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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROJETO DE GRADUAÇÃO
VITÓRIA - ES
Agosto/2008
RENATO BERTOLDI SIMÕES
ESTUDO SOBRE ELABORAÇÃO DE PROJETO ELÉTRICO
RESIDENCIAL PREDIAL.
VITÓRIA – ES
Agosto/2008
RENATO BERTOLDI SIMÕES
COMISSÃO EXAMINADORA:
i
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que me deu força para terminar esse difícil
curso.
Agradeço aos meus pais, Alcemy do Bom Jesus Simões e a Anacir Maria
Bertoldi Simões, pelo apoio e compreensão em todos esses anos de estudos.
Agradeço a Mauro Sergio Suaid Santos e Fernanda Juni Santos, pela oportunidade
de aprendizado e de crescimento na Powertech Engenharia, onde aprendi muito
sobre projeto, que me ajudou a terminar este trabalho. A Prof. Wilson Correia Pinto
de Aragão Filho, pela orientação.
A todas as pessoas que contribuíram para que esse trabalho fosse
realizado.
ii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Diagrama de Receita de Projetos ..............................................................
7 Figura 2– Lista de Circuitos dos apartamentos tipo ..................................................
13 Figura 3- Lista de Circuitos do condomínio
............................................................... 15 Figura 4 – Circuito Equivalente de uma
falta de impedância desprezível ................. 37 Figura 5 – Esquema TN-S
......................................................................................... 38 Figura 6 – Esquema
TN-C......................................................................................... 38 Figura 7– Vista
Frontal do QM 1 ............................................................................... 52 Figura 8 –
Vista Frontal do QM 2 .............................................................................. 53 Figura 9
– Lista de Material das Vistas Frontais ........................................................ 53 Figura
10 – Detalhe das Barras ................................................................................. 54
Figura 11 – Vista Interna do QM1 .............................................................................
55 Figura 12 – Vista Interna do QM2
............................................................................. 55 Figura 13 – Lista de Material das
Vistas Internas ...................................................... 56 Figura 14 – Vista Frontal do
QGBT ........................................................................... 56 Figura 15 – Vista Interna
do QGBT ........................................................................... 57 Figura 16 –
Identificação dos Materiais ..................................................................... 58 Figura 17
– Vista Frontal MS ..................................................................................... 58 Figura
18 – Exemplo de Planta Baixa de Subestação .............................................. 59
Figura 19 – Detalhes Construtivos da Janela da Subestação ...................................
60 Figura 20– Detalhe 2
................................................................................................. 60 Figura 21 –
Desenho 31 da NOR-TEC-01 ................................................................ 61 Figura 22
– Desenho 32 da NOR-TEC-01 ................................................................ 62 Figura
23 – Desenho 29 da NOR-TEC-01 ................................................................ 63
Figura 24 – Desenho 12 da NOR-TEC-01 ................................................................
66 Figura 25– Lista de Material do Desenho 12 da NOR-TEC-01
................................. 67 Figura 26 – Blocos terminais
..................................................................................... 71 Figura 27 – Exemplo de
uma Caixa de Distribuição no andar ................................... 73 Figura 28 – Poço de
Elevação .................................................................................. 75 Figura 29 –
Tubulação Convencional ........................................................................ 76 Figura 30
– Bloco terminal fixado diretamente à prancha de madeira ...................... 79 Figura
31 – Bloco terminal suportado por canaleta ................................................... 79
iii
Figura 32 – Detalhe de Bloco Terminal .....................................................................
80 Figura 33– Caixa de Distribuição
.............................................................................. 81 Figura 34 – Anéis Guia
.............................................................................................. 81 Figura 35 – Foto
Caixa de Distribuição ..................................................................... 82 Figura 36 –
Foto Bloco Terminal dentro da Caixa de Distribuição ............................ 82 Figura 37–
Exemplo de Distribuidor Geral (DG) ........................................................ 83 Figura 38
– Representação da Terminação dos cabos no caso a. ........................... 84 Figura
39 - Representação da Terminação dos cabos no caso b. ............................ 85
Figura 40 - Representação da Terminação dos cabos no caso c. ............................
85 Figura 41 – Sistema
Geral......................................................................................... 89 Figura 42 –
Exemplo de organização com o cabeamento estruturado ..................... 91 Figura 43
– Sistema de automação integrado ........................................................... 92 Figura
44 – Cabo RG-6 ............................................................................................. 93
Figura 45 – Desenho Cabo RG-6 ..............................................................................
93 Figura 46 – Cabo Par-Trançado Categoria 5
............................................................ 94 Figura 47– Esquema Demonstrativo do
Cabeamento Estruturado ........................... 94 Figura 48 – Patch Painel em um
painel de distribuição ............................................. 95 Figura 49 – Painel de
distribuição ............................................................................. 95 Figura 50 –
Ambiente com controle de luminosidade ................................................ 96 Figura 51
- Simples acionador de lâmpada ao cair do sol, com controle automático e manual
................................................................................................................... 97 Figura
52 – Esquemático de um dimer ...................................................................... 98
Figura 53 – Exemplo de Sensor de Umidade do Solo. ............................................
100 Figura 54 – Ilustração do Sensor de Umidade no terreno.
...................................... 100 Figura 55– Diagrama de Entradas e Saídas em um
Sistema Integrado ................. 102 Figura 56 – Módulo de Controle
.............................................................................. 103 Figura 57 – Diagrama da
instalação dos componentes .......................................... 104 Figura 58- Instalação
Centralizada .......................................................................... 105 Figura 59 –
Instalação Descentralizada .................................................................. 105 Figura 60
– Lista de Circuitos de um Quadro no Excel. .......................................... 108 Figura
61 - Dimensionamento de disjuntores e alimentadores pelo Excel .............. 109
iv
LISTA DE QUADROS
v
Quadro 30 - Diversificação em função da quantidade de apartamentos .................
113 Quadro 31 - Determinação da potência em função da quantidade de motores
...... 114 Quadro 32 - Competência das pessoas
.................................................................. 115 Quadro 33 – Resistência Elétrica do
corpo humano ............................................... 116 Quadro 34 – Contato das pessoas
com o potencial da terra .................................. 116 Quadro 35 – Situações 1, 2 e 3
............................................................................... 117
vi
GLOSSÁRIO
vii
PELV (do ingles “Protected extra-low voltage”) – Sistema de extrabaixa tensão que
não é eletricamente separado da terra, mas que preenche, de modo equivalente,
todos os requisitos de um SELV.
SELV ( do inglês “Separated extra-low voltage”) – Sistema de extrabaixa tensão que
é eletricamente separado da terra, de outros sistemas e de tal modo que a
ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque elétrico. SPDA -
Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
UC – Unidade Consumidora.
viii
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ...........................................................................................................
I AGRADECIMENTOS ................................................................................................
II LISTA DE FIGURAS ................................................................................................
III LISTA DE QUADROS
.............................................................................................. V GLOSSÁRIO
.......................................................................................................... VII SUMÁRIO
................................................................................................................ IX RESUMO
.................................................................................................................... I 1.
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 2
1.1. Motivação ............................................................................................. 2 1.2.
Definição dos projetos .......................................................................... 2 1.3.
Definição das Unidades Consumidoras ................................................ 3
2. RECEITA DE PROJETOS ....................................................................................
5 3. SEQÜÊNCIA DE PROJETOS ..............................................................................
8 3.1. Engenharia Básica ................................................................................ 8 3.1.1.
Cálculo de Carga e Divisão de Circuitos nas Instalações. .................... 8 3.1.2.
Demanda da Instalação ...................................................................... 16 3.1.3.
Categoria de cada Unidade Consumidora .......................................... 22 3.1.4.
Câmara de transformação, Barramento Geral e dos medidores ........ 22 3.2. Planta
Baixa das Instalações Elétricas internas das unidades consumidoras
...................................................................................................... 26 3.2.1. Princípios
fundamentais ...................................................................... 26 3.2.2. Características
gerais ......................................................................... 29 3.2.3. Segurança da
instalação elétrica das unidades consumidoras .......... 33 3.2.4. Projeto da
instalação elétrica dos apartamentos ................................ 40 3.2.5. Projeto da
instalação elétrica do condomínio ..................................... 41 3.3. Trifilares dos
quadros de distribuição ................................................. 41 3.3.1. Proteção contra
sobrecorrentes .......................................................... 41 3.3.2. Proteção contra
sobretensões e perturbações eletromagnéticas. ...... 43 3.3.3. Proteção contra
quedas e faltas de tensão ......................................... 45 3.3.4. Proteção adicional
contra choques elétricos ....................................... 46 3.4. Quadro de Carga da
instalação .......................................................... 47
ix
3.5. Unifilar Geral da instalação ................................................................. 50 3.6.
Planta Baixa da Alimentação das Unidades Consumidoras ............... 51 3.6.1.
Planta de alimentadores dos quadros dos apartamentos. .................. 51 3.6.2.
Planta de alimentadores dos quadros do condomínio e a malha de terra da
instalação............................................................................................... 51 3.7.
Esquema Vertical da instalação elétrica. ............................................ 51 3.8.
Planta de situação do edifício. ............................................................ 51 3.9.
Vista de Medidores ............................................................................. 52 3.10.
Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT) e Medidor de Serviço (MS). 56 3.11.
Projeto da Subestação. ....................................................................... 59
4. O PEDIDO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA À ESCELSA .......
68 5. PROJETO TELEFÔNICO
................................................................................... 70 5.1. Seqüência Básica para
elaboração de projetos de redes telefônicas em edifícios
......................................................................................................... 71 5.2. Projeto
da Rede de Cabos Secundários ............................................. 73 5.3. Projeto da
Rede de Cabos Primários .................................................. 74 5.4. Cabos de Entrada
............................................................................... 78 5.5. Blocos Terminais
................................................................................ 78 5.6. Disposição dos cabos e
blocos terminais ........................................... 80 5.7. Comprimentos dos Cabos da
Rede Interna ........................................ 84 5.8. Distribuição dos cabos da rede
interna ............................................... 86 5.9. Desenho do projeto
............................................................................. 86 6. ESTUDO SOBRE PROJETO
DE AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL ..................... 88 6.1. Introdução
........................................................................................... 88 6.2. Projeto de
Cabeamento Estruturado ................................................... 90 6.3. Algumas
Aplicações ............................................................................ 96 6.4. Sistema de
Integração ...................................................................... 102 7. TECNOLOGIA DE
APOIO AO PROJETISTA .................................................. 106 7.1. Software para
desenho ..................................................................... 106 7.2. Software para
projetos ...................................................................... 107 7.3. Utilização do Excel
para a Elaboração de Cálculos .......................... 107 CONCLUSÕES
..................................................................................................... 110 APÊNDICE A
........................................................................................................ 112
x
APÊNDICE B ........................................................................................................ 115
APÊNDICE C ........................................................................................................ 118
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................
120
xi
RESUMO
i
2
1. INTRODUÇÃO
1.1. Motivação
I Não conste:
a) motor monofásico, 120V, com potência superior a 2CV;
b) máquina de solda a transformador de 120V, com potência superior a
2kVA; c) aparelho que necessite de duas ou três fases.
II Não conste:
a) motor monofásico, 120V, com potência superior a 2CV;
b) motor monofásico, 220V, com potência superior a 3CV;
c) máquina de solda a transformador, classe de 120V, com potência superior a
2kVA ou 220V, com potência superior a 8kVA;
d) aparelho que necessite de três fases.
IV Unidades Consumidoras com carga menor que 75kW, desde que possuam
qualquer dos equipamentos vetados na Categoria III.
V Área Máxima:
Residencial: 7.000m2
Comercial: 3.000m2
Em edificações residenciais e comerciais a demanda máxima calculada não deverá
ultrapassar 230 kW;
A carga total instalada em qualquer unidade consumidora não poderá ser superior a
75 kW;
Nenhuma unidade consumidora poderá conter os equipamentos vetados na
categoria III.
5
Categoria Restrições
de
fornecime
nto
Fonte: NOR-TEC-01
2. RECEITA DE PROJETOS
S
1 Fazer Engenharia Básica
S
O
I
U
C
C
I
Á
1
2 Fazer a instalação elétrica do pavimento-tipo dos apartamentos
A
X
3 Fazer a instalação elétrica dos pavimentos relacionados ao condomínio.
I
A
A
L
B
P
S
4 Fazer os trifilares de todos os quadros de distribuição
O
L
U 5 Fazer o quadro de carga de toda instalação, mostrando a carga instalada
C
L e o cálculo de demanda
Á
2
7 Fazer a planta de alimentadores dos quadros dos apartamentos.
A
N
X 8 Fazer a planta de alimentadores dos quadros do condomínio.
I
A
A
L
B
P
O
9 Fazer o esquema vertical da instalação elétrica.
T
T
12 Fazer a planta da Subestação, suas vistas e seus detalhes.
E
3. SEQÜÊNCIA DE PROJETOS
Até 6m2 carga mínima de 100VA Em cada cômodo ou dependência deve ser
previsto pelo menos um ponto de luz fixo no
Acima de 6m2 Acrescentar 60VA para
teto, comandado por interruptor
cada aumento de 4 m2
inteiros
Fonte: NBR-5410
cada ponto de tomada é função dos equipamentos que ele poderá vir a
alimentar, observando-se no mínimo os critérios mostrados no quadro 5.
Quadro 5– Previsão de número de pontos e de carga para tomadas. [NBR-5410]
Local/ função Nº de Pontos Potência
para uso especifico Os pontos de tomada de deve ser a ele atribuída uma
uso especifico devem ser potência igual à potência
localizados no máximo a 1,5 nominal do equipamento a ser
m do ponto previsto para a alimentado ou à soma das
localização do potências
Em salas e dormitórios deve ser previsto pelo no mínimo 100VA por ponto
menos um ponto de de tomada.
tomada para cada 5 m, ou
fração de
perímetro.
demais cômodos e devem ser previstos pelo no mínimo 100VA por ponto
dependências de habitação menos um ponto de de tomada.
tomada, se a área do
cômodo ou
dependência for igual
ou inferior a 2,25 m2
10
Local/ função Nº de Pontos Potência
m2
Fonte: NBR-5410
Fonte: NBR-5410
Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que requeiram
controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas
de outros (por exemplo, circuitos de supervisão predial). Na divisão da instalação
devem ser consideradas também as necessidades futuras. As ampliações
previsíveis devem se refletir não só na potência de alimentação, mas também na
taxa de ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição.
11
Com essa listagem de circuitos, se define a carga total do condomínio, que pode ser
separada de acordo com a finalidade, como mostrado no Quadro 8. O Medidor de
serviço atenderá toda a carga referente ao condomínio, alimentando primeiramente
o QLFS (“Quadro de Luz e Força de Serviço”), onde existirá um disjuntor para cada
um dos itens especificados no Quadro de Cargas acima (Elevador 1, Elevador 2, B.
Recalque, QLS1,...). Os quadros QLS1 E QLS2 (“Quadro de Luz de Serviço 1 e 2”)
possuem os circuitos de iluminação e tomadas mostrados na Figura 3. Esses
circuitos foram divididos nesses dois quadros (QLS1 e QLS2) de forma a facilitar a
distribuição de circuitos no edifício. O QLE é o Quadro
16
de Luz dos Elevadores, e o QL Emergência é o quadro que carrega as baterias que
alimentam o circuito de iluminação de emergência do condomínio.
Com essa carga do condomínio junto com a carga total calculada para os
apartamentos, obtém-se a carga instalada total do prédio que será mostrada no
próximo item.
Para uma carga total instalada de 363.000 W por QM (403.333 VA, fp=0,9), o valor
da demanda de 45.790 VA calculada ficou muito pequeno (11,35%), portanto esse
valor foi multiplicado, a critério do projetista, por um fator igual a 2,48 para chegar na
demanda aplicada de 113.559,2 VA (28,15%) da carga total instalada nos
19
a) Cargas de iluminação.
Cálculo da parcela de demanda referente às cargas de iluminação: a - Devem
ser aplicados os seguintes percentuais à carga total instalada em kW: - 100%
para os primeiros 10 kW
- 25% para o que exceder a 10 kW
b - Ao valor encontrado em kW, deve ser aplicado o fator de potência específico
considerado no projeto.
Exemplo: Consultando a Quadro 8, observa-se que carga total de Iluminação do
condomínio é igual a 16.400 W, portanto aplica-se 100% para 10 kW e 25% para os
6,4 kW restantes (= 11.600W). Desse valor dividimos pelo fator de potência, que
nesse projeto foi considerado de 0,90 ( 11.600/0,90 = 12.888,89). Demanda da
iluminação igual a 12.888,89 VA.
20
b) Cargas de tomadas.
Cálculo da parcela de demanda referente às cargas de tomadas: a - Deve ser
aplicado o percentual de 20% à carga total instalada em kW. b - Ao valor encontrado
em kW, deve ser aplicado o fator de potência específico considerado no projeto.
Exemplo: Consultando o Quadro 8, observa-se que a carga em tomadas no
condomínio foi de igual a 19.200W, portanto a demanda é igual a 20% desse valor
dividido por 0,90 (o fator de potência considerado no projeto). Demanda igual a
4.266,67 W.
diversidade 1,0. Para estas cargas, deve ser adotado o fator de potência específico,
previsto no projeto.
Exemplo:
- Cargas motrizes - 2 motores para portões de garagem 600 W (1/3HP) – Quadro 29
– Demanda de 980 VA.
- Cargas não motrizes – Sauna elétrica com carga de 9.000 W. A essa carga será
aplicada demanda total e um fator de potência igual a um. Demanda 9.000VA.
22
a) Localização
De acordo com a NOR-TEC-01, sempre que o compartimento for parte
integrante da edificação, deverá ser construída câmara de transformação, localizada
no térreo, de preferência na parte frontal da edificação. A escolha da melhor
localização será em função das facilidades de acesso, ventilação e outros fatores de
projeto.
A ESCELSA responsabilizar-se-á pelo fornecimento do cabo classe 15kV
desde que a câmara diste até 10 metros medidos a partir da caixa de inspeção no
passeio. O trecho que exceder a 10 metros será de responsabilidade do interessado/
incorporador.
Sempre que o compartimento for isolado da edificação deverá ser construída
cabina que deverá ser localizada no recuo da edificação, no máximo a 6m da via
pública de construção normal sobre o solo, não devendo ser utilizada em locais
passíveis de inundação. Se o limite da edificação, onde está localizada a cabina,
estiver a mais de 6 metros da via pública, deverá ser construída uma caixa de
passagem, com dimensões de 80 x 80 x 100 cm, até 6m da via pública.
A câmara de transformação ou cabina deverá permitir fácil acesso a partir da
via pública, para os funcionários da ESCELSA ou pessoas autorizadas e para
circular equipamentos com dimensões mínimas de 1,20m x 1,80m x 2,00 e 2.500 Kgf
de peso, a qualquer hora do dia ou da noite, em que isto se torne necessário.
Qualquer localização diferente da prevista deverá ser motivo de prévia
consulta à ESCELSA.
b) Dimensões
De acordo com a NOR-TEC-01, a câmara de transformação ou cabina
deverá ser dimensionada de acordo com o(s) equipamento(s) a ser(em) instalado(s),
de modo a oferecer facilidade de operação e circulação, bem como as necessárias
condições mínimas de segurança. Deverá obedecer às seguintes dimensões
mínimas, livres de obstáculos, tais como, colunas, vigas, rebaixos, etc:
- câmara de transformação ou cabina com transformador único de até 300kVA,
dimensões mínimas: 3,00m x 3,90m x 2,80m (pé direito)
- câmara de transformação ou cabina com dois transformadores de até 300kVA,
dimensões mínimas: 6,60m x 3,90m x 2,80m (pé direito)
24
Fonte: NOR-TEC-01
as prescrições da Norma ABNT NBR 5410, e estão relacionados nos itens 4.1.1 a
4.1.15 da Norma.
Esses princípios são:
a) As pessoas e os animais devem ser protegidos contra choques elétricos, seja o
risco associado a contato acidental com parte viva perigosa, seja a falhas que
possam colocar uma massa acidentalmente sob tensão.
b) A instalação elétrica deve ser concebida e construída de maneira a excluir
qualquer risco de incêndio de materiais inflamáveis, devido a temperaturas
elevadas ou arcos elétricos. Além disso, em serviço normal, não deve haver
riscos de queimaduras para as pessoas e os animais.
c) As pessoas, os animais e os bens devem ser protegidos contra os efeitos
negativos de temperaturas ou solicitações eletromecânicas excessivas
resultantes de sobrecorrentes a que os condutores vivos possam se submetidos.
d) Condutores que não os condutores vivos e outras partes destinadas a escoar
correntes de falta devem poder suportar essas correntes sem atingir
temperaturas excessivas.
e) As pessoas, os animais e os bens devem ser protegidos contra as conseqüências
prejudiciais de ocorrências que possam resultar em sobretensões, como faltas
entre partes vivas de circuitos sob diferentes tensões, fenômenos atmosféricos e
manobras.
f) Equipamentos destinados a funcionar em situações de emergência, como
incêndios, devem ter seu funcionamento assegurado a tempo e pelo tempo
julgado necessário.
g) Sempre que forem previstas situações de perigo em que se faça necessário
desernergizar um circuito, devem ser providos dispositivos de desligamento de
emergência, facilmente identificáveis e rapidamente manobráveis.
h) A alimentação da instalação elétrica, de seus circuitos e de seus equipamentos
deve poder ser seccionada para fins de manutenção, verificação, localização de
defeitos e reparos.
i) A instalação elétrica deve ser concebida e construída livre de qualquer influência
mútua prejudicial entre instalações elétricas e não elétricas.
j) Os componentes da instalação elétrica devem ser dispostos de modo a permitir
espaço suficiente tanto para a instalação inicial quanto para a substituição
28
Esquema TT
Esquema IT
Fonte: NBR-5410
30
3.2.2.2. Alimentações
b) Tensões primárias
As tensões de fornecimento primárias nominais (média tensão) poderão
variar entre 11.400 e 13.800 Volts entre fases.
3.2.2.5. Compatibilidade
• Proteção básica
• Proteção supletiva
Os conceitos de “proteção básica” e de “proteção supletiva” correspondem,
respectivamente, aos conceitos de “proteção contra contatos diretos” e de “proteção
contra contatos indiretos”.
A regra geral da proteção contra choques elétricos é que o principio
enunciado anteriormente seja assegurado, no mínimo, pelo provimento conjunto de
proteção básica e de proteção supletiva, mediante combinação de meios
independentes ou mediante aplicação de uma medida capaz de prover ambas as
proteções, simultaneamente.
As medidas de proteção contra choques elétricos são apresentadas a seguir:
a. Equipontencialização e seccionamento automático da alimentação; b. Isolação
dupla ou reforçada;
c. Uso de separação elétrica individual;
d. Uso de extrabaixa tensão: SELV (“Separated extra-low voltage”) e PELV
(“Protected extra-low voltage”).
Zs . Ia ≤ Uo
Onde :
Zs é a impedância, em ohms, do percurso da corrente de falta, composto da
fonte, do condutor vivo, até o ponto de ocorrência da falta, e do condutor de
proteção (do ponto de ocorrência da falta até a fonte);
Ia é a corrente, em ampères, que assegura a atuação do dispositivo de
proteção num tempo no máximo igual ao especificado na Quadro 15. Uo é a tensão
nominal, em volts, entre fase e neutro, valor eficaz em corrente alternada.
37
Figura 4 – Circuito Equivalente de uma falta de impedância desprezível
Situação 1 Situação 2
Notas:
1 Uo é a tensão nominal entre fase e neutro, valor eficaz em corrente
alternada 2 As situações 1 e 2 estão definidas no Apêndice B deste trabalho
Fonte: NBR-5410
39
b. I2 ≤
1,45 IZ
Onde:
IB é a corrente de projeto do circuito;
Iz é a capacidade de condução de corrente dos condutores, nas condições
previstas para sua instalação;
In é a corrente nominal do dispositivo de proteção nas condições previstas para sua
instalação;
I2 é a corrente convencional de atuação, para disjuntores, ou corrente convencional
de fusão, para fusíveis, isso se for possível assumir que a temperatura limite de
sobrecarga dos condutores (ver Quadro 16) não venha a ser mantida por um tempo
superior a 100h durante 12 meses consecutivos, ou por 500h ao longo da vida útil do
condutor. Quando isso não ocorrer, a condição da alínea b) deve ser substituída por:
I2 ≤
IZ .
Fonte: NBR-5410
Para se fazer a proteção contra curto-circuito, as correntes de curto-circuito
presumidas devem ser determinadas em todos os pontos da instalação julgados
necessários. Essa determinação pode ser efetuada por cálculo ou por medição.
E assim como para os dispositivos de proteção contra sobrecarga, devem
ser providos dispositivos que assegurem proteção contra curtos-circuitos em todos
os pontos onde uma mudança (por exemplo, redução de seção) resulte em alteração
do valor da capacidade de condução de corrente dos condutores, admitindo-se
exceções caso a parte da linha compreendida entre a redução de seção ou outra
mudança e a localização cogitada para o dispositivo atender a uma das duas
condições seguintes:
a. Não exceder 3 metros de comprimento, for realizada de modo a reduzir ao mínimo
o risco de um curto-circuito e não estiver situada nas proximidades de materiais
combustíveis;
b. Estiver protegida contra curtos-circuitos por um dispositivo de proteção localizado
a montante.
neutro sejam submetidos a sobretensões que podem atingir o valor da tensão entre
fases. Essas ocorrências são:
a. Perda do condutor neutro em esquemas TN e TT, em sistemas trifásicos com
neutro, bifásicos com neutro e monofásicos a três condutores;
b. Falta à terra envolvendo qualquer dos condutores de fase em um esquema IT. No
caso b, os componentes da instalação elétrica devem ser selecionados de forma a
que sua tensão nominal de isolamento seja pelo menos igual ao valor da tensão
nominal entre fases da instalação. No caso a, deve-se adotar idêntica providência
quando tais sobretensões, associadas à probabilidade de ocorrência, constituírem
um risco inaceitável.
Deve ser provida proteção contra sobretensões transitórias, por meio de
Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPSs) ou por outros meios que garantam
uma atenuação das sobretensões no mínimo equivalente aos DPSs, e quando a
instalação for alimentada por linha total ou parcialmente aérea, ou incluir ela própria
linha, e se situar em região sob condições de influências externas AQ2 (mais de 25
dias de trovoadas por ano).
IV III II I
120/208 115-230 4 2,5 1,5 0,8
127/220 120-240
127-254
400/690 - 8 6 4 2,5
Fonte: NBR-5410
45
Devem ser tomadas precauções para evitar que uma queda de tensão ou
uma falta total de tensão, associada ou não ao posterior restabelecimento desta
tensão, venha a causar perigo para as pessoas ou danos a uma parte da instalação,
a equipamentos de utilização ou aos bens em geral. O uso de dispositivos de
proteção contra quedas e faltas de tensão pode não ser necessário se os danos a
que a instalação e os equipamentos estão sujeitos, nesse particular, representarem
um risco aceitável e desde que não haja perigo para pessoas.
Para proteção contra quedas e faltas de tensão podem ser usados, por
exemplo:
a. Relés ou disparadores de subtensão atuando sobre contatores ou disjuntores;
b. Contatores providos de contato auxiliar de auto-alimentação
A atuação dos dispositivos de proteção contra quedas e faltas de tensão
pode ser temporizada, se o equipamento protegido puder admitir, sem
inconvenientes, uma falta ou queda de tensão de curta duração.
Se forem utilizados contatores, a temporização na abertura ou no
fechamento não deve, em nenhuma circunstância, impedir o seccionamento
instantâneo imposto pela atuação de outros dispositivos de comando e proteção.
Quando o religamento de um dispositivo de proteção for suscetível de
causar uma situação de perigo, esse religamento não deve ser automático.
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No quadro de carga é onde se pode ter uma visão geral de todo o projeto.
As informações mais importantes estão nesse quadro. Aqui, deverá ser apresentada
a planilha de cargas agrupadas por circuitos alimentadores dos quadros de medição
e por circuitos alimentadores gerais, bem como suas demandas, proteções,
eletrodutos, condutores e equilíbrio de fases.
Na engenharia básica, define-se a carga de cada unidade consumidora, a
carga total e a demanda geral do sistema. Define-se também os quadros de
medidores (QMs).
Usando o exemplo utilizado na engenharia básica, tem-se o seguinte quadro
18, 20 e 22 com as cargas de todos os consumidores agrupados por QMs e pelo
Medidor de Serviço. É mostrado também nestes quadros, a demanda desses QMs e
do Medidor de Serviço. O dimensionamento dos cabos alimentadores, dos
eletrodutos e da proteção de seus circuitos é feito baseado na carga total, para os
apartamentos, e baseado na demanda calculada, para os QMs.
Com os quadros 18, 20 e 21, dimensiona-se os equipamentos, condutores,
dispositivos e materiais das instalações elétricas. Para os apartamentos, será usada
a carga instalada, e para o quadro de medidores, será usada a demanda calculada.
Portanto:
Apartamentos tipos:
Carga = 36.300 W (Trifásico)
Corrente = 95,27 A
Disjuntor = 100 A
Condutores fase e neutro – Cabos de cobre 4#35 mm2 PVC 70°.
Condutores de aterramento – Cobre nu 16 mm2.
Eletroduto – 60 mm (2 pol)
Quadro de medidores:
Demanda: 113.559,2 VA
Corrente: 298,06 A
Disjuntor = 300 A
Condutores fase e neutro - Cabos de cobre 4#185 mm2 PVC 70°.
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A câmara de transformação deverá ser provida de uma porta exterior, com duas
folhas abrindo para fora, com dimensões mínimas 2,00 x 0,90m por folha e possuir
dispositivo para fechamento à cadeado, devendo a chave ficar em poder da
ESCELSA, quando nela estiverem instalados equipamentos de sua propriedade.
Sua construção será de modo a resistir a fogo interno durante um mínimo de 3
horas, sendo para tal constituída de chapas duplas e alma de amianto.
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proteção com malha mínima de 30mm e veneziana do tipo chicana, no caso das
aberturas estarem ao alcance de pessoas;
Fonte: NOR-TEC-01