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Disciplina: Arquitetura Contemporânea

Aluna: Joana Rafaela Silva Andrade

-Características formais da arquitetura da terceira geração –


Nesse terceiro capítulo, o autor separa em três as gerações que caracterizaram
o Movimento Moderno. A primeira geração seria a dos protagonistas do Movimento, que
haviam nascido por volta de 1885 e começaram a desenvolver suas obras a partir de
1910. Alguns exemplos são: Walter Gropius, Mies van der Rohe, Le Corbusier e Gerret
Thomas Rietveld. A segunda geração seria a composta pelos arquitetos nascidos entre
1894 e 1907, desenvolvendo suas obras nos anos trinta, como Alvar Aalto, Lucio Costa,
Oscar Neimeyer e Philip Johnson. Já a terceira geração foi a nascida por volta de 1915
e se destacaram a partir de 1945, contando como exemplos John Leslie Martin, Alfonso
Eduardo Reidy e Kenzo Tange.
Um fundamento essencial dessa terceira geração está na busca da conciliação
e continuação entre os ensinamentos dos antecessores e mestres do Movimento com
a vontade de renovação, seja espacial, tecnológica, cultural ou contextual.
Sua principal característica está na alteração do paradigma formal, flexibilizando
a certa estática dos conceitos do Movimento, passando a predominar, dessa maneira,
o contexto inserido, a expressividade das formas orgânicas, a natureza, o vernáculo, as
texturas dos próprios materiais e as formas tradicionais. Montaner destaca como as
principais obras desse momento a capela de Le Corbusier em Ronchamp, a Ópera de
Sidnei, de Jorn Utcon, junto com o Terminal da TWA de Eeron Saarinen.
No contexto de pós Segunda Guerra em que se encontravam, ocorre uma
revalorização da preocupação do homem nas suas individualidades e também da
relação de suas obras com a natureza. Percebem também que, os princípios
urbanísticos abordados na Carta de Atenas, não trata de sua complexidade, uma vez
que considerava os edifícios de maneira isolada na cidade.
Essas mudanças no nível da forma no urbanismo e arquitetura, os projetos que
se destacaram nos anos cinquenta apresentavam formalmente, a característica de
estarem sobre plataformas, conferindo-lhes monumentalidade, como esculturas sobre
um plano, como visto em Brasília. Deixa-se dessa maneira, a lógica da arquitetura de
volumes autônomos e repetitivos que estão dispostos sobre a cidade, mas sim, como
caracteriza o autor, como volumes singulares relacionados entre si sobre grandes
plataformas urbanas.
Outro viés abordado nessa mudança de conceitos formais da terceira geral, está
a busca por tratamentos mais expressivos para a cobertura, além do tratamento das
fachadas lisas, homogêneas e funcionais, fortalecendo a ideia da individualidade ao
invés da replicação em série, assim como visto na Capela de Ronchamp, de Le
Corbusier.
Além dos pontos abordados acima, uma das grandes diferenças entre a
arquitetura entre- guerras e a pós- guerra está no fato de que a concepção dessa
arquitetura passa da ideia de espaço para a ideia de lugar, deixando de abordar a
essência dessa pelo viés matemático, espaço físico, racional e funcional, por exemplo,
passando a entende-la como algo humano, qualitativo, mais concreto, material e real,
carregado de cultura, contexto, simbolismo e história, destacando a crescente
importância das ciências sociais durante esse período.
Dessa forma, conclui-se que, tais mudanças formais buscaram novas formas
expressivas, valorizando o aspecto escultórico das formas arquitetônicas sobre
plataformas, enfatizando o exterior da edificação, principalmente as coberturas. Além
de que, o abandono do paradigma da máquina, leva a um viés de valorização e
recuperação de uma antiga fonte de inspiração: a arquitetura vernacular, popular e
anônima.

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