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A VIDA SÓ É POSSÍVEL ATRAVÉS DOS DESAFIOS

“Era uma vez um fazendeiro que, após uma colheita ruim, reclamou: Se Deus me desse o
controlo do clima, tudo seria melhor, pois parece que ele não entende muito de agricultura.”
(Isso é verdade! Ninguém jamais ouviu dizer que Deus é um fazendeiro - como ele poderia
saber?)

“O Senhor disse a ele: ‘Durante um ano eu lhe darei o controlo do clima; peça o que você
quiser, e seu desejo será concedido.’”

(Antigamente, Deus costumava fazer isso. Depois ele se cansou...)

“O pobre homem ficou muito feliz e imediatamente disse: Agora eu quero sol! E o sol saiu.
Mais tarde ele disse: ‘Que chova!’, e choveu. Durante um ano inteiro, o sol brilhava e depois
chovia. As sementes cresciam, cresciam... Era um prazer observar aquilo! ‘Agora Deus pode
entender como se controla o clima’, ele pensou com orgulho. A plantação nunca antes havia
crescido tanto, ficando tão verde, e de um verde tão saudável.
Chegou a hora de colher. O fazendeiro pegou a foice para cortar o trigo, mas sentiu um aperto
no coração. Os caules estavam praticamente ocos.
O Senhor veio e lhe perguntou: ‘Como estão as suas plantas?’ O homem se queixou: ‘Pobres,
meu Senhor, muito pobres!’ ‘Mas você não controlou o clima? As coisas não saíram como você
queria?’
‘Claro! E é por isso que estou perplexo - recebi a chuva e o sol que eu pedi, mas não há o que
colher.’
Então o Senhor disse: ‘Mas você nunca pediu vento, tempestades, gelo e neve, tudo o que
purifica o ar e torna as raízes duras e resistentes! Você pediu chuva e sol, mas não pediu mau
tempo. É por isso que não há o que colher.”’
A vida só é possível através dos desafios. A vida só é possível quando você tem tanto o bom
tempo quanto o mau tempo; quando tem prazer e dor; quando tem inverno e verão, dia e
noite; quando tem tristeza tanto quanto felicidade, tanto desconforto quanto conforto. A vida
passa entre essas duas polaridades.

Movendo-se entre essas duas polaridades, você aprende a se equilibrar. Entre essas duas asas,
você aprende a voar até a estrela mais distante.

Se você escolhe o conforto, a conveniência, você escolhe a morte. É assim que perde a
felicidade real: você escolheu a conveniência no lugar dela.

Osho, em "O Homem que Amava as Gaivotas

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