O documento discute as características formais da terceira geração do Movimento Moderno em arquitetura. A terceira geração surgiu após 1945 e buscou conciliar os ensinamentos dos pioneiros do Movimento com a renovação, enfatizando o contexto, a expressividade das formas orgânicas e a natureza. Suas obras se destacavam por volumes singulares sobre grandes plataformas, diferentemente dos volumes autônomos e repetitivos dos projetos anteriores.
Descrição original:
Resumo Cap. 3
Livro: Depois do Movimento Moderno
Josep Maria Montaner
O documento discute as características formais da terceira geração do Movimento Moderno em arquitetura. A terceira geração surgiu após 1945 e buscou conciliar os ensinamentos dos pioneiros do Movimento com a renovação, enfatizando o contexto, a expressividade das formas orgânicas e a natureza. Suas obras se destacavam por volumes singulares sobre grandes plataformas, diferentemente dos volumes autônomos e repetitivos dos projetos anteriores.
O documento discute as características formais da terceira geração do Movimento Moderno em arquitetura. A terceira geração surgiu após 1945 e buscou conciliar os ensinamentos dos pioneiros do Movimento com a renovação, enfatizando o contexto, a expressividade das formas orgânicas e a natureza. Suas obras se destacavam por volumes singulares sobre grandes plataformas, diferentemente dos volumes autônomos e repetitivos dos projetos anteriores.
-Características formais da arquitetura da terceira geração –
Nesse terceiro capítulo, o autor separa em três as gerações que caracterizaram o Movimento Moderno. A primeira geração seria a dos protagonistas do Movimento, que haviam nascido por volta de 1885 e começaram a desenvolver suas obras a partir de 1910. Alguns exemplos são: Walter Gropius, Mies van der Rohe, Le Corbusier e Gerret Thomas Rietveld. A segunda geração seria a composta pelos arquitetos nascidos entre 1894 e 1907, desenvolvendo suas obras nos anos trinta, como Alvar Aalto, Lucio Costa, Oscar Neimeyer e Philip Johnson. Já a terceira geração foi a nascida por volta de 1915 e se destacaram a partir de 1945, contando como exemplos John Leslie Martin, Alfonso Eduardo Reidy e Kenzo Tange. Um fundamento essencial dessa terceira geração está na busca da conciliação e continuação entre os ensinamentos dos antecessores e mestres do Movimento com a vontade de renovação, seja espacial, tecnológica, cultural ou contextual. Sua principal característica está na alteração do paradigma formal, flexibilizando a certa estática dos conceitos do Movimento, passando a predominar, dessa maneira, o contexto inserido, a expressividade das formas orgânicas, a natureza, o vernáculo, as texturas dos próprios materiais e as formas tradicionais. Montaner destaca como as principais obras desse momento a capela de Le Corbusier em Ronchamp, a Ópera de Sidnei, de Jorn Utcon, junto com o Terminal da TWA de Eeron Saarinen. No contexto de pós Segunda Guerra em que se encontravam, ocorre uma revalorização da preocupação do homem nas suas individualidades e também da relação de suas obras com a natureza. Percebem também que, os princípios urbanísticos abordados na Carta de Atenas, não trata de sua complexidade, uma vez que considerava os edifícios de maneira isolada na cidade. Essas mudanças no nível da forma no urbanismo e arquitetura, os projetos que se destacaram nos anos cinquenta apresentavam formalmente, a característica de estarem sobre plataformas, conferindo-lhes monumentalidade, como esculturas sobre um plano, como visto em Brasília. Deixa-se dessa maneira, a lógica da arquitetura de volumes autônomos e repetitivos que estão dispostos sobre a cidade, mas sim, como caracteriza o autor, como volumes singulares relacionados entre si sobre grandes plataformas urbanas. Outro viés abordado nessa mudança de conceitos formais da terceira geral, está a busca por tratamentos mais expressivos para a cobertura, além do tratamento das fachadas lisas, homogêneas e funcionais, fortalecendo a ideia da individualidade ao invés da replicação em série, assim como visto na Capela de Ronchamp, de Le Corbusier. Além dos pontos abordados acima, uma das grandes diferenças entre a arquitetura entre- guerras e a pós- guerra está no fato de que a concepção dessa arquitetura passa da ideia de espaço para a ideia de lugar, deixando de abordar a essência dessa pelo viés matemático, espaço físico, racional e funcional, por exemplo, passando a entende-la como algo humano, qualitativo, mais concreto, material e real, carregado de cultura, contexto, simbolismo e história, destacando a crescente importância das ciências sociais durante esse período. Dessa forma, conclui-se que, tais mudanças formais buscaram novas formas expressivas, valorizando o aspecto escultórico das formas arquitetônicas sobre plataformas, enfatizando o exterior da edificação, principalmente as coberturas. Além de que, o abandono do paradigma da máquina, leva a um viés de valorização e recuperação de uma antiga fonte de inspiração: a arquitetura vernacular, popular e anônima.