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VOLUMETRIA E NEUTRALIZAÇÃO

ALUNA: LOURDES MARIA DE LIMA E COSTA

FORTALEZA/CEARÁ

MAIO DE 2021
INTRODUÇÃO

Volumetria por neutralização

A análise neste caso ocorre entre um ácido e uma base. Se for usada uma
base como solução-problema, a concentração da solução é determinada pela
adição de um ácido. Agora, se for um ácido a solução problema, a solução padrão
precisa ser básica para chegar à concentração final. Exemplo: essa análise é usada
para determinar a concentração de NaOH (hidróxido de sódio) que é uma base,
através de uma solução padrão de H2SO4 (ácido sulfúrico) que é ácida.

DESENVOLVIMENTO

A titulação envolve determinar a concentração em mol/L de uma solução por meio


da sua reação de neutralização (reação ácido-base) com outra solução que possui
concentração conhecida.

Devido a isso, também é costumeiro usar o termo volumetria de neutralização.

Essa técnica sempre é feita utilizando a aparelhagem abaixo. Colocamos um


volume específico da solução que sabemos a composição, mas não sabemos a
concentração, dentro do erlenmeyer. Essa solução-problema é denominada de
analito e ao final do processo é chamada de titulado. Adicionamos também um
indicador ácido-base ao analito, geralmente a fenolftaleína.

Depois colocamos uma solução com concentração conhecida dentro da bureta


graduada até preencher todo o volume da bureta. Essa solução-padrão é
denominada de titulante. Se o analito for um ácido, o titulante será uma base e
vice-versa.
O processo se inicia quando abrimos com a mão esquerda (se formos destros) a
torneira da bureta e deixamos escoar o titulante de maneira bem vagarosa, de
preferência gota a gota sobre o analito, enquanto isso, com a mão direita agitamos o
erlenmeyer. Devemos prestar bastante atenção, porque uma única gota pode
chegar ao ponto de equivalência ou ponto de viragem (ou ainda,ponto
estequiométrico), que é quando a cor da solução muda (devido à presença do
indicador), o que significa que a reação ácido-base atingiu seu ponto de
neutralização, ou seja, o número de mol de íons H+ do ácido é exatamente igual ao
número de mol de íons OH- da base.

Se o analito for um ácido, a fenolftaleína ficará incolor, mas quando atingir o ponto
de viragem, ela ficará rosa, porque essa é a cor desse indicador em meio básico.

No momento do ponto de viragem, fechamos imediatamente a torneira da bureta e


fazemos a leitura no menisco da bureta para descobrir qual foi o volume de titulante
gasto para neutralizar o analito. Por exemplo, se tivermos uma bureta de 50 mL e
vermos que a solução está na marca de 40 mL, significará que gastamos 10 mL do
titulante.
Com esses dados em mãos, podemos decobrir qual é a concentração em mol/L do
analito, seguindo os três passos a seguir:

Veja um exemplo para entender como proceder nos cálculos:

Digamos que temos uma solução de ácido clorídrico (HCℓ) cuja concentração em
mol/L não sabemos. Para descobrir sua concentração, colocamos 20 mL dessa
solução num erlenmeyer com fenolftaleína e usamos como titulante uma solução de
hidróxido de sódio (NaOH) de concentração igual a 0,8 mol/L.

Depois de efetuada a titulação, fazemos a leitura do menisco da bureta e


descobrimos que foi gasto um volume de 10 mL da solução de 0,8 mol/L de NaOH.

Resolução:
1º Passo: Equação química do processo:

HCℓ + NaOH → NaCℓ + H2O

1 mol 1 mol 1 mol 1 mol

2º Passo: Determinar a quantidade em mol do titulante utilizado:

Usaremos a seguinte fórmula: n = M . V, em que n = número de mols, M =


concentração em mol/L molecular e V = volume utilizado em litros. Assim, temos:

nNaOH = 0,8 mol/L . 10-2 L

nNaOH = 0,8 . 10-2 mol

3º Passo: Por meio dos coeficientes da equação, vemos que a proporção entre o
NaOH e o HCℓ é de 1 : 1, desse modo, podemos prever a quantidade em mol do
analito:

HCℓ + NaOH → NaCℓ + H2O

1 mol 1 mol 1 mol 1 mol

0,8 . 10-2mol 0,8 . 10-2mol

Sabendo o volume e o número de mol do analito, podemos descobrir sua


concentração, como mostrado abaixo:

n=M.V

M=n/V

M = 0,8 . 10-2 mol / 20 . 10-3 L

M= 0,4 mol/L

Assim, a concentração da solução de HCℓanalisada é de 0,4 mol/L.

Outra forma ainda mais simples de resolver essa questão é que, visto que nNaOH =
nHCℓ, podemos igualar as duas expressões matemáticas e teremos:
MNaOH . VNaOH = MHCℓ . VHCℓ

0,8 mol/L . 10-2 L = MHCℓ . 20 . 10-3 L

MHCℓ = 0,8 mol/L . 10-2 L

20 . . 10-3 L

MHCℓ =0,4 mol/L

A técnica de análise volumétrica mais utilizada atualmente é a titulação

CONCLUSÃO

Desde o século XVIII, a análise volumétrica tem aplicação intensa e


consagrada na indústria, além de outros laboratórios de rotina. Porém, assim como
na ocasião de seu surgimento, quando a comunidade científica mostrava reservas
quanto ao seu uso por ter surgido de maneira empírica, nos dias de hoje têm
surgido certo desinteresse pela volumetria nas novas gerações de químicos,
impressionáveis pelo apelo mais tecnológico dos métodos instrumentais. Assim
como muitos conceitos químicos foram consolidados com o desenvolvimento da
volumetria, é inegável a relevância dos métodos volumétricos para o aprendizado de
Química. Uma breve avaliação de usos correntes da volumetria pode convencer
essa geração de estudantes e pesquisadores céticos.

Embora possa haver uma indevida associação das análises volumétricas com
métodos ultrapassados e obsoletos, detectou-se que 17% dos métodos de análise
de uma coleção de referência atual envolvem volumetria, o que deve indicar a sua
importância e aplicabilidade nos mais diversos segmentos de análise química.

BIBLIOGRAFIA

✔ Harris, D. C.; Análise Química Quantitativa, 5ª ed., Livros Técnicos e Científicos


Editora S. A.: Rio de Janeiro, 1999.
✔ Baccan, N.; Andrade, J. C.; Godinho, O. E. S.; Barone, J. S.; Química Analítica
Quantitativa Elementar, 3ª ed., Edgard Blücher Ltda: São Paulo, 2001.
✔ Terci, D. B. L.; Rossi, A. V.; Quim. Nova 2002, 25, 684.

✔ http://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/Aula_Pratica_10.pdf

✔ http://www.ufjf.br/nupis/files/2011/04/aula-8-Volumetria-de-Oxiredu%C3%A7%C3%
A3o-2011.1-NUPIS3.pdf

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