Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CESAR LUCAS
RAFAEL RYLKO
Santos
2016
COMPLEXO ALCALINO DE BUSHVELD
Santos
2016
Borges de Campos, Allisson; Pinto Silva, Cesar Lucas; Carlos Ramos, João;
Rylko, Rafael.
CESAR LUCAS
RAFAEL RYLKO
EXAMINADORES
Nome do examinador:
Titulação:
Instituição:
Nome do examinador:
Titulação:
Instituição:
”.
(Arthur Schopenhauer)
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 11
2. OBJETIVOS 13 2.1 GERAL 13
2.2 ESPECIFICO 13
3. GEOLOGIA REGIONAL 14
5.POTENCIAL ECONÔMICO 49
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS 51
7. BIBLIOGRAFIA 53
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 20: (A) Contato brusco entre cromatita (B) Anortozito félsico.............36
LISTA DE TABELAS
The igneous layered Bushveld complex, formed ~ 2.05 Ga, consists of repeated
magmatic intrusions that formed ultramafic rocks, mafic and felsic in response
to collision of cratons Zimbabwe and Kaapvaal where primitive magma was
inserted between major lineaments sutures the primitive crust.
Large ore deposits are found in these ultramafic and mafic layers of the
complex, especially in suites Lebowa and Rustenburg, for example: The
platinum group (PGMs), Chromium and Vanadium. Furthermore, the acidic
layers Rooiberg group have the greatest amount of granite type A in the world.
Thus, the Bushveld Complex becomes an important case study of LIP (Large
Igneous Province), because it is the largest intrusion layered known currently
has the largest chromite reserves in the world, among other minerals important
for today's society.
2.1. GERAL
Através de levantamentos bibliográficos e comparativos, descrever a
formação e evolução do complexo de Bushveld, bem como as composições
das rochas e minerais presentes na região.
2.2. ESPECIFICO
Estes domínios foram assim sugeridos por Eglington et al. (2004) devido ás
diferentes idades encontradas no decorrer do desenvolvimento do Proto-Craton
que viria a se transformar no cráton de kaapvaal. Esse ainda Proto-Craton se
desenvolveu a cerca de 3.6 Ga a partir da porção que se estende desde o sul
da Suazilândia até o Norte do greenstone belt de Barbeton. Através de
vulcanismo que forma o grupo Onverwacht, que durou cerca de 200 milhões de
anos, o cráton de Kaapvaal se expandiu para sudeste, onde se encontra o
greenstone belt Nondweni nos domínios Sul e Norte do cráton, na qual formou
extensas intrusões graníticas, marcadas pelos greenstone belts de Giyani,
Murchison e Pietersburg, a cerca de 3.1Ga.
Ainda segundo Eglington et al. (2004), durante o período de cerca de 3.04 a
2,88 Ga, o terreno de Kimberley (domínio Oeste) foi incorporado ao cráton,
devido a uma justaposição dos terrenos, marcada pela anomalia magnética
Colesberg e pela atividade ígnea do greenstone belt Amalia, sendo ‘costurados’
por extensas intrusões graníticas. Durante esta fase de acreção (domínios
Oriental e Ocidental), o domínio central foi preenchido principalmente pelo
terreno de Witwatersrand, sendo estabilizado e formando extensas bacias
sedimentares no centro do cráton de Kaapvaal. A atividade ígnea da região de
Suazilândia, porém, continuou até cerca de 2,6 Ga, porem concentrada
principalmente na margem norte do cráton.
O Complexo de Bushveld, alvo da presente pesquisa, está inserido entre os
domínios norte e central do cráton de Kaapvaal.
4. O COMPLEXO ALCALINO DE BUSHVELD
O Complexo de Bushveld (BC) é uma grande intrusão em camadas, inseridas
em um cenário cratônico estável. Sua extensão total compreende uma área de
cerca de 65 000 km², e de 7-9km de espessura de rochas máficas e félsicas
em camadas onde variam dos extremos do dunito e Piroxenito para o
Anortosito e também camadas de óxidos puros (Brown 1968), com camadas
totalmente estratificadas paralelamente de milímetros a centenas de metros.
Sua idade é estimada com bases em diferentes sistemas isotópicos de cerca
de 2,06 bilhões de anos (Walraven et al., 1990), e segundo estudos recentes, a
duração da inundação basáltica de magmatismo continental pode ser da ordem
de vários milhões de anos. Reconhece-se também, que as grandes intrusões
não ocorreram em um único pulso, e sim do resultado de uma injeção magma
(CAWTHORN; WALRAVEN, 1998).
FIG2: Vistas esquemáticas mapa (acima) e secções transversais (abaixo) que ilustram a ~ 2,70 Ga o
impacto da pluma mantélica, a evolução posterior da bacia do Transvaal (TB) e a origem dos magmas
de Bushveld acionados por delaminação a 2,06 Ga.
Fonte: OLSSON et al., 2011
A figura 3 e a tabela 1 mostram respectivamente, o mapa geológico em
conjunto com a seção transversal do Complexo Bushveld e as subdivisões
litoestratigráficas de acordo com as estimas de idade, que intrudiu em uma
discordância da camada mais antiga das rochas vulcânicas do Grupo Rooiberg
e os sedimentos do supergrupo Transvaal mais abaixo (HUNT, 2005), sendo
subdividida em três suítes com base na sua litologia, a Rustenburg Layered
Suite (RLS), majoritariamente composta por rochas intrusivas
máficas/ultramáficas acamadadas, com camadas geralmente mergulhando de
10 a 15 ° na direção do centro da intrusão, a Suíte Granofírica Rashoop e a
suíte de granitos Lebowa, comprovadamente mais jovem do que o RLS, e
conhecida por ser composta basicamente de granitos avermelhados
(VANTONGEREN; MATHEZ; KELEMEN, 2010)
FIG3: Mapa geológico simplificado e seção transversal do Complexo Bushveld
Fonte: Modificado de Winter (2010)
Tabela 1: Subdivisões litoestratigráficos do Complexo Bushveld
Fonte: modificado de HUNT, 2005.
4.1. SUÍTE GRANITO LEBOWA
A Suíte Granito Lebowa (LGS) é representada por ser a fase culminante do ciclo
magmático precoce Proterozoica na área central da formação Transvalll no
cráton de Kaapvaal. Com uma extensão de cerca de 30 000 km², a LGS é
subdividida em tipos de granitos, tais como, Nebo Granito, Makhutso, Bobbejaan
Op, Lease, e o Granito Klipkloof. (Fig.4) O principal granito da Suite Granito
Lebowa é o Nebo Granito que é altamente potássico sendo caracterizado por
granitos do Tipo-A. (FAURE 2001, apud Hill et al. 1996 e SACS, 1980).
FIG4. Distribuição das rochas da Suite Lebowa (feita a partir de Crocker et al., 2001).
Fonte: Hunt 2005
O Granito Nebo é em grande parte, a variedade mais comum, ocupando a
maior parte do núcleo do Complexo de Bushveld. O zoneamento do Granito
Nebo é caracterizado verticalmente da base para o topo, apresentando granitos
mesocráticos de granulação grossa na sua base (figura 5), granitos cinzentos e
vermelhos leucocráticos progressivamente com os grãos mais finos, granitos
leucocráticos grosseiros com cristais de granulação maior que 50 mm que são
encontrados perto Verena, cerca de 90 km ENE de Pretória. (HILL et al., 1996)
A RSL foi subdivida em cinco (5) zonas: Zona Marginal, Zona Inferior (LZ),
Zona critica (CZ), Zona Principal (MZ) e Zona Superior (UZ), conforme mostra a
figura 7 (Hall,1932).
FIG7: Proporções modais de minerais na RSL. Legenda: LG (Grupo de Cromitito Menor); MG
(Grupo de Cromitito Médio); UG (Grupo de Cromitito Alto); MR(Recife Merensky); BR (Recife
Bastardo); PM (Marcador de Piroxenito), MLL (Camada Principal de Magnetita), M21 (Camada de
Magnetita 21). Abreviações para a coluna de direta indicam a primeira APARIÇÃO (+) e
DESAPARECIMENTO (-) das fases cúmulos: Pl: plagioclásio, Ol: olivina; Cr: cromita; Cpx:
clinopiroxenio; Inv Pig: pigeonite Invertido; Opx: ortopiroxenio; Mt: magnetita; Ap: apatita.
Fonte: (MAIER; BARNES; GROVES, 2012)
4.2.1. ZONA MARGINAL
FIG 09: Lâmina oriunda de rocha ultra-máficas LZ com ~ 95% em olivina, com oicocristais de
ortopiroxenio, largura do campo 4 mm.
Fonte: (MAIER; BARNES; GROVES, 2012)
FIG11: Camada LG6 próxima à mina de Jaglust, Bushveld Oriental. Legenda; M: cromita disseminada; C:
cromita aglomerada.
Fonte: (MAIER; BARNES; GROVES, 2012)
FIG.13: Sequencia MG2-3 e o contato entre LCZ e UCZ em Tweefontein, Bushveld Oriental.
Fonte: (MAIER; BARNES; GROVES, 2012)
FIG14: Lâmina de Ortopiroxenito com presença de cristais de ortopiroxenio, Cromita e Plagioclásio.
Fonte: (MAIER; BARNES; GROVES, 2012)
FIG15: Lâmina de Gabronorito com presença de ortopiroxenio, clinopiroxenio e plagioclásio oriundo da UCZ.
Fonte: (MAIER; BARNES; GROVES, 2012)
FIG16: Lâmina de Anortosito abaixo do Recife Merensky.
Fonte: (MAIER; BARNES; GROVES, 2012)
FIG 17: Harzburgito com cristais olivina e intercúmulos de plagioclásio no Recife Pseudo.
Fonte: (MAIER; BARNES; GROVES, 2012)
FIG 19: Ganga que consiste de ortopiroxenio torna-se cerca de 50% da rocha.
Fonte: (MAIER; BARNES; GROVES, 2012)
FIG 21: Contato entre rochas ultra-máfica e félsica, demostrando a cristalização fracionada.
Fonte: (MAIER; BARNES; GROVES, 2012)
4.2.4. ZONA PRINCIPAL
Segundo Faure (2001) a Suíte Rashoop é composta por três unidades com
base na sua variação de textura, Stavoren granofirico, Zwartbank
pseudogranofirico e Rooikop porfiríticos.
FIG.27: Distribuição do Rashoop Granophyre Suite (feita a partir de Crocker
et al., 2001).
FIG 28: Minas instaladas no complexo de Bushveld, com destaque a Marula, Two Rives
e Impala.
Fonte: (CAWTHORN, 2010)
FIG 29: Potencial econômico das minas da empresa Implants S.A nos recifes Merensky e UG2
Fonte: (CAWTHORN, 2010)
Com cerca de 350 milhões onças de PGEs por km de profundidade, as
enormes reservas minerais de Bushveld fornecem uma importante fonte das
necessidades de demanda para um longo período de tempo no futuro.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. BIBLIOGRAFIA
CAWTHORN, R. G.; WALRAVEN, F.. Emplacement and Crystallization Time for the
Bushveld Complex. Journal Of Petrology, [s.l.], v. 39, n. 9, p.1669-1687, 1 set. 1998.
Oxford University Press (OUP). http://dx.doi.org/10.1093/petroj/39.9.1669
EGLINGTON, B. M. et al. The Kaapvaal Craton and adjacent orogens, southern Africa:
a geochronological database and overview of the geological development of the
craton. South African Journal Of Geology, [s.l.], v. 107, n. 1-2, p.13-32, 1 jun. 2004.
GeoScienceWorld. http://dx.doi.org/10.2113/107.1-2.13. Disponível em:
<http://sajg.geoscienceworld.org/content/107/1-2/13>. Acesso em: 28 mar. 2016
HILL, Malcolm et al. Geochemical Characteristics and Origin of the Lebowa Granite
Suite, Bushveld Complex. International Geology Review, [s.l.], v. 38, n. 3, p.195-227,
mar. 1996. Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.1080/00206819709465331.
Kinnaird, Judith A. "The Bushveld large igneous province." Review Paper, The
University of the Witwatersrand, Johannesburg, South Africa, 39pp (2005).
MAIER, W. D.; BARNES, S.-j.; GROVES, D. I.. The Bushveld Complex, South Africa:
formation of platinum–palladium, chrome- and vanadium-rich layers via hydrodynamic
sorting of a mobilized cumulate slurry in a large, relatively slowly cooling, subsiding
magma chamber. Mineralium Deposita, [s.l.], v. 48, n. 1, p.1-56, 19 out. 2012.
Springer Science + Business Media. http://dx.doi.org/10.1007/s00126-012-0436-1
Naldrett AJ, Wilson A, Kinnaird J, Chunnett G (2009b) PGE tenor and metal ratios
within and below the Merensky Reef,Bushveld Complex: implications for its genesis. J
Petrol 50:625–659
OLSSON, Johan R. et al. A late Archaean radiating dyke swarm as possible clue to the
origin of the Bushveld Complex. Nature Geoscience, [s.l.], v. 4, n. 12, p.865-869, 6 nov.
2011. Nature Publishing Group. http://dx.doi.org/10.1038/ngeo1308
Wilson MGC, Anhaeusser CR (1998) The mineral resources of South Africa. Council
for Geoscience, Handbook 16, 740pp
WIT, M. de et al. Crustal structures across the central Kaapvaal craton from deep-
seismic reflection data. South African Journal Of Geology, [s.l.], v. 107, n. 1-2,
p.185-206, 1 jun. 2004. GeoScienceWorld. http://dx.doi.org/10.2113/107.1-2.185.
Disponível em: <http://sajg.geoscienceworld.org/content/107/1-2/185.short>. Acesso
em: 06 mar. 2016.