Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eduardo Colombo
72
O sentido da ação direta
73
Revista da Biblioteca Terra Livre - ano II, nº 3
74
O sentido da ação direta
75
Revista da Biblioteca Terra Livre - ano II, nº 3
76
O sentido da ação direta
77
Revista da Biblioteca Terra Livre - ano II, nº 3
78
O sentido da ação direta
79
Revista da Biblioteca Terra Livre - ano II, nº 3
80
O sentido da ação direta
81
Revista da Biblioteca Terra Livre - ano II, nº 3
82
O sentido da ação direta
83
Revista da Biblioteca Terra Livre - ano II, nº 3
84
O sentido da ação direta
85
Revista da Biblioteca Terra Livre - ano II, nº 3
todo impotente para acabar com o em- liares, etc. Após a Libertação de Paris,
pecilho da exploração capitalista e da o essencial do sistema chamado “Segu-
dominação política – que, lentamente rança Social” estará bem estabelecido
mas com certeza, domestica a greve, na França35.
integra a organização operária ao sis- O movimento operário se encon-
tema estabelecido, impõe a colabora- tra, então, prisioneiro na rede de um
ção de classes e consolida a submissão dilema. Ele condena a princípio, com
tradicional do operário ao patrão, da a potência da corrente revolucionária,
maioria à elite. a tomada de ação pelo Estado sobre a
vida cotidiana de cada trabalhador, ho-
A greve selvagem mem ou mulher, e de seus filhos. Mas,
apanhado pela garganta, corroído pe-
Em 25 de agosto de 1884, na França, las longas jornadas de trabalho, pelo
tendo no mesmo ano sido promulgada desemprego e pela miséria, o prole-
a lei que legalizava as organizações sin- tário não pode recusar a melhoria de
dicais, o ministro do interior Waldeck- sua condição não importando de onde
-Rousseau recomenda aos prefeitos venha. Ele deve pagar o preço e trocar
a oferecer auxílio na organização das o orgulho da revolta pela submissão à
associações profissionais. Na Alema- mendicância.
nha, no ano anterior, Bismarck havia No congresso de Amiens, Mer-
elaborado o primeiro dos grandes sis- rheim36 faz uma intervenção para criti-
temas de segurança social obrigatórios. car as leis operárias, denunciadas como
Desde os últimos anos do século XIX formas de arregimentação do sindica-
e do começo do século XX, os Estados lismo. Em 1912, a CGT luta ainda de
europeus tomam em conta a condição modo antiparlamentar contra a legis-
operária ao estabelecer progressiva- lação sobre a segurança social, para a
mente leis de proteção e controle. As- qual ela organizava o boicote. Mas, de-
sim serão aprovadas pelos parlamentos pois da criação da Internacional Ver-
leis capitais relativas aos acidentes de melha, a CGT, submissa a Moscou, es-
trabalho, à velhice, à doença, à invali- quece suas origens e a autonomia das
dez e ao desemprego. A lei de 1910 so-
35 Henri Hatzfeld. Du paupérisme à la Sé-
bre a aposentadoria operária e agrícola curité Sociale, 1850-1940. Paris: Armand Colin,
é votada ao mesmo tempo que come- 1971.
ça a redação do Código do Trabalho e 36 Alphonse Merrheim (1871-1925), fer-
reiro, sindicalista revolucionário, secretário da
Previdência Social; em 1932, será pro-
Federação do Cobre, membro do Comitê Con-
mulgada a lei sobre as alocações fami- federal da CGT.
86
O sentido da ação direta
87