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A ORAÇÃO

Foi naquela manhã nublada e fria de segunda-feira, um dia atípico para o Rio
de Janeiro, que ele, o despertalista, compreendeu a verdadeira essência da oração.
Antes disso ele só compreendia a oração por intermédio dos dogmas
herdados de sua antiga religião, o protestantismo, e neste contexto, achava que orar
era agrupar algumas palavras bonitas e direcioná-las a um Deus que habitava o céu, e,
geralmente em forma de pedido.
Mas naquele momento tudo mudou, a caminho do trabalho, sentiu o vendo
em seu rosto e num instante como se uma luz se acendesse em sua mente, um insight,
pode-se dizer, compreendeu o caráter simples, profundo da oração e a
introspectividade de Deus que agora não habitava mais o céu, mas o seu próprio
interior.
Surpreso com a descoberta e maravilhado com a sensação orou assim:

“Deus todo poderoso que habita em mim, ajuda-me a superar os objetivos desta
vida e a tornar-me a cada dia um ser humano melhor. Me ajude a expandir minha luz e
alcançar aqueles que comigo se relacionam, ajudando-os a despertar e evoluir. Deus
criador do qual eu sou uma centelha, me ajude a encontrar harmonia e paz nesta vida tão
turbulenta e me ajuda a ser vitorioso na caminhada diária. E te agradeço por estar aqui,
por estar vivo, por ser parte de Ti, pela beleza da vida e pelo seu cuidado comigo. Assim eu
te peço e te agradeço em meu nome e do cristo que habita em mim.”

Talvez essa oração espontânea soasse um pouco herege para suas antigas
convicções religiosas, que a esta altura já se transmutavam em novas convicções, de
certo influenciadas pelo holismo, convicções estas que em rápida análise, se
apresentam mais abrangentes, mas significativas e mais integrativas que as antigas.
Foi naquele dia que realmente se sentiu completo, integrado ao todo e
verdadeiramente livre, ainda que limitado pela matéria.

David Jansen Pinheiro Pecis


Presidente da Sociedade Despertalista do Brasil
www.sociedadedespertalista.org.br
2693-1101 / 9316-7816

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