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Helena: As personagens atribuídas ao nosso grupo foram o

corregedor e o procurador (personagens-tipo do livro do Auto da


Barca do Inferno, de Gil-Vicente).
Deolinda: Como a Helena já mencionou as personagens que nos
foram atribuídas foram o Corregedor, um juiz, e o procurador, um
homem de negócios...ambos homens da lei. Com esta obra, Gil
Vicente tem como objetivo alcançar a consciência do homem,
lembrando-lhe que depois de morto, apesar de já não estar presente
corporalmente, ainda tem a sua alma para salvar.
Helena:
 Caracterização psicológica: Durante o texto podemos
caracterizar o corregedor como uma pessoa confiante,
corrupta, mentirosa, pecador. Já o procurador é corrupto,
ladrão e claro que com as acusações acima ditas é pecador.
 Representatividade social: O corregedor, como já dissemos
anteriormente é um juiz e o procurador é um funcionário da
coroa.
Deolinda: o Corregedor chega ao cais, dirige-se à barca do Diabo e
acaba por ser gozado pelo mesmo. Chega, entretanto, o seu amigo
Procurador e juntos dirigem-se à barca do Anjo. É também nessa
altura que o anjo os critica e condena e ambos regressam à barca do
Diabo onde partem para o Inferno e encontram a Brísida Vaz.
Helena:
 CORREGEDOR: Os feitos e a vara simbolizam a magistratura,
utiliza também o latim por ser a linguagem do direito.
 PROCURADOR: esta personagem carregava sempre consigo
livros jurídicos, que servem para arquivar os feitos, e
simbolizam também a magistratura.
Deolinda: o procurador é acusado de não se ter confessado. Já o
corregedor é acusado pelo Diabo de aceitar subornos (até de judeus,
que naquele tempo eram muito mal vistos) e acusa-o de mentir
durante o seu confesso.
Helena: Por outro lado o corregedor defende-se afirmando que é um
"senhor juiz" logo não poderia ser condenado ao inferno; culpa a sua
mulher dos subornos dos judeus e que não estivera relacionado com
isso e, por fim, juntamente com o procurador afirmam que agiram
sempre com imparcialidade e justiça.
Deolinda: o tipo de cómico presente é o cómico de Linguagem que,
como o nome indica, é provocado pelo uso que se faz da linguagem.
Temos o exemplo do grande uso do latim durante o texto e também
quando o Diabo chama “Santo Descorregedor”, pois utiliza a ironia
ao utilizar palavra santo e o sarcasmo ao utilizar a palavra
descorregedor, tornando a linguagem cómica.
Helena: Crítica social subjacente: Gil Vicente pretende criticar o
Corregedor e o Procurador pelos comportamentos da justiça pelo
facto de: serem corruptos, desonestos, presunçosos, maliciosos e
roubarem e enganarem os aldeões ingénuos, mas, mesmo depois de
pressionados, não admitiam que pecavam e não tinha noção dos
seus actos.
Deolinda: Sentença Final: foram ambas personagens condenados á
Barca do Inferno.
Helena: Adicionamos algumas observações como os recursos
expressivos presentes como o eufemismo, a figura de linguagem que
emprega termos mais agradáveis para suavizar uma expressão, (“E
na terra dos danados“) e a Ironia - “Como vindes preciosos, sendo
filhos da ciência"
Deolinda: Também adicionamos os recursos estilísticos, como
metáfora (“ Oh, pragas pera papel…”) e a Ironia (“ Como vindes
preciosos, …”).
Deolinda: Quando comparamos estas personagens com a atualidade,
vemos que nos dias de hoje, também se representa a corrupção,
sendo que os juízes têm que ser justos e imparciais. Os advogados
devem defender os clientes, e respeitar a sua ordem social e as
testemunhas devem dizer a verdade e nada mais que a verdade , e
nada de isso se reflecte no séc. XXI.

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