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BRAIAN NEUMANN
PONTA GROSSA
2012
ANDRÉ LUIZ PALHANO
BRAIAN NEUMANN
PONTA GROSSA
2012
ANDRÉ LUIZ PALHANO
BRAIAN NEUMANN
______________________________________________
(Presidente/Orientador)
______________________________________________
(Examinador/Co-orientador)
_____________________________________________
(Examinadora)
PONTA GROSSA
2012
iii
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
de tubulação .............................................................................................................. 15
elétricas ..................................................................................................................... 15
interno) ...................................................................................................................... 21
sapatas ...................................................................................................................... 29
convencional ............................................................................................................. 28
acartonado ................................................................................................................ 97
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 0
1.1. Justificativa ..................................................................................................... 1
1.2. Objetivos ........................................................................................................ 2
1.2.1. Objetivo Geral .......................................................................................... 2
1.2.2. Objetivos específicos ............................................................................... 2
2. VEDAÇÕES INTERNAS VERTICAIS ................................................................... 2
2.1. CONCEITO GERAL ....................................................................................... 2
2.2. ALVENARIA DE VEDAÇÃO VERTICAL DE TIJOLOS CERÂMICOS ............ 3
2.2.1. Insumos ................................................................................................... 3
2.2.2. Execução do Sistema .............................................................................. 5
2.2.3. Marcação ................................................................................................. 5
2.2.4. Assentamento .......................................................................................... 6
2.2.5. Encunhamento......................................................................................... 8
2.3. ALVENARIA DE VEDAÇÃO VERTICAL DE GESSO ACARTONADO .......... 9
2.4. COMPONENTES BÁSICOS DO SISTEMA ................................................. 11
2.4.1.1. Chapas drywall ................................................................................... 11
2.4.1.2. Acessórios para suporte das chapas ................................................. 14
2.4.1.3. Componentes para fixação................................................................. 16
2.4.1.4. Materiais para tratamento das juntas ................................................. 17
2.4.1.5. Materiais para isolamento termoacústico ........................................... 17
2.5. MÉTODO EXECUTIVO DO SISTEMA ......................................................... 18
2.6. VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS SISTEMAS EM ESTUDO ........... 24
2.6.1. Alvenaria convencional em tijolos cerâmicos ........................................ 25
2.6.2. Sistema em drywall................................................................................ 26
3. ANÁLISE ESTRUTURAL DO PROJETO............................................................ 28
3.1. Considerações de carregamento para as tipologias de paredes englobadas
no estudo ............................................................................................................... 29
3.1.1. Paredes em alvenaria convencional de tijolos cerâmicos...................... 29
3.1.2. Sistema de paredes em gesso acartonado ........................................... 30
3.2. Considerações gerais de cálculo para as lajes ............................................ 30
x
dia. Sempre surgem novas técnicas, novos métodos e principalmente novas ideias
mercado há certo tempo. Porém nos últimos anos houve um aumento significativo
brasileiros, talvez muito por questões culturais. Através deste trabalho, pretende-se
mostrar que o gesso acartonado possui potencial para ser utilizado em muito maior
cerâmicos
1.1. Justificativa
aquecido setor da construção civil dos dias de hoje. A necessidade pelas busca de
mercado, tem sido fator de extrema importância para que esses novos processos
processos existentes, sendo umas das mais consideráveis a leveza do sistema final.
1.2. Objetivos
a execução das vedações verticais dos edifícios. No Brasil, a técnica mais difundida
CERÂMICOS
impenetrabilidade’’.
resistir cargas a não ser o seu peso próprio ela é chamada de alvenaria de vedação;
alvenaria resistente.
2.2.1. Insumos
serão citados apenas as tipologias mais utilizadas para tijolos furados que é o que
são os do tipo 4 furos 9x9x19 cm, 6 furos 9x14x19 cm e 8 furos 9x19x19 cm. Para o
projeto em estudo será adotado o tijolo cerâmico 6 furos (figura 1), com
respectivamente.
eliminar vazios. As argamassas para assentamento podem ser de dois tipos quanto
à sua fabricação: dosadas in loco, quando são fabricadas dentro da própria obra
aplicação.
5
apresenta etapas de seu início até a obtenção do produto final. As etapas dividem-
2.2.3. Marcação
em alvenaria de tijolos é conhecido como marcação. Essa etapa nada mais é do que
marcação da primeira fiada dos tijolos; essa etapa é de extrema importância, pois a
laje que ficará em contato direto com a argamassa de assentamento deverá ser
deve ser verificado para pilares e vigas que estarão em contato com a alvenaria.
2.2.4. Assentamento
escantilhão (figura 4), que nada mais é do que uma régua com as marcações da
7
altura de cada fiada, a qual deve localizar-se nas extremidades das fiadas a fim de
ainda sempre manter a uniformidade das juntas. As fiadas devem ser assentadas
8545/1984 no item (4.1.7) recomenda ainda ‘‘... não deixar panos soltos de alvenaria
que futuramente receberão esquadrias, para essas regiões devem ser executadas
cada lado e devem ter altura mínima de 10cm”. A função das vergas e contravergas
fissuras geradas pelas alvenarias que nela se apoiam pela inexistência de apoio
lateral.
8
2.2.5. Encunhamento
alvenaria e estrutura e deve ser executada com técnica e materiais adequados a fim
ACARTONADO
componentes:
10
1 - Chapas drywall
2 - Perfil montante
3 - Massa para tratamento de
juntas
4 - Fita para tratamento de
juntas
5 - Parafuso
6 - Perfil guia
7 - Lã mineral
juntamente com outros tipos de divisórias leves, como o sistema Light Steel Frame
são os tipos mais difundidos de vedações verticais utilizados nesse país. São
tijolos cerâmicos. Talvez mais por uma questão cultural, essa técnica ainda se
mantém muito forte no mercado da construção civil, muito pelo fato de o brasileiro
leves. Muitas pessoas ainda são receosas com relação à utilização do drywall pelo
baixa.
11
reduzidos ao longo dos últimos anos, por diversos fatores. Dentre eles podem ser
envolvido por duas chapas de papel cartão. Pelo fato de as chapas de drywall serem
envolvidas com papel cartão, elas apresentam uma superfície lisa, o que facilita
A borda das chapas deve ser rebaixada (conforme figura 7) para que após o
seu uso:
ser cortada, por possuir uma espessura de até 19 mm. Geralmente o cartão é da cor
rosada.
etc. São compostas na sua parte central por gesso e silicone e têm as duas
É um tipo de chapa que deve ser fixado com o maior cuidado para que o
vapor d’água não penetre nas chapas, o que pode deteriorá-las, e também não é
Essas chapas são recomendadas para regiões onde há maior exigência com
vidro, além de o cartão ser de um material mais reforçado. Além disso, é adicionada
ser feita com cuidado, para que não haja abaulamento da chapa.
sobre uma base plana e estável, para que não ocorra o risco do aparecimento de
apresentarem significativas vantagens com relação aos perfis de madeira, como por
uma guia no teto e outra no piso. O montante por sua vez fica na vertical, servindo
distingui-los. O montante é ligeiramente menor do que a guia, para que a guia entre
metálica). Como o enfoque é maior no uso da estrutura metálica, então será dado
reentrante, para que o parafuso resista aos esforços necessários e também não
Essas fitas são utilizadas para reforçar os cantos e também para o reparo de
de vidro. Ambos são fibras, e diferem basicamente quanto à matéria prima básica e
quanto ao isolamento térmico não são tão elevadas, portanto o enfoque da utilização
destas lãs minerais está mais atrelado ao isolamento acústico que as mesmas
podem proporcionar.
isolamento de 42 a 44 dB.
diversas vantagens, sendo uma das principais delas o fato de ser uma construção
- todos os serviços que utilizam água devem estar terminados, como cura de
posicionadas.
utilizada, existem algumas etapas básicas que devem ser seguidas para a execução
FIGURA 18 - Primeira face já fixada (à direita do lado externo e à esquerda do lado interno)
Fonte: os autores (2012)
construtiva:
ESTUDO
2.6.1.1.1. Vantagens
100 anos;
- boa manuseabilidade;
2.6.1.1.2. Desvantagens
balancins;
2.6.2.1.1. Vantagens
produzidos industrialmente;
fundação;
- proporciona o aumento de área útil, uma vez que as paredes podem ser
mais finas;
2.6.2.1.2. Desvantagens
água. Para que as paredes de gesso não apresentem ao longo do tempo formação
superficial;
gesso acartonado, talvez o que venha gerar maior discussão seja a respeito do
(Quadro 1).
28
pilares será realizada apenas análise de alívio de carga entre os dois sistemas em
cerâmicos
kN/m³.
30
internas apoiadas sobre laje, com espessura final de 9,5 cm e peso específico de
2,32 kN/m³.
paredes internas apoiadas sobre vigas com largura igual a 12 cm, apresenta
paredes internas apoiadas sobre vigas com largura igual a 14 cm, apresenta
cargas normais ao seu plano médio, suportando cargas atuantes diretamente sobre
que transmitem a carga diretamente aos pilares, mas que não se aplicam no
sendo armadas em cruz, com exceção da laje L5, a qual é armada em uma só
31
apoiadas, a fim de evitar o efeito indesejado de torção nas vigas de periferia; as lajes
todas as bordas.
de carga:
peso final de 0,53 kN/m²; argamassa colante para piso com peso de 0,04 kN/m² e
peso da mesma distribuído em uma faixa da laje de largura igual à metade do vão
final do piso igual ao das outras lajes e superior à área de projeção das sacadas, as
demais carregamentos são análogos para todas as lajes, variando apenas para as
Para determinação dos esforços na laje L5, armada em uma só direção, foi
uma faixa de largura igual a 1,00 m. Para a obtenção dos esforços nas lajes
tabelas para cada situação das lajes em estudo. No dimensionamento das lajes
resistência dos materiais empregados. Para o concreto das lajes foi adotado fck de
33
que o comprimento longitudinal supera em pelo menos três vezes a maior dimensão
da seção transversal. Tem como funções: resistir aos esforços provocados pelas
cargas atuantes diretamente sobre elas incluindo seu peso próprio, somadas às
sobre as mesmas.
útil necessária para que todos os elementos apresentem seção com armadura
responsáveis por combate a momento negativo, sendo que sem essa consideração
seria inevitável em alguns casos que barras utilizadas para resistir a pequenos
trechos de esforços de momento negativo teriam que ser prolongadas até os apoios;
vigas em função de uma relação entre altura útil mínima e altura útil na faixa de 70 a
estudo, fôrmas, concreto e aço, ao contrário do realizado para as lajes nas quais a
rígida com desenvolvimento em tronco de pirâmide (figura 26). Tal escolha está
estudo. Tal fato não seria observado para a utilização de uma fundação profunda em
bloco de estacas, no qual para variações consideráveis muitas vezes não seriam
sua base apoiada a 1,0 metro de profundidade em relação ao terreno natural, e que
rija com valor de pressão admissível igual a 200 kN/m², sendo considerado ainda um
pavimentos tipo mais uma cobertura, no qual multiplicou-se por 4 a carga no pilar
4. APRESENTAÇÃO DO PROJETO
acartonado.
sistemas. Nos apêndices estas plantas estão em escala adequada para melhor
em si.
fácil de ser realizada podendo ser feita uma análise de vários fatores, como
itens que englobam a estrutura. Para efeito de comparação das lajes, as espessuras
paredes, e outras com menor concentração, por isso as variações são bastante
estudo mais detalhado, verificando quais são as características específicas das lajes
- momento fletor positivo máximo nas duas direções da laje e ainda análise
4.1.1.1. Laje L1
cm em relação às demais, com exceção da L6. Por esse motivo ela foi considerada
4.1.1.2. Laje L2
4.1.1.3. Laje L3
não existirem paredes apoiadas sobre essa laje. Portanto não se verificam
4.1.1.4. Laje L4
Espessura (cm) 10 10 -
MMÁX (kN.m/m)
laje, a primeira com 4,18 m a segunda com 2,49 m e a terceira com 3,86 m de
drywall.
4.1.1.5. Laje L5
Espessura (cm) 8 8 -
MMÁX (kN.m/m)
armada em uma só direção com esforço de momento fletor somente para direção de
carga da parede foi considerada distribuída em apenas uma faixa da laje, e não
44
distribuída sobre todo o pano. Com isso são feitas duas análises, a primeira para o
trecho onde não existe parede apoiada e não se verifica alteração de esforços,
para o trecho no qual a parede se apoia sobre a laje e gera uma redução de
4.1.1.6. Laje L6
Espessura (cm) 12 12 -
MMÁX (kN.m/m)
Das lajes com reduções de esforços e aço a laje L6 foi a que apresentou a
menor economia. Sobre ela são apoiados dois trechos de paredes que foram
5,87%, resultando em uma economia de 10,14% no consumo de aço para essa laje.
45
MMÁX (kN.m/m)
L4. A redução desse momento de ligação foi de 23,02% com uma economia de
informações mais precisas de quais são os fatores que mais influem nos custos de
que determinado sistema irá apresentar, e se ele é ou não vantajoso. Por isso
mesmo não havendo alterações para os itens de concreto e fôrmas que englobam a
global gerada é de 13,75% para o consumo de aço. Ainda que concreto e fôrmas
fôrmas):
= $ . ,
= $ . ,
pavimento:
1
Concreto estrutural usinado, fck=25MPa, inclui taxa de bombeamento e transporte
2
Aço para construção civil, CA-50 e/ou CA-60, inclui gastos com arames e espaçadores de
armaduras
3
Forma de madeira compensada, espessura 12 mm, inclui gastos com pregos, ripas de travamento,
escoramento e desforma
47
composta por 6 lajes, que são sustentadas por 16 vigas, além de uma escada, que
possui patamar que é sustentado por uma viga intermediária. Para o enfoque deste
aço, concreto e fôrmas possuem as maiores variações, dando margem para diversas
análises quanto aos resultados para cada situação (estrutura carregada com
Foram seguidos alguns critérios para o dimensionamento das vigas, que não
simples:
- redução de ambos.
para as paredes de drywall foi utilizar o critério que gerasse mais economia. Desse
economia.
foi quanto às barras porta-estribos. Todas essas barras foram adotadas com o
48
colaborou para que não ocorressem “resultados mascarados”. Isso acontece porque
dimensionamento, portanto, mesmo que elas ajudem a resistir aos esforços, essa
transversal;
- área de fôrmas;
- volume de concreto
49
4.2.1.1. Viga V1
carregamento a Laje L1, um trecho de parede alvenaria com 1,20 m de altura e outro
com parede de 2,30 m de altura. Como não há alteração nos carregamentos, não há
4.2.1.2. Viga V2
A viga V2a é uma viga interna, que apoia em uma situação uma parede de
alvenaria com 2,20 m de altura e em outra uma parede de drywall com a mesma
altura, e nas duas situações apoia as lajes L1 e L2. A favor do drywall também está
o fato de a laje L2 apoiar diretamente sobre si duas paredes, que colaboram com
apoiado sobre a laje L2 gera um alívio de carga bastante considerável sobre a viga,
de 70 para 60 cm. Isso acarretou também uma redução na massa total de aço da
viga, mesmo não havendo alteração nas barras longitudinais. Isso ocorreu pelo fato
4.2.1.3. Viga V3
ΦT - compr. (cm) 88 88
-
ΦT - compr. Total (cm) 1056 1056
A viga V3a é uma viga de periferia, logo sustenta nas duas situações uma
parede de alvenaria com 2,60 m de altura e a laje L3, que não tem alteração de
carregamento com a troca de alvenaria para drywall. Logo, esta viga também não
4.2.1.4. Viga V4
A viga V4a é uma viga interna que sustenta parte da laje L4 e a escada.
paredes de alvenaria que se apoiam diretamente sobre ela por paredes de drywall,
esse alívio é transmitido para a viga. Porém, como a viga é pequena, e o trecho em
que ela apoia a laje L4 é curto, as diferenças de carregamento não são tão
significativas, mas mesmo assim não podem ser desprezadas. A mudança mais
4.2.1.5. Viga V5
Laje L4, e um trecho de parede de alvenaria com 2,20 m de altura quando das
troca de alvenaria por drywall este trecho é aliviado pelo fato de a laje L4 possuir
uma grande quantidade de paredes apoiadas diretamente sobre ela, o que reduz
tanto a carga transmitida diretamente sobre a Viga V5a, quanto para a Viga V10,
que por sua carrega a extremidade do balanço da viga V5. Devido à drástica
redução dos momentos fletores, foi possível reduzir a seção de concreto dos dois
cm. Isso se dá principalmente devido ao fato de a viga V5b apoiar uma parede de
alvenaria de 2,20m em uma situação, que foi substituída por uma de drywall de 2,40
m na outra, e também pelo fato de apoiar grande trecho da Laje L4, que é
densamente carregada por paredes. Com a redução da carga dessas paredes, que
do comprimento dos estribos. Desse modo, esta é uma das vigas cuja redução de
4.2.1.6. Viga V6
sustenta uma parede de alvenaria com 2,50 m de altura e a laje L5, e na situação de
altura, outro trecho menor com parede de alvenaria com 2,50 m de altura, além da
Laje L5.
54
O trecho em que houve alteração no tipo de parede foi o que contribuiu com
a maior redução do momento fletor na viga; a laje L5 não contribui nesta redução, já
que o trecho desta laje que possui uma parede de drywall é apoiado nas vigas V12 e
V15.
Nesta viga foi possível reduzir a seção de uma das barras de armadura
4.2.1.7. Viga V7
A viga V7 é uma viga interna do prédio, que não sustenta nenhuma parede
sobre si, porém sustenta duas lajes que são densamente carregadas por paredes
que se apoiam diretamente sobre essas lajes, que são as lajes L5 e L6.
Dessa forma as duas lajes são os fatores que mais afetam o carregamento
das vigas, e a alteração nas paredes reduz drasticamente a carga que vai para a
redução da seção da viga foi necessário aumentar o número desses estribos para
4.2.1.8. Viga V8
ΦT - compr. (cm) 88 88
-
ΦT - compr. Total (cm) 1232 1232
A viga V8 é uma viga externa, que apoia nas duas situações uma parede
carregamento da Laje L5. Esta viga não teve reduções no carregamento, portanto
não teve nenhuma alteração em sua seção de concreto nem na sua armadura.
56
4.2.1.9. Viga V9
apoia uma parede de alvenaria com 2,30 m e altura, e apoia também a Laje L6.
somente devido à redução na carga das paredes que se apoiam diretamente sobre a
laje L6. Essa redução não foi tão grande devido ao fato de cerca de metade das
paredes que se apoiam sobre essa laje continuarem sendo de alvenaria, por se
longitudinal, substituindo uma barra de 20,0 mm de diâmetro por uma barra de 16,0
mm de diâmetro, o que gerou uma economia grande no aço utilizado nessa viga, já
ΦT - n 45 41
ΦT - compr. (cm) 148 148
-
ΦT - compr. Total (cm) 6660 6068
A viga V10 é uma viga externa hiperestática, que apoia nas duas situações
sobre a viga, as reduções no momento fletor se dão devido à redução da carga das
lajes, devido à troca das paredes de alvenaria por drywall. A redução no momento
termos absolutos, por isso não há redução nem na armadura nem na seção de
concreto.
ΦT - n 36 36
ΦT - compr. (cm) 108 108
-
ΦT - compr. Total (cm) 3888 3888
A viga V11, assim como a viga V10, é uma viga externa e hiperestática. Em
maneira um pouco diferente das demais, sendo que é esta uma das únicas vigas na
ocasionando uma pequena economia de aço, que mesmo pequena não pode ser
desprezada.
(1CAM)2ᶲ10; (1CAM)3ᶲ10;
ΦL P7*
(2 CAM)2ᶲ12,5 (2 CAM)1ᶲ16;
ΦT - n 52 43
ΦT - compr. (cm) 144 124
-
ΦT - compr. Total (cm) 7488 5332
A viga V12 é uma viga com grandes particularidades, com diversos trechos
Esta viga apoia em seu trecho a uma parede alvenaria com 2,30 m de altura
quando o pavimento é carregado com paredes de drywall. Este trecho apoia também
uma parte da laje L6, e sofre uma pequena alteração de carregamento devido ao
alívio desta laje com a alteração das paredes. O fato de aumentar a altura da parede
momento fletor deste trecho da viga, mas isso é compensado pelos benefícios na
continuação da viga.
Em seu segundo trecho apoia parte da laje L6 e a laje L5, além de apoiar em
uma parte deste trecho uma parede de alvenaria, que na segunda situação de
de carregamento das três lajes citadas, bem como a redução das cargas da viga V7
colaboram bastante para a redução do momento fletor neste trecho (trecho b).
lajes do entorno devido à troca das paredes, há uma redução nesse momento. Não
foi possível reduzir as bitolas da armadura, porém foi possível reduzir o comprimento
No terceiro tramo desta viga só existe momento fletor negativo. Este trecho
da laje L4, que é densamente carregada com paredes que se apoiam diretamente
sobre esta laje. A redução da carga desta laje, bem como a troca da parede
alvenaria que se apoia diretamente sobre a viga por uma parede de drywall colabora
diretamente para a redução deste momento fletor. Essa redução permitiu a redução
viga.
61
primeira situação, que é substituída por uma parede de drywall na segunda situação.
mostrou tão efetivo, visto que a otimização das armaduras acabou acarretando em
barras.
final de aço.
62
A viga V13 é a única viga faixa (base maior que a altura) existente no
Esta viga apoia a laje L3 e parte da laje L4. Como a laje 4 possui uma série
de paredes apoiadas diretamente sobre ela, a troca da alvenaria por drywall acarreta
A viga V14 é uma viga externa que apoia uma parede de alvenaria com 2,20
m de altura quando do carregamento com drywall, além de apoiar a laje L1, parte da
V2 e da laje L2, já que a laje L2 tem uma redução de cargas devido às paredes de
transmite essa redução à viga V2. A laje L1 não tem alterações, então não colabora
Com base nisso, foi possível reduzir tanto a seção de concreto quanto as
A viga V15 é uma viga externa que apoia a laje L5 e uma parede de
ou drywall).
diretamente sobre a laje L5, que quando passa de alvenaria para drywall, reduz o
momento fletor da viga. Essa redução de momento não permite redução da seção
de concreto nem das bitolas de aço, mas a otimização das armaduras pelos
A viga V16 é uma viga externa, que apoia uma parede de alvenaria de 2,30
porém esta alteração não se mostra suficiente para reduzir nenhum dos parâmetros
carregamento.
66
4.2.1.17. Vpat
A viga Vpat é uma viga que sustenta parte da escada e parte de uma parede
de alvenaria com 1,65 m de altura, que na outra situação é substituída por uma
parede de drywall com a mesma altura. Entretanto esta alteração gera uma redução
muito pequena no momento fletor, o que não dá condições para redução da seção
transversal da viga e das bitolas das barras de armadura longitudinal. Desse modo a
carregamento.
resumo das quantidades, ressaltando que os valores são apenas para as vigas de
um pavimento.
fôrmas):
= $ ". , "
= $ . " , #
pavimento:
para cada um dos sistemas estudados. Com esses dados será realizada uma
poligonais rígidas; tal escolha está diretamente ligada ao fato de que mesmo
68
variações para o elemento estrutural em estudo. Tal fato não seria observado para a
um sistema para outro, já para a análise das sapatas serão verificados os seguintes
itens na comparação:
- carga na fundação;
- momento máximo;
4.3.1.1. Pilar/Sapata 1
ocorre pela variação de carregamento que a viga V11 apresenta. A viga V11 é
constituída por dois tramos, o primeiro designado por ‘’a’’ e o segundo por ‘’b’’. Para
com 13,26 kN/m e o tramo ‘’b’’ com 10,64 kN/m, já para o sistema em drywall o
carregamento do tramo ‘’a’’ apresenta redução para 12,30 kN/m. Como a viga foi
caracterizado pelo pilar P1. A redução no entanto foi verificada para os outros pilares
do trabalho.
encontrada pelos pilares, pois além das cargas das vigas sobre os pilares houve
outra foi praticamente nula, o esforço de flexão também teve pequena variação e as
4.3.1.2. Pilar/Sapata 2
sobre esse elemento, é um pilar que para um pavimento apresenta alívio de 4,53%
O alívio provocado nesse elemento ocorre por alguns fatores. O primeiro refere-se à
apoiados sobre a mesma, e que de um sistema para o outro apresenta alívio pela
alívio direto pela reação gerada na viga V14 existe ainda redução das reações que
vão para a viga V2, a qual se apoia como carga concentrada na viga V14. O outro
fator a ser observado é o trecho de parede interna que se apoia sobre a viga V2 e
4.3.1.3. Pilar/Sapata 3
V11. É um pilar que apresenta um alívio bastante considerável, sendo o quinto pilar
carregamento da laje L2 que nela se apoia, e redução da carga gerada pela viga V2
O alívio provocado pelo uso de drywall pode ser retratado nos resultados
para o dimensionamento das sapatas, conforme pode ser observado na tabela 27,
4.3.1.4. Pilar/Sapata 4
responsável pelo recebimento de cargas provenientes das vigas V14 e V3. O alívio
Para verificar o alívio gerado nesse elemento devem ser analisadas as duas
vigas que se apoiam no mesmo. A primeira delas, a viga V3 é uma viga externa à
parede apoiada sobre ela, bem como não apresenta alteração pela carga da laje L3
provoca nesse elemento. A segunda viga que influi na carga do pilar é a V14, que é
a qual gera maior alívio; ela é externa à edificação e, portanto, não apresenta
viga V2, que atua como carga concentrada na V14, da redução do carregamento da
seção.
4.3.1.5. Pilar/Sapata 5
concentrada proveniente da viga V13. Para a viga V16 a redução é observada tão
bastante pequena; isso foi verificado pelo fato de as paredes apoiadas diretamente
sobre as vigas que influem no elemento em estudo serem externas e, portanto, não
4.3.1.6. Pilar/Sapata 6
proveniente das vigas V5 e V11. É o pilar com maior redução de carga no total dos
situações para as duas vigas que influenciam diretamente essa variação. A primeira
seguintes fatores: o fato da existência de parede interna apoiada sobre ela gera
acartonado, existe diminuição da carga das lajes L2 e L4 na viga V5, queda na carga
4.3.1.7. Pilar/Sapata 7
com a utilização do sistema em drywall; os fatores que promoveram esse alívio são
os seguintes: o fato da existência de parede interna apoiada sobre ela gera redução
acartonado; existe diminuição das cargas das lajes L2 e L4 na viga V5; queda na
carga concentrada da viga V10 na viga V5 em função das diminuições das cargas
possibilidade da alteração de seção. A viga V12 é uma viga contínua com a maior
‘’b’’ existem diversos fatores que influem no carregamento de um sistema para outro:
queda do carregamento das lajes L4, L5 e L6 que atuam sobre esse tramo, redução
diminuído de um sistema para o outro, no tramo ‘’c’’ a redução foi causada por
no consumo de aço, que foi de 42,23%, sem contar com os outros elementos que
alvenaria.
78
4.3.1.8. Pilar/Sapata 8
pelo recebimento de carga das vigas V6, V12 e da viga de patamar da escada Vpat.
É o terceiro pilar com maior alívio entre os constantes no projeto, sendo o mesmo de
Vpat que são as responsáveis por carregar esse elemento. A viga V12 é um
elemento com várias alterações de um sistema para o outro; tais alterações já foram
observadas na análise do pilar P7, com a diferença de que agora o enfoque está nos
tramos ‘’b’’ e ‘’c’’ dessa viga, os principais influentes nesse elemento. A viga V6 é
caracterizada por ser uma das vigas de entorno da caixa da escada, e apresenta
apoiada sobre ela e pela redução da carga concentrada proveniente da viga V15
que se apoia sobre ela. A viga Vpat, responsável por apoiar o patamar da escada
4.3.1.9. Pilar/Sapata 9
recebimento de cargas provenientes das vigas V6, V16 e pela viga de patamar Vpat.
O alívio verificado para esse elemento é de 6,21%, sendo a redução de carga para a
Vpat, que são as responsáveis por carregar esse elemento. As causas das reduções
4.3.1.10. Pilar/Sapata 10
observado para esse elemento é de 8,57%, com redução final para a fundação de
8,41%. Não está entre os pilares com maior alívio, porém apresenta redução
próprio da mesma com alteração da seção. A viga V10, que também é responsável
81
assim como na maioria dos elementos de estudo a redução mais significativa foi
4.3.1.11. Pilar/Sapata 11
recebimento de cargas provenientes das vigas V12 e V8. O alívio observado para
fundação.
Para análise do alívio no pilar deve-se levar em conta as duas vigas que
na análise do pilar P7, sendo que para o pilar P11 a maior influência é proveniente
82
dos tramos ‘’a’’ e ‘’b’’ da mesma. A viga V8 é caracterizada por ser uma viga de
4.3.1.12. Pilar/Sapata 12
carregamento verificado para a viga V15, já que para a viga V8 não se verificam
não apresenta variação no sistema de parede adotado sobre ela, sendo o único fator
4.3.1.13. Pilar/Sapata 13
provenientes da viga V10 podem ser observadas na análise do pilar P10, que
também foi influenciado pela mesma, sendo a única diferença a maior influência do
tramo ‘’a’’ para o carregamento do pilar P13. A viga V9, também externa à
84
edificação, apresentou redução apenas pela alteração das cargas da laje L6 sobre a
4.3.1.14. Pilar/Sapata 14
projeto que apresentaram alívio, foi o pilar com o menor redução de carga em
fundação.
Isso é verificado pelo fato de que como exposto na análise do pilar P13, a
viga V9 apresenta redução apenas por variação no carregamento da laje L6, bem
como pelo tramo ‘’a’’ da viga V12, que é o maior influente de carga no pilar em
85
Como verificado, o alívio para a fundação é muito pequeno, e com isso não
analisados.
em estudo:
Variação
ALVENARIA DRYWALL
(%)
VIGAS 1879,80 1650,12 -12,22
LAJES 2105,96 1816,4 -13,75
FUNDAÇÕES 188,18 146,82 -21,98
TOTAL 4173,94 3613,34 -13,43
Fonte: Os autores (2012)
economia de 13,43%.
Variação
ALVENARIA DRYWALL
(%)
VIGAS 367,96 338,44 -8,02
LAJES 426,68 426,68 0
FUNDAÇÕES 15,40 14,53 -5,65
TOTAL 810,04 779,65 -3,75
Fonte: Os autores (2012)
são consideradas apenas no seu fundo, por isso o valor se mantém constante nas
88
duas situações. Como há reduções consideráveis nas seções das vigas, há redução
Já nas fundações, essa redução não é tão apreciável, porém não pode ser
desprezada.
estudo:
concreto:
Variação
ALVENARIA DRYWALL
(%)
VIGAS 24,28 22,36 -7,91
LAJES 44,52 44,52 0,00
FUNDAÇÕES 12,48 10,83 -13,22
TOTAL 81,28 77,71 -4,39
Fonte: Os autores (2012)
lajes. Isso se deve ao fato de ter sido adotado como critério de dimensionamento a
vigas, visto que foram onde as seções de concreto foram alteradas no momento do
material são relativamente baixos, porém, como o concreto é um material com preço
estudo:
Com base em todos esses cálculos podemos chegar aos resultados finais do
acordo com os dados anteriores, para o pavimento tipo executado com paredes de
pavimento:
90
possíveis, podemos fazer uma análise comparativa dos resultados obtidos para a
obra em seu conjunto total, ou seja, englobando tanto estrutura quanto as vedações
com e sem a lã mineral, mas o enfoque se dá principalmente nas paredes sem essa
diferença entre a obra como um todo (estrutura mais vedações – não foram
TABELA 48 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA SISTEMA I: Paredes internas com alvenaria de tijolos cerâmicos
TABELA 49 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA SISTEMA II: Paredes internas com gesso acartonado
TABELA 50 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA SISTEMA III: Paredes internas com gesso acartonado e isolamento com lã mineral
quanto na questão das vedações internas. O custo da obra com vedação interna em
resultado:
outras vantagens que o drywall proporciona que são de extrema importância, como
alvenaria, por funcionário é de 15 a 20m² por dia, sem revestimento, uma parede de
drywall já pronta para pintura por funcionário chega perto dos 40m² (dados obtidos
existe a dificuldade para as instalações, pois são necessários rasgos nas paredes,
Um ponto que não pode ser deixado de lado na análise comparativa de dois
do sistema.
ajudante, que dará suporte ao pedreiro com a produção de argamassa, auxílio com
variantes que existem de uma obra para outra, e é diferente para cada profissional.
acartonado
variável para esses profissionais pode ser verificada no quadro 3, bem como as
produtividade final
incluem cuidado prévio com as tubulações e passagens elétricas na obra, fator não
verificado para a alvenaria, e que irá necessitar de mão de obra para posterior
realização de retrabalhos.
antes do acabamento final com massa corrida e pintura, já para o sistema em gesso
corrida antes do acabamento final com pintura, não existindo a utilização de reboco,
fator esse que também deve ser considerado na produtividade do produto final.
paredes em alvenaria varia de 8,16 a 19,51m² por dia, com produtividade média de
14,04m².
alvenaria com o revestimento dos dois lados da mesma. Portanto o valor total médio
mesma parede pronta para emassamento e pintura, porém com sistema de vedação
necessário para entrega da parede pronta para emassamento e pintura nos dois
mesmo período. Devemos lembrar que esses são apenas valores médios, e que os
envolvidas no processo.
trabalho em estudo.
101
6. CONCLUSÃO
da estrutura para o sistema de construção a seco ficou 6,74% menor do que para
13,55% menor com a utilização de drywall, seguido pelas vigas com 9,35% e por
economia verificada foi para o aço, com consumo 13,43% menor para a estrutura
em drywall, seguido pelo concreto com 4,39%, e pelas fôrmas com 3,75%.
custo verificado foi de R$ 86,96 para alvenaria com revestimentos. Além dos
outras vantagens que com certeza irão impactar o custo final da obra: redução no
custo com mão de obra. Como foi mostrado ainda, ao contrário do que se pensa
empregados, foi obtida uma economia de 15,00% com o uso de drywall sem a
REFERÊNCIAS
ALVENARIA/DRYWALL
105
106
fôrmas
108
etalhamento de lajes
109