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INSTITUTO TÉCNICO EDUCACIONAL MADRE TERESA

DISCIPLINA: ORGANIZAÇÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE


TÉCNICO EM RADIOLOGIA - TURMA: "P"
PROFESSORA: LEANDRA NUNES

POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

DANIEL MENDONÇA
HUDSON HUMBERTO
PAULA MACHADO
SARA SANTANA
VANUSA CARDOSO
VANUSA CONCEIÇÃO

BRASÍLIA - DF
JAN, 2017.
DANIEL MENDONÇA
HUDSON HUMBERTO
PAULA MACHADO
SARA SANTANA
VANUSA CARDOSO
VANUSA CONCEIÇÃO

POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Trabalho/Pesquisa apresentado para


fins de avaliação parcial da disciplina de
Organização em Serviços de Saúde, 2º
Módulo, Turma "P", Técnico em
Radiologia.

BRASÍLIA - DF
JAN, 2017.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇAO...................................................................................................3
2. POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE NO
BRASIL…..............4
3. CONCLUSÃO....................................................................................................5
4. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................6
5. ANEXO..............................................................................................................7
INTRODUÇÃO

Segundo sua constituição, a Organização Mundial de Saúde (OMS),


fundada em 1948, traz em seu escopo a descrição de que a saúde é um
"estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente
da ausência de uma doença ou enfermidade". Para desenvolver o máximo
possível o nível de sáude para todos os povos, é necessário estratégias e
formas de se atingir tal objetivo, tanto a nível pessoal e social, visando atender
as necessidades coletivas de saúde e garantir a melhoria da qualidade de vida
da população. A Promoção da Saúde emerge como defesa desse direito.
No Brasil, a luta pelo direito à saúde está atrelada à luta pela democracia
e pela garantia constitucional dos direitos humanos. O Sistema Único de Saúde
(SUS) é efeito da articulação de uma série de forças sociais e políticas em
defesa da saúde como bem público e, ao mesmo tempo, é a forma como o
Estado brasileiro se organizou para efetivar as políticas de saúde no país. À
medida que o SUS adota uma compreensão ampliada de saúde, objetivando
superar a perspectiva hegemônica desta como ausência de doença, com foco
na análise dos efeitos dos condicionantes sociais, culturais, econômicos e
bioecológicos e, concomitante, articulação intersetorial e com a sociedade para
a redução de vulnerabilidades e riscos, se compromete com a Promoção da
Saúde.
A Promoção da Saúde, compromisso constitucional do SUS, vincula-se à
concepção expressa na Carta de Ottawa, documento em que países ratificaram
como ações de saúde aquelas que objetivem "a redução das iniquidades em
saúde, garantindo oportunidade a todos os cidadãos para fazer escolhas que
sejam mais favoráveis à saúde e serem, portanto, protagonistas no processo de
produção da saúde e melhoria da qualidade de vida".
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL

Os princípios da “Promoção da Saúde” foram incorporados pelo


Movimento da Reforma Sanitária, na Constituição Federal de 1988 e no SUS.
Entretanto, foi somente em 2006, com a publicação da PORTARIA Nº 687, DE
30 DE MARÇO que o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários
de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde (CONASEMS) elaboraram e aprovaram a Política Nacional de Promoção
da Saúde (PNPS). A publicação da PNPS representa um marco no processo
cotidiano de construção do SUS, reiterando a compreensão dos determinantes
sociais da saúde no processo saúde doença.
O objetivo da PNPS é “promover a qualidade de vida e reduzir
vulnerabilidades e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e
condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente,
educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais”. Suas diretrizes
preconizam atitudes baseada na cooperação e no respeito às singularidades,
como: estímulo à intersetorialidade, compromisso com a integralidade do
cuidado, fortalecimento da participação social e estabelecimento de mecanismos
de cogestão no processo de trabalho e no trabalho em equipe.
Em 2006 foram definidos como eixos prioritários de ação da PNPS
alimentação saudável, prática corporal/atividade física, prevenção e controle do
tabagismo, redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de
álcool e outras drogas, redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito,
prevenção da violência e estímulo à cultura de paz e promoção do
desenvolvimento sustentável. Estas ações prioritárias apontadas na PNPS
serviram como dispositivo para ampliar ações de promoção em todos os níveis
do SUS e de melhor articulação entre diferentes áreas técnicas e programas e
políticas a partir da abordagem da promoção da saúde.
CONCLUSÃO

O Ministério da Saúde ofereceu como opção a PNPS, empreendendo a


produção da saúde em escala histórica-social complexa, reivindicando análise e
certificação contínua das práticas sanitárias e do sistema de saúde.
Compreende-se que a promoção da saúde revela-se como uma
ferramenta e corrobora uma política tranversal integrada e intersetorial,
dialogando com diversas aréas do setor sanitário, setores do Governo, setor
privado e não governamental e a sociedade, unindo-se em co-responsabilidade
quanto à qualidade de vida da população em que todos sejam colaboradores na
proteção e no cuidado com a vida.
Vê-se, portanto, que a promoção da saúde realiza-se na articulação
sujeito/coletivo, público/privado, Estado/sociedade, clínica/política, setor
sanitário/outros setores, diminiundo a fragilidade do processo
saúde/adoecimento, com redução da vulnerabilidade, riscos e danos produzidos.
Neste sentido, a elaboração da PNPS é oportuna pois seu processo de
construção e de implantação/implementação nas várias esferas de gestão do
SUS e na interação entre o setor sanitário e os demais setores das políticas
públicas e da sociedade provoca a mudança no modo de organizar, planejar,
realizar, analisar e avaliar o trabalho em saúde.
BIBLIOGRAFIA

1 BRASÍLIA. Portaria nº 687, de 30 de março de 2006. Aprova a Política de


Promoção da Saúde.
2 Scielo, Google Acadêmico. Disponível em:
<http//www.scielo.br/pdf/csc/v21n6/1413-8123-cs-21-06-1683.pdf.>.
Acessado em 18 de dezembro de 2016.
3 Periódicos UFPEL, Google. Disponível em:
<http//periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/rbafs/article/view/3427.>.
Acessado em 18 de dezembro de 2016.
ANEXO

QUADRO DOS OBJETIVOS E DIRETRIZES DO PNPS

OBJETIVOS

GERAL

∙ Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidadese riscos à saúde


relacionados aos seus determinantes e condicionantes - modo de viver,
condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura,
acesso a bens e serviços essenciais.

ESPECÍFICOS

∙ Incorporar e implementar acões de promoção da saúde, com ênfase na


atenção básica;
∙ Ampliar a autonomia e a co-responsabilidade de sujeitos e coletividades,
inclusive o poder público, no cuidado integral à saúde e minimizar e/ou
extinguir as desigualdades de toda e qualquer ordem (étnica, racial, social,
regional, de gênero, de orientação/opção sexual dentre outras);
∙ Promover o entendimento da concepção ampliada de saúde, entre os
trabalhadores em saúde, tanto das atividades meio, como os da
atividade-fim;
∙ Contribuir para o aumento da resolubilidade do Sistema, garantindo
qualidade, eficácia, eficiência e segurança das ações de promoção da saúde;
∙ Estimular alternativas inovadores e socialmente inclusivas/contributivas no
âmbito das ações de promoção da saúde;
∙ Valorizar e otimizar o uso dos espaços públicos de convivência e de
produção de saúde para o desenvolvimento das ações de Promoção da
Saúde;
∙ Favorecer a preservação do meio ambiente e a promoção de ambientes mais
seguros e saudáveis;
∙ Contribuir para elaboração e implementação de políticas públicas integradas
que visem à melhoria da qualidade de vida no planejamento de espaços
urbanos e rurais;
∙ Ampliar os processos de integração baseados na cooperação, solidariedade
e gestão democrática;
∙ Prevenir fatores determinantes e/ou condicionantes de doenças e agravos à
saúde;
∙ Estimular a adoção de modos de viver não-violentos e o desenvolvimento de
uma cultura de paz no país;
∙ Valorizar e ampliar a cooperação do setor da saúde com outras áreas de
governos, setores e atores sociais para a gestão de políticas públicas e a
criação e/ou o fortalecimento de iniciativas que signifiquem redução das
situações de desigualdade.

DIRETRIZES

1 Reconhecer na promoção da saúde uma parte fundamental da busca da


equidade, da melhoria da qualidade de vida e de saúde.
2 Estimular as ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o
desenvolvimento integral das ações de Promoção da Saúde.
3 Fortalecer a participação social como fundamental na consecução de
resultados de Promoção da Saúde, em especial a equidade e o
empoderameto individual e comunitário.
4 Promover mudanças na cultura organizacional, com vistas à adoção de
práticas horizontais de gestão e estabelecimento de redes de cooperação
intersetoriais.
5 Incentivar a pesquisa em Promoção da Saúde, avaliando eficiência, eficácia,
efetividade e segurança das ações prestadas.
6 Divulgar e informar das iniciativas voltadas para a Promoção da Saúde para
profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS, considerando
metodologias participativas e o saber popular e tradicional.

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