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Art05_33 sinopse.

O artigo fala bem descritivamente sobre a origem das instituições de educação


na Europa e no Brasil. Sobre os motivos que levaram a criação das mesmas,
quais eram suas condições, características e especificidades, sua evolução e
as leis criadas no país para garantir o direito a todas as crianças de serem
atendidas em uma unidade de educação infantil.
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A CRECHE UM BOM COMEÇO

Creche a que veio para onde vai: (Vital Didonet)

O autor inicia o texto lembrando que falar de creche, antes de tudo não é falar
de uma instituição ou estrutura, mas sim, falar da criança como um ser
humano, único,em todas as suas especificidades, como um ser que não veio
ao mundo para ser o que os pais ou adultos projetam para ela, não veio ao
mundo para ser modelada ou moldada,é uma vida em busca de plenitude,
felicidade e encontro, e é isso que a creche deve procurar proporcionar a essa
criança.E seu enfoque então sobre a criança de 0 a 3 anos de idade.

RETROSPECTIVA SOBRE A CRECHE,o autor lembra das origens da creche,


quando esta foi criada para cuidar das crianças pequenas enquanto pais e
irmãos mais velhos saiam de casa para trabalhar.Após a Revolução Industrial a
mulher se inseriu no mercado de trabalho, e a estrutura familiar se modificou,
as crianças pequenas que antes ficavam aos cuidados de irmão mais velhos,
tias ou parentes passam a ficar sozinhas em casa.Mortalidade infantil,
desnutrição e acidentes domésticos passam a chamar a atenção e despertar a
preocupação de religiosos , empresários e educadores.Isso fez com que a
criança fosse enxergada pela sociedade e atendida fora da família .Em 1943 a
consolidação da leis trabalhistas (CLT) determinou que as empresas com mais
de 30 empregadas, deveriam oferecer um lugar para a guarda das crianças no
período da amamentação.
Para atender as necessidades dessas mães trabalhadoras, a creche deveria
ser gratuita ou cobrar muito pouco, deveria também ser em período integral e
oferecer as crianças cuidados, alimentação e ensinar hábitos de higiene,
enquanto que a educação ainda era papel da família.Características
semelhantes as que deram origem as creches européias, a diferença aqui era
ainda o atendimento as crianças abandonadas, órfãs e filhas de mãe solteira.
Durante bastante tempo orfanato e creche eram quase sinônimos.A partir de
1940 começaram a formular-se políticas de Estado para a infância.
O autor lembra então da importância da mudança do enfoque assistencialista
da creche, para a visão da criança como sujeito da educação, de proporcionar
a criança tanto os cuidados necessários para a sua qualidade de vida quanto a
atenção ao seu preparo educacional, e o quanto isso alivia dos ombros da
família a culpa por ter que deixar a criança na creche.Fala ainda sobre a
transformação brasileira no que se refere a creche, a legislação que define e
coloca definitivamente como parte integrante do sistema de ensino e no
caminho a ser seguido para sua consolidação como área da educação.
Sobre a função da creche o autor esclarece sua igualdade com a pré escola,
diferenciada apenas por faixa etária, período do desenvolvimento ou estágios
de desenvolvimento, como queiram.
Sobre os objetivos da creche, ele também os coloca igualmente para a escola.
São objetivo social, educacional e político. O social, está no atendimento as
crianças e o cuidado dessas para que suas mães possam atuar no mercado de
trabalho sem deixar de lado seu papel de mãe. O educacional consiste em
oferecer a essas crianças um apoio ao desenvolvimento, a promoção da
aprendizagem e a mediação no processo de construção do conhecimento e
habilidade.E o objetivo político é o de dar plenas condições á criança de
construir e exercer sua cidadania, atuando ativamente na sociedade em que
está inserido desde o seu nascimento.
O autor segue então falando sobre a trajetória histórica e as idéias-força que
segundo ele levaram a afirmação do componente educacional da creche e
afirmaram como instituição de educação.
Quando se levanta a questão: Creche ou família, qual a instituição mais
adequada para o cuidado e educação das crianças pequenas, o autor ressalta
a importância e as especificidades de cada uma, mas lembra que a LDB coloca
perfeitamente a escola como um complemento da família , nem substitutivo
nem alternativo. Ambas dividem esse dever e devem estar adequadas e
preparadas para exercer seu papel perante a criança.
No que se refere a quantidade e qualidade ( das creches) o autor afirma que
ambas podem ser oferecidas sem que especificamente uma prejudique a outra
e fundamente sua afirmação com experiências de sucesso onde se oferece
educação de qualidade sem distinções ou exclusões.
O autor segue falando sobre as características e importâncias do PNE.

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INTERELAÇÃO ENTRE CRIANÇAS (Marcia Mendes Mamede)

Pesquisas relacionadas com interação entre crianças realizadas na frança


lidradas por Mira Stambak e Hermine Sinclair e também no Brasil a partir da
década de 70, levantaram algumas evidencias:
- As condutas das crianças variam de acordo com o contexto no qual estão
inseridas;
-As interações sociais entre as crianças não se realizam em quaisquer
condições.È preciso uma organização espaço temporal adequada e também
materiais e atividades para que elas aconteçam.
-Bebês reagem de modo positivo a aproximação de uma criança desconhecida;
no entanto,apresentam reação de ansiedade a aproximação de um adultos
estranhos;
-existe, nas crianças pequenas, uma necessidade real de se comunicar com
seus pares.Assiste-se a uma troca numerosa e variada de olhares, mímicas,
sons, posturas e, a partir do segundo ano, palavras compreensíveis e
adequadas;
- No decorrer dessas trocas, os conflitos surgem,por que as idéias e os desejos
não são sempre coincidentes , mas eles se afiguram como momentos
construtivos onde as crianças se organizam também,porque o desejo de
continuar a atividade comum provoca a necessidade de pesquisarem
estratégias para resolve-los;
- Uma grande harmonia afetiva caracteriza as trocas durante as atividades
comuns, na maior parte dos casos as crianças consideram as idéias e desejos
dos outros, elas aprendem a fazer concessões.
O que permite se levantar hipóteses como: as interações sociais e as trocas
entre as crianças pequenas tem um papel importante na construção do
conhecimento e no estabelecimento de relações afetivas.
Falando sobre os indicadores de desenvolvimento infantil o autor ressalta a
importância de um olhar cuidadoso, para que não se tome como base apenas
valores adotados como universais sem dar importância a genética, cultura e
base social dessa criança e principalmente as interações e suas condições de
produção.
A EDUCAÇÃO A PARTIR DO NASCIMENTO. OU ANTES?(Maria Elena Girade
Correa)
Muito importante pag. 62 (a rede cerebral dependem de estímulos ambientais).
Pag.66 ( o educador de creche)
Pag. 112 ( a creche e suas profissionais)

DIDONET, Vital. Creche: a que veio, para onde vai. In: Educação Infantil: a creche,
um bom começo. Em Aberto/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. v
18, n.73. Brasília, 2001.

Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.

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