou do pai; 4- Ecoa/Contracção dos 21-12 A 20-1
5- Exclamação de alegria/ músculos da face; Nada de preocupante na saúde e nas finanças. Aproveite este
Recorde; 5- Peça de armadura medieval momento de boas energias para estar com o seu companheiro.
6- Membro das aves/Crença/ que protegia a cabeça/Nota
4 6 7 1 9 8 3 2 5

3 1 8 2 6 5 9 4 7 Rezar; musical/Porco;
7- Único/Jogo que consiste 6- Regra/Cama;
5 2 9 3 4 7 8 1 6
em atirar uma moeda ao chão 7- Tema/Atrever-se;
Aquário
9 7 4 5 2 6 1 3 8 onde se traçaram vários riscos 8- Extremidade da perna/ 21-1 A 20-2
e curvas; Sacrifica/Letra grega; Evite comer tantos doces para não prejudicar o seu organismo.
8 5 6 9 3 1 4 7 2
8- Acolá/Que te pertence/Não 9- Serpente/Mil e quinhentos Para que a sua relação permaneça estável, confie no seu amor.
2 3 1 8 7 4 5 6 9 telefone; em romano;
9- Feitos/Dano; 10- Sorria/Batráquio/Andas;
6 4 5 7 8 3 2 9 1 10- Acorda/Cilada; 11- Pátria de Abraão/Escla que Peixes
11- Apresenta nanismo/Anel/ mede a intensidade dos sismos;
21-2 A 20-3
7 8 2 4 1 9 6 5 3
Nota musical;
1 9 3 6 5 2 7 8 4 Sudoku Consulte o seu médico. Não gaste em demasia, poderá vir a
precisar desse dinheiro. Dedique tempo à sua vida familiar.

LEIA E DIVULGUE ABC

 14 de Março 2011 Coisas e loisas . 23
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* Semana em foco * Semana em foco * Semana em foco * Semana em foco * Semana em foco
O Fado também mora em Mississauga
Novas notas de 100 e 50...
em breve
Os Canadianos vão em breve começar
nita filha Soraia Mejdoubi que
mesmo depois de o falecimento
de um membro da sua família
muito chegada aos dois, mesmo
assim apareceram no palco e
fizeram da sua arte magia, deli-
ciando quem os ouviu.
Um abraço do ABC para todos
artistas comunitários em espe-
cial que trabalham para todos
fins de semanas, e não só sem
conta, e por vezes são esqueci-
dos nos seus reais valores... Va-
lores de ouro, hem?!
Carlo Miguel Cruz Gomes
a usar dinheiro... quase em plástico.
Para já, o Banco do Canadá diz que
vai começar a fazer circular notas de
100 dólares novos feitos de um
polimero especial, já em Novembro,
com a nota de 50 dólares a seguir
em Março de 2012.
As mais comumente utilizadas notas
de 20, 10 e 5 dólares continuarão
a circular até ao fim do ano de 2013.
As notas canadianas são feitas atualmente em 100 por cento de
papel.O banco central diz que as novas notas terão os recursos de
segurança inovadores que tornam mais fácil a detecção de falsifica-
ções. E vão ser mais baratos porque vão durar pelo menos 2,5 vezes
mais do que dinheiro de papel.

Na Sexta Feira no Portuguese
Cultural Centre de Mississau-
ga houve festa. Ate aqui, nada
de anormal o diferente, pois o
PCCM já nos habitou a noites
em tons familiares bem passa-
dos com salas sempre cheias
de alegria e em prol da divulga-
ção da nossa cultura, mas nesta
Sexta Feira que passou, foi uma
“festa” diferente. Pois nesta
“festa” reinou o som do Fado.
Pela bonita voz de Soraia Me-
jdoubi e também de Paulo Fili-
pe os jovens cantores provaram
que o Fado não vai morrer entre
nós. Acompanhados na Gui-
tarra e Viola por Valdemar Me-
jdoubi, Hernâni Raposo e por
Manuel Moscatel com o som a
cargo por TNT, Tony Dasilva,
que consegue já trabalhar o som
com os olhos fechados, fazia si-
lenciar uma sala de gente onde
estavam amigos e caras conhe-
cidas da nossa comunidade.
Os nossos parabéns vão em es-
pecial para dois profissionais da
arte de cantar e animar, são eles
Valdemar Mejdoubi e a sua bo-

Também fomos ao Sporting...

Na foto,
o presidente
Augusto Pires
e o nosso
Director.
Até parece que
vão resolver
os problemas

...mas não para resolver problemas de Alvalade!