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COMISSÃO EXAMINADORA
2003
Nanni, Arthur Schmidt
Contaminação do meio físico por hidrocarbonetos e metais na
área da refinaria Alberto Pasqualini, Canoas, RS. / Arthur Schmidt
Nanni. - Porto Alegre: UFRGS, 2003.
[110 f.] il.
_____________________________
Catalogação na Publicação
Biblioteca Geociências - UFRGS
Renata Cristina Grün CRB10/1113
Nanni, A. S. ii
SUMÁRIO
1. Introdução 1
1.1. Objetivos ..........................................................................................................2
2. Aspectos Físicos 3
2.1. Localização e Acesso........................................................................................3
2.2. Clima.................................................................................................................5
2.3. Estrutura física da Refinaria..............................................................................8
2.4. Potenciais fontes de contaminação na área da Refinaria.................................10
2.5. Informações disponíveis..................................................................................10
2.6. Aspectos sócio-econômicos dos municípios sob influência da REFAP.........11
2.7. Cursos d'água...................................................................................................12
3. Conceituações 14
3.1. Petróleo...........................................................................................................14
3.2. Óleo cru...........................................................................................................14
3.3. Hidrocarbonetos totais de petróleo (TPH)......................................................15
3.4. Derivados de petróleo......................................................................................15
3.5. Propriedades físico-químicas dos hidrocarbonetos.........................................18
3.6. Dados toxicológicos sobre os contaminantes..................................................20
5. Metodologia 32
5.1. Levantamento Geológico................................................................................32
5.2. Cadastro de poços tubulares............................................................................34
5.3. Testes de slug.................................................................................................34
5.4. Amostragem....................................................................................................35
5.5. Análises químicas............................................................................................47
6. O Meio Físico 48
6.1. Geologia .........................................................................................................48
6.2. Hidrogeologia..................................................................................................61
6.3. Utilização das águas subterrâneas nas adjacências da Refinaria.....................69
Nanni, A. S. iv
7. Resultados Obtidos 72
7.1. Distribuição de metais e hidrocarbonetos nos solos........................................72
7.2. Enquadramento do conteúdo de metais e TPH dos solos segundo normas de
controle ambiental..................................................................................................96
7.3. Distribuição de metais e hidrocarbonetos de petróleo nas águas subterrâneas
................................................................................................................................98
7.4. Enquadramento do conteúdo de metais, TPH e BTEX das águas subterrâneas
segundo normas de controle ambiental................................................................102
8. Conclusões 104
Nanni, A. S. v
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2.1. Dados climatológicos do período e resultados do balanço........................6
Tabela 3.1: Composição básica da gasolina brasileira................................................17
Tabela 4.1: Comparação entre propriedades de destino e transporte para constituintes
de combustíveis......................................................................................................22
Tabela 5.1. Limites de detecção para águas e solos para metais e contaminantes
orgânicos................................................................................................................47
Tabela 6.1. Capacidade de troca catiônica e composição da fração argilosa dos
materiais de aterro (*) e dos sedimentos cenozóicos (**). (D): dominante; (E):
escassa; (S): subordinada. Laudos laboratoriais de CTC e carbono orgânico no
Anexo E..................................................................................................................53
Tabela 6.2: Localização e cotas do terreno e do nível estático dos poços de
monitoramento. As coordenadas E e N tem como referência o sistema interno da
REFAP. O poço PM01* foi construído pela Concremat.......................................64
Tabela 6.3: Condutividade hidráulica (K) calculada a partir de testes de Slug. (1998)..
................................................................................................................................67
Tabela 7.1: Identificação de origem de produtos pelo número de carbonos (RECAP,
2000)......................................................................................................................73
Tabela 7.2: Concentrações de metais e TPH em solos da área da Refap. Amostras
assinaladas com asterisco (*) foram coletadas em estudo prévio..........................73
Tabela 7.4. Resumo estatístico dos grupos de amostras de solo identificados pelo
conteúdo de cádmio (mg/Kg). A média do Grupo 1 foi arbitrada em 0,001 mg/Kg,
o que equivale à metade do limite de detecção do método analítico.....................83
Tabela 7.5. Resumo estatístico do conteúdo de chumbo (mg/Kg) nos grupos de
amostras de solo identificados em histogramas de freqüência simples e freqüência
acumulada. A média do Grupo 1 foi arbitrada em 0,02 mg/Kg, equivalente à
metade do limite de detecção do método analítico. No Grupo 3, não foram
consideradas no cálculo as amostras T41A e T41B, por apresentarem teores
anômalos de Pb, o que levaria a distorções............................................................86
Tabela 7.6. Resumo estatístico dos grupos de amostras de solo identificados em
histogramas de freqüência simples e freqüência acumulada de conteúdo de cobre
(mg/Kg). ................................................................................................................89
Tabela 7.7. Carbono Orgânico em amostras de solo. Amostras assinaladas com
asterisco (*) são localizadas nas adjacências da BAE............................................95
Tabela 7.8. Valores de referência para TPH e metais em solos de áreas industriais
propostos pela Norma Holandesa (STI) e concentrações máximas em solos da
REFAP...................................................................................................................96
Tabela 7.9. Valores de referência (R,I) de metais em solos (CETESB, 2001) e teores
máximos registrados na área da REFAP................................................................97
Tabela 7.10. Conteúdo de metais e de TPH nas águas subterrâneas dos poços
profundos. ..............................................................................................................98
Nanni, A. S. vi
Tabela 7.11: Concentrações de metais e TPH das águas subterrâneas dos poços da
AG Ambiental........................................................................................................99
Tabela 7.12. Valores referência de TPH e metais propostos pela norma holandesa e
maiores teores registrados nas águas subterrâneas da REFAP.............................102
Tabela 7.13. Valores BTXE em águas propostos pela CETESB..............................102
Tabela 7.14. Valores de referência de metais em água subterrânea propostos pela
CETESB...............................................................................................................103
Nanni, A. S. vii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 2.1. Localização do município de Canoas.........................................................4
Figura 2.2. Situação da área de estudo (REFAP) no município de Canoas..................5
Figura 2.3. Balanço Hídrico Normal Mensal................................................................7
Figura 2.4. Extrato do Balanço Hídrico Mensal...........................................................7
Figura 2.5. Setores de atividades nos domínios da refinaria.........................................9
Figura 4.1: Destino e processos de transporte de componentes de combustíveis em
solos (Day, 2001)...................................................................................................23
Figura 4.2: Estrutura do modelo de transporte de NAPLs modificada de (Day, 2001)..
................................................................................................................................25
Figura 4.3. Fases de contaminação para LNAPLs......................................................27
Figura 4.4. Efeitos da oscilação do nível freático na distribuição de LNAPL (Fetter,
1993)......................................................................................................................28
Figura 4.5. Transporte de contaminantes nos poros do solos com diminuição das
concentrações ao longo da trajetória de fluxo (Atmadja & Bagtzoglou, 2001). ...29
Figura 5.1. Distribuição das sondagens geotécnicas utilizadas na caracterização
geológica da área da REFAP..................................................................................33
Figura 5.2. Localização dos poços de monitoramento e furos de trado......................37
Figura 5.3. Boletins de sondagem a trado (T01 a T10)...............................................38
Figura 5.4. Boletins de sondagem a trado (T11 a T21)...............................................39
Figura 5.5. Boletins de sondagem a trado (T22 a T31)...............................................40
Figura 5.6. Boletins de sondagem a trado (T32 a T41)...............................................41
Figura 5.7. Boletins de sondagem a trado (TAC01 a TAC08)....................................42
Figura 5.8. Detalhes construtivos dos poços de monitoramento (PM10 a PM14)......45
Figura 5.9. Detalhes construtivos dos poços de monitoramento (PM15 a PM19)......46
Figura 6.1. Mapa geológico de superfície da área da REFAP....................................54
Figura 6.2. Seções geológicas.....................................................................................58
Figura 6.3. Legenda para as seções geológicas apresentadas nas figuras 6.4 a 6.11...59
Figura 6.4. Seção geológica AA' - E1000...................................................................59
Figura 6.5. Seção geológica BB' - E1500...................................................................59
Figura 6.6. Seção geológica CC' - E2000...................................................................59
Figura 6.7. Seção geológica DD' - E2500...................................................................59
Figura 6.8. Seção geológica EE' - E3000....................................................................60
Figura 6.9. Seção geológica FF' - E3500....................................................................60
Figura 6.10. Seção geológica GG' - S500...................................................................60
Nanni, A. S. viii
ÍNDICE DE FOTOS
Foto 5.1. Amostrador do tipo Bailer utilizado na coleta das amostras de águas.........44
Foto 6.1: Interface entre horizontes de alteração na Fm. Sanga do Cabral. ...............56
Nanni, A. S. xi
ANEXOS
Anexo A - Testes de Slug
Anexo B - Difratogramas de Raios-X
Nanni, A. S. xii
RELAÇÃO DE ABREVIATURAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
BAE Bacia de Aeração
CTC Capacidade de Troca Catiônica
LNAPL Light non-aqueous phase liquids
MTBE Methyl tertiary-butyl ether
NAPL Non-aqueous phase liquids
PAH Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
USEPA United States Environmental Protection Agency
Nanni, A. S. xiii
RESUMO
O presente estudo resulta de convênio entre a Fundação de Apoio da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS) e a Refinaria Alberto
Pasqualini (REFAP S.A.), tendo como objetivo o diagnóstico das contaminações por
metais e hidrocarbonetos dos solos e águas subterrâneas na área e seus domínios.
Os poços tubulares profundos existentes ao redor da refinaria
registram 559 unidades distribuídas num raio de 2.000 metros, que têm uso
residencial dominante (81,5%) e, em menor escala, comercial (6,5%), industrial
(2,6%) e público (0,9%).
A caracterização geológica revelou grande variação lateral e vertical,
marcada pela ocorrência de sedimentos quaternários síltico-argilosos e arenosos finos
com lentes de argilas orgânicas plásticas, tendo espessura de até 14 metros cobrindo
rochas sedimentares da Formação Sanga do Cabral. Esta última composta
principalmente por arenitos finos a muito finos, siltitos e argilitos avermelhados.
Uma parcela significativa da área encontra-se capeada por aterros de terraplenagem
com espessuras entre 0,5 e 4 metros.
Os estudos hidrogeológicos da área registram a existência de um
aqüífero freático livre, constituído pelo material de aterro e camadas sedimentares
superficiais, e outro semi-confinado, representado por níveis arenosos descontínuos
intercalados no pacote dominantemente síltico-argiloso de sedimentos quaternários.
Os sedimentitos da Formação Sanga do Cabral fazem parte do aqüífero semi-
confinado.
O diagnóstico da contaminação de solos por hidrocarbonetos e metais
contou com a análise química de 94 amostras coletadas em 48 sondagens manuais em
diferentes profundidades. Os resultados apontaram a virtual ausência de vanádio e
baixos níveis de contaminação por cromo, mercúrio, cádmio, cobre, chumbo e
Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH). A grande quantidade de amostras
permitiu a realização de uma avaliação geoestatística para determinação dos teores
naturais do terreno e das concentrações oriundas de contaminações. Os solos
presentes no entorno da bacia de aeração e da área de descarte de borras e caliças
apresentaram as maiores concentrações de metais e, mesmo que inexpressivas, de
TPH.
A avaliação da qualidade das águas subterrâneas do aqüífero semi-
confinado foi realizada através da instalação de 10 poços de monitoramento com
profundidades da ordem de 20 metros e coleta de amostras para análises químicas.
Também foram coletadas amostras do aqüífero freático em 9 poços de
monitoramento rasos com profundidades da ordem de 5 metros, já existentes na
ocasião.
Os resultados obtidos para as águas do aqüífero semi-confinado
retratam uma boa situação ambiental deste, com teores de metais inexistentes na
grande maioria dos poços e concentrações abaixo dos limites de intervenção apenas
em alguns. Hidrocarbonetos de petróleo (TPH) foram registrados em apenas um
poço, em quantidade inexpressiva.
Os poços rasos revelam um cenário menos favorável no aqüífero
freático, apontando contaminação pouco significativa por hidrocarbonetos de
petróleo em apenas 4 locais.
Nanni, A. S. xiv
ABSTRACT
This study results of an agreement between the Fundação de Apoio da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS) and the Refinaria Alberto
Pasqualini (REFAP S.A.), having as main purposes the diagnosis of soils and
groundwater contamination of the by metals and hydrocarbons compounds.
There are 559 documented pre-existent tubular wells in the
surrounding area show that 81,5% out of the total amount are used for domestic
purposes, 6,5% for commercial uses, 2,6% for industrial uses and only 0,9% for
public companies.
The geology of the area reveals a significant lateral and vertical
variation across the area, with fine silt-clayish to fine sandy quaternary sediments
with lenses of plastic organic clays. The total thickness of this package achieves 14
meters covering sedimentary rocks of Sanga do Cabral Formation. The latter is
composed mainly by fine sandstones, siltstones and red claystones. A significant part
of the area is covered by a 0,5 to 4,0 meters thick landfill deposits.
Hydrological studies of the target area shows the existence of a
phreatic aquifer, constituted by landfill deposit and surficial sedimentary layers, and
another semi-confined aquifer represented by discontinuous sandy levels inserted as
silt-loamy quaternary lens. The sedimentary rocks of the Sanga do Cabral Formation
is a part of the semi-confined aquifer.
The diagnosis of hydrocarbons and metals contamination of soils has
been made using chemical analysis of 94 samples collected at different depths. The
results aimed the virtual absence of vanadium and low levels of contamination for
chromium, mercury, cadmium, copper, lead and Total Petroleum Hydrocarbons
(TPH). The great amount of samples allowed the accomplishment of a geoestatistical
evaluation for natural background determination of the land and concentration due to
soil contamination. The soils around the aeration basin and the stain and residues
evasion area presented the largest concentrations of metals, included the
inexpressive TPH concentration.
The groundwater quality evaluation of the semi-confined aquifer was
accomplished through the installation of 10 monitoring wells about 20 meters deep
and sample collection for chemical analyses. Also phreatic aquifer samples were
collected in 9 shallow monitoring wells about 5 meters deep previously existent.
Obtained results from semi-confined aquifer groundwater's show a
healthy environmental situation, with nonexistent metals amount in the great majority
of the wells and concentrations below the intervention limits in some. TPH they
were registered only in one monitoring well on an inexpressive amount.
The shallow monitoring wells reveal a less favorable scenery in the
phreatic aquifer, pointing out an insignificant TPH contamination matching only four
analysed spots.
Nanni, A. S. 1
1. INTRODUÇÃO
Introdução
Nanni, A. S. 2
1.1. Objetivos
Introdução
Nanni, A. S. 3
2. ASPECTOS FÍSICOS
Aspectos Físicos
Nanni, A. S. 4
-60º -42º
0º
BRASIL -12º
C O
TI
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L
L
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AT
DO
NO
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-24º
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-36º
0 1000 Km
SANTA CATARINA
ARGENTINA -28º
-30º
I CO
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URUGUAI
N
O
-32º
-51º
BR 386
BR 290
BR 116
Rio Jacuí
N -30º
BR 290
BR 116
0 30Km
Aspectos Físicos
Nanni, A. S. 5
ESTEIO
Ca
na
l
6697000
Ar Sa p u c a í
r oi o
6696 6696
Bacia Várzea dos Sinos Bacia Arr. Sapucaia
6694000
6694 6694
23
RI O D
OS SI N OS
CANOAS
6692 6692
29°55'00'' 29°55'00''
6690 6690
30
BA N H AD O GR AN D E
6688 6688
SA
N
GR
D
A
OU
R O
M
AT
I AS
6686 6686
6684 6684
29°58'29'' 29°58'29''
51°14'54'' 51°10'00'' 51°06'13''
476 478 480 482 484 486 488 490
Divisa Municipal
Curva de nível
Limite entre bacias hidrográficas
na área de levantamento dos poços de abastecimento
Limite da área de levantamento de poços de abastecimento
Figura 2.2. Situação da área de estudo (REFAP) no município de Canoas.
2.2. Clima
Aspectos Físicos
Nanni, A. S. 6
Aspectos Físicos
Nanni, A. S. 7
140
120
100
mm
80
60
40
20
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Precipitação ETP ETR
Figura 2.3. Balanço Hídrico Normal Mensal.
100
80
60
mm
40
20
-20
-40
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Déficit(-1) Excesso
Figura 2.4. Extrato do Balanço Hídrico Mensal.
Aspectos Físicos
Nanni, A. S. 8
– área administrativa;
– área industrial;
– reserva biológica;
– horto florestal;
– área de tanques;
– borreiro;
Aspectos Físicos
Nanni, A. S.
Aspectos Físicos
ia
500 u ca
S ap
io
ro
Ar
Tenoas
Rua A
Rua B
Rua 6
Rua 9
Rua 17
-500 Rua C
Rua D
Rua E
Rua 8
Rua 10
Rua 14
Rua 16
Rua 18
Rua 19
Rua F
Rua 5
Rua 7
Rua G Rua 15A
Rua 16A|
-1000
Rua 11
Rua H
Rua 13
Rua 12
Rua 15
Aspectos Físicos
Nanni, A. S. 11
Aspectos Físicos
Nanni, A. S. 12
de alfabetização atinge 96% da população residente com mais de dez anos de idade
(IBGE, 2000).
Aspectos Físicos
Nanni, A. S. 13
O Arroio Esteio apresenta fluxo para Oeste com pequena inflexão para
Sul, atravessando bairros de Esteio e Sapucaia do Sul.
Aspectos Físicos
Nanni, A. S. 14
3. CONCEITUAÇÕES
3.1. Petróleo
Como regra geral, todos os óleos crus são constituídos por complexos
orgânicos similares, mas a quantidade relativa destes componentes difere em óleos de
origens distintas (Irwin et al., 1998). Este tipo de produto sofre degradação em
decorrência do tempo de armazenamento e dos processos de transporte. Valores
similares de TPH podem resultar de diferentes misturas de hidrocarbonetos,
repercutindo em riscos variados à saúde humana e ao meio ambiente (Bauman apud
Heath, 1993). A concentração de metais também varia de acordo com a origem do
óleo e, com exceção do rubídio e do nióbio, todos metais até o número atômico 42
(molibdênio) podem ser encontrados. Na maioria dos casos, o níquel e o vanádio são
os mais abundantes. Elementos mais pesados, como o chumbo e o bário são também
Conceituações
Nanni, A. S. 15
detectados, porém em quantidades menos significativas (Kirk & Othmer apud Irwin
et al., 1998).
Conceituações
Nanni, A. S. 16
3.4.1. Gasolina
Conceituações
Nanni, A. S. 17
Conceituações
Nanni, A. S. 18
3.4.2. Diesel
3.5.1. Solubilidade
Conceituações
Nanni, A. S. 19
3.5.4. Densidade
Conceituações
Nanni, A. S. 20
3.6.1. TPH
3.6.1.1. Benzeno
Conceituações
Nanni, A. S. 21
3.6.1.2. Tolueno
3.6.1.3. Xilenos
Conceituações
Nanni, A. S. 22
4.1. Introdução
Tabela 4.1: Comparação entre propriedades de destino e transporte para constituintes de combustíveis.
Toluen Etilben-
Propriedade Unidade MTBE Benzeno Xileno Etano
o zeno
Vol. % na gasolina Vol% 10-15 1 5 <1 8 10
Peso Molecular 1 g/mol 88 76 92 106 106 46
Gravidade Não
0.74 0.88 0.87 0.87 0.87 0.79
Específica dimensionável
Pressão de vapores
mm Hg 251 95 28 9 8 50
**2
Pressão parcial
mm Hg 25 1 1.4 <0.1 0.6 5
(gasolina) *
Constante de Não
0.02 0.22 0.24 0.35 0.00024 0.00011
Henry**2 dimensionável
Log Koc (adsorção) Não
1.05 1.9 2.0 2.5 2.6 0.7
2
dimensionável
Solubilidade em
mg/L 43000 1780 535 161 146 Miscível
água (pura) **2
Solubilidade em
mg/L 4300 18 27 <2 12 Miscível
água (gasolina) *
Toluen Etilben-
Propriedade Unidade MTBE Benzeno Xileno Etano
o zeno
Limite de Odor 1 ppbv 95 1500-4700 160 6000 20000 49000
Limite de gosto mg/L 10-130 500-4500 ND ND ND ND
Taxa de
%/dia 0.01-0.1 0.1-1.0 0.1-1.0 0.1-1.0 0.1-1.0 0.3 3
Biodegradação
* Baseado em gasolina contendo 10% MTBE ou etanol, 5% tolueno, 8% xilenos, 1% etilbenzeno, e
1% benzeno.
** Em condições de temperatura de 258°C.
ND Não disponível.
1
Urie Environmental apud Day,2001.
2
Zogorski et al. apud Day,2001.
3
Malcolm Pirnie, Inc. apud Day,2001.
Biodegradação
Advecção/difusão
VAPOR DE SOLO
ção
tiliza
Vola
ÁGUA SUBTERRÂNEA
Adv
ecç
ão/d
ispe
rsão
Sorção Desorção
SOLO
Biodegradação
Processos Transformaçõs
Físicos de fase
Migração NAPL
Circulação de ar Volatilização
Dispersão
Recarga Difusão
Zona insaturada Dissolução
Sorção
Biodegradação
Acumulação NAPL
Zona saturada Dissolução
Fluxo de água
Sorção
subterrânea
Biodegradação
Figura 4.2: Estrutura do modelo de transporte de NAPLs modificada de (Day, 2001).
ocupada por água e ar (Sauck, 2000). Esses valores não são constantes, admitindo-se
que concentrações menores de hidrocarbonetos sejam registradas nos limites
superiores deste intervalo, próximo do limite com a franja capilar associada ao nível
freático.
Fonte de contaminação
Terreno
LNAPL residual
Nível d’água
LNAPL livre
LNAPL dissolvido
Fluxo das águas subterrâneas
Figura 4.3. Fases de contaminação para LNAPLs.
% saturação em óleo
100 80 60 40 20 0
Zona Residual
não Ar
saturada Fase livre
Óleo
Franja capilar
Água
Zona
saturada 0 20 40 60 80 100
% saturação em água
% saturação em óleo
100 80 60 40 20 0
Zona Residual
não
saturada Ar
Fase livre
Óleo
Água
Franja capilar 0 20 40 60 80 100
Zona saturada % saturação em água
% saturação em óleo
100 80 60 40 20 0
Zona Residual
não Ar
saturada Fase livre Óleo
Franja capilar
Água
Zona
saturada 0 20 40 60 80 100
Residual % saturação em água
Figura 4.5. Transporte de contaminantes nos poros do solos com diminuição das
concentrações ao longo da trajetória de fluxo (Atmadja & Bagtzoglou, 2001).
1 A lei de Fick descreve o movimento passivo de moléculas e a sua diminuição por gradientes de
concentrações.
5. METODOLOGIA
Metodologia
Nanni, A. S.
Metodologia
500 ia
u ca
p
o Sa
i
ro
Ar
-500
Metodologia
Nanni, A. S. 35
K = r2ln(L/R) / 2LT0
onde:
– r, o raio do tubo;
– R, o raio da perfuração;
5.4. Amostragem
Metodologia
Nanni, A. S. 36
Metodologia
Nanni, A. S.
Metodologia
LEGENDA:
PM19 PMXX Poço de Monitoramento Profundo (UFRGS)
PM15
PM16
0 TAC08 T 17 PM18
T 15 T 16
TAC07
P10 T 18 T 19 T 20
TAC02 T 40 PM17 P11
TAC06
TAC05 T 38
PM13
trado.
TAC03 TAC04
PM14
T 36 T 37 T 39
T 34 TAC01
T 23 T 35
-500 P4 T 12
T 08 T 10 T 11 T 13
P9T 09
T 31 P12 T 33
P5 T 32
T 29 T 30
T 28
PM12
T 24 T 25
T 26 P2 T 27
-1000 T 01 PM10 T 02 P3 T 07
PM11 P1 T 04 T 05 T 06
T 03
Metodologia
60 60 60 níveis vermelho liláz (Rosário do Sul).
com nódulos laranja. T 02 A
70 Solo arenoso com pouco silte e argila, 70
cor amarelo. Solo argilo-siltoso cinza alaranjado, gradando Solo siltoso, cinza claro.
80 para cinza com a profundidade. Aumento T 05 A
da coesão com a profundidade. 90 90
T 04 A
110 110
Solo cinza claro com pouco silte, 120
Solo arenoso com pouco silte e argila, de cor cinza claro.
cor cinza. NA Solo siltoso, cinza claro, com nódulos
Solo síltico-arenoso, cor cinza 150 150 de argila preta.
claro com nódulos laranja. NA
160 T 03 B 160
Solo argilo-arenoso, cor amarelo,
comportamento plástico. 170 T 04 B 170
NA 180 180 T 05 B
190 190
T 01 B 200 200
Solo argilo-siltoso, cinza claro
210 (Rosário do Sul).
Solo arenoso com pouco silte e areia,
cor cinza. 220
240 NA
250
T 02 B
270
T 06 T 07 T 08 T 09 T 10
0 0
0 0 0 Material de aterro de natureza areno-siltosa, Material de aterro de natureza argilosa, cor
Solo orgânico. cor marrom. vermelho, compactado.
20 20
Material de aterro de natureza siltosa,
30 cor laranja.
NA 40
Solo siltoso, cor vermelho. Solo siltoso, cor cinza.
Solo arenoso fino com pouco silte,
50
friável de cor marrom. 60
T 09 A 70
Solo siltoso, de cor laranja acizentado, Solo arenoso, cor cinza claro,
muito compacto. Alteração do Rosário do Sul. 80 friável.
90
T 07 A Solo siltoso, úmido, cor marrom. 100
110 110
120 NA 120
T 06 A
Solo arenoso com pouca argila, 130 Solo arenoso, cor cinza.
Solo arenoso fino, friável, T 08 A T 10 A
130 cor laranja. T 09 B NA
de cor amarelo.
150 150 150
170
170
310
T 11 T 12 T 13 T 15 T 16
0 0 0 0 0
Solo silto-argiloso, com restos vegetais.
Material de aterro compacto (leito) da Solo orgânico escuro.
Cor marrom escura (topo)
bacia de contenção. 20 e marrom claro (base).
Material de aterro, compactado.
30 NA
Nanni, A. S.
40 40 40
Metodologia
T 12 A Material de aterro de natureza silto-arenosa
Solo síltico-arenoso, alaranjado, T 15 A
60 Solo siltoso, marrom, compacto. com pedaços de caliça.
com raízes.
Solo argiloso, de cor vermelho com nódulos 70
Solo arenoso, de cor marrom claro,
80 80 amarelos. pequena estratificações claras e 80
com nódulos oxidados.
90 T 13 A liláz e raros grãos de até 3mm. Nódulos de
óxido de manganês.
100
110 Solo argiloso, com pouca areia, NA 110
de cor preto, muito plástico.
T 11 A 110
130 T 12 B 130
140 130 Solo argilo-siltoso, cinza escuro, úmido. T 16 A Solo silto-argiloso marrom com nódulos
150 vermelhos, mediamente compacto.
150
Solo argiloso, de cor vermelho com nódulos
amarelos. pequena estratificações claras e
Solo argiloso cinza escuro, liláz e raros grãos de até 3mm. Nódulos de NA
muito plástico. 180 óxido de manganês. Presença de lentes de areia. 180
NA
NA T 13 B T 16 B Solo siltoso com areia fina bege com
200 200 200 200 nódulos vermelhos.
T 11 B Solo siltoso-arenoso, cor cinza alaranjado. Solo arenoso fino, de cor amarelo. 220
220 220 220
T 17 T 18 T 19 T 20 T 21
0 0 0 0 0
170
180
190
T 19 B Solo argiloso cinza com nódulos
200 200
laranja.
230
250
T 18 B
Solo argiloso de cor bege.
270
39
280
T 22 T 23 T 24 T 25 T 26
0 0 0 0 0
Material de aterro: saibro com argila Material de aterro de natureza
vermelha. cascalhosa.
20 20 Material de aterro de natureza argilosa, com
Solo argilo-arenoso, de cor marrom saibro, areia e raízes.
claro não saturado. Material de aterro de natureza arenosa
Solo areno-siltoso, de cor
fina, de cor alaranjada. 40
vermelho amarelado.
50
Nanni, A. S.
Metodologia
Solo lamoso com areia, de cor marrom,
60 60 60 friável.
T 25 A
70 Aterro de natureza argilosa, de cor T 24 A Solo síltico-argiloso cinza amarelado
70 70
T 23 A vermelho. 80 bastante compactado. T 26 A
90 90 90
T 22 A Solo silto argiloso cinza com nódulos
100 Solo argilo-arenoso, de cor marrom 100 100
laranja, compacto.
claro não saturado.
120 Solo síltico arenoso amarelo
amarronzado.
150
Solo arenosos com argila, marrom Aterro de natureza arenosa fina a
claro com nódulos laranja, compacto. média, de cor marrom avermelhado. Solo lamoso com porções arenosas, 160
Aumento da densidade de nódulos com Presença de lentes de argila. cor cinza a laranja.
Solo argiloso cinza claro com
a profundidade. 180 nódulos laranja.
Solo areno-siltoso, de cor T 26 B
200 amarelo amarronzado. 200
NA
Aterro de natureza areno-argilosa, muito 220
úmido, de cor vermelha.
230 T 25 B
240 T 24 B 240
250 250
T 22 B
260 NA
270
280 T 23 B
290
T 27 T 28 T 29 T 30 T 31
0 0 0 0 0
240
T 28 B
270
40
T 32 T 33 T 34 T 35 T 36
0 0 0 0 0
Material de aterro de natureza argilo-
arenosa, de cor vermelho. Material de aterro de natureza siltosa.
Aterro dreno argiloso, de cor avermelhado,
muito compacto.
40 40 40
Solo siltoso, de cor cinza com nódulos
50 T 34 A
Nanni, A. S.
laranja e raízes.
Metodologia
T 33 A 60 60
Solo siltoso, de cor marrom com
70 T 35 A nódulos pretos e raízes. Solo silto-argiloso, de cor cinza alaranjado
Solo siltoso com pouca areia, medianamente 80 passando a cinza.
compacto, de cor marrom claro com porções cinza.
280
T 41
T 35 C 0
Solo argiloso, de cor marrom escuro.
300
10
NA Solo areno-siltoso, de cor marrom claro, Solo argiloso, de cor preto, muito compacto.
saturado, pouco compacto, com pequenas
Borreiro. Material síltico arenoso, de cor porções acizentadas.
190 cinza escuro com forte odor.
200 200
T 39 A T 40 B
270
T 37 C 220 220
Solo síltico argiloso, de cor
Solo argiloso com areia, de cor cinza. 230 vermelho. T 41 B
arenosa, de cor vermelho.
300
250
Solo síltico com areia muito fina.
320
41
300
TAC01 TAC02 TAC03 TAC04
0 0 0 0
Material de aterro de natureza síltico-argilosa de cor Material de aterro de natureza síltico-argilosa de cor Material de aterro de natureza síltico-argilosa e cor bege.
marrom, compacto, parcialmente saturado. marrom alaranjada, comnódulos pretos e raízes.
NAC 20 NAC Material de aterro de natureza siltico-argilosa, cor
30 marrome comnódulos pretos.
30 30
Material de aterro de natureza arenosa,
Nanni, A. S.
Metodologia
50 50 e porções cinza escuro.
PM4A
NAC PM2A
PM3A NAP NAC
70 Material de aterro de natureza argilosa de cor cinza alaranjado.
Material de aterro de natureza síltico-argilosa,
80 80
de cor marrom, com nódulos vermelhos e forte odor. Solo argilo arenoso, de cor cinza médio
90 (presença de matéria orgânica), comnódulos laranja.
Material de aterro de natureza síltico-arenosa e cor marrom.
110 NAP
PM1A Material de aterro de natureza argilo-siltosa, cor marrom
120 120
avermelhado comgrãos de areia dispersos.
PM2B Material de atero de natureza argilosa, cor bege claro e NAP
130 NAP 120
PM1B areia empequena quantidade.
130
200
Solo argiloso rico emmatéria orgânica de cor preto,
PM3B
comrestos vegetais.
200 220 220
Solo argiloso rico em matéria orgânica de cor preto, PM2C Solo arenoso fino c/ argila (irrecuperável).
comrestos vegetais. 230
PM1C
230
Metodologia
Nanni, A. S. 44
Metodologia
PM 10 PM 11 PM 12 PM 13 PM 14
1,00m
Nanni, A. S.
Metodologia
3,00m 3,00m
5,00m 5,00m
7,00m 7,00m
NA NA NA
9,00m
12,00m 12,00m
22,5
10
14,00m
22,5
10
16,00m
10 Revestimento 10
Filtro
100,00 cm
Selo "Grout"
2,00m 2,00m
Metodologia
4,00m 4,00m
5,00m 5,00m
NA
5,50m
6,00m 6,00m
7,00m 7,00m
NA
8,00 m 8,00m 8,00m 8,00m
NA NA
9,00m 9,00m
NA
10,00m
11,00m
12,00m
16,00m
22,5
10
22,5
10
10 10 10
Detalhes do acabamento de superfície
(idêntico para todos os poços)
20,00 cm
Tampa de Segurança
Cadeado
Legenda:
Pino de Segurança
Proteção Sanitária
Revestimento
Filtro
100,00 cm
Selo "Grout"
As análises de metais pesados (Cr, Cd, Hg, Zn, Cu, V e Pb) foram
executadas por Espectrofotometria de Absorção Atômica com Forno de Grafite e
Chama de Geração de Hidretos (para o Hg) com digestão de microondas (Métodos
EPA 200.7, 200.8, 200.13). O equipamento utilizado foi o Espectofotômetro de
Absorção Atômica de marca Perkin Elmer, modelo AAS Analyst 800. O limite de
detecção para cada metal é apresentado na Tabela 5.1.
Tabela 5.1. Limites de detecção para águas e solos para metais e contaminantes orgânicos.
Parâmetro Limite de detecção
Cromo 0,02*
Mercúrio 0,0005*
Cádmio 0,002*
Cobre 0,01*
Chumbo 0,005*
Vanádio 0,03*
Zinco 0,005*
TPH 0,1**
Benzeno 0,01***
Tolueno 0,01***
Etilbenzeno 0,01***
Xileno 0,01***
(*) mg/Kg e mg/L, (**) µg/L e µg/Kg, (***) µg/L
Metodologia
Nanni, A. S. 48
6. O MEIO FÍSICO
6.1. Geologia
O Meio Físico
Nanni, A. S. 49
O Meio Físico
Nanni, A. S. 50
O Meio Físico
Nanni, A. S. 51
O Meio Físico
Nanni, A. S. 52
sedimentos triássicos da Formação Sanga do Cabral, que afloram nas partes mais
altas da área, e possuem espessura média de 40 metros. Em subsuperfície, ocorrem os
sedimentos permianos do Grupo Passa Dois, representado pelas Formações Rio do
Rasto (espessura média de 25 metros) e Estrada Nova. As Formações Irati, Estrada
nova e Rio do Rasto não afloram na região, entretanto, sua descrição é importante no
contexto da exploração hidrogeológica da região de Canoas.
O Meio Físico
Nanni, A. S. 53
Tabela 6.1. Capacidade de troca catiônica e composição da fração argilosa dos materiais de aterro (*)
e dos sedimentos cenozóicos (**). (D): dominante; (E): escassa; (S): subordinada. Laudos
laboratoriais de CTC e carbono orgânico no Anexo E.
Carbono
CTC
Amostra orgânico Argilo-minerais
cmolc/kg
(%)
T 01A* 13,7 0,34 -
T 05A* 4,22 0,44 -
Esmectita (D)
T 11B* 34,76 0,39
Caolinita (S)
Caolinita (D)
T 30A* 6,46 0,65
Esmectita (E)
Caolinita (D)
T 35A* 5,82 0,44
Esmectita (E)
Esmectita e
T 37B* 18,62 0,27
caolinita
T 38A** 4,42 0,41 Caolinita
Caolinita
T 41B** 11,25 1
(D)Esmectita (E)
O Meio Físico
Nanni, A. S.
ESTEIO
O Meio Físico
500
c aia
pu
Sa
io
A rr o
0
CANOAS
-500
-1000
O Meio Físico
Nanni, A. S. 56
O Meio Físico
Nanni, A. S. 57
O Meio Físico
Nanni, A. S.
O Meio Físico
a
ai
500 uc
B’
S ap
i o
ro
Ar
C’
D’
0
F’
E’
G G’
-500
A’
B
H
E
-1000
H’
A
D
500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500
LEGENDA:
0 500 1000 1500 m
X X’ Seção geológica
Fig
58
Nanni, A. S. 59
Bacia do Paraná
Sedimentos Cenozóicos
Arenoso Aluvião arenoso Formação Sanga do Cabral
Aterros
Formação Serra Geral
Argiloso Aluvião argiloso
(sills e diques de diabásio)
Figura 6.3. Legenda para as seções geológicas apresentadas nas figuras 6.4 a 6.11.
E 1000
10
A PM A’
37
SP
10 10
5 5
0 0
-5 -5
E 1500
81
B B’
55
39
SP
SP
19
15
SP
PM
10 PM 10
5 5
0 0
-5 -5
-10 -10
E 2000
C 16 C’
11
PM
10
89
02
65
13
15 15
PM
SP
SP
SP
SP
PM
10 10
5 5
0 0
-5 -5
E 2500
8
14
16
2
15
41
D D’
71
69
SP
PM
SP
13
SP
15 15
SP
SP
PM
10 10
5 5
0 0
-5 -5
O Meio Físico
Nanni, A. S. 60
E 3000
12
E
17
PM
PM
15 15
10 10
5 5
0 0
-5 -5
E 3500
F F’
19
17
S-
S-
20 20
18
PM
15 15
10 10
5 5
0 0
-5 -5
S 0500
17
18
PM
G G’
73
68
PM
33
64
65
38
55
13
15 15
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
PM
10 10
5 5
0 0
-5 -5
S 1000
H H’
19
S-
12
20 20
5
PM
14
3
13
11
10
15
SP
SP
PM
PM
SP
15 15
10 10
5 5
0 0
-5 -5
O Meio Físico
Nanni, A. S. 61
6.2. Hidrogeologia
6.2.1. Generalidades
O Meio Físico
Nanni, A. S. 62
O Meio Físico
Nanni, A. S. 63
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
Isópaca
1000
LEGENDA:
500
500
-500
-1000
O Meio Físico
Nanni, A. S. 64
Tabela 6.2: Localização e cotas do terreno e do nível estático dos poços de monitoramento. As
coordenadas E e N tem como referência o sistema interno da REFAP. O poço PM01* foi construído
pela Concremat.
Poço E N Cota terreno (m) Prof. do NA (m) Cota do NA (m)
PM10 1175,56 -1065,24 13,03 4,3 8,73
PM11 2019,9 -1045,13 13,06 2,1 10,96
PM12 3178,64 -940,38 16,61 3,1 13,51
PM13 2292,79 -352,13 11,60 2,2 9,40
PM14 3585,03 -370,82 16,59 2,9 13,69
PM15 1633,62 168,58 8,84 3,1 5,74
PM16 2287,69 38,35 14,10 8,5 5,60
PM17 3078,25 -259,26 15,76 2,9 12,86
PM18 3404,37 -68,41 14,31 2,4 11,91
PM19 1649,95 563,73 9,30 2,6 6,70
PM01* 3750 -1070 20,74 1,7 18,74
O Meio Físico
Nanni, A. S. 65
A cota do nível estático varia entre 5,7 e 18,7 metros numa distância
horizontal de 2.452 metros, resultando em gradiente hidráulico médio da ordem de
0,5%.
O Meio Físico
Nanni, A. S.
O Meio Físico
6
16
8
14
12
Poços de monitoramento
0 500 1000 1500 m
Sentido de fluxo subterrâneo
Curva isopotenciométrica
66
Nanni, A. S. 67
Tabela 6.3: Condutividade hidráulica (K) calculada a partir de testes de Slug. (1998).
Hvorslev
Poço
K (cm/s) K (m/dia)
PM01 * 8,9 x10 -4
0,769
-4
PM03 * 1,97 x10 0,170
PM04 * 1,41 x10 -4
0,122
-4
PM07 * 2,09 x10 0,181
PM08 * 9,72 x10-5 0,840
PM09 * 1,44 x10 -4
0,124
PM10 1,79 x10 -5
0,016
PM11 4,16 x10 -4
0,359
-4
PM12 4,37 x10 0,378
PM13 3,98 x10-4 0,344
PM14 4,66 x10 -4
0,403
PM15 1,41 x10 -3
1,218
PM16 2,80 x10 -4
0,242
PM17 4,65 x10-4 0,402
PM18 6,02 x10 -5
0,052
-4
PM19 2,23 x 10 0,193
K máximo 8,9 x10 -4
0,769
K mínimo 1,79 x10 -5
0,016
* Dados de UNESP
O Meio Físico
Nanni, A. S. 68
Nas Figs. 6.14 e 6.15 são apresentados gráficos resultantes dos ensaios
para cada um dos poços avaliados.
1 PM 10
0,9 To = 2900 s 1 PM 11
K = 0,0155 m/dia 0,8
0,6
To = 155 s
0,8
K = 0,398 m/dia
0,4
0,7
0,2
0,6
h/ho
h/ho
0,1
0,5 0,08
0,06
0,04
0,4
0,02
0,01
0,3
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
0 1000 2000 3000 4000 5000
Tempo (segundos)
Tempo (segundos)
1 PM 12 PM 13
0,8 To = 275 s 1
To = 140 s
0,6 K = 0,377 m/dia 0,9 K = 0,344 m/dia
0,8
0,4
0,7
h/ho
h/ho
0,6
0,2
0,5
0,1
0,08 0,4
0,06
0,04 0,3
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 0 500 1000 1500 2000
Tempo (segundos) Tempo (segundos)
1 PM 14
0,8 To = 129 s 1 PM 15
0,6 K = 0,402 m/dia 0,8 To = 63 s
0,6 K = 1,22 m/dia
0,4
0,4
h/ho
0,2
h/ho
0,2
0,1
0,1 0,08
0,08 0,06
0,06 0,04
0,04
0,02
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
0 500 1000 1500 2000 2500
Tempo (segundos) Tempo (segundos)
Figura 6.14: Gráficos h/h0 vs. t para os poços de monitoramento PM10 a PM15.
O Meio Físico
Nanni, A. S. 69
1 PM 16
0,8 1 PM 17
To = 181 s 0,8
0,6 K = 0,242 m/dia 0,6 To = 112 s
0,4
K = 0,401 m/dia
0,4
0,2
h/ho
0,2
h/ho
0,1
0,08
0,1 0,06
0,08 0,04
0,06
0,02
0,04
0,01
0,008
0,02 0,006
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 0 500 1000 1500 2000
Tempo (segundos) Tempo (segundos)
1 PM 18
1 PM 19
0,8 To = 865 s
K = 0,052 m/dia 0,8 To = 320 s
0,6
0,6 K = 0,193 m/dia
0,4
0,4
h/ho
0,1 0,1
0,08 0,08
0,06 0,06
0,04 0,04
0 1000 2000 3000 4000 5000 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
Tempo (segundos)
Figura 6.15: Gráficos h/h0 vs. t para os poços de monitoramento PM16 a PM19.
O Meio Físico
Nanni, A. S. 70
Como se pode observar (Fig. 6.16), a maioria dos poços têm como
finalidade principal o abastecimento doméstico e, subordinadamente, industrial e
comercial. Uma proporção significativa possui uso misto das águas, que compreende
utilização para dois ou mais fins (industrial e/ou residencial e/ou comercial).
O Meio Físico
Nanni, A. S. 71
2,64% 0,88%
6,50%
8,44%
Uso das Águas Subterrâneas:
Público
Industrial
Comercial
Misto
Residencial
81,55%
Figura 6.16: Distribuição do uso das águas subterrâneas explotadas nos 569 poços
cadastrados no entorno da REFAP.
O Meio Físico
Nanni, A. S. 72
7. RESULTADOS OBTIDOS
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 73
Tabela 7.1: Identificação de origem de produtos pelo número de carbonos (RECAP, 2000).
Produto Número de carbonos
Gasolina C6 - C12
Óleo diesel C10 - C20
Óleo queimado C20 - C28
Tabela 7.2: Concentrações de metais e TPH em solos da área da Refap. Amostras assinaladas com
asterisco (*) foram coletadas em estudo prévio.
Localização da amostra Concentrações de metais em mg/Kg e TPH em µg/Kg
Amostra Prof. de
X (m) Y (m) coleta Cr Hg Cd Cu Pb V Zn TPH
(m)
T 01A 0,4 1,76 N.D. 1,17 3 9 N.D. 14 N.D.
1050 -1050,5
T 01B 1,9 2 N.D. 0,89 1,89 5,97 N.D. 10,8 0,4d
T 02A 0,6 1,29 N.D. N.D. 1,39 N.D. N.D. 13,9 N.D.
1525 -1050,5
T 02B 2,5 1,57 N.D. 0,98 1,17 N.D. N.D. 20 N.D.
T 03A 0,5 0 N.D. N.D. 3,92 N.D. N.D. 10,8 N.D.
2040 -1050,5
T 03B 1,35 0 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 7,37 N.D.
T 04A 0,9 9,56 N.D. N.D. 3,48 N.D. N.D. 28,2 N.D.
2550 -1080
T 04B 1,6 4,5 N.D. N.D. 2,15 N.D. N.D. 22,2 N.D.
T 05A 0,7 3,27 N.D. 2,87 1,39 N.D. N.D. 7,34 1,34d
3050 -1080
T 05B 1,7 5,75 N.D. 4,26 2,67 N.D. N.D. 17,5 N.D.
T 06A 1 0,69 N.D. 3,65 1,38 4,94 N.D. 15,2 N.D.
3520 -1080
T 06B 2,3 0,79 N.D. N.D. 1,68 N.D. N.D. 16 N.D.
T 07A 0,9 1,19 N.D. 1,49 1,58 N.D. N.D. 18 N.D.
4030 -1034
T 07B 2,9 2,7 N.D. 1,2 1,5 N.D. N.D. 16,2 N.D.
T 08A 1030 -567 1,2 1,49 N.D. N.D. 1,59 N.D. N.D. 15,4 N.D.
T 09A 0,6 3,47 N.D. 1,09 1,38 7,24 N.D. 10,2 N.D.
1520 -582,1
T 09B 1,3 4,9 N.D. 0,8 3,6 9,1 N.D. 10,6 0,7d
T 10A 1,2 1,8 N.D. N.D. 1,8 N.D. N.D. 18,2 N.D.
2040 -562,1
T 10B 1,9 8,75 N.D. 2,23 2,82 N.D. N.D. 15 2,14ne
T 11A 1,1 20,2 N.D. N.D. 19,3 N.D. N.D. 25,3 N.D.
2530 -562,1
T 11B 2 3 N.D. N.D. 2,41 N.D. N.D. 16,8 N.D.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 74
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 75
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 76
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 77
7.1.3. Cromo
20 80%
15 60%
10 40%
5 20%
0 0%
1
13
15
17
19
21
23
25
35
45
55
11
Cr (mg/kg)
Figura 7.1: Diagrama de freqüência simples e acumulada do conteúdo de cromo nos solos.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 78
Tabela 7.3: Resumo estatístico do conteúdo de cromo (mg/Kg) dos três grupos identificados nos
histogramas de freqüência simples e acumulada. A média do grupo 1 foi arbitrada em 0,01 mg/Kg,
tendo em vista que os teores são menores que 0,02 mg/Kg (limite de detecção). No grupo 3, foi
descartada a amostra TAC3B, com 201 mg/Kg de cromo, o que levaria a distorções.
População 1 População 2
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Média 2,19 Média 9,22 Média 28,58
Mediana - Mediana 9,49 Mediana 27,4
Desvio padrão 1,88 Desvio padrão 1,69 Desvio padrão 10,41
Variância 3,55 Variância 2,87 Variância 108,34
Teor mínimo 0 Teor mínimo 6,6 Mínimo 14,2
Teor máximo 5,97 Teor máximo 12,3 Máximo 58,4
Número de amostras 58 Número de amostras 13 Número de amostras 22
Confiança (95,0%) 0,5 Confiança (95,0%) 1,02 Confiança (95,0%) 4,62
Resultados Obtidos
Nanni, A. S.
Resultados Obtidos
500 T 21 T 22
T 41
0 TAC8 T 17 59
T 15 T 16
TAC7
T 18 T 19 T 20
T 40 50
TAC6 TAC2
T 38
TAC5
TAC3
TAC1 TAC4 T 36 T 37 T 39
T 23 T 34 T 35 30
-500 T 12
T 08 T 09 T 10 T 11 T 13
14.2
T 31 T 33
Concentração em mg/kg
T 32
T 29 T 30 12.3
T 28
T 24 T 25
T 26 T 27
-1000 T 07 0
T 01 T 02 T 03
T 04 T 05 T 06
LEGENDA:
7.1.4. Zinco
F re q ü ê n c ia Ac u m u la d a
12
N ° d e a m o s tra s
80%
10
8 60%
6
40%
4
20%
2
0 0%
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48
Zn (mg/kg)
Figura 7.3. Diagrama de freqüência simples e acumulada do conteúdo de zinco nos solos. Os dois
grupos visualizados no diagrama, com limite em 20 mg/Kg, pertencem à mesma população.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 81
Limites para
intervenção
32
28
24
20
16
12
4500
Concentração em mg/kg
monitoramento
Limites para
4000
Teores na área
3500
3000
2500
2000
1000
ca
apu
S
io
LEGENDA:
rro
A
500
0
500
-500
-1000
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 82
7.1.5. Cádmio
70%
40 60%
50%
30 40%
20 30%
20%
10
10%
0 0%
0,0
0,2
0,6
1,0
1,4
1,8
2,2
2,6
3,0
3,4
3,8
4,2
Cd (mg/kg)
Figura 7.5. Diagrama de freqüência simples e acumulada do conteúdo de cádmio nos solos nos três
grupos de amostras.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 83
4,0
Cd (mg/kg)
3,0
2,0
1,0
0,0
0 5 10 15 20 25
Zn (mg/kg)
Figura 7.6. Diagrama binário de variação Cd vs. Zn. Amostras do Grupo 2
do Cd (símbolos azuis) possuem boa correlação, não verificada no Grupo 3
(símbolos vermelhos).
Tabela 7.4. Resumo estatístico dos grupos de amostras de solo identificados pelo conteúdo de cádmio
(mg/Kg). A média do Grupo 1 foi arbitrada em 0,001 mg/Kg, o que equivale à metade do limite de
detecção do método analítico.
População 1 População 2 População 3
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Média (X1) 0,001 Média (X2) 1,01 Média (X3) 3,05
Desvio padrão - Desvio padrão 0,33 Desvio padrão 0,79
Mínimo <0,002 Mínimo 0,5 Mínimo 2,23
Máximo 0,02 Máximo 1,49 Máximo 4,26
Nº de amostras 64 Nº de amostras 18 Nº de amostras 6
Confiança (95,0%) - Confiança (95,0%) 0,17 Confiança (95,0%) 0,83
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 84
4.26
3.50
3.00
2.00
1.48
0.00
Limites para
intervenção
4500
Concentração em mg/kg
monitoramento
Limites para
4000
Teores na área
3500
3000
2500
2000
-500
-1000
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 85
7.1.6. Chumbo
30 60%
25 50%
20 40%
15 30%
10 20%
5 10%
0 0%
10,5
12,5
13,5
15,0
25,0
35,0
45,0
0,5
1,5
2,5
3,5
4,5
5,5
6,5
7,5
8,5
9,5
11,5
Pb (mg/kg)
Figura 7.8. Diagrama de freqüência simples e acumulada do conteúdo de chumbo nos solos,
mostrando três grupos de amostras. O Grupo 1 (<0,05 mg/Kg) e o Grupo 2 (2,18 a 5,97 mg/Kg)
pertencem à mesma população.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 86
Tabela 7.5. Resumo estatístico do conteúdo de chumbo (mg/Kg) nos grupos de amostras de solo
identificados em histogramas de freqüência simples e freqüência acumulada. A média do Grupo 1 foi
arbitrada em 0,02 mg/Kg, equivalente à metade do limite de detecção do método analítico. No Grupo
3, não foram consideradas no cálculo as amostras T41A e T41B, por apresentarem teores anômalos de
Pb, o que levaria a distorções.
População 1 População 2
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Média (X1) 0,02 Média (X2) 4,23 Média (X3) 9,18
Desvio padrão - Desvio padrão 116 Desvio padrão 2,24
Mínimo 0 Mínimo 2,18 Mínimo 6,52
Máximo 0,02 Máximo 5,97 Máximo 14,8
Nº de amostras 11 Nº de amostras 11 Nº de amostras 18
Confiança (95.0%) - Confiança(95.0%) 0,78 Confiança(95,0%) 1,11
12
P b (mg/kg)
0
0 5 10 15 20 25 30
Zn (mg/kg)
Figura 7.9. Diagrama binário de variação zinco vs. chumbo, mostrando boa
correlação dos dois metais nas amostras pertencentes à População 1 (símbolos
azuis) e fraca correlação na População 2 (símbolos vermelhos). Não foram
representadas amostras com teores de chumbo abaixo dos limites de detecção
analítico.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 87
forte contaminação nas duas amostras da mesma sondagem, coletadas a 0,6 e 2,7
metros de profundidade (T41A e T41B, respectivamente).
Resultados Obtidos
Nanni, A. S.
Resultados Obtidos
500 T 21 T 22
T 41
ia
ca
pu
Sa Teores na área Limites para Limites para
io monitoramento intervenção
ro
Ar
0 T 15 T 17 43
T 16
T 18 T 19 T 20
30
T 40
T 38
14
T 35 T 36 T 37 T 39
T 23 T 34
T 12 12
-500 T 08 T 10 T 11 T 13
T 09
T 31 T 33
9
T 32
T 29 T 30
Concentração em mg/kg
6.52
T 28
T 24 T 25
T 26 T 27 5.97
-1000 T 01 T 02 T 03 T 07
T 04 T 05 T 06
0
7.1.7. Cobre
O cobre registra teor máximo de 50,70 mg/Kg (Tab. 7.2), sendo que
valores menores que o limite de detecção do método analítico (0,01 mg/Kg) ocorrem
em 16,6% das amostras analisadas. Histogramas de freqüência simples e freqüência
acumulada (Fig. 7.11) sugerem dois grupos de amostras (Tab. 7.6) , no que tange ao
conteúdo de cobre nos solos (Grupo 1: < 6,32 mg/Kg; Grupo 2: 12,10 a 50,70
mg/Kg).
14 120%
12 100%
8
60%
6
40%
4
2 20%
0 0%
1
13
15
17
19
25
35
45
55
11
Cu (mg/kg)
Figura 7.11. Diagrama de freqüência simples e acumulada do conteúdo de cobre nos solos,
identificando dois grupos de amostras.
Tabela 7.6. Resumo estatístico dos grupos de amostras de solo identificados em histogramas de
freqüência simples e freqüência acumulada de conteúdo de cobre (mg/Kg).
População 1 População 2
Grupo 1 Grupo 2
Média (X1) 2,36 Média (X2) 25,84
Desvio padrão 1,59 Desvio padrão 13,7
Variância 2,51 Variância 187,8
Mínimo <0,01 Mínimo 12,1
Máximo 6,32 Máximo 50,7
Nº de amostras 66 Nº de amostras 7
Confiança (95,0%) 0,39 Confiança (95,0%) 12,67
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 90
30
25
Zn (mg/kg)
20
15
10
0
0 10 20 30 40 50
Cu (mg/kg)
Figura 7.12. Diagrama de variação cobre vs zinco, mostrando boa correlação dos dois
metais nas amostras do grupo 2 (símbolos azuis) e que representam o background de cobre
na área. É importante destacar que no grupo 1 (símbolos vermelhos) não há correlação entre
os metais.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S.
Resultados Obtidos
500 T 21 T 22
T 41
ia
ca
apu Teores na área Limites para Limites para
S monitoramento intervenção
io
ro 51
Ar T 17
0 T 15 T 16
T 18 T 19 T 20
T 40 30
T 38
T 35 T 36 T 37 T 39
T 23 T 34 20
-500 T 12
T 08 T 09 T 10 T 11 T 13
T 31 T 33
12.1
T 32
Concentração em mg/kg
T 29 T 30
T 28 6.32
T 24 T 25
T 26 T 27
-1000 T 01 T 02 T 03 T 07
T 04 T 05 T 06
0
7.1.8. Mercúrio
Resultados Obtidos
Nanni, A. S.
Resultados Obtidos
500 T 21 T 22
T 41
-500 T 12
T 08 T 10 T 11 T 13
T 09 0.01
T 31 T 33
T 32
T 29 T 30
Concentração em mg/kg
T 28
T 24 T 25
T 26 T 27
-1000 T 01 T 02 T 03 T 07
T 04 T 05 T 06 0
Resultados Obtidos
500 T 21 T 22
T 41
0 TAC8 T 17 28
T 15 T 16
TAC7
T 18 T 19 T 20
T 40
TAC6
TAC2
TAC5 T 38 5
TAC3
TAC1
TAC4
T 35 T 36 T 37 T 39
T 23 T 34
-500 T 12
T 08 T 09 T 10 T 11 T 13 2
T 31 T 33
T 32
T 29
Concentração em mg/kg
T 30
0.01
T 28
T 24 T 25
T 26 T 27
-1000 T 01 T 02 T 03 T 07
T 04 T 05 T 06
0
Tabela 7.7. Carbono Orgânico em amostras de solo. Amostras assinaladas com asterisco (*) são
localizadas nas adjacências da BAE.
Carbono
Amostra Tipo de solo
Orgânico (%)
T01A 0,34 Silto-arenoso
T05A 0,33 Siltoso
T11B 0,39 Argila
T30A 0,65 Silto-arenoso
T35A 0,44 Siltoso
T37B 0,27 Argilo-siltoso
T38A 0,41 Areno-siltoso
T41B 1,00 Argila preta
TAC1C * 3,20 Argila preta
TAC3B * 2,10 Argila preta
TAC4A * 0,66 Silto-argiloso
TAC4B * 4,20 Argila preta
TAC5A * 0,26 Argilo-siltoso
TAC5B * 11,00 Argila preta
TAC6A * 0,68 Argiloso
TAC6B * 5,40 Argila preta
TAC7A * 0,35 Argilo-arenoso
TAC7B * 0,25 Silte c/ areia
TAC8A * 0,20 Argilo-siltoso
TAC8B * 0,49 Arenoso
TAC8C * 0,14 Silto-arenoso
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 96
Tabela 7.8. Valores de referência para TPH e metais em solos de áreas industriais propostos pela
Norma Holandesa (STI) e concentrações máximas em solos da REFAP.
Valores de Referência (mg/Kg) Teor máximo na área da
Compostos
S T I REFAP (mg/Kg)
TPH 50 2525 5000 27,39
Cromo 100 240 380 201
Chumbo 85 308 530 44,2
Cádmio 0,8 6,4 12 4,26
Cobre 36 113 190 50,7
Zinco 140 430 720 46,6
Mercúrio 0,3 5,2 10 0,15
Vanádio - - - N.D.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 97
7.2.3. Metais
As concentrações obtidas nas análises de metais em solos foram
enquadradas à luz dos critérios da Norma Holandesa (Tab. 7.8) e da Proposta de
Valores Orientadores para o Estado de São Paulo (Tab. 7.9).
Tabela 7.9. Valores de referência (R,I) de metais em solos (CETESB, 2001) e teores máximos
registrados na área da REFAP.
Valores de referência (mg/Kg) Teor máximo na área da
Metal
R I (solo industrial) REFAP (mg/Kg)
Cromo 40 2000 201
Chumbo 17 800 44,2
Cádmio <0,5 11 4,26
Cobre 35 7000 50,7
Zinco 60 17000 46,6
Mercúrio 0,05 130 0,15
Vanádio 274 - N.D.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 98
Tabela 7.10. Conteúdo de metais e de TPH nas águas subterrâneas dos poços profundos.
Amostras Cromo Mercúrio Cádmio Cobre Chumbo Vanádio Zinco TPH
(mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (µg/L)
PM 10 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 0,11 n.d.
PM 11 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 0,12 n.d.
PM 12 n.d. n.d. n.d. n.d. 0,04 n.d. 0,1 n.d.
PM 13 n.d. n.d. n.d. n.d. 0,03 n.d. 0,11 n.d.
PM 14 0,02 n.d. n.d. n.d. 0,01 n.d. 0,09 3,1
PM 15 0,02 n.d. n.d. n.d. 0,05 n.d. 0,09 n.d.
PM 16 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 0,07 n.d.
PM 17 0,01 n.d. n.d. n.d. 0,03 n.d. 0,07 n.d.
PM 18 n.d. n.d. n.d. n.d. 0,01 n.d. 0,07 n.d.
PM 19 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 0,08 n.d.
Limites de
0,02 0,0005 0,002 0,01 0,005 0,03 0,005 0,1
Detecção
O cromo aparece com teores de até 0,02 mg/L nos poços PM14
(borreiro) e PM15 (Fig. 7.16). A presença de cromo na água subterrânea destes
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 99
poços, provavelmente possui origem natural, já que os teores são muito baixos e o
background dos solos da área alcança 12,30 mg/Kg.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 100
Tabela 7.11: Concentrações de metais e TPH das águas subterrâneas dos poços da AG Ambiental.
Cromo Mercúrio Cádmio Cobre Chumbo Vanádio Zinco TPH
Amostras
(mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (µg/L)
P1 n.d. n.d. n.d. 0,01 n.d. n.d. 0,17 n.d.
P2 n.d. n.d. n.d. 0,14 n.d. n.d. 0,14 n.d.
P3 n.d. n.d. n.d. 0,04 0,04 n.d. 0,17 n.d.
P4 n.d. n.d. n.d. 0,02 n.d. n.d. 0,16 3,5d
P5 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 0,16 6,2g
P9 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 0,17 3,1g
P10 n.d. n.d. n.d. 0,04 n.d. n.d. 0,12 n.d.
P11 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 0,21 n.d.
P12 n.d. n.d. n.d. 0,04 n.d. n.d. 0,14 1,44d
TPH: g faixa da gasolina; d faixa do óleo diesel.
O cobre é detectado nos poços P1, P2, P3, P4, P10 e P12 com teores
variáveis entre 0,01 e 0,14 mg/L (Fig. 7.16) aparentemente sem relações com a
contaminação dos solos e sugerindo provável origem natural.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S.
Resultados Obtidos
500
-500
-1000
LEGENDA:
Tabela 7.12. Valores referência de TPH e metais propostos pela norma holandesa e maiores teores
registrados nas águas subterrâneas da REFAP.
Teores de referência Maior teor das águas
S T I subterrâneas da REFAP
TPH (µg/L) 50 325 600 6,2
Cromo (µg/L) 1 16 30 20
Cádmio (µg/L) 0,4 3,2 6 n.d
Cobre (µg/L) 15 45 75 40
Chumbo (µg/L) 15 45 75 50
Mercúrio (µg/L) 0,05 0,18 0,3 n.d.
Zinco (µg/L) 65 433 800 210
Vanádio (µg/L) - - - n.d.
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 103
Tabela 7.14. Valores de referência de metais em água subterrânea propostos pela CETESB.
Maiores teores das
Valores de Referência de Valores de Intervenção
Elemento águas subterrânea da
Qualidade (µg/L) Derivados (µg/L)
REFAP (µg/L)
Cromo - 50* 20
Chumbo - 10* 50
Cádmio - 5* n.d.
Cobre - 2000* 40
Zinco - 5000* 210
Mercúrio - 1* n.d.
Vanádio - - n.d.
*Valores de potabilidade da Portaria 1469 do Ministério da Saúde
Resultados Obtidos
Nanni, A. S. 104
8. CONCLUSÕES
– Dois aqüíferos com conexão hidráulica são registrados na área, constituídos pelos
sedimentos quaternários e pela Formação Sanga do Cabral. Os dois aqüíferos
possuem baixa condutividade hidráulica com valores variáveis entre 1,12 x10-6
cm/s e 1,08 x10-3 cm/s.
Conclusões
Nanni, A. S. 105
– A contaminação por TPH nos solos alcança até 27,39 µg/Kg, sendo representada
por diesel (80%) e gasolina (20%), fazendo-se acompanhar de metais.
Conclusões
Nanni, A. S. 106
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAHMANI, M. A.; FOSTER, K., AHLFELD, D. P.; HOAG, G. E.; CARLEY, R. J.;
CHEN, J. Measurement of fuel contaminated soil leachate. 1993.
EATON, P.B., A.G. GRAY, P.W. JOHNSON AND E. HUNDERT. State of the
Environment in the Atlantic Region. 1994.
Conclusões
Nanni, A. S. 107
HOLZ, M. & DE ROS, L.F. (ed.). Geologia do Rio Grande do Sul. 2000.
Conclusões
Nanni, A. S. 108
NADIM, F.; HOAG, G. E.; LIU, S.; CARLEY, R. J.; ZACK, P. Detection and
remediation of soil and aquifer systems contaminated with petroleum products:
an overview. 2000. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/
science/article/B6VDW-412RX3K-M/1/0f415feb9323a519d767a75783e6c76a.
SAUCK, W. A. A model for the resistivity structure of LNAPL plumes and their
environs in sandy sediments. Journal of Applied Geophysics. Vol. 44. p.151–165.
2000. disponível em: www.elsevier.nl/locate/jappgeo.
Conclusões
Nanni, A. S. 109
Conclusões
Nanni, A. S.
Anexos
Nanni, A. S.
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Anexo B - Difratogramas de
raios-X
Anexos
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